Taking Chances escrita por Mai_Blossom


Capítulo 9
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem :) Boa leitura!



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Depois de duas semanas com a minha mente – e Kurt – me pressionando, resolvi pegar um avião para Lima. Era agora ou nunca.

Para poupar os esforços da última vez, fui direto para o McKinley. Passar por aqueles corredores era como voltar para casa, uma sensação aconchegante, tranquilizadora. Mesmo depois de tudo o que passei, não conseguia eliminar esse sentimento. Olhei com nostalgia para meu antigo armário, ao lado do de Kurt, mas meu objetivo principal era uma sala.

Pelo horário, o Glee Club estaria a todo vapor. Olhei pelo vidro da porta e confirmei minhas expectativas.

– Com licença! – disse entrando na sala e logo fui recebida por gritos e abraços carinhosos.

Abracei o Sr. Schue e ele me apresentou aos novos alunos.

– Olhem quem está aqui! Gente, vocês provavelmente a viram no Dia dos Namorados, mas vou formalmente apresentá-la: esta é Rachel Berry, um dos maiores talentos que já participaram deste clube.

– Oi gente! Muito prazer.

– Mas diga-nos, veio matar as saudades? – perguntou Sr. Schue.

– Bom, na verdade eu estava procurando o Finn. – disse envergonhada.

Todo mundo ficou em silêncio por um instante e fiquei meio confusa.

– Ele não está mais aqui. – Sr. Schue respondeu com a voz estranha.

Foi então que uma menina nova e loira das Cheerios se manifestou:

– É... Ele foi embora depois de beijar a Srta. Pillsbury.

Todos olharam com cara feia para ela e até consegui ouvir Tina resmungando um “Fique quieta”. Então foi isso... O Sr. Schue descobriu! Que vergonha, acho que deveria ter ido primeiro até a casa dele e...

– Espera! – disse uma menina nova também, de cabelos castanhos e olhos azuis... Marley se não me engano – Olha todos nós sabemos que o que ele fez foi errado, mas ele me ajudou uma vez. Eu disse que ele seria um ótimo professor, então acho que ele foi atrás disso.

– Marley está certa. Se você quiser encontrá-lo, ele estuda na Lima University. – explicou Sr. Schue.

– Sério?! Muito obrigada! – disse abraçando o professor e cochichei – Desculpe por ter levantado o assunto...

– Tudo bem. – ele piscou – Mas você não vai ficar nem para cantar uma música para nós? Por favor!

Bom, já que eu estava ali...

***

Depois do ensaio, fui até a Lima University. Não sabia que ele finalmente tinha descoberto seu sonho. Pelo menos agora estava mais tranquila para falar com ele.

Pensei que demoraria horas para encontrá-lo e teria que ligar para Kurt, mas na verdade ele era bem popular para um calouro. Para ser sincera, estava morrendo de ciúmes de todas as garotas que me indicaram o prédio em que ele morava. Era só falar o nome dele e elas já davam risinhos maliciosos e começavam a falar de grandes festas. Okay, Rachel, pare de pensar nisso. Foi você quem terminou com ele. Argh! Mas é tão difícil!

Contendo meus ciúmes, e praticamente perguntando de porta em porta, encontrei seu dormitório. Nunca pensei que encontrar um quarto fosse tão difícil. Bom, era a hora da verdade.

Bati na porta e esperei. Surpreendentemente quem a abriu foi Puck.

– Puck?! O que está fazendo aqui? – perguntei surpresa.

– Haha oi Rachel! Estou curtindo a vida de universitário, isso é maravilhoso! Você está procurando o Finn?

– Sim, ele está?

– Não, mas eu ligo para ele, se você não se importar em esperar. Entre.

O quarto era típico de dois universitários. Um beliche no canto, uma escrivaninha, uma cadeira e claro, muitas roupas espalhadas pelos cantos. Sentei na cadeira e Puck ligou para Finn.

– Oi cara, você vai demorar muito? É que tem uma visita aqui pra você. – Puck esperou ele responder. – Então combinado! Não se esqueça de que a festa é às oito horas! Tchau.

Assim que desligou, ele me disse:

– Bom, ele já está chegando. Foi comprar umas coisas para a maior festa do ano! Sério, estou amando a faculdade!

– Haha fico feliz, mas devo admitir que estou um pouco surpresa de te ver aqui... Que curso está fazendo? – perguntei.

– Eu?! Curso? Que nada! Estou apenas curtindo!

Ficamos conversando por algum tempo e Finn finalmente chegou. Ouvir as coisas absurdas que Puck falava me distraiu do meu verdadeiro objetivo naquele quarto. Comecei a ficar nervosa.

– E ai, cara? Quem é a minha visit... – Finn me olhou surpreso – Oi Rachel.

Ele ficou parado no meio do cômodo me olhando e Puck percebeu o clima estranho no quarto.

– Então... Acho que vou deixar vocês dois sozinhos. Bom te ver, Rach.

Assim que a porta se fechou, Finn começou a falar.

– Olha, se você está aqui por causa do Brody, me desculpe e...

– Na verdade, queria te agradecer por isso. Foi uma pena você não ter ficado mais tempo. – sorri timidamente.

Ele me olhou de um jeito engraçado e sentou na ponta da cama de baixo do beliche.

– Da próxima vez, quem sabe.

– E então... Faculdade. Estou tão feliz por você!

– É... Estou adorando! Têm todas essas festas e irmandades. Nunca pensei que seria tão bom vir para cá. – disse ele sorrindo. – Mas, o que te traz aqui?

O nervosismo começou a se espalhar pelo meu corpo. Como eu ia fazer isso? Decidi falar tudo de uma vez.

– Nós precisamos conversar. – respirei fundo e comecei – Eu estou grávida.

Ver a expressão no rosto dele chegou a doer. Seu rosto, antes tranquilo, passou de surpreso para confuso. De confuso à extremamente sério. Então ele se levantou.

– O quê?! Como... Espera! Você está grávida dele? Não consigo acreditar! Por que você veio até aqui me falar isso? Eu realmente não precisava ficar sabendo. Você veio aqui me convidar para o casamento? Por que tenha certeza que eu não vou.

Ele estava furioso e depois de falar tudo isso, exausto. Eu conseguia ver a tristeza no fundo de seus olhos.

– Você realmente acha que eu seria tão baixa a ponto de fazer isso? Esse bebê não é do Brody, Finn. É seu!

Fiquei com medo de sua reação. Ele se virou com o olhar sombrio. Eu só tinha visto esse olhar uma vez, e os resultados não foram agradáveis.

– Ah! É claro! O filho é meu. Sim, porque eu sou Finn Hudson, o bobo da escola. Eu posso ser idiota, mas não o suficiente para acreditar na mesma mentira duas vezes.

Senti uma dor inexplicável no peito. Doía saber o quanto ele desconfiava de mim. Comecei a chorar e percebi que ele respirou fundo algumas vezes e voltou a sentar.

– Você se esqueceu de quem te contou a verdade da primeira vez? Eu jamais faria uma coisa dessas com você. Eu não viria aqui te dizer isso se não fosse verdade. Estou de aproximadamente três meses. Faça as contas! Nessa época não fiquei com ninguém além de você. – disse com a voz entrecortada.

Ele pensou por alguns minutos e mais tranquilo voltou a falar.

– Você tem certeza?

– Sim, eu tenho Finn.

Ele colocou o rosto entre as mãos e bufou. Massageou as têmporas por alguns segundos e se aproximou de mim. Colocando a mão em meu rosto, levantou meu queixo para que olhasse em seus olhos. Ele sabia que eu não estava mentindo.

Seu olhar desceu do meu rosto e fixou-se em minha barriga. Lentamente, ele colocou a mão em meu abdome e eu a segurei.

– Olha... Me desculpe. Desculpe-me por ser um idiota com você. – disse ele secando minhas lágrimas com a outra mão – Eu já passei por isso antes e me descontrolei. Você sabe o quanto sou sensível sobre esse assunto. Me perdoe.

– Tudo bem... Eu não sabia o que fazer. Ainda não sei ao certo o que vou fazer. Eu precisava te contar.

– Eu sei, eu sei... Nós vamos superar isso. Eu te amo.

Ficamos com as testas coladas por um tempo, até eu me acalmar um pouco. Quando nos distanciamos, peguei a minha bolsa e tirei um pequeno papel de dentro.

– Aqui. – entreguei a ele o papel – Eu fiz o exame duas semanas atrás. Esta é a primeira “foto” do bebê.

Ele ficou com os olhos arregalados e depois sorriu. Nós dois rimos.

– O que vamos fazer agora? – perguntei.

– Eu não sei o que fazer.

– Temos que contar para os nossos pais.

– Até quando você vai ficar? Por favor, não conte nada. Você pode me dar alguns dias para pensar? – pediu ele um pouco desesperado.

– Tudo bem. Mas fico até amanhã. Estou com medo.

– Eu também estou.

O telefone de Finn tocou na mesma hora. Era Puck.

– Oi cara, o que foi? – a voz de Puck estava um pouco alta do outro lado da linha - Eu sei, perdi a noção do tempo. Te encontro lá, okay? Tchau.

– Bom, acho melhor eu ir. Você tem a festa do ano para ir e já está ficando tarde. Estarei na casa dos meus pais se quiser falar comigo.

Peguei minha bolsa e fui em direção à porta. Finn segurou meu braço.

– Espera. – disse se aproximando – Você não está sozinha. Eu só preciso de um tempo.

– Okay.

Sai do quarto e senti o peso saindo das minhas costas. Contar para ele me fez sentir mais segura, confiante. Enquanto estivéssemos juntos, tudo daria certo.

Fui andando para casa. Estava com o rosto inchado, mas tentei parecer o mais calma possível quando cheguei. Logo que entrei, fui recebida pelo meu pai Hiram.

– LeRoy! Venha! Você não vai acreditar quem veio nos visitar!

Depois de um abraço aconchegante de meus pais eu sabia que estava protegida. E nada no mundo me tiraria isso.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Estou curiosa sobre o que estão achando... Se quiserem, deixem reviews! Bjs Mai