Projetados escrita por YK França
Notas iniciais do capítulo
A minha vida estava cada vez pior...
Estava mais difícil lutar contra meus próprios demônios, eu me sentia presa, suja e totalmente hipócrita como Bruce. Vi Diego sair de sua casa logo cedo e senti o imenso desejo de abraça-lo, mais ele não podia me ver e nem desejaria.
Luca foi para a escola para que pudesse vigiar Daniela e Diego de perto. Diego não havia contado nada a ninguém sobre meu segredo e eu o admirava mais ainda por isto, ou talvez ele apenas não quisesse ser comparado a um louco.
Eu devia tudo a Diego, eu devia proteger a família dele, pois a culpa de tudo era minha. E de Bruce. Fui para casa, eu podia monitorar a casa de Diego pelas câmeras de sua casa que estavam conectadas diretamente em meu computador. Deixei os seguranças alertas e a família dele estava segura. Minha casa ficava apenas a alguns quarteirões da casa dele e qualquer coisa que acontecesse eu saberia e seria o tempo suficiente para chegar e salva-los.
Passei o dia pensando em Diego e pude ficar o dia inteiro vigiando ele, que mal sabia o que estava acontecendo. Ele devia se sentir usado, e no inicio foi o que realmente aconteceu.
O dia correu calmo e os corpos foram levados para M&G como sinal declarado de guerra. Bruce e Rodney não ligaram mais Liz apenas mandou um torpedo implorando para que eu me contivesse. Era tarde demais...
Era manha quando eu me arrumei apenas e deitei-me na cama. Eu estava em duvida quanto a ir ou não para a escola. Diego odiaria a ideia mais eu precisava voltar a estudar, não por boas notas, mais porque Bruce e Rod achariam que eu ainda estava com eles e Luca precisava sair para procurar Kyle que não atendia meus telefonemas. Decidi por fim ir para a escola e eu estaria mais próxima de Diego. Portava uma pequena pistola automática apenas como proteção.
Entrei na escola em minha moto Suzuki GSX-R1000, tirei o capacete soltando meu cabelo que balançou com a leve brisa. Eu estava voltando ao meu velho estilo, minha boa jaqueta e calça de couro e saltos altos, totalmente na cor preta. Era este meu estilo e eu havia mudado apenas para não chamar tanta atenção mais agora não tinha porque esconder. Os garotos me encararam e se aproximaram da minha moto e eu apenas pedi que não a ralassem.
Eles murmuravam maravilhados afinal era uma bela moto e caríssima.
Entrei na escola e fui até meu armário e encontrei Diego. Aproximei-me calmamente e ele só notou quando se virou. Não disse nenhuma palavra mais eu insisti o chamando.
– O que quer? – ele perguntou virando-se.
– Por favor, vamos conversar... – eu pedi.
– Não tenho nada para falar com você – ele disse saindo.
Notei o olhar de Vitoria sorrindo. Eu senti o ódio queimar em mim e raiva queria me dominar.
– O que foi? Perdeu o garotão pra alguma coisinha melhor que você? – ela perguntou.
Aproximei-me dela ferozmente e a empurrei apertando seu pescoço e imprensando-a contra os armários.
– Eu só vou te dizer uma vez Vitoria: Não me provoque porque eu não demoraria um segundo pra te mandar direto para hospital e com toda certeza você precisaria urgentemente de um plástica pra reconstruir este seu rostinho nojento – eu disse liberando minha raiva.
Soltei-a enquanto ela recuperava seu ar e suas amiguinhas a ajudavam. Uma multidão estava atrás de mim e eu abri caminho entre todas aquelas pessoas e sai para minha primeira aula.
Não iria fugir da escola, pois a única vergonha havia sido para Vitoria, eu não estava com medo de problemas e sabia que ela não chamaria nem o diretor e nem seus pais. Ela não seria tão hipócrita.
Luca chegou na escola no quinto horário e fomos no refeitório para almoçar. As amigas de Vitoria passaram por mim com os olhos assustados. Vitoria não estava no refeitório e provavelmente estaria na sala de enfermagem.
– O que aconteceu? – ele perguntou.
– Ameacei Vitoria, perdi a cabeça com ela... Mais sabe de uma coisa eu não me importo – ele sorriu enquanto eu dizia a ele a historia. – Luca quando esta historia acabar nós vamos embora do país né?
– Para onde você quiser.
– Encontrou Kyle?
– Ele não está na cidade, parece que teve de ir encontrar o pai – Luca explicou.
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Minha cabeça estava girando e eu não encontrei Vitoria em lugar nenhum.