Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 16
Ir buscar do desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Well, well.. olá pessoal.

Desculpem a Black sumida e muito atarefada aqui, eu vou tentar fazer um pequeno resumo do que se passa na minha vida, okey? Primeiro, eu odeio matemática e química com todas as minhas forças, é sério. Segundo eu comecei a treinar Muai Thay, então no fim da noite a única coisa que eu desejo é a minha cama e mais nada.

Eu estou descobrindo como o primeiro ano do EM pode ser capetônico e como é ruim ir na piscina sem usar protetor solar. Psé… Estou vermelhinha ( e não no sentido de vergonha).

Mas, depois dessa demora toda tenho algo bom para contar para vocês! O número de leitores em VH cresceu (dai vivas!), e eu gostaria muito de poder conhecer vocês, eu sou uma pessoa muito carente, então venham ser meus amiguinhos sim? Eu só mordo se você pedir.

Como foi pedido por algumas leitoras no capítulo passado, eu tentei fazer algo maior que as mesmas mil palavras de sempre. Espero que gostem…

Ah, mas uma coisa. Eu acho que tenho me desviado muito do foco de Violet Hill, se isso estiver acontecendo puxem (pelo amor de Deus) a minha orelha sim?



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Inglaterra, Hove - Treze anos antes.

Evan, você quer brincar na neve? - escutei alguém perguntar, e mesmo estando de costas não fiz questão nenhuma de me virar.

– Não, Ella - resmunguei irritado. - Isso é coisa de criança.– Mas...mas é divertido - falou pulando na minha frente. - Por favor!

Olhei para minha irmã e bufei alto. Eu odiava neve, simplesmente isso. Ela era fria, branca e tão sem graça, fora que sempre que eu queria brincar de carrinho com Ian na neve, o pai dele nunca o deixava sair de casa.

A neve era chata, e isso era o que eu sempre acharia. Papai vivia dizendo a mesma coisa, neve era ruins para os negócios e ele odiava ter que nós trazer para Hove, fosse no inverno ou no verão, só para agradar a mamãe.

Eu me lembrava muito bem das brigas deles no meio da noite, eles sempre estavam gritando e eu ficava ouvindo atrás da porta. Sei que isso é feio, como mamãe mesma disse, meninos bonzinhos não fazem esse tipo de coisa ou muito menos contam mentiras.

Mas, vendo Ella com suas trancinhas loiras, o vestido lilás e muitas fitas nos pulsos, eu sabia que ela ficaria muito furiosa se eu não fosse brincar com ela.

– Tudo bem, Ella - falei e ela deu pulinhos de alegria - Mas, não vamos longe.

Obrigado, Evan - disse sorrindo e me puxando pela mão.

Foi impossível não sorrir com essa lembrança, acho que era uma das mais felizes que eu tinha, para se não dizer a mais feliz. Ella, minha irmã gêmea. A razão pela qual eu esteja ajudando Violet, embora meu subconsciente diga que essa não seja toda a razão.

Afinal, eu estava a ajudando por livre e espontânea vontade, não?

Balancei a cabeça para livrar minha mente daqueles pensamentos, só o sonho que eu havia tido com ela já foi um tanto… Estranho, para não dizer outra coisa. Eu nunca fui um cara de ter pesadelos, a não ser com aquele maldito dia, aquele dia que abalou as estruturas da minha família ou apenas terminou de ruir com o pouco que eu chamava de “família”.

A caneca de café estava pousada sobre a bancada, bem a minha frente, a fumaça quente que dentro dela saia se misturava com o frio do ambiente, ficando de um branco translúcido, exatamente como Ella gostava de olhar aos domingos. Fechei os olhos por um momento, e em seguida os abri novamente, aquela macha sempre estaria lá, não importa quanto tempo se passasse.

O rio, os gritos, o frio… Sempre irão o atormentar, não é mesmo, Evan? Acho que sim, isso é o mais provável que ocorra, para todo o sempre.

Fantasmas eram como demônios e os meus sempre voltavam com total força para me assustarem. Não que eu tivesse medo de muitas coisas na vida, era mais receio. Receio das coisas saírem do meu controle e novamente a gota de felicidade que eu possuía, escorresse pelos meus dedos.

Porque a minha felicidade era uma variável muito inconstante, um exemplo disso é o sorriso bobo e idiota que eu tenho certeza que está nos meus lábios agora, e tal sorriso era pelas lembranças da noite de ontem. A noite mais normal que eu tive desde que encontrei um monstrinho do cabelo de repolho roxo, caído em um lugar qualquer. Talvez a lei da relatividade estivesse certa, ou era apenas mais um erro.

Porque digamos que talvez, só talvez, hipoteticamente falando, eu pudesse estar gostando do monstrinho. Se não fosse esse o caso eu não insistiria tanto nela não é? Mas, claro que não é isso, Evan. O caso é que você adora trocar saliva com garotas de cabelo colorido e, de preferência, que você conheça a um mês.

Realmente minha consciência era um filha da puta irônica.

Meu celular apitava baixo, jogado dentro de algum bolso da minha jaqueta, nem me dei ao trabalho de pendura-lá ontem a noite, depois que cheguei da casa da Trent. Lembrar de ontem me remetia a Violet, que me lembrava do que eu tinha descoberto e consequentemente aguçava minha curiosidade.

E se no fim, Ian estivesse dizendo a verdade? Como, em apenas um mês, eu já estava quase que totalmente envolvido com uma completa desconhecida, e que pior, sofria de um caso muito grave de psicopatia nível II? Talvez a normalidade não seja algo que o meu intimo planeje encontrar.

Afinal, o que eu quero? Quero vencer uma aposta com meu pai, quero provar para ele que não vou ser uma sombra do mesmo ou viver sobre as regras que ele impõem? Será que realmente é isso? Mas, como eu tenho a chance de fazer isso, se não consigo tirar certa pessoa da minha mente?

Definitivamente eu deveria focar a minha vida em algo menos superficial do que Violet Trent. Isso se eu conseguisse fazer tal proeza.

Rolei meus olhos pelo histórico de ligações perdidas, algumas da faculdade e uma série de mensagens de textos de alguns amigos. Coisas como “Hey, cara, o que aconteceu?” e até mesmo garotas desprovidas de vergonha, perguntando se eu planejo voltar. É claro que sim, ser um ninguém da vida não é algo que eu deseje.

Novamente meu sonho macabro com Violet rodou a minha mente, decididamente eu precisava esquece-ló. Violet não vai me matar… eu acho. E esse é um ponto ruim do achismo, você nunca tem certeza plena das coisas, nunca sabe se aquilo que acredita ser é realmente real ou não. Você só acha que sabe, simples assim.

– Evan! - escutei o grito de Ella, antes do frio dominar tudo ao meu redor.

Meus olhos ardiam pelo esforço de ficarem abertos debaixo da água, bati meus pés e mãos freneticamente, em um sã tentativa de ir para cima. Meus ossos ficavam cada vez mais pesados e em um ultimo impulso joguei meu corpo para cima.

Com muito esforço me ajoelhei sobre o gelo, bem ao lado do buraco que eu tinha caído. Apertei meus braços em volta do corpo, tentando me esquentar, a água fria pingava pelo meu cabelo loiro, que já estava encharcado assim como minhas roupas.

As pontas do meus dedos estavam roxas e eu não parava de tremer. Escutei novamente o grito de Ella, só que dessa vez ele estava mais fraco e menos intenso. Cambaleando me aproximei da borda do rio congelado, e procurei por Ella.

Mas, eu nunca a encontrei. Nunca mais.

O reitor da faculdade havia me ligado nesse manhã, minha vaga na faculdade ainda estava intacta e minha matrícula havia sido trancada. Apesar de todas as ameaças de Don Sattle, ele não permitiria que a notícia de um filho desertor e burro caísse na mídia.

Meu pai era muito mesquinho pra isso. Para ele tudo era a empresa, e tudo de ruim repercutiria de modo negativo para essa maldita empresa e seus malditos clientes.

Pensei em ligar para Ian, afinal éramos amigos de longa data e mesmo que ele insistisse em dizer que eu deveria me manter longe de Violet, ainda era bom poder contar com ele. Ian era o garoto que podia sair na rua descalço, aquele que vivia queimado de sol e andava de skate na calçada. Era meu amigo, e isso é o que importava no final.

Deixei meu café de lado, e joguei uma água no rosto. Pulei os degraus da escada, o que era muito mais divertido do que desce-lós. Bati a porta da casa com a ponta do meu coturno militar e passei pelo jardim.

Novamente o leve ranger do portão me trouxe uma sensação nostálgica, mas, essa era tão distante agora que eu nem me importei. Decidi dar uma folga para minha harley, depois das indas e vindas que ela vinha fazendo ultimamente, talvez andar um pouco fosse me fazer bem.

Eu já tinha me esquecido do quão estranho sair pelas ruas de Hove podia ser, as velinhas olhavam para você pelas janelas, crianças imploravam de dentro das casas para brincarem na neve e alguns adolescentes andavam em pequenos grupos, rumo as docas. Completamente normal, se a normalidade não fosse algo extremamente chato para você.

Meus planos para o dia vagavam desde uma saída com Ian, até uma possível passada na casa do monstrinho mais a noite, só para verificar se ela estava bem ou se queria minha companhia para algo.

Senti meu celular vibrar no bolso, e rapidamente o peguei, passando os olhos pela tela e não reconhecendo o número.

– Alô? - murmurei.

– Evan! - a voz da outra linha gritou, fazendo com que eu afastasse o aparelho alguns centímetros da minha orelha - Oh meu bebê, como você está? Não acredito que aquele estúpido fez isso com você!

– Oi, mãe - disse após reconhecer a voz. Mas, como eu pude esquecer de avisar Aubrey Sattle sobre mais umas das minhas brigas com Dom, e minha nova decisão em vir para Hove? - Por favor, não me chame de bebê. Tenho vinte anos.

– Mas, será sempre o meu bebê. Meu único bebê - não pude deixar de notar uma nota de dor em sua voz ao dizer "único", eu era o único porque a outra estava morta.

Depois de explicar detalhadamente para minha mãe as razões pelas quais eu ferrei com a minha vida, ela escolheu ficar do meu lado, assim como foi na morte de Ella. Apesar de tudo, Aubrey seria sempre a minha mãe e uma mãe não se opõem a um filho, mesmo que isso tenha custado o casamento dos meus pais.

É que depois do ocorrido, nada foi igual era antes. Meu pai focou toda a sua dor no trabalho, isso se ele sentiu alguma dor, já minha mãe pediu o divórcio e uma boa pensão todo o mês. E com esse dinheiro, ela saiu pelo mundo, deixando me com Don, realmente a loucura já é algo presente na família.

Passei na Carter Motors só para falar com Ivan, mesmo tendo seus 1,96 metros, o Carter mais velho tinha senso de humor, isso eu não podia negar. Desde que eu podia me lembrar, o pai de Ian sempre teve os cabelos grandes e a barba por fazer, acho que isso era o que ele guardava dos dias de rock, como ele mesmo fazia questão de nós contar.

Ivan disse que Ian estava nos fundos da loja com alguém que tinha ido ali para vê-ló. Eu agradeci a ajuda e segui para os fundos da Carter Motors, o cheiro de óleo de motor, suor e borracha queimada já não me incomodava tanto assim, acho que com o tempo eu acabei me acostumando com isso.

A porta de ferro dos fundos estava apenas encostada e a corrente largada no chão, seja com quem fosse que Ian estivesse conversando, eu me aproximei devagar para não atrapalhar.

– Eu já te mandei ficar longe dele - parei ao ouvir Ian soar irritado.

– E acha que eu não tento, Carter? Não é como se eu quisesse a ajuda de ninguém, muito menos de um amigo seu - eu realmente conhecia aquela voz.

– Saia da cidade, de seu jeito, Trent. Sei lá, por que não apronta mais uma das suas "besteiras" e pede logo para ser trancafiada no reformatório? - era Violet que estava ali, sem sombra de dúvidas.

– Não ouse insinuar nada!

– Eu falo o que eu quiser, você é uma assassina. - Ian disse e logo escutei um tapa, e pude jurar onde ele havia acertado.

– Você sabe muito bem do que eu sou capaz. E pare de agir como se você não tivesse assistido todo o show, Ian.

Esse foi o momento que minha curiosidade falou mais alto, e foi nesse momento que eu empurrei a porta revelando para ambos que tinha ouvido parte da conversa. E talvez eu devesse ter ficado quieto no meu canto, porque ai só talvez eu não teria a certeza de que Ian sabia o que Violet fez.

E talvez ai eu não ficasse tão chocado por ele estar lá também.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu sei que ainda não respondi os reviews, mas vou fazer isso agora mesmo okey? Como eu já tinha dito não acreditem muito no Ian, ele esconde muitas coisas.

O pai da Violet está vivo e eu só estou esperando o momento certo para mostra-ló a vocês, eu deixei no escuro o que o Evan e a Violet fizeram no último capítulo, afinal ele terminou com um beijo não foi? Veremos quem acerta o que realmente aconteceu, deixem a opinião de vocês nos reviews, e que vença a mente mais milabolante que a minha.

PS: Para quem lê Teddy, eu já comecei a trabalhar no novo capítulo.

Vou indicar algumas fanfics aqui, que eu achei essa semana, estou lendo e amando.

* Quebrando Regras - http://fanfiction.com.br/historia/528561/Quebrando_Regras/ (Um detetive super gato huehue).

* Morrer de Amor - http://teste.fanfiction.com.br/historia/495131/Morrer_de_Amor/ (Eu sou viciada em anjos e demônios, isso é fato e essa fanfic tem me surpreendido muito).

* Problem Temptation - http://teste.fanfiction.com.br/historia/473440/Problem_Temptation (Mais bad boys para minha vida).

* É isso aí pessoal, espero vocês. Beijos.



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