Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 17
Irremediável.


Notas iniciais do capítulo

nossa, to na baddddd hein, só escrevendo capítulos assim... Prometo que nos próximos eu dou uma clareada, as coisas vão melhorar, tanto para nosso querido tony como para nossa fofa ana e sim, vai haver mais desse casal para vocês se deliciarem, daqui a algum tempo, é claro kakakaka
Bom proveito amores. ♥



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POV Ana.


Eu nem sei como conseguir dirigir até a casa do Matheus, as lágrimas inundando minha face como uma cachoeira, eu sai do carro mal fechando a porta e corri até o porteiro pedindo para ele me deixar entrar, subi o elevador todo chorando alto, os soluços podiam ser ouvidos das casas.


Quando a porta se abriu, vi o Matheus, a Maria, a Alanis e até o Léo sentados no sofá conversando e rindo.

– Ana? – o Matheus perguntou preocupado, eu me apoiei no batente da porta e coloquei a mão na barriga, a Alanis levantou do sofá correndo e foi a primeira a chegar em mim.

– Ana, o que aconteceu? – ela segurou meu rosto, eu não conseguia parar de chorar.

– Não era para eles estarem em um avião indo para Las Vegas? – o Matheus me puxou para o sofá e se ajoelhou na minha frente.

– Me fala, o que aconteceu? – ele segurou meu rosto, eu coloquei meu cabelo atrás da orelha e respirei fundo.

– O Tony vai ter um filho. – eu sussurrei baixo.

A Maria abriu a boca em um “o” e o Léo quase caiu no chão.

– Ah meu Deus! – a Alanis colocou a mão na boca e eu não segurei o choro.

– De quem? – a Maria disse baixo.

– Da Alexia. – eu disse sentindo a dor fincando no meu coração, o Léo saiu em disparada para o elevador junto com a Maria e eu não achei que eles iam ficar.

Afinal de contas, tratava do melhor amigo deles.

– Eu disse! – o Matheus gritou. – esse garoto idiota! – ele bateu a mão no sofá e me abraçou.

– Você não está vendo que ela está sofrendo? – a Alanis empurrou ele. – para de recrimina-la. – então ela me abraçou.

Eu queria que o mundo inteiro se explodisse, porque aquilo não podia ser verdade. Alguma coisa tinha que dar certo, o quão errado eu estava fazendo? Eu só queria uma chance para ser feliz, só uma.

– Vocês não vão mais casar né? – a Alanis perguntou baixo e eu balancei a cabeça negando, ela sorriu de lado e o Matheus voltou com um comprido e um copo de água.

– Toma isso aqui. – ele disse dando pra mim.

– O que é isso? – eu perguntei enfiando na boca e virando o copo de água na mesma.

– Calmante. – ele disse me pegando no colo e eu senti meus olhos pesarem e eu tinha caído no sono.



.




POV Tony.



Assim que eu abri a porta a Maria grudou no meu pescoço e eu vi o sorriso do Léo do outro lado, a abracei com força e ela me puxou para sentar.


Confesso que estava me sentindo um pouco melhor de ter eles do meu lado.

– Vou ter um sobrinho. – o Léo disse passando o braço pelo meu pescoço, eu sorri de lado.

– Ou um sobrinha. – a Maria disse sorrindo.

– Vocês estão felizes? – eu perguntei baixo e a Maria encostou a cabeça no meu ombro.

– Por você ter perdido a garota sim, mas por ter ganhado um anjinho, não. – eu sorri de lado e a abracei.

– Eu perdi a garota. – sussurrei baixo, sentindo o bolo na garganta se formar de novo.

– Se anima! – o Léo bateu na minha cabeça. – tem um milhão de garotas no mundo. – ele sorriu e eu abaixei a cabeça.

– Piada idiota, Leonardo. – a Maria rolou os olhos.

– Como que vocês souberam? – eu disse confuso e depois o olhei.

– Estávamos na casa do Matheus e a Ana chegou lá e... – o Léo comprimiu os lábios. – você sabe.

Abaixei a cabeça suspirando alto.

– Ela tá péssima? – eu disse sentindo meus olhos ficarem pesados de novo.

– Com certeza. – o Léo disse ligando a televisão. – mas não vamos falar de assuntos ruins.

Eu achava impressionante a capacidade que o Léo tinha de transformar um assunto chato e uma merda de uma situação normal.

– Quem quer pizza? – ele perguntou tirando o celular do bolso.

– Quatro queijos. – eu disse sorrindo de lado.

– Eca, chulé. – a Maria reclamou.

– Vou pedir duas então. – ele discou o número e fez os pedidos, a Maria aproveitou para tirar os cacos de vidro de uma parte da mesinha e puxar a parte de madeira para perto de nós.

– Eu vou ter um filho. – eu sussurrei sorrindo.

– Idoso. – a Maria murmurou sorrindo.

– Cala sua boca, ele vai me dar um sobrinho. – o Léo sorriu largo e por alguns segundos eu achei que aquela ideia não era lá tão absurda.

Comemos e depois eu arrumei a cama do quarto de casal pra Maria e joguei uma coberta no chão da sala pra mim e pro Léo.

Eu deitei no sofá e ele no outro, ficamos em silêncio enquanto o vento entrava pela janela aberta.

– Você já pensou como vai ser daqui pra frente? – o Léo disse com as duas mãos atrás da cabeça e encarando a lua, ela estava cheia.

Tão bonita quanto a Ana.

– Não faço a mínima ideia. – respondi sorrindo de lado.

– Talvez a Ana e o Augusto reatem. – ele sussurrou e depois virou o rosto pra me olhar.

– Cogitei essa possibilidade. – eu disse ainda olhando para a lua.

– Essa vida é uma droga. – ele suspirou alto e então tomou coragem para continuar. – eu achei que depois disso tudo ia... você quer dizer... – eu podia ouvir ele apertando os lábios e cerrando os sobrancelhas. – cara, vocês dois se amam de verdade.

Eu sorri. Era verdade.

– Acho que não é o suficiente. – eu disse sorrindo.

– Porque você tá rindo? – ele disse confuso.

– Sei lá, essa situação é filha da puta pra caralho, eu transei com a Alexia uma vez só, foi uma noite só. – eu virei o rosto para encara-lo. – e pimba, eu fiz nela o que eu queria fazer na Ana... – ele sorriu meio bobo e então voltou a encarar a lua.

– Quando você terminou com a Maria, eu achei que você jamais sentiria por outra o que sentiu por ela. – eu sorri de novo.

– Cada sentimento foi único. – eu murmurei.

– E mágico. – ele murmurou de volta.

Fiquei em silêncio enquanto a minha mente corria por tudo que havia acontecido comigo e com ela novamente, isso sempre acontecia quando eu achava que era o fim.

E eu tinha tido muitos pensamentos assim por esses dias.

– O seus pais vão matar você. – o Léo quebrou o silêncio do nada.

– E me deserdar. – eu afirmei baixo.

– Provavelmente. – ele soltou uma risada baixa.

– O que? – eu disse virando o rosto para olha-lo.

– Você pode ir morar lá em casa. – ele disse sorrindo torto.

Eu dei um sorriso de lado para ele.

– Você é um viado. – eu disse me virando para o lado e fechando os olhos.

– Também te amo. – ele disse rindo.

– É, eu também te amo. – eu sorri de lado e então deixei minha mente correr para o primeiro dia que eu vi a Ana, e sem querer um sorriso brotou nos meus lábios.

.




POV Ana.






Eu estava sentada em um balanço com aqueles vestidos grandes balonês, tinha uma criança na minha frente, ela tinha os olhos azuis e sorria para mim me chamando de mamãe, era um sentimento lindo.



Eu desci do balanço e andei até ela a pegando nos braços, ela sorriu e então me abraçou com força, ouvi passos pesados atrás de mim e virei o rosto, o Tony estava parado perto do balanço, com os dois braços cruzados, ele tinha um sorriso no rosto e a garota estendeu os braços para ele o chamando de papai, ele se aproximou de mim e a pegou nos braços a rodando no ar.

Eu queria chorar vendo aquela cena.

– Venha querida com a mamãe. – eu disse a chamando, Tony a colocou no chão e ela o puxou pela mão até mim.

Eu queria conseguir falar e dizer que eu estava feliz, mas as palavras simplesmente não conseguiam sair.

– Mamãe, diga que me ama. – a garotinha disse segurando minha mão. De repente ela era uma mulher, tinha seus quinze anos.

Tony ainda era o mesmo, e eu ainda era a mesma, mas a menina crescia a cada segundo.

– Mamãe, diga que me ama! – eu queria falar, mas as palavras simplesmente não saiam.

Então os cabelos dela foram adquirindo um preto bem forte e sua pele foi ficando branca, e então ela era a Alexia.

– Alexia? – minha voz finalmente saiu e a garota me encarou.

– Não mamãe, sou eu. – ela sorriu e o Tony a abraçou.

Eu queria gritar e então tudo começou a ficar preto...

Eu acordei.

A cama que eu estava deitada estava toda molhada e eu chorava, minha respiração estava falha.

– Meu Deus! – eu coloquei as duas mãos no rosto, o choro irrompeu alto e a Alanis foi a primeira a entrar no quarto.

– O que aconteceu Ana? – ela disse sentando do meu lado na cama.

– Eu tive um sonho lindo. – eu disse entre as lágrimas e os soluços.

– E porque você está chorando meu bem? – ela disse segurando minhas duas mãos.

– Porque depois virou um pesadelo terrível. – eu disse entre as lágrimas.

– Como era o sonho? – a Alanis disse puxando meu rosto para encara-la.

– Eu tinha uma filha com o Tony, mas ela cresceu e virou a Alexia! – eu disse caindo no choro de novo. – eu nunca vou ter um filho dele. – eu coloquei a mão no meu ventre. – nunca vou ver uma criança com o mesmo DNA que o meu e o dele, nunca vou olhar e procurar naquela criancinha pequena traços meus e do Tony, porque nunca mais haverá nós... – eu solucei.

– Ana, para de se martirizar. – ela disse baixo.

– Meu Deus, eu odeio essa vida. – eu disse caindo no travesseiro e cobrindo o rosto com as mãos.

– Ana! – ela me advertiu.

– ME DEIXA EM PAZ! – eu gritei. – ESTOU CANSADA DE VOCÊS DIZEREM QUE EU TENHO QUE PARAR DE CHORAR! – eu a encarei. – EU QUERO CHORAR, PORQUE O HOMEM DA MINHA VIDA ENGRAVIDOU OUTRA GAROTA! ME DEIXA CHORAR, ME DEIXA EM PAZ! EU QUERO SOFRER, ME DEIXEM EM PAZ! – eu berrei e então ela levantou da cama e fechou a porta me deixando sozinha.

E eu então eu estava realmente sozinha.

O choro saiu junto com o soluço e eu aproveitei para chorar tudo que eu devia e tudo que eu não devia.

Eu levantei da cama e andei calmamente até a varanda, abri o vidro que me impedia de sentir a brisa e pisei no azulejo andando até o apoio.

O vento bateu nos meus cabelos e eu fechei os olhos enquanto mais lágrimas desciam, apertei ainda mais as mãos no ventre e segurei o soluço que queria sair alto.

– Porque você fez isso Tony? – eu sussurrei ilegivelmente. – porque você não seguiu o nosso plano? – eu precisei soltar uma das mãos da minha barriga e segurar na barra de proteção para minhas pernas não cederem. – porque você faz tudo sempre errado? – eu deixei meu corpo escorregar pelo vidro e deixei minha bunda encostar no chão. – por quê? Porque Tony? – as lágrimas já tinham brotado e se derramaram como duas cachoeiras embaixo dos meus olhos.

– Eu não posso fazer isso. – a Alanis entrou na sacada e sentou do meu lado. – não posso deixar minha melhor amiga sozinha, me desculpe, mas isso não vai acontecer. – ela puxou minha cabeça para seu ombro e eu soltei toda a dor, como se ela realmente pudesse sair de dentro de mim.

Tudo, para nada.

Eu deixei meu corpo escorregar até o chão e minha cabeça cair no seu colo, fechei meus olhos e senti sua mão acariciar a mesma.

– Se fosse você... – eu disse soluçando alto. – você ficaria com ele ainda sim?

A Alanis suspirou alto.

– Você sabe que sim. – ela disse após alguns minutos.

– Então eu sou uma covarde. – eu disse caindo no choro de novo.

– Não Ana, você tem total direito de não querer assumir uma responsabilidade que não é sua. – ela acariciou meu rosto.

– Eu sou uma completa covarde. – eu disse choramingando.

– Não se puna, a culpa não sua! – ela disse segurando meu rosto. – não é sua.

– É claro que é, isso não estaria acontecendo agora se eu não tivesse pedido para ele ficar a quatro anos atrás! – eu não segurei mais as lágrimas e cai no choro.

Eu me sentei de novo e coloquei a cabeça entre as pernas e sussurrei ainda chorando.

– Essa situação é horrível Lanis, eu não sei o que fazer, eu não sei como fazer parar, eu não sei como não sentir a dor. – ela mordeu o lábio para segurar as lágrimas. – eu queria morrer para tentar fazer passar, mas morrer parece uma opção tão egoísta... – ela me encarou. – tenho pra mim que se a situação fosse contrária o Tony jamais me abandonaria, mas eu sou tão egoísta! –eu solucei. – eu não vou conseguir olhar para aquela criança com os mesmos olhos que eu olharia para um filho meu! – solucei de novo. – eu sou péssima, em todos os sentidos. Péssima em ser namorada, péssima em amar, péssima pessoa. Péssima, péssima! – eu coloquei as duas mãos no rosto.

– Eu não sei o que dizer querida, sinto muito. – a Alanis me puxou para um novo abraço. Sua voz embargou e ela soltou um soluço baixo.

– Não diz nada, só me abraça... – eu solucei mais uma vez. – e não me solta nunca.

– Nunca. – ela afirmou baixo e me apertou mais forte em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Reviews?

PS: http://www.youtube.com/watch?v=TPe5WJgBClA&list=RD02DJ0-xMvBvf8
Música do capítulo.



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