Malfoy X Weasley escrita por Nina


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma ideia da madrugada (creio que todas vem assim) que eu resolvi usar, espero que gostem ^^



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Malfoy’s odeiam Weasley’s e vice-e-versa desde que o mundo é mundo. Obviamente, eu seguiria a tradição. E como sempre, a perfeitinha Weasley não desobedeceria ao papai.

E é assim que funciona. Ou pelo menos funcionava.

Alguma coisa deu errado. Tristemente errado. Porque em mais uma das constantes brigas, eu me vi analisando o quão bonito o azul dos olhos de Rose Weasley poderia ser. Azul da cor do mar. Totalmente diferentes dos meus olhos cinza gelados. Desci um pouco o olhar e cheguei até a constelação de pequenas sardas espalhadas delicadamente pelas bochechas. Desci mais um pouco o olhar e encontrei sua boca pequena e rosada.

Ela corou e mordeu o lábio de forma nervosa. Chamou-me novamente de Doninha Acéfala e saiu pisando forte.

Então eu descobri que eu estava apaixonado.

Não que tenha sido fácil admitir, ou até mesmo descobrir e aceitar o fato de estar apaixonado por uma Weasley.

De início eu tinha que falar com meu melhor amigo. E isso foi a maior burrice que eu fiz, já que ele é primo dela. Mas tudo bem, ele disse que eram só os meus hormônios adolescentes e que era extremamente normal pessoas de dezesseis anos terem esse tipo de pensamento. E como ele sabia disso? Alvo Severo Potter lê qualquer tipo de coisa.

Mas aquilo diminuiu o meu desespero por algum tempo.

Bem pouco tempo.

Encontrar uma Weasley (ainda mais se essa for Rose) chorando na Sala Precisa quando você está indo lá justamente para esquecê-la não é algo agradável. Principalmente quando ela está encolhida com muitos pacotinhos de Sapos de Chocolate espalhados em volta.

Dei meia volta e sai. Eu não teria coragem de falar com ela, mesmo querendo abraça-la e protegê-la até o mundo acabar.

Então a possibilidade de ser só desejo foi excluída da lista.

O que sobra?

Ser gay ou estar mesmo afim dela.

Então caro leitor, você pensa que foi aí que eu descobri que eu a amava.

Não.

Eu perdi um fim de semana inteiro em Hogsmeade tentando achar algum garoto “bonitinho”. E eu nunca fiz algo tão inútil na vida. É como pedir que um trasgo soletrasse o seu nome.

Mas ainda não foi aí que eu admiti meu amor por ela.

Obviamente eu sabia que só tinha sobrado isso, mas peguei todas as minhas dúvidas e as mandei pastar. Curiosamente elas foram.

Só para voltar quando eu estivesse sem nada pra fazer.

Bom, quase sem nada pra fazer.

Já que sentir remorso não é algo considerável.

“Ah Scorpius! De que você estava sentindo remorso?” você me pergunta e eu lhe respondo: “Eu briguei com a Weasley e a mandei ir à merda junto com o Scamander”.

O que isso tem de mais?

Naquele dia ela estava chorando por causa dele. E a minha frase só desencadeou uma catarata interior na Weasley porque lágrimas e mais lágrimas rolaram pelo seu rosto.

E isso me fez quase chorar também.

Quase.

Eu ainda sou um Malfoy.

Então, depois daquela briga, eu resolvi admitir que eu estava apaixonado por Rose Weasley.

Deu em merda.

Contei pro Alvo. Que contou pro recalcado do irmão. Que espalhou para toda a Hogwarts que eu estava completamente apaixonado por Rose Weasley. Tudo bem (ou quase), certo?

Não.

Rose Weasley resolveu tirar suas satisfações comigo:
- É verdade? – Arqueou perfeitamente a sobrancelha direita.
- O quê? – Me fiz de desentendido.
- Que você gosta de mim. – Disse um pouco envergonhada.
- De quê isso te interessa? – Cruzei os braços.
- É sério Scorpius. – Scorpius. Ela me chamou de Scorpius. Não foi Malfoy, ou loira oxigenada, ou Doninha Acéfala. Foi Scorpius. E eu sorri com isso.
- Então você quer saber se eu gosto de você? – Me fiz de bobo novamente.
- Sim. E se você fosse rápido eu adoraria. – Ela falou como se para uma criança.
- Não eu não gosto de você Weasley. – Ela suspirou parecendo... Decepcionada?
- Então certo... – Ela olhou pro chão, suspirou alto e olhou para cima. Na verdade olhou para mim, mas é quase a mesma coisa. – Uma pena.
- Porque uma pena, ruiva? – Minha vez de arquear a sobrancelha.
- Eugostodevocê. – Ela falou baixo e embolado. Mas ainda assim entendi.
- Eu não gosto de você. – Comecei a frase.
- Você já disse. – Interrompeu-me e depois corou.
- Me deixe terminar Weasley. – Revirei os olhos. – Eu não gosto de você. Eu amo você e eu não sou gay. Acredite ou não, eu já testei.
- Você me ama? – Ela sorriu.
- Já disse que sim. – Dei de ombros.

Ela ficou na ponta dos pés e passou os braços pelo meu pescoço. Abaixei-me um pouco e beijei-a.

Sim, senhoras e senhores. Eu beijei a ruiva mais irritante de toda a face da terra em um corredor cheio de gente. Eu beijei uma Weasley sem nenhum pudor. Eu aceitei de bom grado as tentativas de assassinato que com certeza viriam. Por parte das duas famílias. E nunca, repito, nunca, fiquei tão feliz de ter tomado uma atitude.

Então você fala “Só?”, Não caro leitor. Tem mais tem muito mais.

E não. Eu não quero lhe contar agora.

Talvez depois.

Talvez.


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Notas finais do capítulo

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