Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 14
Little Darling


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está mais um pra vocês... Não tem muita emoção nesse, mas eu achei muito fofinho!
Enjoy!



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Eu não demorei muito desacordada. Só o simples fato de meu braço estar doendo de um jeito quase insuportável, já não me deixou com escolha a não ser, ficar acordada e sentir aquela dor.

Meus pais me levaram para a cozinha e me colocaram em cima da mesa (provavelmente uma “brilhante” ideia do meu pai) e eu gritei de dor quando senti meu braço bater na madeira. Mas, o mais estranho era que o corte brilhava. Sinceramente, não sabia mais o que esperar da minha vida.

Meu pai e minha mãe discutiam e eu podia ouvir minha avó perguntando o que estava acontecendo. Me senti fraca. Sair da presença de Lúcifer me fez voltar a estaca zero. Me sentia uma criançinha que ainda não havia aprendido a falar direito. Seja lá o que ele fez para eu voltar ao normal, não estava mais funcionando. Senti um desconforto vindo da parte de trás do meu short e logo me lembrei o por que de eu ter me arriscado e brigado com o capeta, que, aliás, era meu tio.

O frasco.

Levei minha mão ao bolso de trás do meu short e tirei o frasco brilhante de lá. Meus pais e minha avó pararam de discutir e olharam diretamente para o pequeno frasco. Meu pai claramente reconheceu o que havia dentro, e não pareceu muito confortável. Tirei a tampa do frasco e tomei um pouco, tomando cuidado para não passar da metade do conteúdo.

Essa experiência foi estranha, foi a mesma coisa que tomar luz. Não senti a textura de nada na minha boca, mas o gosto eu senti. E se vocês, amiguinhos, estão curiosos para saber qual é o gosto de “essência de anjo”, tem gosto de sapato que não foi lavado. E acreditem, eu sei qual é esse gosto. Tive que aguentar firme para não vomitar. Assim que tomei metade fechei o frasco e tossi um pouco.

Eu realmente não estava sentindo nada diferente, até que percebi que meu braço não doía mais. O talho havia sumido e eu não me sentia mais fraca. Sentia minhas memórias voltando lentamente, como se aquele fosse o remédio para todas as doenças. Minha visão ficou estranha de repente. Tentei olhar para meus pais, mas o que vi foi mais incrível que isso. Eu podia ver meu pai, mas não era ele exatamente. Era a verdadeira forma dele. Podia ver suas asas com clareza: Grandes e brilhantes (Isso é purpurina). Minha mãe e minha avó não eram tão diferentes, só não tinham as asas. Eu estava vendo as almas delas... Olhei rapidamente para trás e vi um par de asas. Só que essas eram minhas. Não eram tão grandes quanto às do meu pai, mas davam para o gasto (mas eram mais brilhantes. Chupa, pai). Minha visão voltou ao normal e eu vi tudo como normalmente é: Minha avó, minha mãe me encarando preocupadas e meu pai com cara de idiota.

-Miles... Quem te deu isso? -meu pai perguntou

-Lúcifer.

***

Eu estava na sala e meu pai andava de um lado para o outro, passando a mão nos cabelos. Minha mãe parecia abalada e minha avó... Bem... Ela estava assistindo uma luta de UFC na TV.

-Como ele saiu de lá? -minha mãe perguntou

-Eu não sei, Bruna, mas isso não é bom. -meu pai respondeu

Ela enterrou a cara nas mãos.

-Quando ele conversou comigo, ele disse que você era para ser dele... O que quis dizer com isso? -perguntei

Minha mãe me olhou.

-Eu...

-ISSO! BATE NELE, BATE! -minha avó gritou para a TV

Delicada.

-É uma longa história, Miles... Isso aconteceu a algum tempo atrás... Bem, digamos que eu era a escolhida para prender Lúcifer na jaula...

-E o papai se meteu no meio e estragou tudo.

-Basicamente isso.

-Ei! -meu pai protestou

-Ele quer matar vocês... Disse que enquanto estiverem vivos, nunca conseguiria o que queria. -falei

-Então vamos tentar nos manter vivos, certo? -minha mãe disse

Limitei-me a dar um sorriso e voltei meus olhos para o chão.

-Miles, cadê aquele frasco? -meu pai perguntou

Eu tirei de meu bolso e o mostrei. Ele estendeu a mão como se quisesse pegá-lo de mim mas eu recuei minha mão.

-Não é seguro você ficar com isso, Miles... E, aliás, por que não bebeu tudo?

-Tenho planos futuros para isso. -falei

-Que tipo de planos? -perguntou

-Acho melhor não contar... Mas, se funcionar, vocês vão me agradecer um dia. -respondi

Ele simplesmente assentiu e se sentou perto da minha mãe, colocando a cabeça nas pernas dela e se escondendo lá.

-Tira a cara daí, seu palerma! Ela ainda é minha filha, e vocês estão na minha casa! -minha avó falou, sem tirar os olhos da TV

Eu e minha mãe rimos e meu pai tratou de levantar a cabeça. Ninguém afrontava minha avó, isso era claro.

***

POV 3ª Pessoa

A chuva que caía do lado de fora era uma visão bonita ao nascer do sol. A mistura da cor alaranjada que o céu ia tomando junto com as finas gotas de chuva eram uma das vistas preferidas da pequena Miles. Principalmente nessa época. A que ainda era um bebê.

A garotinha havia acordado cedo de mais e Gabriel poupou o trabalho de Bruna de se levantar e consolar a garota que estava aos berros. Ele levou a garota para a janela e a chuva e o nascer do sol lá fora a fizeram parar de chorar, e seus olhinhos olhavam tudo lá fora. Suas mãozinhas se estendiam na direção do vidro, como se quisesse tocar a chuva.

Gabriel sorria para a garota. Ele estava sem camisa, com os cabelos completamente bagunçados, mas realmente não o importava isso naquela hora. Ele odiava admitir que se derretia todo por um bebezinho, mas era a verdade. Ele adorava ficar com a pequenina.

Miles fez uns sons ilegíveis com a boca, típico dos bebês, Gabriel se aproximou mais da janela, colocando-a sentada em frente a mesma, apoiando as costas de Miles com suas mãos. A garotinha ainda não tinha equilíbrio para ficar sentada sozinha, mas já se arriscava a tentar. Ela colocou a mãozinha no vidro da janela e soltou uma gargalhada gostosa, fazendo o pai rir junto com ela.

A pequenina virou a cabeça ao ouvir a risada do pai e abriu um sorriso banguela para o mesmo que sorriu mais ainda. Gabriel se abaixou, ficando com a cabeça na altura da de Miles e a encarou enquanto ela fazia uns muxoxos e tentava colocar a mão dentro da boca dele.

-Você foi a coisa mais preciosa que eu já recebi, pequena Miles... -ele sussurrou para a filha -Mas não conte a sua mãe, ou ela vai me chamar de gay.

Mesmo não entendendo nenhuma palavra do pai, Miles riu e pôs a mão no nariz do pai. Enquanto o mesmo sorria como um bobo para ela, totalmente encantado com a garotinha. Sua garotinha.


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Notas finais do capítulo

Posso dizer que fiquei vomitando arco-íris imaginando o Richard(já que é ele que interpreta o Gabriel) com um bebezinho?
Rewiens?



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