Nós Dois escrita por luud-chan


Capítulo 1
Capítulo Único: Nós dois.


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu peço perdão por qualquer coisa antecipadamente. Eu escrevi isso ainda pouco e estou um pouco drogada. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Tomei um remédio para dor forte e simplesmente surtei e saiu essa oneshot que é um presente para o Lucas-kun, como eu tinha prometido! Ç.Ç

É a minha primeira tentativa de comédia direta, então me ignorem, mas eu espero que gostem, porque eu me diverti escrevendo - ainda não sei se é porque estou rindo de tudo ou é porque eu realmente gostei, mas ok.

Espero que goste Lucas ♥

Boa leitura!

ps: não revisei, sorry.



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Nós Dois


Por onde eu deveria começar essa história?

Bem, eu acho que todos diriam o óbvio: Do começo.

Mas eu irei fazer diferente.

Eu sou Levy McGarden e não tem nada demais nisso, eu sei. Eu gostaria de falar mais sobre mim, mas realmente não há nada de interessante na minha vida até aquele momento. Até um ano atrás, eu não passava de uma estudante nerd do segundo ano do colégio de Magnólia — um dos mais caros e conceituados, por sinal —, baixinha — por mais que eu odeie admitir —, e que simplesmente era apaixonada por livros e não tinha o mínimo interesse em garotos.

Mas isso mudou, acreditem.

Eu sempre fui o tipo de garota que evitava qualquer tipo de confusão e até mesmo as pessoas. Entre livros e pessoas, certamente a escolha sempre seria a primeira. E realmente não há nada de especial em mim, tirando o fato que recentemente, tudo isso mudou. Como água muda para vinho.

Há um ano, um valentão mal-encarado-com-cara-de-toba-o-tempo-inteiro foi transferido para a minha turma. Eu conheço vários valentões, então não acrescentaria nada a minha vida. Bem, foi o que eu achei. Que ingênua.

Devo dizer que, em meus meros dezesseis anos de vida, eu jamais beijei um garoto — ou uma garota, não que eu pense em beijar garotas, mas nunca se sabe, não sabemos como é a vida, ok. Parei. Foco, foco —, nem mesmo um abraço, nem nada. Mentira! Tiveram os abraços do meu pai, claro. Mas acho que isso não conta.

Ou será que conta?

De qualquer modo, eu sou totalmente leiga no assunto.

E bem, acho que é daí que devo começar essa história.

Tem maneira mais estúpida de perder seu primeiro beijo, fazendo respiração boca a boca? Sim? Não? Eu acho que não, hein. Ah, tirando aquele beijo maroto que o Naruto deu no Sasuke, aquilo lá foi tenso, foi mesmo. Eu não gostaria de perder meu primeiro beijo daquele jeito, parando para pensar agora, eu estou no lucro.

Também sou uma otaku. Vocês não fazem ideia de como essa vida é difícil. Todos acham que você é louca e que fica fazendo aqueles cosplays o tempo inteiro. Qual é a dessas pessoas? Por favor.

Espera... Onde eu estava mesmo?

Ah, lembrei! Na parte em que eu perdi meu primeiro beijo fazendo respiração boca a boca. Pois é. Essa é a história da minha vida. Lembram do valentão mal encarado que falei no começo? O nome dele é Gajeel Redfox. Eu não posso dizer muito sobre ele. Além de ele ser um completo idiota, um animal, um bruto, um burro, um estúpido, um brutamontes, um ser com o péssimo humor... Eu já disse burro?

Tirando isso eu não praticamente nada sobre ele. Apenas o fato, que ele foi o rapaz que tocou os meus lábios com os dele, pela primeira vez — na verdade foi ao contrário, mas quem liga?

Ah Deus! Só de pensar nisso eu fico vermelha.

Mesmo que eu tenha feito isso para salvar sua vida.

Vocês devem estar pensando: Por que essa louca não vai direto ao ponto e para com essa enrolação?

Na verdade, a grande resposta dessa pergunta é: Eu não sei. Acho que só estou um pouco nervosa com essa história toda. Foi a primeira vez que beijei um garoto e isso me deixa estranhamente feliz.

Não deve ser difícil presumir que Gajeel fazia parte dessas gangues malucas, que disputam paredes, essas coisas inúteis de garotos, de gangues. E um belo dia, lá estava eu feliz, voltando para meu lar acolhedor, quando me deparo com um bando de delinquentes deixando outro delinquente desacordado no chão.

Agora! Adivinhem o que eu fiz a seguir:

a) Passei por ele como se não fosse comigo.

b) Passei por ele como se não fosse comigo.

c) Passei por ele como se não fosse comigo.

d) Ao invés de passar como se não fosse comigo, além de parar para ajudar, percebi que ele não respirava, fiquei desesperada, tentei pedir ajuda, mas não tinha ninguém. Sacudi o infeliz, mas ele também não acordava. Bati no peito dele com toda minha força — que todos nós sabemos que não é muita —, fiquei desesperada de novo e pensei na única coisa que poderia fazer naquele momento: correr. Porém, entretanto, todavia, meu coração pesou e me lembrei das aulas de primeiros socorros e fiz um boca a boca. Salvando um delinquente estranho e mal agradecido.

Quem escolheu a resposta “d”, levanta a mão! Aposto que todos acertaram.

Eu ainda consigo me lembrar perfeitamente, que de algum modo eu acabei presa com um homem de quase dois metros de altura dentro de hospital, tentando explicar algo — que nem eu sabia o que era —, para um policial estranho, que insistia em fazer a mesma pergunta, mesmo eu dizendo que não sabia nada sobre Gajeel, além de seu nome.

Depois de muitas horas, finalmente pude me livrar de todos os problemas.

Mentira.

Vocês acreditaram mesmo nisso? Eu sou a protagonista da história, então tem que ter mais alguns problemas, umas coisas clichês, ai depois vêm o “felizes para sempre”. Mas não se iludam. Isso não vai acontecer.

Na verdade, em todos os livros que li até agora, é praticamente uma regra que os personagens que se odeiam, fiquem juntos. Então eu resolvi mudar isso. Eu tentei não odiar Gajeel, mas isso foi impossível a partir do momento que ele abriu a boca para falar — na verdade, isso é uma mentira deslavada. Eu jamais odiei o Gajeel, mas sabemos que todos são super fãs de relações tsunderes.

Continuemos.

De todas as coisas que ele poderia me dizer quando acordou, ele disse exatamente:

— Por que tem uma ratinha sem sal olhando para mim?

Sabem qual é a pior parte de ser chamada de rata? É o que o adjetivo seja sem sal. Sabem o que é pior que isso? O insulto não ter sido feito diretamente a mim, mas como uma pergunta para uma enfermeira, que tinha brotado do chão.

— Ela não é sua namorada? — perguntou quase, quase gentilmente. Limpa o veneno madame.

Tsc. Essa nanica sem sal? Minha namorada? Por favor — retrucou de forma arrogante e o fuzilei com o olhar.

— Você não deveria falar assim comigo — eu disse naquele dia. Só agora percebo que perdi uma boa oportunidade de dar um soco bem no meio da cara dele — Se não fosse por mim, não teria a oportunidade de estar sendo tão estúpido e arrogante. Então fique no seu lugar — pensando bem, essa resposta foi muito boa.

A expressão que ele fez foi muito engraçada, de fato. Gajeel guardou silêncio e devo admitir que isso me agradou mais do que deveria.

Essa história toda não serviu para nada, era só algo que eu gostaria de contar. Eu não posso dizer que nossa história, a história de nós dois começou nesse dia, eu posso estar errada. Eu tenho uma mera desconfiança que nossa história começou, assim que ele pôs os pés naquela escola, ou até mesmo quando o nosso olhar se cruzou pela primeira vez. Mas eu não poderia saber disso naquele tempo.

A questão é que como toda história clichê de adolescentes e amor, depois de muitas brigas e implicâncias, nós nos apaixonamos. Eu sei que foi ele que se apaixonou primeiro — por mais que Gajeel negue isso até a morte, porque dizendo ele, foram as minhas súplicas, que nunca existiram, devo acrescentar, que fizeram que o coração dele amolecesse e pudesse se apaixonar por mim.

Nosso relacionamento beirava o ridículo e não estou brincando, acreditem. Gajeel agia como se fosse meu dono, por mais que não trocássemos nada além de insultos quando resolvíamos falar um com o outro. E isso me irritava, já que ele não tinha nenhum direito sobre mim. Mas ainda assim, era engraçado o fato de um rapaz que alegava que jamais se apaixonaria por uma rata como eu, me stalkear sem pudores.

Isso me lembra de uma situação muito assustadora — um pouco engraçada, mas assustadora antes de tudo. Eu estava indo comprar algumas frutas a pedido da minha mãe, e quando finalmente estava pagando e pronta para sair da pequena loja de conveniência, meu celular tocou.

O número era desconhecido para mim até aquele momento — é isso mesmo que estão pensando, era o estúpido do Gajeel —, então eu atendi desconfiada, achando que poderia ser engano.

— Alô? — atendi, começando a passar as sacolas para o caixa.

— Você está esquecendo os abacates. Dos abacates! — avisou.

Devo dizer que até esse momento, eu não fazia ideia de que era Gajeel. Achava que era um louco passando trotes e falando sobre abacates.

— Ham? Quem é que está falando?

Tsc. Você é lerda mesmo nanica. Você está esquecendo os abacates! — repetiu.

— Gajeel?

E ao mesmo tempo em que ficava confusa com o motivo da ligação, comecei a conferir as frutas e percebi que estava realmente esquecendo os abacates. Que raios era aquilo? Levei uns segundos para me dar conta de uma coisa.

— Como você sabe que eu precisava comprar abacates?

Só ouvi uma risada muito esquisita e ele desligou na minha cara.

Desgraçado.

E foi assim que eu descobri que Gajeel Redfox me stalkeava de uma forma, particularmente, assustadora.

Ou como ele prefere dizer: Estava apenas cuidando de mim.

O que é verdade por parte.

Apesar de ter se passado apenas um ano desde que eu o conheci, ainda consigo me sentir nostálgica em relação a tudo isso. Nossa história é uma loucura, algo sem pé nem cabeça, uma história mascarada em cima de um clichê em que o bad boy e a nerd, ficam juntos no final.

Bem, eu não sei.

Não chegamos ao final ainda, mas eu espero profundamente, que tenhamos um... Juntos.

Imagino que estejam curiosos sobre como começamos a namorar. Não? Contarei do mesmo jeito.

Irei admitir uma coisa. Eu gosto de relembrar tudo isso. Faz com que eu me lembre do motivo de ter me apaixonado por Gajeel e isso me alegra. Talvez não estejam muito interessados, mas contarei o motivo: Não faço ideia. Levando em conta que ele é um ogro, não faço ideia de como isso aconteceu. Mas isso é o que me deixa mais aliviada. Eu não precisei de um motivo para amá-lo. Eu o amo apenas por ser o Gajeel.

Ok. Ok. Sem melação, sem melação.

O sol reinava sobre o céu, brilhante. Os passarinhos cantavam, as folhas caíam, era um belo dia. Só que não. Há. É isso mesmo. Na verdade, chovia pra caramba e o tempo estava horrível. Assim como eu. Assim como ele. Como eu não sou vidente, não previ que iria chover e não levei um mísero guarda-chuva, então o resultado não foi outro: Fiquei encharcada.

Gajeel também, como péssimo stalker que ele era, nem levou uma mísera capa de chuva. Jamais esquecerei meu lindo mangá de Lovely Complex completamente destruído.

Choro até hoje.

Enfim...

Acabamos ficando presos em uma loja de conveniência na metade do caminho para minha casa. Um silêncio constrangedor pairava entre nós dois — não que eu me importasse na época, eu estava mais preocupada em lamentar pelo meu mangá destruído —, não nos olhávamos, não fazíamos nada.

Vamos dizer que o meu namorado, na época, não sabia o momento certo de pedir uma garota em namoro, ou como ser romântico — não que ele saiba agora, mas ok. Então o momento que nosso destino foi selado — não —, foi algo estupidamente seco e sem um pingo de doce ao menos para dar água na boca.

Vamos brincar de adivinhação novamente.

O que o Gajeel disse:

a) Eu não sei como ou quando aconteceu, mas estou apaixonado por você. Quer sair comigo?

b) Eu estou perdidamente apaixonado por você, aceita namorar comigo?

c) Se não for para ficar comigo, não ficará com mais ninguém! — Yuno feelings — Então. Namora comigo, sim ou não?

d) Você está choramingando por causa de um mangá estúpido, ratinha? Eu compro outro para você depois, tsc. Para de resmungar.


Quem chutou a alternativa “d” novamente, acertou! Acho que estou facilitando as coisas demais, talvez na próxima eu mude a resposta certa de lugar. De qualquer modo, esse foi o pedido de namoro de Gajeel. Eu não entendi de primeira, claro, quem iria entender uma proposta feita desse jeito? Mas eu não demorei muito a perceber que quando respondi:

— Tudo bem. Mas só se for o que vem com o pôster edição limitada!

Na verdade eu estava dizendo “sim”.

Quando eu paro para pensar nisso, vejo que foi uma das coisas mais absurdas que já aconteceu comigo. Mas o que realmente me fez notar que estávamos namorando, foi quando a professora de literatura nos mandou fazer duplas, e Jet e Droy vieram para cima de mim afobados e o brutamonte apareceu do nada e disse todas as palavras a seguir, com um tom ameaçador:

— Fique longe da minha namorada. A única pessoa que fará dupla com ela será eu. Para sempre.

A coisa mais romântica que ele já me disse.

Ah, o amor.

Desde então estamos juntos. Isso faz exatos sete meses. Mas não se enganem, não quer dizer que só porque estamos juntos, que nos damos bem. Pelo contrário. Eu peguei mais gosto ainda em provocá-lo. É um dos meus passatempos favoritos. Apesar dele revidar com a mesma moeda.

Enfim...

Eu sei que não somos o casal perfeito. Na verdade, estamos longe de receber esse posto. Mas nos entendemos, aos trancos e barrancos, em meio aos tapas e beijos, conseguimos seguir em frente. Eu o amo e ele me ama, e é o que importa. Nossa história é um clichê mascarado por uma paródia de um tentativa falha de comédia romântica, mas eu sinceramente, não acho que isso diminua o que temos.

A história de nós dois, começou com uma tentativa de respiração boca a boca em um beco qualquer. Um salvamento falho. Uma conversa inesperada e uma troca de insultos bem elaborada. Uma venda de abacates e uma compra de um mangá shoujo.

E acho que não poderia ser mais perfeito.

Porque algo ainda me diz, que tudo sobre nós, começou naquele primeiro olhar.

— O que você está fazendo, ratinha? — Gajeel perguntou, espiando por cima do meu ombro enquanto mordia uma maçã.

— Apenas contando a história de nós dois — respondi com um sorriso, fechando o caderno.

— Rum — resmungou. — Espero que não tenha falado mal de mim.

— Claro que não, mal-encarado-com-cara-de-toba-o-tempo-inteiro.

— Olha só, ratinha sem sal! — murmurou com um sorriso-Gajeel.

E então, ele me puxou para si, fazendo com que eu soltasse um grito surpreso e divertido, me abraçando com força, para depois me beijar de uma forma deliciosamente apaixonante — dessa vez, um beijo mesmo e não respiração boca a boca —, deixando-me completamente sem ar. Soltei uma gargalhada, afundando o rosto no peito dele.

No final, tudo se tratava de nós dois.

E eu simplesmente, amo isso.





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Notas finais do capítulo

Gostaram? o/ Espero que sim, sinceramente, essa é a oneshot GaLe mais linda que já consegui escrever. KKKKKKKK xDDD

Bom, espero realmente que tenham gostado - principalmente o presenteado. Até a próxima!

ps: Leitores de Posse, não me matem, a atualização está a caminho e tenho novidades! ♥