The Flame Of The Games escrita por Miss Rogers


Capítulo 6
Capital


Notas iniciais do capítulo

COMO eu andei receendo reviews de vocês, vou continuar com a história. Viu gente é algo tão simples se você acompanha a fanfic.
Então espere que gostem desse que é chegada deles na Capital...
E só para avisar eu tenho um ask especialmente feito para as minhas leitores perguntarem coisas sobre as histórias, elogiarem, criticarem...
http://ask.fm/MissRogers



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Estou deitada sobre minha cama que fica no quarto ao lado do de Gale e Haymitch. Encarar o teto sempre fora a maneira perfeita de passar o tempo e refletir sobre os últimos acontecimentos de minha vida. Poderia permanecer por diversas horas nessa mesma posição e nem veria o tempo passar. Agora essa seria minha rota de fuga da realidade, até que eu conseguisse encontrar uma maneira mais eficiente de me fazer sentir feliz e leve.

Não consigo encontrar palavras que possam expressar a total confusão em que minha mente se contra nesse momento. A colheita, meu pai prometendo mudar, todo o luxo que eu viveria agora, Gale sendo legal comigo, nosso mentor um perdido na bebida... Todos os fatos que ocorreram em único dia estava juntos na minha cabeça nesse instante. Era de se esperar que uma dor estivesse nascendo em meus neurônios. Talvez eu devesse apenas fechar meus olhos e dormir um pouco antes que chegássemos a Capital e fossemos entregues a nossos estilistas que nos transformariam em bonecos.

Dormir? Porque eu faria uma coisa dessas comigo mesma? Já não bastasse o pesadelo que estou vivendo acordada e teria de ainda enfrentar aqueles que assombram meus sonhos durante meu descanso? E será que eles não estariam centenas de vezes piores depois de tudo que ocorreu? Acordar aos gritos e mostrar a todos os presentes naquele trem que eu era fraca para suportar algumas horas de sono? Não, eu não poderia me dar ao luxo de fazer uma coisa dessas. Tentaria permanecer o máximo de tempo acordada possível hoje para que quando chegar a nosso hotel na Capital eu esteja tão exausta que não haja espaço para sonhos no meio de tanto cansaço que eu teria. Sei que essa era uma atitude infantil e desapropriada, mas eu precisava ser forte de algum jeito e descobrir uma solução de como enfrentar esses pesadelos e como evita-los.

Uma terrível lembrança me veio à mente agora e sei que meus olhos estão tomados de pavor. Como irei conseguir me manter escondida na floresta durante a madrugada em que terei de descansar? Se por acaso eu sobreviver ao primeiro dia na arena e conseguir encontrar algum abrigo descente para dormir, como farei para evitar os gritos? Se algum tributo ouvisse meus berros noturnos com certeza me caçaria até me encontrar, assim me matando com um profundo corte na garganta. Isso era algo bastante preocupante e se tornara minha prioridade como treinamento: Como não ter pesadelos.

Não me lembro de alguma vez o tempo ter corrido de uma maneira tão rápida como aconteceu. Em uma hora eu estava pensando em como evitar ter pesadelos durante a noite em plena escuridão do meu quarto, e no outro estou me levantando com um chamado de Effie para tomar café da manhã.

Olho para o espelho sobre a cabeceira e vejo como estou horrível e cansada. Meus cabelos estão mais secos do que o normal e as profundas olheiras são vistas em meu rosto. Vou até o banheiro e lavo minha face na esperança que essa expressão de cansaço fosse embora junto com a espuma, mas me decepciono ao perceber que continuo a mesma coisa. Vou até o vagão de refeição e percebo que todos os outros já estão sentados em seus devidos lugares. Quando me aproximo todos me olham para meu total constrangimento.

–Parece que alguém teve uma noite bem ruim. – Comenta Haymitch. Meu estado estava tão deplorável assim? Agora me arrependo por não ter pedido um copo de leite quente e me aconchegado em uma poltrona qualquer para conseguir descansar por alguns merecidos minutos.

–Você está com uma cara péssima, querida. Não gostou da sua cama? – Perguntou Effie com sua voz fina e doce. Sento ao lado de Gale e me sirvo com uma xicara com bastante café.

–Ela é ótima, Effie. O problema sou eu mesma, acho que fiquei tanto tempo pensando sobre tudo que acabei me esquecendo de dormir. – Eu não queria dizer o real motivo, que era por estar com medo de ter aqueles terríveis pesadelos novamente. A variedade de comida daquela mesa é impressionante e isso faz com que de repente eu começasse a sentir uma enorme fome. Nunca fui de comer muito e isso era um ponto positivo, pois eu não fazia ideia de como iria arranjar comida na arena. Então qualquer pedaço de alimento que eu conseguisse iria durar bastante tempo em minhas mãos.

–Mais algumas horas chegaremos a Capital e vocês irão conhecer o Cinna, estilista do Distrito 12. – Anuncia Effie com uma enorme vibração em seu tom. – Pode aproveitar esse tempo que resta de viagem e tentar dormir um pouco. – Ela me olha de uma maneira carinhosa e concordo com a cabeça.

Realmente sigo as instruções de Effie e logo após o termino da refeição me retiro para a poltrona que ficava em frente a janela do trem. Esse passar rápido de paisagens e a posição com que eu me ajeitara naquela poltrona me fariam adormecer rápido. Agradeci mentalmente por termos mais algumas horas antes de chegarmos a Capital, pois um descanso era tudo que meu corpo precisava.

Não sei quanto tempo esse meu cochilo durmo, mas sinto que é muito pouco ao perceber que alguém sacode meus olhos de maneira nada gentil. Abro meus olhos na esperança de encontrar meu despertador humano, mas tenho a terrível sensação do sol queimando minhas pálpebras que haviam se acostumado com o escuro de meu sono sem nenhum pesadelo.

–Chegamos Ruivinha. É melhor ir se levantando e receber os seus fãs. – Diz a voz de Haymitch. Eu não consigo distinguir nada por um tempo até que minha visão volta ao normal. O que ele queria dizer com fãs? Uma grande gritaria está acontecendo do lado de fora do trem e eu me viro rapidamente para encarar a grandiosa e esplêndida Capital.

Cada detalhe era perfeito e gigantesco comparado ao Distrito em que eu estou acostumada a viver. Monumentos, prédios, um enorme chafariz rodeado por uma agua tão límpida e o sol brilhante que deixava tudo ainda mais maravilhoso. Mesmo acompanhando os Jogos pela televisão e já tendo visto a Capital através de um programa, pessoalmente era muito diferente. Não existia comparação, porém uma coisa não mudava completamente nada e se tornara talvez até mais estranho que era: as pessoas.

Suas roupas coloridas e enfeitas com plumas e grossas camadas de brilhos ofuscantes. Os cabelos tão cheios de chapeis e penteados que mesmo você virando a cabeça em todos os sentidos seria incapaz de entender. Mulheres e homens com cílios gigantescos e sobrancelhas modificadas. Tudo isso não se comparava ao mais incomum de tudo... As peles. Alguns eram azuis demais, outros purpura ao extremo e havia aqueles que fizeram uma mistura de todas as cores juntas em uma só. O resultado foi o pior possível.

–Essas pessoas são muito... Exóticas. – Digo isso para ser educada, pois Effie está sentada no sofá lendo um livro que não consegui entender o nome. Eu não queria de maneira alguma ofende-la, pois estava sendo gentil comigo.

–Para elas, nós somos os exóticos. – Diz Gale que está na janela ao meu lado. Olho para ele e concordo com a cabeça. Elas acenam para nós e eu retribuo gentilmente na esperança de que elas gostem de mim e assim eu consigo patrocinadores. Gale me imita, para delírio de algumas jovens mulheres, enquanto Haymitch nos olha com aprovação.

Sinto sobre os meus pés o trem desacelerando até parar por completo. Esse era o momento em que desceríamos e iriamos ser levados até nossos estilistas, mas olho para o relógio fixo na parede e vejo como ainda está cedo para o desfile dos tributos que geralmente acontece a noite. Noite essa em que os tributos seriam apresentados em carruagens puxadas por cavalos, com trajes que representassem seus Distritos. Como éramos do 12, seriamos os Mineiros de Carvão como todos os outros anos. Era um momento importante, pois esse seria a primeira que os patrocinadores veriam pessoalmente os tributos e já começariam a discutir as possibilidades dessa edição.

–Não está muito cedo para sermos entregues ao Cinna? – Pergunto a Haymitch enquanto vamos em direção a porta de saída do trem. Ele me olha rapidamente.

–Digamos que antes de irem para Cinna, os dois receberão um tratamento. – Diz ele. – Tratamento de desinfecção.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Já sabem né se sim deixem um review pra me fazer feliz *-*
Beijos!