Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 15
Livre para ver o céu


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas :)) aqui estou eu com mais um capítulo.

Estou muito feliz com os comentários e porque a cada dia mais leitores estão acompanhando minha história.. Porém... enquanto as leitoras aumentam os comentários não :(
Não sejam tímidas pessoas hahaha... apareçam, nem que seja só para dar um Oi (ou para dizer que não estão gostando da história, isso vale também).

Bom, quero dizer que os capítulos estão ficando mais curtos do que eu gostaria, mas é tudo o que eu posso fazer para continuar postando duas vezes por semana.

Aos amantes de Clary e Jace: tenham calma, ainda tem muita história pela frente.

Bjos e boa leitura ^^



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- Alguém deveria falar com ele. – disse Maryse fazendo menção de levantar, mas Clary agiu antes disso.

- Eu vou. – Disse ela, levantando-se e pegando um vasilhame com patê de atum e um cesto com fatias de pão.

Ela sabia onde procura-lo, apesar da estufa ser um lugar muito bonito calmo e sereno, ainda tinha um teto de vidro. Benjamin gostava do vento, do frio picando sua pele, gostava de não ter nada entre ele e as estrelas.

Quando ela chegou no telhado, ele estava lá, sentado em uma pequena elevação de pedra entre duas torres da igreja que era o instituto, olhando para o céu. Seus pés não tocavam o chão e parecia que sua mente estava muito longe também. Clary se aproximou e colocou o pate e os pães ao seu lado na pedra.

- Você saiu sem comer nada. – Ela disse e sentou-se ao lado da comida.

Ben olhou para os pães – Você também não comeu. E garanto que esta sem comer a muito mais tempo do que eu.

- Eu comi um sanduíche não faz muito tempo.

- Por que você faz isso Clarissa? – Ele parecia tão triste.

- Não. Não vamos falar de mim agora. -  Clary tentava parecer calma e ser compreensiva, mas se ele insistisse ela não exitaria em fazê-lo comer todo o patê... pelos nariz.

- Vamos falar do que então?

- De nada. Vamos comer.

Clary pegou uma fatia de pão e ofereceu a ele, quando ele a pegou ela conseguiu uma para si própria, olhou para o patê fez uma careta e disse:

- Eu só não trouxe uma faca. – Ben sorriu e respondeu.

- Sempre temos o dedo. – Ele mergulhou o dedo no patê e em seguida em seu pedaço de pão, quando terminou ele ofereceu o dedo a Clary – Você o quer emprestado? –  E ela viu seu sorriso sapeca em seu rosto.

Ela riu, realmente e verdadeiramente riu.

- Não obrigada, eu tenho o meu próprio. E além disso eu não sei por onde esse dedo andou nos últimos meses.

- Ele, e todo o resto que está junto dele, passou os últimos meses sentindo a sua falta. – Ben sussurrou com a voz rouca.

Clary olhou para ele por alguns segundos e então mergulhou o próprio dedo no patê.

***

- Zacharyah, como Benjamin Wharlook um Haikai e Katherine Wharlook estão envolvidos com Clarissa? – Maryse, após processar toda a informação dos dons de Ben agora estava interessada em saber do seu envolvimento com Clary e ela estava no seu modo Mulher Seria de Negócios.

“Eu não conheço a história deles Maryse. Apenas a de Benjamin.”

- Parece que ela saiu da sala em um momento muito oportuno não é?

- O que você quer dizer Jace?

- Ela sabia que o próximo assunto na conversa seria esse, e acho que ela não quer contar.

- Ela só foi ver como ele está. Você não viu como ele parecia mau? – Falou Izzy com uma voz baixa e triste. A história de Ben parecia tê-la afetado muito, por que, ninguém sabe.

- Clary não se parece com alguém que está se preocupando com ninguém neste momento. – Jace continuava seco.

- Do que você está falando? Ela pode não demonstrar preocupação, mas com certeza ela se importa. – Alec entrou na conversa.

- E por que você acha isso?

- Porque ela me ajudou, porque ela ajudou Izzy, se você parar para pensar ela ajudou todo mundo naquele dia no parque, na luta com os demônios. Se ela não se importasse poderia simplesmente ter deixado que eles fizessem o que queriam conosco, estávamos em desvantagem.

- Ou ela pode ter feito isso simplesmente porque seria mais conveniente para ela. – Jace tinha uma grande amargura na voz e estava se empenhando muito para mostrar que Clary não se importava com nenhum deles.

- Alec tem razão Jace. Alguma coisa mudou em Clary, ela está distante, fria e até parece que não se importa, mas suas atitudes com as pessoas com as quais um dia ela se importou mostram que na verdade ela ainda se importa. – Maryse suspirou cansada. – É uma pena que isto não importa para a Clave.

Passos foram ouvidos do lado de fora da sala de jantar e todos esperaram ansiosos pelo dono de tais passos, mas quando a porta se abriu não era exatamente ninguém que eles estivessem esperando, exceto por uma pessoa é claro.

- Ok. Esta não é a recepção maravilhosa que um ser maravilhoso e maravilhosamente vestido como eu espera receber. – Afirmou Magnus vendo as diferentes expressões de decepção nos rostos sentados a mesa, novamente com uma única exceção.

- Agora, por que todo mundo está velando o cadáver do frango na mesa? Se vocês sentem tanto assim por ele não deveriam tê-lo colocado no forno para começar. -  Magnus disse isso fazendo um gesto muito espalhafatoso com as mãos em direção ao enorme frango assado que esfriava no centro da mesa.

- Magnus. – Alec advertiu seu namorado, mas não podia conter um leve levantar dos lábios.

Magnus por sua vez revirou os olhos e sentou-se onde antes Clary ocupava o lugar, e imediatamente começou a colocar comida em seu prato.

- Você sabe sogrinha, eu realmente adoro sua comida.

Todos, até exceto o irmão do silêncio olharam para Magnus com uma expressão de espanto e incredulidade com a palavra ‘sogrinha’, e depois, todos, olharam para Maryse esperando sua reação, Alec estava a ponto de cair da cadeira se não fosse por seu aperto feroz na borda da mesa. No entanto Maryse olhou para Magnus por alguns instantes também muito incrédula do que tinha ouvido, mas depois destes instantes ela balançou a cabeça e disse:

- Comão, Magnus tem razão, velar o frango não é a melhor coisa a se fazer neste momento.

Com espanto por Magnus sair vivo depois de se referir a Maryse como ‘sogrinha’ e por ela ainda ter dado a razão a uma das piadas de Magnus todos comeram a fantástica refeição, da qual Isabelle só tinha crédito por picar os legumes – pelo menos com uma faca ela era muito boa.

***

Enquanto isso no telhado do instituto dois caçadores de sombras estavam saciados com pão e patê de atum, deitados no chão lado a lado, observando as estrelas.

- As estrelas em Nova Iorque são diferentes das estrelas em Londres. – Observou silenciosamente Benjamin

- Eu disse isso a você.

- Não, você me disse, e bem mau humorada, que nunca tinha reparado nas estrelas daqui.

- É verdade. -  Clary concordou. – Mas sabe... depois disso eu sempre olhava as estrelas dos lugares em que eu estava. E só pra que você saiba, elas são diferentes em todos os lugares do mundo.

- Eu sei, eu também olhei para essas estrelas enquanto percorria todos os lugares do mundo que você disse. Te procurando.

Clary virou seu rosto e trocou a visão dos pontos de luz branca no céu negro pelos verdes opacos olhos de Ben que já a observavam.

- Você estava me procurando.  – Essa foi uma afirmação da parte dela. - Por que? Eu disse para você não fazer isso.

- Você disse, mas não me deu um motivo. – Ben fez uma pausa e em seguida acrescentou -  Para não fazer eu quero dizer.

- Não dei um motivo? – Clary parecia não acreditar no que ouvia, e se levantou para ficar sentada.

- Depois de tudo o que eu te disse, você não achou nenhum motivo para ficar longe de mim?

- Na verdade Clarissa, as coisas que você me disse antes de partir sem avisar e sumir por ai, só me fizeram ter mais razões para te procurar. – Ben continuava deitado com os braços embaixo da cabeça, dando a ela seu melhor olhar ‘eu estou me divertindo e você nem sabe o por que’. Isso Irritou Clary.

- Você é maluco.

- Já ouvi muito isso.

- E como você sabia que eu estava aqui?

- Não sabia na verdade. Eu apenas deduzi, conhecendo você, que este seria o lugar para o qual você viria mais cedo ou mais tarde. Eu vim disposto a esperar, não achei que já a encontraria aqui, e muito menos neste estado.

- Que estado? – Clary estava cada vez mais desconfortável com a conversa, ela sabia que ele ia chegar a este ponto uma hora, mas realmente esperava que não.

- Clarissa, você está fraca. Aquilo na sala de treinamento não foi brincadeira. Como você deixou que isso acontecesse. Eu não queria que você tivesse partido sozinha você sabe, e um dos principais motivos que me fizeram vir atrás de você foi isso.

Ben agora estava sentado de frente para Clary e ao dizer estas palavras apontou com a mão para ela mesma. Tinha o semblante muito serio e a voz de quem não aceitaria discussões.

- Eu achei que você tinha entendido que estar bem alimentada e dormir as horas necessárias de sono, são obrigações e não um luxo a se ter. – Benjamin fez uma pausa para efeito e continuou. – Estar sempre bem alimentada e atenta e não se distraindo por causa de fome ou sono são coisas que podem determinar se você vive ou morre. – Ele suspirou. – E você está esgotada, você foi ferida. E como foi isso? Você sabe o que acontece quando você faz esse tipo de coisa, como permitiu chagar a este estado? É perigoso. Perigoso para você e para quem está a sua volta.

Clary estava calada enquanto ouvia o sermão de Benjamin, era incrível como ele tinha a irritante capacidade de fazer isso. Porém ela não poderia discutir com ele. Ele tinha razão e ela sabia, sempre soube de tudo o que ele estava dizendo, mas se via distraída com seu objetivo tão facilmente que comer ou dormir parecia uma perda de tempo, até você ser seriamente ferida, ou morrer ou matar é claro.

Como tinha de fato acontecido com ela. Talvez se ela não tivesse se negligenciado tanto ela não estaria tão exausta quando foi para a outra dimensão, não teria deixado que Sebastian a capturasse que levasse mais um livro, que a ferisse tão seriamente e principalmente que escapasse bem diante de seus olhos. Mas ela não foi capaz sequer de perceber o quanto estava cansada.

 Ao invés disso aqui estava ela, parada por não poder lutar como deveria se encontra-lo novamente. Ela tinha de estar cem porcento quando o encontra-se de novo porque dessa vez ele não iria escapar.

- Foi Sebastian quem me feriu. – Clary falou para Benjamin com a raiva gotejando de suas palavras.

Por sua vez Ben ficou tenso com as palavras de Clary.

- Jonathan? Onde você o encontrou?

- Ele me encontrou na verdade. – E Clary passou a contar para Ben, tudo o que havia acontecido com ela desde que ela o deixou a três meses atrás. E ela se sentiu aliviada. Aliviada em poder ter alguém para confiar sua história, aliviada em ter alguém que a entendia, aliviada em ter alguém que não ia julga-la – repreender talvez, mas não julga-la – e aliviada acima de tudo por ter Ben perto dela.

***

Na sala de jantar após a satisfatória refeição e de colocarem Magnus a par de toda a novidade a discussão era mais amena – mas não menos importante.

- Ela é a mãe de Clary, ela deve saber o que está acontecendo com sua filha. – Maryse tinha uma opinião firme a este respeito, porém parecia ser a única.

- Mãe, seja razoável, você viu como Jocelyn está instável, ela provavelmente vai correr para cá e começar a encurralar Clary e não sei se você notou, mas Clary sempre some quando está encurralada.

- Isabelle está certa, as emoções de Jocelyn não permitem que ela veja a situação como ela realmente é, assim, mante-la afastada, pelo menos por enquanto, e aproveitar a oportunidade com Clary é a melhor escolha.

- Então o que vocês sugerem, deixar Jocelyn desesperada procurando pela filha? Mentir para uma mãe além de mentir para a Clave? -  Maryse dirigia seu olhar para Isabelle e Magnus e foi este último quem a respondeu.

- Não, sugiro que você chame Luke, que converse com ele e explique a situação, ele será capaz de pensar mais claramente e saberá como lidar com Jocelyn.

- Eu não teria tanta certeza. Luke me pareceu bastante fora de si quando Clary apareceu e não acho que ele vá querer mentir para Jocelyn.

- Eu não disse que ele teria que mentir Jace.

Enquanto todos pensavam e ninguém chegava a conclusão alguma, Maryse se levantou e encaminhou-se para a porta, seus saltos ressoando estranhamente era um conforto para todos ali, antes de sair ele disse:

- Vou ligar para Lucian.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem, comentem..

Para segunda-feira teremos um especial de Simon e Izzy.

Bjoss ^^



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