A Seleção-por Olhos De Maxon Schreave escrita por JustMe


Capítulo 3
O "1°" Encontro


Notas iniciais do capítulo

Aqui eu pulei todo o resto do preparamento do Maxon para o encontro e tal, então começarei já pelo encontro, mais precisamente, o horário em que Maxon busca America para o encontro.



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Bom, parece que a irmã mais nova de America-, que pelo que sei até agora é muito parecida com ela- não chorou. Isso é muito bom para mim, porque hoje á tarde terei o meu encontro. Estou nervoso demais, o que teria de fazer para que tudo ocorresse perfeito??

Pelo que sabia, America era uma pessoa dura de lidar, então não poderia fazer algo que ela me ache mais idiota do que já deve achar.

Quis ser bom, então enviei uma caixa com calças jeans para ela, com um bilhete escrito:

Você pede coisas tão simples que sou incapaz de negá-las.

Mas, por mim, use apenas aos sábados.

De seu amigo,

Maxon

Mas não devia ser diferente, devia seguir o conselho da minha mãe para as meninas, deveria ser eu mesmo. Quem sabe America não gostaria de mim? Pensando bem, ela talvez até já tivesse um sentimento por mim, bom ou ruim, era um sentimento forte. Irei buscá-la ás cinco em ponto. Faltam 5 minutos. Melhor ir andando, tenho de achar o quarto dela ainda.

Cinco horas, e eu estava na porta do quarto da America, tomando coragem para chamá-la. Sem perceber, abri a porta de seu quarto, então, automaticamente falei:

-Em nome das aparências, você poderia segurar o meu braço?-Ela parecia hesitar, mas depois acabou segurando meu braço.

Ela estava radiante, estava tão linda como jamais a tinha visto. Seu vestido só parecia um enfeite, estava tão bonita que eu nem acreditava que aquilo não era um sonho.Tinha que falar algo, então disse a ela:

-Sinto muito que ela não tenha chorado.

-Não, não sente.- Tinha um ar brincalhão em sua frase, não parecia estar chateada.

-Nunca tinha apostado antes. Foi bom ganhar.-Acho que isso soou como uma desculpa.

-Sorte de principiante.- Achei ela engraçada. Dei um sorriso.

-Talvez da próxima vez possamos apostar se ela ri.

Ela parecia estar pensando em sua família, e queria conversar com ela, então falei:

-Como é a sua família?

-O que você quer dizer?

-Só isso mesmo. Sua família deve ser bem diferente da minha.- Estava falando algo que provavelmente era verdade. E seria ótimo saber da família dela.

-Eu diria que sim. Para começo de conversa, ninguém em casa usa coroa no café da manhã.- Sorri mais uma vez, e então brinquei com ela:

-Vocês usam coroa apenas no jantar?

-Mas é claro - Comecei a rir, e acho que ela começou a gostar mais de mim

-Bem, sou a filha do meio de cinco irmãos.

-Cinco!- Uau

_Sim, cinco. A maioria das famílias por aí tem montes de filhos. Eu teria vários se pudesse.- Bom, eu não sei porque, mas fiquei feliz em saber isso

-Mesmo?- ergui as sobrancelhas. Impressionante. Não sei porque, mas meu coração começou a bater mais rápido que o normal. Voltei a atenção a ela, que falou em voz baixa:

-sim.

-Não importa. Minha irmã mais velha, Kenna, é casada com um Quatro. Ela trabalha numa fábrica agora. Minha mãe quer que eu me case ao menos com um Quatro, mas não quero ser forçada a parar de cantar. Amo  a música, mas agora sou uma Três. É estranho... Acho que vou tentar permanecer na música, se puder. Depois vem Kota. Ele é artista. Não o temos visto muito. Ele foi se despedir de mim, mas é só. Depois eu.- A melhor de toda a família. O que estava acontecendo comigo?

-America Singer - Estava feliz em poder falar dela.- minha melhor amiga.

-Isso mesmo.- nunca fiquei tão feliz em ouvir isso.

Estávamos andando em direção á escada, e estávamos sem pressa. Sentia que eu poderia compartilhar meus segredos com ela, se ela algum dia me pedisse.

-Depois de mim vem May. É a que me traiu e não chorou. Para ser sincera, fui roubada. Não acredito que ela não tenha chorado! May é uma artista... e eu a amo muito.- Comecei a examinar seu rosto. Ainda não acredito que não estou em um sonho.- Por fim, vem Gerad, meu irmão caçula de sete anos. Ele ainda não sabe direito se vai para a música ou para outras artes. Na verdade, ele gosta de jogar bola e estudar insetos, o que é bom. só que não vai conseguir ganhar dinheiro com isso. Bem, já falei de todos. - Acho que ela não tinha falado de todos...

- E os seus pais?

-E os seuspais?-ela rebateu... bom, não tinha o que falar dos meu pais, não é mesmo?

- Você conhece meus pais.

-Não. - Afirmou - Conheço a imagem pública deles. Como eles são de verdade? - Bom... Meus pais não são o par perfeito de pais, mas eles são pais bons. Mas... não sei se alguém precisava saber como realmenteeram meus pais. 

America forçou meus braços para baixo, não sei porque. Suspirei. Estava gostando de ter alguém para ficar me irritando, viver 19 anos sem ninguém não é tão legal, sabia?

Quando chegamos ao jardim, pensei no que deveria dizer a ela. Deveria contar a verdade sobre meu pai e minha mãe? Apesar da pior parte ser  do meu pai.

Chegamos aos portões, os guardas abriram como sempre que chegava com alguém sorrisos maliciosos. Infelizmente, bem ali na frente estava a equipe de filmagem. Não gosto desses caras. Não podiam ter nos deixado a sós?

Mexi então minha cabeça para o lado, e então todos saíram. America não parecia tão bem, então perguntei a ela:

-Você está bem? Parece tensa

-Você fica confuso com choro de mulher, e eu com caminhadas ao lado de príncipes.- Disse ela dando de ombros.

Ai.

Aquilo doeu.

Porém, não vou mentir, até que foi engraçado. Soltei uma risadinha baixa, mas não falei nada. Estávamos á sós, e eu estava ficando nervoso. Caminhávamos ao oeste. America parecia gostar. Então, perguntei, finalmente:

-Por que deixo você confusa?

-Seu caráter. Suas intenções. Não sei bem o que esperar dessa nossa voltinha.- O que é que ela pensava de mim?

-Ah.

Estava nervoso, estava pensando no que ela tinha falado. Parei. Comecei a encará-la, e percebi o quanto estávamos próximos.

-Acho que você já percebeu que não sou um homem que se esconde. Vou dizer exatamente o que quero de você.

Dei um passo em sua direção. America parecia um pouco mais nervosa do que eu. Não tinha ninguém lá. Nem eu sei o que estava fazendo. Estava tudo indo bem, até que America deu uma joelhada em mim , com muita força. Dei um grito, um grito alto e forte.

Ela era forte, de verdade, ela me machucou. Aquilo doeu. Por que ela fez isso??? 

Enquanto ela se afastava, levei minhas mão ás coxas, e começei a cambalear. Ainda não sabia porque ela tinha feito isso.

-Por que fez isso?

-Se encostar um dedo em mim, vou fazer pior!- Por que ela estava falando isso? o que eu fiz?

-O quê?

-Se você encostar um dedo em mim...

-Não, sua louca. Eu ouvi da primeira vez.- Interrompi ela , provavelmente fazendo cara de dor.- Mas o que quer dizer com isso?

Ela não respondeu, os guardas vieram correndo querendo saber o que acontecera, mas mandei-os de volta. Não conversamos por um tempo, até eu voltar a perguntar:

-O que achou que eu queria?- De novo, ela não me respondeu. Desta vez, abaixou a cabeça e corou.

-America, o que você achou que eu queria?- Falei irritado, ofendido. Me toquei no que ela pensara, e falei:

-Em público? Você pensou...por Deus! Eu sou um cavalheiro!

Ameaçei sair, mas tinha que continuar a falar. Não acredito nisso!

-Por que se ofereceu para ajudar se me considera tão baixo?

Ela não olhava para mim. Não me respondia. não acredito, não acredito.

- Você jantará no seu quarto hoje. Cuido disso amanhã de manhã.

Após falar isso, fui embora. Não sei porque acreditei nela. Não sei porque pensei que ela poderia ser minha amiga. A essse ponto, não sei mais nada sobre o assunto.

Passei na enfermaria para pegar um gelo após tomar o jantar,  e fui dormir logo depois.


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Notas finais do capítulo

o próximo capítulo será sobre o ataque dos rebeldes