Depois do ocorrido de mais tarde, os gémeos já estavam em seu quarto, e Tsubaki ainda ria do que havia acontecido.

– Você viu a cara dela? Estava toda vermelha! - Riu ainda mais.

– Sinceramente... Bastava explicar que estava ensaiando o roteiro. Precisava ir tão longe? - Disse Azusa sentando em sua cama.

– An? - Parou uma pouco de rir, mas logo deu outro sorriso divertido. - Qual parte? “Não pude parar, e me confessei à Azusa”? - Disse rindo. O gémeo de cabelos negros suspirou e fechou os olhos.

– Ema é nova na família, não pode fazer esse tipo de brincadeira na frente dela. Até Subaru se surpreendeu aquela hora. - Fez uma pausa enquanto Tsubaki ria. - Você exagerou, fico pensando se... - Sentiu uma mão pegar em seu queixo, o fazendo abrir os olhos e encarar quem estava a sua frente.

–Fica pensando o que, Azusa? - Se aproximou do rosto do irmão.

Azusa não disse nada. Talvez por falta do que dizer, ou por que nada deveria ser dito. Tsubaki, então, foi diminuindo o espaço entre seus lábios até eles se encostarem, mas nenhum dos dois fechou os olhos. Tsubaki separou os lábios mas não afastou seu rosto do rosto do irmão. Tirou seus óculos e os botou no criado-mudo. Foi deslizando sua mão no rosto de Azusa até seus dedos chegarem a sua orelha.

–Humph. - Riu Tsubaki. - Esta quente.*

Entendendo o que o irmão quis dizer, Azusa pegou sua mão e a tirou de seu rosto.

– Melhor agente ir dormir. - Disse, já se deitando. Tsubaki foi apagar a luz para ir para sua cama também.

– Ne, quando eu abracei a Ema hoje de manha, você pareceu bravo... Mas... - Chegou perto da cama do irmão, aproximando seu rosto novamente. - Mesmo que irmãos ou homens, quando eu te beijo – Chegou mais perto. - Você não parece não gostar.

E enfim, o beijou novamente. Dessa vez, fechando os olhos. E ao se separar, segurou o lábio inferior de Azusa.

– “Oyasumii” kissu dayo.** - Mais uma vez Azusa permaneceu em silêncio. Aquilo foi apenas para provocar ainda mais. Azusa virou para o lado da parede.

Tsubaki foi para o outro lado do quarto se encaminhando a sua cama para poder deitar, mas antes refletiu sobre certas partes daquela noite e riu num único riso irônico e abafado. Em seguida disse para seu irmão:

– Que estranho. O texto que eu estava recitando mais tarde se encaixa perfeitamente com você, Azusa... - Disse sorrindo. - Acho que você deve treinar ele. - Deitou em sua cama.

– Então... - Mesmo tendo provocado, não esperava a voz de Azusa. - Acontece a mesma coisa que do roteiro?

Tsubaki se surpreendeu com a pergunta, depois sorriu fechando seus olhos.

– “Ino ino. O amor é mútuo.”***