Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 1
Teenage Problems


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui vai o tão esperado primeiro capítulo da 3ª temporada de My New Supernatural Life que, sinceramente, não achei que iria acontecer :)
Enjoy =D



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POV 3ª Pessoa

Já eram quase meia noite e uma garota corria desesperada para casa. Havia prometido aos pais que chegaria antes das dez, mas ela havia passado um pouco da hora... Ela corria em direção a sua casa com os cabelos esvoaçando, pedindo com todo coração que seus pais estivessem dormindo quando entrasse pela porta.

Ao chegar na frente de casa parou para respirar e abriu a porta devagar. Um alívio tomou seu corpo quando percebeu todas as luzes desligadas. Entrou de fininho e quando estava pronta para subir as escadas ouviu um barulho vindo da cozinha. Ela olhou rapidamente para lá e uma pontada de medo tomou seu corpo, juntamente com a adrenalina.

Pegou um bastão de basebol que estava ao lado das escadas, não sabendo como aquele objeto havia ido parar lá, e caminhou cautelozamente. Preparou o bastão e, ao passar da porta, ascendeu a luz, gritou, e foi direto com o bastão no homem que estava na cozinha.

Num reflexo impressionante, o homem segurou o bastão e fez a garota cair no chão. Ela estava pronta para se defender novamente até ver o rosto que a encarava com raiva nos olhos...

-Pai? –ela perguntou surpresa

-Ora, ora... Se não é a garota que disse que ia voltar de dez horas... –ele disse

-O que estava fazendo na cozinha? –ela tentou mudar de assunto

-Não mude de assunto, mocinha... –os olhos dele agora brilhavam de raiva

A garota abriu a boca para falar alguma coisa, mas parou ao ver quem avia aparecido na cozinha. Sua mãe estava com uma camiseta regata branca e uma calça moletom folgada. 35 anos, mas continuava parecendo uma garota de 17... Seus olhos transbordavam sono e sua expressão era de que iria bater em todos ali por terem atrapalhado seu sono.

-O que está acontecendo aqui? –ela perguntou

-Eu estava bebendo chocolate quente, e sua filha chega do nada. –ele respondeu

-Eu posso explicar... –ela disse urgente

-Você me explica tudo amanhã, Miles. Vá pro quarto. –Bruna disse passando a mão no rosto

Miles saiu correndo o mais rápido que podia. Já tinha 15 anos, e era tempo o suficiente para saber que sua mãe com sono era perigosa. Bruna voltou os olhos para Gabriel que segurava uma caneca de chocolate quente.

-Você. Pro quarto. Agora. –Bruna mandou

-Sim, senhora. –Gabriel disse e passou por ela que pegou seu chocolate quente –Ei!-ele protestou

Ela o olhou perigosamente e ele decidiu que era melhor não discutir. Subiu as escadas e entrou no quarto.

/POV 3ª Pessoa

***

POV Bruna West

Quinze anos... Quinze anos que Miles havia nascido e ainda parecia que foi ontem. Já havia amanhecido e eu acordei com Gabriel passando a mão nos meus cabelos... Como ele costumava fazer.

-Bom dia, bela adormecida... Achei que não ia acordar. –ele falou com aquele mesmo sorriso brincalhão de sempre no rosto

Isso parecia tortura. Enquanto eu, uma mera mortal, estava nos meus 35 anos, começando a ficar velha, aquele cara continuava como sempre. Os mesmos olhos castanhos claros que mudavam para verdes de acordo com a luz. Os mesmos cabelos castanhos, o mesmo sorriso... O mesmo Gabriel.

É um preço que tenho que pagar por amar um arcanjo... Eu levantei e coloquei uma roupa qualquer prendendo o cabelo de qualquer jeito, fazendo com que alguns fios ficassem de fora do rabo de cavalo.

Desci as escadas da minha casa e dei de cara com a Miles dormindo no sofá. O olhar de Gabriel para o estado em que ela se encontrava deixou claro que ela não escaparia de ter uma conversa por ter chegado aquela hora ontem a noite.

Fui para a cozinha e comecei a preparar o café da manhã, mas fui surpreendida por duas mãos passando pela minha cintura, colando minhas costas ao seu corpo.

-Você desse jeito ainda parece a adolescente de 17 anos que eu conheci. –Gabriel sussurrou no meu ouvido

-Qual? A fã maluca que foi pra cama com você um pouco depois de saber sobre seu segredinho? Não sei se tenho muito orgulho de me lembrar disso... –falei rindo

-Por que não? Foi um dos melhores momentos da sua vida... –ele disse e eu me virei para o encarar

-“Da minha vida”? –perguntei

-É, eu vivi muito mais que você, então, tenho outros momentos melhores... –ele respondeu

-Então tá, amorzinho. Vai ficar na sala essa noite, nem pense em chegar perto do quarto. –eu falei saindo da cozinha

-Eu só estava brincando! –ele disse

Eu corri dele e ele veio atrás de mim enquanto eu ria como uma abestada. Nisso, Miles acordou e ficou nos olhando sonolenta, provavelmente sem entender muita coisa. Eu tropecei na mesa de centro e caí no chão, na frente de Miles. É, podia se passar quanto tempo quisesse, eu sempre seria a mulher estabanada de sempre...

A pior parte de ser desastrada foi quando a Miles nasceu. Digamos que eu quase a derrubei no chão da maternidade, e um mês depois eu ia derrubando ela na escada... Essa era a parte boa de ter um arcanjo como parceiro. Ele pode pegar o bebê na velocidade da luz antes que caia. Bom, pelo menos a Miles ria quando eu quase a derrubava...

-Ei, a adolescente aqui sou eu... –Miles falou

-Exatamente. E pode me dizer, senhorita adolescente, o por que de ter chegado tão tarde assim? –Gabriel perguntou a encarando feio

É, ele era o que se podia chamar de pai coruja. Qualquer coisa que a Miles fazia ele reclamava. Mas ficava pior quando se tratava de garotos. Nenhum podia se aproximar de Miles sem que ele quase o fuzilasse com o olhar. Isso chegava a irritar até a mim.

-Eu estava com a Mandy, pai. Não precisa se preocupar... –Miles falou cruzando os braços, podia se ver que ela estava meio nervosa

-Isso não responde minha pergunta, Miles. –Gabriel disse num tom mais sério

Era estranho vê-lo falando desse jeito, mas quando se tratava de Miles, era o jeito que ele falava.

-Eu perdi a hora, só isso! –ela falou gesticulando exageradamente com as mãos

-Perdeu a hora? Você disse que ia chegar de dez e chegou de meia noite! Isso não é perder a hora! Sabe o que poderia ter acontecido? Eu já estava pensando que... –ele se interrompeu

Miles pôs uma expressão curiosa no rosto. Era claro o que ele estava pensando. Miguel. Não houve um dia, desde a morte da Miles original, que ele não pensasse no pior. Ele podia ter ido embora naquela época, mas nada garantia que não voltaria.

Nunca contamos a Miles a verdade sobre como nos conhecemos. Nós usávamos alianças falcas, para fingir um verdadeiro matrimônio, já que nunca realmente nos casamos... E acho que nunca poderíamos. Para Miles, eu havia conhecido Gabriel num parque por que eu derramei mostarda na roupa dele. Eu sei, clichê, mas funcionou.

Todos esses anos escondemos a verdade do passado, inclusive a série... Supernatural. Ela iria ver Gabriel lá, e poderia desconfiar de alguma coisa. Só queríamos que ela tivesse uma vida normal, coisa que nenhum de nós dois teve.

-Miles, posso conversar com você no seu quarto? –perguntei

Ela assentiu e subiu, ainda curiosa, sem saber o que Gabriel iria dizer. Fui para perto dele e beijei sua testa. Incrível como eu era baixinha. Ele era um dos caras mais baixos que eu conhecia e ainda tinha que ficar de ponta de pé para alcançar sua testa!

-Vai ficar tudo bem, sweetheart... –falei

Ele sorriu. Gostava quando eu o chamava assim. Retribui o sorriso e subi as escadas indo em direção ao quarto de Miles.

Entrei lá e pude ver a bagunça que aquele lugar estava. Ela estava na cama, lendo minha antiga coleção de Percy Jackson. Eu me orgulhava de vê-la lendo aquilo. Sempre foi um dos meus livros favoritos, e ela também gostava. Sinceramente, só faltava mesmo aparecer um Acampamento Meio-Sangue pra minha vida ser mais esquisita...

Ela abaixou o livro e me olhou, sentando na cama. Sentei ao lado dela e encarei o livro já gasto pelo tempo.

-Esse livro era minha paixão quando era adolescente... –falei

-Você já disse isso mil vezes... –ela disse

-E não me canso de dizer. Eu amo Percy Jackson! –falei alto como uma maluca e ela soltou uma risada

Ela olhou para o lençol da cama e depois encarou meus olhos.

-Por que sempre parece que vocês estão escondendo algo de mim? –ela perguntou

Pensei numa resposta. Não podia dizer simplesmente “Ei, teu pai é um arcanjo e eu quase servi de sacrifício pra prender o diabo... Que, por acaso, é teu tio”. Não, isso estava fora das opções.

Dei um pequeno sorriso com o canto dos lábios encarei seus olhos. Iguais aos do pai. Incríveis.

-Nunca esconderíamos nada de você, pequena Miles. –menti, lembrando-lhe de seu apelido quando era menor

Ela suspirou.

-Então por que ele fica tão preocupado comigo? –ela perguntou

-Ele é seu pai. Esse é o trabalho dele. –respondi

-O vovô era assim com você?

-Não, ele não. Mas a vovó quase matou seu pai a vassouradas uma vez... Foi bem engraçado. –eu falei rindo com a lembrança da minha mãe tentando acertar Gabriel com o cabo da vassoura

-Queria ter conhecido a vovó. –Miles falou mordendo o lábio inferior

A vontade de chorar me veio na hora. Minha mãe, Loren West, havia morrido já fazia muito tempo. Miles tinha pelo menos dois anos quando ela morreu.

-Você conheceu, meu bem... Só não se lembra por que era muito nova para isso. –disse quase num sussurro contendo a vontade de chorar

-Desculpe, não queria tocar no assunto... –ela falou tocando meu ombro ao ver minha expressão

-Está tudo bem... Só me dói lembrar dela assim. –disse –Mas, voltando ao assunto que você e seu pai estavam discutindo...

Ela bufou e se jogou na cama.

-Quando eu vou ter idade pra chegar a hora que quiser em casa? –ela perguntou

-Vou ser boazinha e dizer que é quando fizer dezoito anos... –falei

-Dezoito? Mas ainda faltam três anos! –ela reclamou

-Agradeça. A sua avó quando me deixava sair, ou era por que não estava no seu estado normal do cérebro, ou por que tinha a palavra “grátis” no meio. –eu ri

Miles riu também.

-Eu fiquei mais, por que o Mark estava lá... –ela confessou

Eu fiquei tensa. Ela era minha filha... E o pior: do Gabriel. O que podia significar que ela poderia ter feito coisas impróprias aquela noite.

-Você não fez... –não consegui completar a frase

-O que? Não! Tá doida, mãe? –ela falou e eu senti uma sensação de alívio percorrer meu corpo

-Bom saber... Vou inventar uma desculpa esfarrapada para o seu pai pra ele te deixar em paz... –eu disse

Ela riu.

-Obrigado.

-De nada, pequena Miles. –falei e saí de seu quarto


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Notas finais do capítulo

Prometo que vai ter mais emoção nos próximos capítulos, ok? Ok.
Rewiens?



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