CAPITULO 2

– Olá Belinda, muito prazer em conhecê-la – Marcos disse

– Digo o mesmo para o senhor – Que foi? Não custa ser educada

– Belinda, como vai? – Dona Felipa disse me abraçando, eu já conhecia ela

– Bem e você, Felipa? E eu já te disse pra me chamar de Belle – ela é uma fofa

– Estou bem... Esse é Benjamin – e saiu de trás dela um cara de 1,80; olhos castanhos, cabelo topetinho, até que não era feio. Na verdade ele era beeeem bonito.

– Oi, pode me chamar de Ben – ele me cumprimentou com dois beijos na bochecha

– Olá, sou a Belle

– Crianças – olhei feio pra minha mãe, que me ignorou e continuou falando – Porque não sobem um pouco, eu chamo quando estiver pronto

– Eu... não acho que seja necessário, Dona Ana

– Que é isso Ben, não precisa ter vergonha, podem ir

– Vem logo, vai. Ela não vai parar até a gente ir – eu o puxei escada acima enquanto escutávamos risadas

– Então... – eu fechei a porta do meu quarto

– Olha eu queria conversar com você sobre o casamento – ele falou

– Eu sei, eu não to afim de me casar com você, quer dizer o problema não é você, é que eu sou nova e tals e nem te conheço. Quer dizer, meu pai já me falou sobre você mas mesmo assim – eu realmente preciso parar de falar muito quando tô nervosa.

– Eu te entendo, também não quero me casar. Mas não tem jeito de convencer eles?

– Não, vai por mim, eu tentei.

– Mas PRA QUE temos que nos casar? – ele estava alterado

– Para manter a empresa unida, entre família e então nós nos casaríamos, ficaríamos com a empresa e depois nosso filho.

– AAAHRGT, não acredito nisso! Que ódio!

– Eu sei...

– A comida está pronta – minha mãe entrou no quarto, quebrando o silêncio que estava formado

– Dona Ana, a senhora sabe do casamento? Porque eu fui avisado hoje cedo que ia me casar com uma desconhecida. Não se ofenda, Belinda – Ben a olhou

Falar é fácil, Benjamin...

– Sim querido, como se sente?

– Nada bem. Não tem como a senhora mudar isso?

– Desculpe, não. Nem sua mãe. Quer um conselho de amiga? – nós assentimos – Finjam que não ligam hoje no jantar, se casem, não precisam agir como casados – ela piscou pra mim – só morem na mesma casa, não precisam nem dividir o quarto ou não saírem com ninguém mais, deixem a aliança em casa. Só peço uma coisa, tentem ser amigos.

– Podemos ser amigos e se morarmos juntos como colegas de apartamento não seria tão ruim

– Podemos tentar

– Bom, vamos? A comida vai esfriar – nós descemos

– Temos um comunicado a fazer – meu pai se levantou – O casamento foi adiantado

– O QUE? – nós dois falamos

– Sim. Casam-se depois de amanhã no civil, não precisa se casar na igreja – Marcos concluiu

– ARHG, EU ODEIO VOCÊS! PORQUE ESTÃO FAZENDO ISSO? PELA EMPRESA? NOSSA, MUITO OBRIGADA PELA CONSIDERAÇÃO... – eu gritava irônica

– Sério, pra que isso? – Ben não esboçava reação, enquanto eu estava em prantos

– Com o casamento de vocês, uniríamos as empresas, seria perfeito para nós

Se nosso pais são preocupados com nossas opiniões? Claro...Não aguentei mais ficas ali, então subi para o meu quarto.