Penser À L'amour Comme Un Défi. escrita por Shasha das Alcaparras


Capítulo 1
Pense no amor como um desafio.


Notas iniciais do capítulo

Se passa com o Ciel indo casar com a Elizabeth. O personagem original é o padre, hehê.



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Faltavam exatamente duas horas para o casamento do conde Phantomhive. O tão esperado e sonhado - para todos, exceto para o conde - casamento de Ciel Phantomhive e Elizabeth Middleford. 

- Por que logo hoje, no dia de seu casamento, o bocchan pediu para que eu lhe banhasse...? - O mordomo perguntou, hesitante. Não era uma pergunta boba, já que Ciel atualmente possuía dezessete anos e, alegava saber fazer tudo aquilo. O mordomo parou com aquela rotina de banhar-lhe e vestir-lhe à partir dos quinze anos do garoto. Suspirou, enquanto passava a esponja com o sabão pelos ombros do menor, que ofegou com o mínimo toque.

Ciel apertou os dedos envolta da banheira de mármore, mordendo o lábio inferior com força, os toques do mordomo lhe causavam arrepios estranhos. Era tão bom sentir aquilo. Estava absorto em pensamentos como este, quando escutou a pergunta do mordomo: " Por que ? " , ele perguntou. Mas nem mesmo o conde sabia o porque de tal ordem! Com a voz um tanto baixa, sibilou: - Hoje é meu casamento, devo ficar limpo o suficiente.

Sebastian riu. Aquela era a melhor desculpa que Ciel poderia inventar? Realmente, Ciel não bom mentindo. Por fim, ficaram em silêncio, oque facilitou o término do banho do menor. O mordomo enxugou suas mãos em uma toalha ao lado, cobrindo seu mestre com outra. Enquanto o garoto se dirigia para o quarto, o mordomo pegava-lhe as roupas: Um terno formal com uma gravata azul. Azul ficava muito bonito em Ciel. Sorriu com tal pensamento, enquanto virava-se para o garoto que estava sentado na cama, com a toalha enrolada envolta de seu corpo.

- Ande logo! Está frio, Sebastian. - Bradou o menor, se levantando e jogando a toalha em um canto qualquer, deixando a mostra seu corpo nu. O mordomo engoliu um seco. Ciel possuia dezessete anos, não era mais aquele garotinho - garotinho que o fizera ter pensamentos nada castos, mas que não executara. Ciel era apenas uma criança na época -, e sim um belo rapaz. Quantas perguntas e desejos deveria ter? Ah, era apenas um humano. Se aproximou do garoto com passos lentos, para poder aproveitar a visão, e se martizirou por isso. Não deveria ter falsas expectativas para com o garoto. - Sebastian!

- Levante uma das pernas, bocchan. - O garoto acatou a ordem, enquanto o mais velho colocava-lhe uma meia preta. As roupas para um casamento eram estranhas, comparadas as que ele usava normalmente, principalmente a falta das meias que iam até os joelhos. - Agora, levante a outra. 

Ciel obedeceu, enquanto Sebastian colocava-lhe a outra meia. Logo, fora a cueca box, seguida da calça que fazia conjunto com o terno, combinando. Tudo escolhido por Elizabeth, para o casamento deles. Casamento e Elizabeth eram duas palavras que faziam a cabeça do conde girar! Como amar Elizabeth? Para ele, ela sempre seria a garota que brincara consigo e Sebastian, o cachorro dos Phantomhive. Uma boa e velha amiga. Jogou a cabeça para trás, confuso. Como casar-se com quem não amava? Olhou para Sebastian e, seu coração apertou. Oque aconteceria com Sebastian? Ainda não haviam completado a vingança do garoto... Então, Sebastian ficaria ao seu lado, não é?

Não. 

Sebastian colocou-lhe uma camisa branca e o terno, terminando com o nó da gravata. Havia sido rápido demais... Logo, perderia seu mestre. Para sempre. Suspirou e, como se pudesse ler os pensamentos do garoto, disse: - O bocchan não precisa mais de mim. Fui um péssimo mordomo, sequer consegui completar vossa vingança em dez anos. O contrato está acabado.

O garoto arregalou os olhos. Quem não o conhecesse bem, diria que o mesmo estava desesperado. Oque Sebastian acabara de dizer?! Era o fim do contrato? Não mais teria Sebastian ao seu lado? E, pela primeira vez, não pensou em sua vingança, mas sim em seu querido mordomo. - Não pode fazer isso. - Respondeu, cerrando os punhos e trincando os dentes. Sebastian não poderia lhe deixar!

- Gomenasai, bocchan. Mas eu- O mais velho fora interrompido pelo garoto segurando-lhe as pontas do fraque, com força. Aquele "brilho" na única orbem azul do garoto só podia significar uma coisa: O início das lágrimas. Engoliu um seco em sua garganta. Não queria ver o garoto chorar... - Bocchan, o senhor não precisa mais de mim. 

- Não me importa! Você disse que estaria do meu lado até o fim! - Bradou, enterrando a cabeça no peito do mordomo, a beira das lágrimas. - Você não pode, Sebastian.

O mordomo levou a mão esquerda à nuca do garoto, e com a destra segurou-lhe o queixo, fazendo-o erguer a cabeça. Fitou-lhe a orbe azulada, com um sorriso terno, enquanto o garoto fechava os olhos, deixando uma solitária lágrima rolar sobre a pele a alva. Com o polegar  - mesmo que enluvado -, secou as lágrima do garoto, aproximando seu rosto ao dele, sussurrando: - Está tudo bem, bocchan. - Dito isto, uniu seus lábios aos do garoto, em um beijo lento. Por instantes, o garoto nada fizera, surpreso. Mas aos poucos, começara a retribuir ao beijo, desajeitadamente. Era seu primeiro beijo, não sabia bem oque fazer. - Apenas relaxe e tente me acompanhar, certo? -  Sebastian disse ao separar seus lábios aos do menor. O garoto assentiu com a cabeça, iniciando ele mesmo, outro beijo com o mordomo, que segurou-lhe a nuca com força.

As línguas travavam uma deliciosa batalha, lutando pela dominação e, Sebastian óbviamente estava ganhando. Separaram-se apenas pela falta de ar do garoto, que mantinha-se agarrado ao mordomo. Sua cabeça se encontrava no peito do mais velho, com a respiração e o coração descompassados. Sua cabeça girava, estava confuso. Ele estava apaixonado por Sebastian? Mordeu o lábio inferior, enquanto o mordomo acariciava-lhe os cabelo. Era bom.

Mesmo que o mordomo quisesse manter tal proximidade, teve que soltar o garoto, devido a três batidas na porta e uma jovem entrando: Era Paula, a empregada de Elizabeth.  

- Hey, vamos! Elizabeth-sama está o esperando, Ciel-sama! - Disse, animada. Trajava um vestido vermelho com um laço na cintura, mas sem ser vulgar e deixar a fofura de lado. Certamente, escolhido por Elizabeth. - Estaremos os esperando lá embaixo!

Ciel olhou para Sebastian, confuso. Após aquele beijo, como eles ficariam? Pensou em segurar a mão do mordomo, mas o outro fora mais rápido, pegando-lhe pelo pulso e marchando para fora do quarto. Qual era o problema de Sebastian? Por que parecia estar com tanto ódio? 

O mais velho praticamente jogou Ciel na carruagem, tentando manter a compostura. Fechou a porta da carruagem e se dirigiu para guiar os cavalos, sussurrando um "merda". Estava perdendo a compostura de mordomo perfeito. Mas que se danasse! Ele já não havia quebrado o contrato? Então, não importava mais. Nada mais lhe importava. Deixaria o garoto na igreja e sumiria da vida do menor. Para sempre.

Não demorou muito para que chegassem a igreja, no horário exato. O mordomo ajudou o garoto a descer, nervoso. Ciel estava nervoso também ,porém assustado com as atitudes do mordomo. Inspirou todo o ar possível, numa tentativa de se acalmar. Segurou a mão do garoto delicadamente, guiando-o até a porta do local. Ciel apertou a mão do mais velho, corado. Não faria nada, talvez soubesse como Sebastian estava se sentindo: com ciúmes.

O garoto subiu ao altar, esperando sua noiva. Elizabeth entrou acompanhada de seu pai, o marquês Middleford. A marquesa sorria de orelha à orelha, escondendo as lágrimas que tentavam vir aos seu olhos. O altar estava decorado com azaléias silvestres e o padre os esperava.

Quando a garota ficou ao seu lado, olhou de relance para a porta da enorme igreja, podendo vê-lo: Seu mordomo, Sebastian Michaelis. Seu coração saltou pela boca, completamente apertado. Ouvira o padre dizer algumas coisas, mas nada que desviasse seus pensamentos do mordomo. Sebastian estava ali, escorado no portão de madeira e com os braços cruzados. Se estava enxergando bem, os olhos do mordomo estavam vermelhos.

Elizabeth terminava seus votos, chorando bobamente. Colocou a aliança no dedo do garoto, sendo a vez do mesmo dizer "sim". Ou até mesmo um sonoro "não". Ciel não escutava nada, queria correr até Sebastian e implorar para que o mesmo estivesse ao seu lado. Mas não o faria, era um Phantomhive.

Havia visto dezenas de homens morrerem pelas mãos do mordomo, por uma ordem sua. Havia visto até mesmo a morte de pessoas inocentes. Ele vivia para eliminar os crimes do submundo, utilizando de todos os métodos precisos.

Mas por que ele, um simples mordomo - e homem -, fazia lágrimas virem aos seus olhos? " O bocchan  não precisa mais de mim ". Aquilo era uma grande mentira. 

- Shieru? - O garoto 'acordou' de seus devaneios quando Elizabeth o cutucou. Olhou de relance para os convidados, Elizabeth e o padre. Engoliu um seco. Oque faria? Não amava Elizabeth e seus pensamentos se focavam em Sebastian. Cerrou os punhos e fechou os olhos:

- Eu [...] 


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Notas finais do capítulo

Final em aberto para você decidirem. Ciel irá se casar ou não? Eu me segurei pra não fazer ele correr pros braços do Sebastian ._. Snif, meu OTP. *seca lágrimas*
Ah, recomendando marotamente por ser de PJO: http://fanfiction.com.br/historia/376656/Uma_Viagem_Sem_Bencao/
É do Rafa, >meu< filho de Hades fofinho, nyu. Leiam e mandem review, ou eu mando minhas gazelas comerem o c* de vocês. ^3^
Ah, sobre a 10 dias para conquistar lorde Ciel... O LEMON MISAKIxKAORU TÁ PRONTO, AEEE /o/ 2.000 palavras de puro s&m, cara. Agora, só falta a parte SebaCiel, enfim. Beijos, Elzetes~