Love To Death escrita por pink unicorn


Capítulo 4
Chapter Four


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Espero que gostem desse cap.
E nele eu vou revelar o nome completo (ou quase) da Faith. E sim, ele é bem ridículo mesmo. Nem eu gostei.
Até as notas finais.



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Faith

Fomos para a arena novamente. Nico me explicou muita coisa sobre como lutar, como usar adagas corretamente e sobre como me defender se um escudo. E com escudo também.

Depois do treino, nós sentamos na arquibancada, bebemos água e ficamos conversando sobre qualquer coisa até a hora do jantar. Nico era bem legal. Eu já disse isso?

Fui para o chalé de Hermes, afinal, eles já deveriam estar se preparando para o jantar. Eu não queria me atrasar. 

- Ah, até que enfim você chegou, Faith! – Connor disse. – Nós íamos ir pro pavilhão e te deixar aqui.

Arqueei uma sobrancelha e sorri:

- Vocês não se atreveriam...

- Quer apostar? Se atrase mais uma vez. – Travis disse. – Agora vamos.

Fui até o fim da fila e segui com eles para o pavilhão. Nico já tinha me contado tudo sobre o acampamento e sobre o que deveríamos fazer. Como as oferendas por exemplo. As Dríades passaram com bandejas cheias de coisas boas e cada um pegava o que gostava, mas depois, tinha que jogar na fogueira as melhores coisas da bandeja. Nico disse que os deuses gostam do cheiro.

Peguei 2 pedaços de lasanha 4 queijos e um deles eu joguei na fogueira. A comida estava muito boa.

- Ei! – Connor, que estava a minha frente, me chamou. – O que está havendo entre você e o Nico?

Eu quase engasguei com a comida. Como assim “o que está havendo?”

- Nada, ué! – Tentei sorrir, mas o que saiu deve ter sido uma careta.

- Não é o que as filhas de Afrodite estão dizendo por aí! – Travis falou.

- É! Disseram até que viram vocês se beijando. – Connor completou.

- Isso é loucura! – Eu disse. – Elas não sabem do que estão falando!

Ok, vou admitir. É raro eu perder o controle desse jeito, mas eu odeio mentiras. Isso me deixa realmente muito irritada.

Levantei da mesa como um raio, sem nem terminar a comida.

- Ei, você não vai ficar para a fogueira? – Travis pediu.

- NÃO! – Eu gritei e saí correndo para o chalé de Hermes.

Isso foi uma atitude um tanto infantil, eu sei. Mas eu fiquei realmente muito brava. Ou triste. Não sei.

Me deitei na minha cama e virei para a parede. Acho que não sei como é ser viva de novo.

Fiquei pensando na bobagem que havia feito ao ter concordado em voltar a vida por tanto tempo que até adormeci. E tive um pesadelo.

Eu estava sozinha em uma praia. O céu estava escuro e raios o cortavam, trovões ribombavam. Já falei que tenho medo de trovões? Não? Ok, então estou falando agora. Eu achei que conhecia a praia, mas eu nunca havia ido a um lugar que é bonito mesmo com chuva. Um homem e uma mulher estavam conversando a beira mar, mas eu não conseguia ouvi-los. Nem chegar perto. Cada vez que eu tentava, um raio me atingia, mas sem provocar ferimentos ou dor alguma. Os raios até pareciam me fortalecer. Eu não entedia o que estava acontecendo. De repente, o homem e a mulher sumiram e reapareceram. Dessa vez, a mulher segurava a mão de uma criança. Ela a entregou para o homem e sumiu novamente. No fim do sonho, uma voz disse: “Sua mãe não morreu.”

Acordei com o barulho de um trovão sacudindo as janelas do chalé. Todos já estavam dormindo e o céu estava muito escuro lá fora, com apenas alguns relâmpagos cortando o céu. Me sentei na cama e vi uma coisa que eu não havia reparado: Na cabeceira da cama, havia um papelzinho com um grande “LUKE CASTELLAN” escrito. Recuei e bati a cabeça na parede.

- Ai! – Esfreguei-a com a mão e levantei da cama.

Não é de se surpreender que essa seja a única cama vazia no chalé. Provavelmente ninguém quer dormir na cama de um traidor. Quebrador de promessas imbecil! – Pensei.

Eu não conseguiria mais dormir, eu pressentia isso. Peguei meus artigos de higiene, uma roupa limpa e fui para o banheiro tomar banho.

Era muito estranho caminhar no acampamento a noite. Estava tudo muito silencioso e vazio. E mesmo assim, senti um arrepio percorrer minha espinha. Eu senti como se estivesse sendo vigiada. Corri para o banheiro, com medo de que o acampamento não estivesse tão vazio assim.

Depois do banho, coloquei a minha roupa. Era um short jeans azul claro, uma blusa de mangas curtas, laranja e com 3 botões perto da gola (eu não os abotoei) e uma sapatilha preta. Deixei os cabelos soltos e fiz uma trança em apenas uma mecha.

Eu não queria sair do banheiro. Eu tinha impressão de que alguém estava me esperando lá fora. Fiquei esperando lá dentro até o sol nascer, o que não demorou muito. Saí do banheiro e voltei para o chalé. O acampamento não estava mais tão vazio assim, mas muitos campistas ainda estavam dormindo.

Sentei na cama e pendurei a minha mochila na cabeceira. Deitei um pouco, na esperança de dormir até a hora do café, talvez. Não deu certo. Eu só conseguia pensar naquela voz dizendo: “Sua mãe não morreu.”

Como ela pode não ter morrido? Ela morreu em um acidente de carro e...espera! Me disseram que eu fui a única sobrevivente do acidente, então eu estava lá, mas não lembro de nada.

Ok, acabo de descobrir que toda a minha vida é uma mentira. Talvez meu nome nem seja Faith. Espera, meu nome não é Faith. Quer dizer, ele é, mas ao mesmo tempo não é. É Audrey Faith, um nome ridículo, pois sim. E eu não sei meu sobrenome. Isso é legal, não é?

Isso é tão confuso! Eu não sei nada sobre mim. É como se eu estivesse com amnésia. Como se alguém tivesse sugado minha memória. E acho que adormeci novamente, pois tive mais um sonho.

Uma mulher de longos cabelos castanhos caramelados como os meus e olhos cor-de-mel. Ela estava sentada em uma mesa com uma toalha branca e rendada muito bonita. A sua frente, estava um homem, mas eu não conseguia ver seu rosto. A mulher sorria amigavelmente para o homem, que deveria estar retribuindo o sorriso.

- Então...- Ela disse. – Sobre a criança...

- Quando ela completar 10 anos, querida. – O homem falou.

- Não podemos adiar?

- Já adiamos por tempo demais. Não dá, mesmo.

- Mas falta apenas uma semana. – Sua expressão se tornou triste.

- Eu sei, eu sei. Mas temos que prepará-la para o mundo real.  

- O mundo real é chato, lá não tem jardins. Ela poderia ficar na ilha comigo.

- Não tente argumentar, é sério. Audrey precisa ir. – O homem levantou da mesa furiosamente (o que me fez lembrar de mim saindo irritada do pavilhão), tremeluziu e desapareceu, deixando aquela mulher ainda mais triste. Ela baixou a cabeça e uma lágrima pingou na toalha de renda, que não me parecia mais tão bonita assim.  


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu até gostei. Adoro escrever sonhos ♥
XoXo ~



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