De Príncipe Á Prisioneiro escrita por Bengie Narnians


Capítulo 2
Eu Sei, Você É Um Problema


Notas iniciais do capítulo

Titulo pertence a musica da Taylor Swift ♥ Mais um capítulo pra vocês se entusiasmarem e começarem a comentar! ♥ Beijos narnianos!



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[Adolescência]


[...]

A princesa Elídian assim como o príncipe Caspian, está no alto das muralhas do palácio observando todo o reino através dos muros. O príncipe tem seus cotovelos escorados entre as muretas quadrangulares, enquanto a princesa apenas se recosta nas paredes mantendo os olhos no horizonte azulado.

– Um dia eu serei uma grande rainha! –diz a jovem princesa de doze anos.

– Como? –diz o príncipe com um sorriso curioso.

– Ora! Meu pai é um rei, e como uma princesa eu posso vir a me tornar rainha e ocupar o trono um dia!

– Você é mulher, para se tornar rainha precisa ser cortejada por um rei e se casar com ele...

– Ou me casar com um príncipe herdeiro do trono! –ela sorri tocando o antebraço do primo.

– Ah é? –ele ri. – E quem seria esse príncipe?

– Você!

– E quem disse que eu quero me casar com você? –diz o príncipe sem a intenção de ferir a prima.

– Quando éramos pequenos você sempre dizia que eu seria sua rainha!

– É, mas eu não quero me casar com você agora! Já estou mais velho... –ele segue.

– Por que não? –diz franzindo a testa.

– Minha rainha será uma moça corajosa e gentil! –diz olhando para o vasto céu com olhar sonhador. – E aventureira! Ela será inteligente e educada, e linda também...

– Eu também sou bonita... –disse fazendo biquinho.

– Mas ela será mais! –ele sorri tocando o queixo da prima com a ponta dos dedos.

– Duvido! Nenhuma moça com tais qualidade aceitaria ser cortejada por um príncipe desajeitado e estabanado feito você... –disse com uma pontinha de ciúmes.

– Não fique com ciúmes! –ele sorri. – Você será nossa dama de honra!

– Eu não quero ser sua dama de honra... –diz cruzando os braços e recostando-se contra a parede.

– Então o que? –diz se afastando do muro e parando diante da menina.

– Quero ser uma rainha.

– Você poderá se casar com um rei que goste de meninas tagarelas e bobas! –ele ri.

– Eu não sou boba... –reclama.

– Mas concorda que fala demais! –ele ri mais uma vez cruzando os braços e imitando-a.

– Não, e se você quer saber eu gostava mais de você quando tinha nove anos...

– E eu de você quando ainda não falava! –ele ri mais e continua imitando a prima.

– Você é um grosso Caspian... –diz descruzando os braços e dando um tabefe no ombro do primo. – Tomara que nenhuma moça jamais queira se casar com você...

Assim ela se vira verde de raiva e segue as pressas pelo longo corredor das muralhas em direção a porta de ferro.

– Elly? –o príncipe sorri. – Eu estava brincando!



[...]


Miraz estava no gabinete real terminando de assinar alguns documentos importantes e tratados enquanto seu sobrinho o príncipe Caspian X esperava de pé diante de sua mesa em silencio com os punhos cruzados as costas.

– Diga o que foi dessa vez Caspian... –se manifestou o tio erguendo os grandes olhos esbugalhados na direção do sobrinho.

– Senhor, se me permite eu não fiz absolutamente nada assim como em nenhuma das vezes anteriores...

– O que estava fazendo com sua prima? Sopespean me comunicou que Elídian estava chorando e que você havia causado tal reação.

– Não senhor, eu sequer acredito que minha prima estava chorando de verdade...

– Está insinuando que sua prima é uma mentirosa Caspian? –disse Miraz largando a pena e o pergaminho.

– Desculpe senhor, mas Elídian me parecia muito bem quando se dirigiu pela escada seguindo Sopespian para delatar ao senhor meu tio um fato que não aconteceu.

– Então me dê sua versão dos fatos sobrinho. –disse cruzando as mãos cheias de anéis sobre a mesa.

– Elídian invadiu meus aposentos e se apossou de um dos meus bens senhor meu tio. Eu apenas tentei convencê-la a me devolver...

– Elídian entrou no seu quarto Caspian? É isso que está me dizendo?

– Sim... Senhor.

– Então Elídian se apossou de algo que pertencia a você e sua atitude foi avançar sobre ela no corredor como um bárbaro? –disse Miraz ao levantar-se e seguir até a frente de sua mesa.

– Eu não pretendia machucá-la meu tio, apenas reaver o que era meu.

– E conseguiu? –disse o rei sentando-se sobre a mesa.

– Sim...

– Ótimo! E do que se tratava?

– O pingente que pertenceu a meu pai senhor...

– Todo este estardalhaço por conta de um objeto sem valor algum?

– Tem um valor sentimental pra mim meu tio... –respondeu um pouco rancoroso para com o tio.

– Você já não é mais um garoto Caspian... Não deveria se comportar como um. Agora por conta de mais uma das suas travessuras eu terei de castigá-lo...

– Mas tio eu não fiz nada...

– Você nunca faz nada Caspian... E incrível como você está sempre no lugar errado e na hora errada quando coisas ruins acontecem aos cavalos, ou quando os objetos do palácio se quebram, ou ainda quando sua prima se machuca... –disse sendo sarcástico.

– Reafirmo senhor que eu não tive nada a ver com nenhum dos acontecimentos sugeridos...

– Imagino que Elídian, uma menina de treze anos seja responsável por tais catástrofes...

– Ela também sempre está presente quando acontece. Não acha no mínimo curioso tio?

– Ficará de castigo no seu quarto até amanhã de manhã Caspian, pedirei que Cornelius leve seu jantar... –disse Miraz andando ao redor da mesa e sentando-se.

– Não poderei sair nem para as refeições tio?

– Não. Agora saia...

– Mas...

– Saia Caspian eu tenho muitos problemas políticos para resolver...

– Sim senhor...

Inconformado o garoto se retira do gabinete real e segue pelos corredores em passos largos e ásperos enquanto resmunga xingamentos que desejaria dizer ao tio, mas que sabia que apenas conseguiria atrair mais problemas para si caso resolvesse soltar a língua. O garoto subiu as escadas e se trancou em seus aposentos ficando lá até estar completamente entediado com aquelas paredes. Então após a longa tarde, o príncipe recebeu a visita do padrinho Cornelius que subiu com seu jantar.

– Com licença meu príncipe, o rei pediu que eu trouxesse sua ultima refeição do dia...

– Até que enfim... Estou morrendo de fome... –disse logo se sentando diante de uma pequena mesa e se servindo.

– O que fez dessa vez meu príncipe para seu tio colocá-lo novamente no castigo?

– Nada! –disse com a boca cheia de pão. – Foi Elídian como sempre...

– Meu príncipe, não acha que essas brigas com a princesa já estão passando dos limites? –dizia o senhor com voz calma e gentil.

– A culpa é dela Cornelius... –dizia sem fechar a boca enquanto comia. – Sempre dela... Ela adora infernizar minha vida e tirar minha paz...

– Elídian é apenas uma menina príncipe, talvez esteja querendo um pouco da atenção de sua majestade...

– De mim? –disse com os farelos colados ao redor da boca. – Ela quer apenas instigar meu tio a me castigar para que ela se divirta as minhas custas Cornelius.

– Só estou dizendo que vocês eram muito próximos e se gostavam. Talvez a princesa sinta falta de vossa companhia...

– Não fique defendendo aquela pirralha dissimulada Cornelius...

– Não estou meu príncipe, mas talvez o rei esteja certo. Já é hora de vossa majestade crescer não acha?

– Ora Cornelius, se veio me dar sermão por uma coisa que eu não fiz então pode ir embora e levar toda essa comida consigo... –disse se levantando. – Menos este pedaço de pão, porque está delicioso... –disse roubando um pãozinho.

– Perdão majestade! –Cornelius riu do príncipe mimado. – Não me manifestarei mais contra seus argumentos! Agora se me dá licença...

– Já vai? –disse o príncipe entediado querendo conversar.

– Sim, sua majestade o rei Miraz pediu-me que não me demorasse após servir seu jantar meu príncipe.

– Tudo bem... –respondeu o jovem sentando-se sobre a cama com cara de poucos amigos.

– Tenha uma boa noite príncipe! –disse o bom homem ao se retirar.

...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, não deixem de comentar a fic está bem legal eu prometo! E de acordo com os comentários que receber postarei com mais frequência! ♥ se divirtam