O Baile De Máscaras escrita por Crush Instant


Capítulo 1
O Príncipe Encantado


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, aqui estou eu postando mais uma fic!!
Eu sei que não terminei a da Chapeuzinho Vermelho e Robin Wood, mas essa ideia me ocorreu e eu não podia para de escrever, mas agora vou me dedicar a acabar a outra fic. Essa fic já está terminada e salva no meu computador, então a frequência da postagens dos capítulos vai depender dos reviews, mas no começo vai ser um capítulo por semana. Como já disse nos avisos, se já leu minhas outras fics, tem mais ou menos o mesmo estilo. Espero que gostem dessa minha ideia e boa leitura :)



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Querido Diário.
 
Acho que só eu tenho essa habilidade incrível de me decepcionar. Todos os garotos que eu já gostei ou fiquei nunca são o que eu imaginava, sempre davam um jeito de me magoar ou me esquecer, e com o Renato não foi diferente. Aquele idiota ficou metade da festa da Mari de ontem tentando ficar comigo e depois que conseguiu nem olhou mais pra minha cara na festa!!! E depois ficou com a Bia!! Canalha, idiota, retardado, cachorro!!! Será que algum dia eu encontro alguém que goste mesmo de mim? Alguém que não queira só ficar comigo? Por mais que eu quebre a cara, não perco as esperanças.”


       Fechei o meu diário e deitei em minha cama. Essa não era a 1° e provavelmente não seria a última vez que eu me frustrava desse jeito. Acho que tenho sorte de nunca me apaixonar por esses garotos. Fecho os olhos e lembro-me do Renato. Ele é loiro, alto, tinha sempre gel nos cabelos, e uns olhos azuis muito lindos. Ele entrou na minha escola esse ano, o nosso último
, e sempre foi tão legal comigo... Até me beijar na festa da Mari, e depois correr atrás da Bia!

            Mariana é minha melhor amiga, e fez 17 anos ontem. Não é muito alta, mas não é baixinha, tem os cabelos curtos pretos, a pele negra e os olhos cor de mel. Ela tem um namorado, João, e só chamou o Renato pra festa porque sabia que eu gostava dele. Isso mesmo gostava! Não quero nem mais olhar pra cara daquele infeliz.

            Já a Beatriz é a pessoa que eu mais odeio no mundo, mas infelizmente ela é amiga da Mari. Ela é do meu tamanho, loira dos cabelos longos e bem lisos, os olhos bem verdes, e se acha demais por causa disso. Ela adora roubar o que é meu, os garotos que eu gosto, a minha melhor amiga, a única coisa que eu não deixo ela ter é o Arthur.

            O Arthur é a melhor pessoa desse mundo. Ele é mais que meu melhor amigo, é quase um irmão. Nos conhecemos desde os 10 anos, e somos inseparáveis desde então. Ele é mais alto que eu, tem cabelos pretos meio bagunçados naturalmente, os olhos castanho escuro, e a Bia adoraria tê-lo como namorado. Há tempos que ela pede pra Mari ajudá-la com o Arthur, mas eu digo pra ela nem tentar, eu não vou deixá-la ter até o meu melhor amigo! A minha sorte é que ele concordava comigo.

            Cansada de sonhar acordada, abro os olhos e olho pro meu quarto. No total, ele tem três portas, uma que dava pro banheiro, outra pro meu closet e outra pro resto da minha casa. Duas dessas portas ficavam logo na frente da minha cama, a da direita era a do banheiro e a da esquerda a do closet, e no meio delas tem uma poltrona roxa, onde estava o vestido preto que eu usei ontem à noite. Do lado direito do meu quarto, tem uma enorme janela, com um baú, que tinha uma almofada na tampa, na frente, da largura da própria janela. As cortinas brancas estavam abertas, deixando o sol do meio dia entrar. Ao lado esquerdo tem a 3° porta, uma mesa com o meu notebook rosa e alguns porta-retratos. Do lado tem uma estante cheia de livros e CDs. A cada lado da minha cama tem um criado mudo, o da direita com o meu telefone rosa e o meu celular e o da esquerda com mais alguns porta retratos. Meu quarto é roxo e branco, e tem pôsteres espalhados pelo quarto inteiro.

            Meu celular toca. É o Arthur
- Alô?
 - Manu
- Oi Arthur!! Tudo bem?
- Sim, mas já você..
 - Eu? Por que acha que eu não estou bem? – eu disse. Cara, ele me conhece muito bem.
- Eu vi como você saiu da festa ontem, e nem falou comigo
 - É... Sobre isso...
 - Vai me contar o que aconteceu
 - Caramba, você não deixa passar nada. Ok pode vir pra cá?
- Vou esperar o meu pai chegar e ai eu vou, pode ser
 - Claro
 - Ok. Um beijo e até daqui a pouc
 - Até. – eu disse e ele desligou.

          Desci da minha cama e fui tomar um banho. Como tinha voltado tarde da festa, acabei de acordar. Abri o chuveiro e deixei a água cair pelo meu corpo, só pensando no que o Arthur diria quando eu contasse o que aconteceu ontem. Ele não aprovava essa minha “procura” pelo meu príncipe encantado, sempre me disse que quando eu achasse o cara certo, eu saberia, e pra piorar ainda mais a situação ele nunca foi com a cara do Renato. Por um lado, eu sabia que ele estava certo, mas não conseguia de deixar de ver o meu príncipe em cada garoto novo que aparecia. Saí do banho, fui pro meu closet, escolhi um vestido e uma rasteirinha (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=85008516&.locale=pt-br). Me olhei na espelho e ajeitei o meu cabelo. Eu não me achava feia,  sou alta, tenho os olhos cor de mel, uma pele branca demais pro meu gosto e os cabelos morenos longos e ondulados. Terminei de passar o meu batom e desci as escadas.
- Oi filha – disse a minha mãe, quando cheguei na cozinha
- Oi mãe – eu disse, dando um beijo nela. – O que tem pro almoço
- Macarrão e frango cozido, comida de domingo! – ela disse, já pegando um prato pra mim – Vai almoçar?
- Claro. – eu disse, pagando o prato da mão dela e me servindo. Me sentei no sofá, coloquei no Cartoon Network e comi feliz
                
Assim que acabo de comer, a campainha toca.
- Deixa que eu atendo, deve ser o Arthur.  – Eu digo, correndo pra porta.
- Oi Manu – diz ele, quando eu abro a porta.
- Oi Arthur. Vamos andar um pouco? Não quero mais encarar as paredes do meu quarto.
- Vamos. – ele diz, se afastando da porta pra que eu pudesse passar.
- Mãe, vou no parque – eu grito antes de sair
- Ok filha! – ela grita de volta. Saio e fecho a porta atrás de mim.
            Eu e o Arthur começamos a caminhas até o parque perto da minha casa, nenhum dos dois falava, até que ele resolveu quebrar esse silêncio
- Quem foi o idiota dessa vez?
- Como assim? Por que você acha que o meu problema é sempre com garotos?
- Porque, de uns meses pra cá, são os seus únicos problemas, e você sabe disso.
           
  É, ele ta certo.
- Ok. Eu meio que fiquei com o Renato na festa de ontem
- O QUE?? Como assim Manuela?

  Eu odeio quando ele fala o meu nome inteiro...
- Ué, ele me pediu e eu fiquei...
- Mas ele não presta Manu!!! Poxa, eu te disse isso, ele é um galinha!!!
- É, agora eu sei disso.
- Ótimo, melhor assim. Eu não sei porque você fica insistindo nessa de que todo o garoto que você encontra na sua frente é o seu príncipe encantado.
- Arthur...
- Manu para! Eu já te disse, você não precisa dar uma chance pra todos os garotos que vê na frente pra achar o seu príncipe. Manu, olha pra mim – diz ele, parando no meio do caminho e segurando o meu braço pra que eu parasse também. – para de procurar. Espera ele vir até você.
- Mas e se ele não vier? – eu digo, quase chorando.
- Então ele vai perder uma garota maravilhosa. – ele diz, sorrindo.
- Ai Arthur...
- Tem tanta coisa pra fazer no mundo, tanto a se conhecer, tanto a aprender. Por que fica correndo atrás desse príncipe? Por que não deixa pra correr atrás dele quando achar aquele por quem você realmente se apaixonar?
- Eu não sei!!! Eu simplesmente não sei – eu digo e ai começo a chorar. O Arthur me abraça e me faz sentar no meio fio.
- Quer um sorvete? – diz ele, rindo.
- Você sabe exatamente como me deixar melhor não? – respondo, rindo também.
- Vamos, tem um super sorvete de pistache esperando por você – diz ele, me puxando pra que eu levantasse. Ele passou o braço pelo meu pescoço e continuamos descendo a minha rua, a caminho da sorveteria.
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       Entramos na sorveteria, sentamos em uma mesa bem perto da porta e pedimos os nossos sorvetes. Eu, como sempre, pedi o meu sorvete de pistache com cauda de chocolate, e o Arthur, como sempre, fechou os olhos, girou o cardápio algumas vezes e pediu o primeiro sabor que viu: Milho.
- Mas você não gosta de milho – eu disse, quando nós pedimos os sorvetes.
- Mas o sorvete é bom – disse ele, rindo. Diferente de mim, ele sempre se deixava surpreender, nunca planejava nada, só fazia. Eu gostava muito disso nele.
           Os sorvetes chegaram, e então começamos a conversar sobre a festa de ontem.
- Mas e você, não paquerou ninguém? – eu perguntei.
- Não, mas acho, só acho, que me paqueraram – ele responde, meio irônico
- Te paqueraram ou deram e cima de você completamente?
- Deram em cima de mim completamente
- Ok, quem foi a atirada?
- E você ainda pergunta?
     
 Ah não...
- A Bia????
- Sim.
- Aquela recalcada precisa ter a cara esfregada no asfalto! Você não deu trela pra ela, deu?
- Não – disse ele entre risos
- Ta rindo do que? – eu pergunto, jogando um guardanapo na cara dele
- Você vai mesmo esfregar a cara dela no asfalto?
- Vontade não me falta – eu respondo, rindo com ele. – Mas agora é sério. O que foi que ela fez?
- Ah, quase nada. Primeiro que ela estava com aquele vestido hiper curto e não parava de me provocar.
- Nossa, perceptivo você.
- O que é? Eu sei que ela é oferecida e tudo mais mas não dá pra não olhar! Eu não sou cego.
- Ah ta legal, continua.
- Ai começou a música e ela foi dançar. Até ai você estava comigo, mas ai a Mari veio te chamar e você foi com ela...
- É, ela e o João estavam agitando o Renato pra mim, mas enfim, continue
- Bom, você saiu e ela sentou no seu lugar, e começou a conversar comigo. Ela queria saber se a gente estava ficando ou alguma coisa assim...
- Intrometida!!!
- Sim, mas ai eu não respondi. Bom, depois ela voltou pra pista e começou a dançar com o Renato, e como eu já tava cheio do showzinho dela eu fui procurar você, mas a Mari disse que você já tinha ido e ai eu fui embora.
- Cachorra!!! Não conseguiu ficar com você e foi correndo pro primeiro que viu... Ou pro primeiro que ME viu!!!
- Por que você tem tanta raiva dessa garota?
- No começo não era raiva, eu só nunca fui com a cara dela. Mas ai ela ficou amiga da Mari, e ai eu tentei dar uma chance, mas ela sempre fazia planos e nunca me incluía, e ai eu peguei raiva. Pra piorar, todo o garoto que eu olhava ela também gostava, e muitas vezes chegava no garoto antes de mim. Depois eu descobri que ela queria você, e foi ai que eu comecei a ficar bem longe dela. E você também, não quero você nem no mesmo quarteirão que ela, ouviu?
- Nossa, que ciúmes – ele disse, sorrindo.
- Não é ciúmes! – eu disse, na defensiva.
- É sim.
- É não.
- É sim
- É não
- Então me deixa ficar com ela
- Nunca!
- Ganhei – disse ele, sorrindo vitorioso.
          Nós saímos da sorveteria e passamos pelo parque, onde tinham umas seis pessoas com máscaras distribuindo um papel preto e dourado.
- O que é isso? – perguntei pro Arthur.
- Sei lá. Vamos descobrir – disse ele, indo em direção dos mascarados. Fui junto.
- Baile de máscaras, estão todos convidados para o baile de máscaras que acontecerá na virada do ano!!! – gritou um deles. Arthur parou ele e pegou dois dos papéis preto e dourado.
- Vai viajar no ano novo? – pergunta ele, me entregando um dos papéis. Era um convite, para o baile de máscaras que aconteceria dia 31 de dezembro. Ia ser ali na praça mesmo, e todos deveriam vir devidamente mascarados.
- Uau, um baile de máscaras, sempre quis ir em um. É tão mágico... – eu digo, com cara de sonhadora
- Como assim mágico? – pergunta Arthur.
- Ah, estão todos mascarados, você não sabe quem é quem. É uma ótima oportunidade de se conquistar alguém pelo o que você realmente é, e não por causa da beleza, popularidade ou qualquer coisa assim.
- Ah, não sei não, não gosto dessa ideia.
- Não vai vir?
- Provavelmente não. E outra coisa, eu acho que vou viajar.
- Ah, que pena. Mas eu venho.
- Ok princesa, quem sabe o seu príncipe não aparece aqui? Ou então o seu fantasma da ópera – ele diz, rindo.
- Para – eu digo, batendo no braço dele e rindo também. Ele olhou para o relógio e disse:
- Nossa, olha a hora! Preciso ir, o meu pai está me esperando. Um beijo – ele me dá um beijo na bochecha. 
- Tchau – eu digo. Olho mais uma vez para o convite, e um bom pressentimento me invade.
- Será que o meu príncipe estará aqui? – penso alto. Dobrei o convite e o coloquei no bolso da jaqueta, e ando o curto caminho até a minha casa, só imaginando o que aconteceria nesse baile. 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???????
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