Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 11
Novas Runas


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui esta mais um capítulo.
A partir dessa semana eu começo a postar duas vezes por semana, na segunda e na sexta-feira, só não me crucifiquem se eu atrasar um diazinho (rsrs).
Este capítulo ficou mais como uma conexão, mas o próximo trará muitas novidades (eu garanto) e agradará tanto quem quer ver romance entre Clary e Jace, quanto quem quer ver ela dar uma surra nele hahahahaha.

Muito obrigada por todos os comentários, eles me deixam super feliz hahahaha

Bem é isso *_*

Bjos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387359/chapter/11

***

Duas horas mais tarde Clary ainda não havia dormido. Maryse ficou com ela para que Jace fosse se limpar e descansar um pouco, é claro que ele não foi capaz de descansar nada, assim ele foi até a cozinha e preparou um sanduíche, ele sabia que alguém no estado de Clary deveria comer algo melhor, mas isso era tudo o que ele podia fazer, era isso ou a sobra da comida de Isabelle, e era bem provável que Clary preferisse comer pedaços de carvão á comida de Izzy, então talvez o sanduíche estaria bom.

Quando ele chegou ao quarto com a refeição de Clary, ela ainda encarava o teto. Tudo era muito confuso para ele, Jace tinha um turbilhão de sentimentos dentro de si, o principal deles ainda era magoa era difícil olhar para Clary – principalmente aqui na enfermaria – e não lembrar do dia em que ela o abandonou. Ela tinha dito que o amava e tinha acabado de salvar sua vida, o libertando de Sebastian, a esperança e a alegria que Jace sentiu naquele momento foram tão intensas, mas só serviram para piorar a amargura e a solidão que ele sentiu desde o momento que Clary cruzou as portas da enfermaria e não voltou mais.

Até este momento. E agora estes sentimentos permaneciam nele, ele simplesmente não podia entender por que ela o deixou, e não é como se ela sequer tivesse tentado se explicar. Ela não se importa, ele pensou, e ainda assim ao alhar para ela com o olhar tão perdido Jace sentia um aperto no peito e se perguntava pensando no que fazer para ajuda-la. Era mesmo muito confuso.

– Alguma novidade?

– Ela continua dizendo coisas sobre anjos. E ela disse um nome também. Você sabe quem é Benjamin?

– Não, mas eu também ouvi ela chamar por ele. Bem eu trouxe isso, será que ela é capaz de comer?

– Vamos ver, traga até aqui.

Clary recusou convictamente o sanduíche nem Jace nem Maryse foram capazes de faze-la comer.

Jace se perguntava onde estava Isabelle, o endereço que Clary passou não era tão longe dali, então por que ela estava demorando tanto? Como se tivesse simplesmente se materializado no quarto o irmão do silêncio entrou em seu campo de visão, Jace não tinha percebido mas estava esperando ansiosamente que os irmãos do silêncio voltassem e trouxessem com eles uma curra para Clary.

– E então? Conseguiram descobrir qual é o veneno?

“Sim”

O coração de Jace deu um salto, pelo anjo, ele realmente não era capaz de ver Clary sofrer, o sofrimento dela fazia com que ele quisesse enfrentar o mundo para impedir isso. Ele estava se controlando ao máximo, porque mesmo ele tendo esse sentimento, ele sabia que na verdade ela não merecia ele.

– Então você trouxe a cura? – Maryse agora com seu costumeiro tom de voz duro.

“Não”

– Não? Por que não?

“Porque nós não a temos. Se ela existir, nós não sabemos onde encontrar.”

– Você esta dizendo que não existe uma cura para o veneno que ela tem? – Jace perguntou elevando sua voz.

“Não. Existe uma cura para o veneno. Mas o veneno original, o que esta no corpo de Clary, este foi alterado. Com um feitiço. E para esse nós não temos um antidoto.”

– Um veneno enfeitiçado? – A descrença de Maryse era evidente. – Não é uma coisa que eu já tenha visto.

Jace deixou um grunhido escapar por sua garganta.

– Primeiro um demônio que ninguém nunca viu, depois runas que ninguém nunca viu e agora um veneno enfeitiçado que ninguém nunca viu. O que mais falta?

– A cura que ninguém nunca viu. – Disse Magnus, com as faces estranhamente coradas Jace percebeu, entrando na enfermaria. Ele olhou para Jace. – Veneno enfeitiçado você disse?

– Foi o que Irmão Zacharyah disse.

– Humm, interessante.

– Não vejo nada de interessante nisso Magnus, ela esta morrendo.

Isabelle que finalmente havia chegado, disse com um semblante bastante profundo. Ela trazia uma mochila parecendo bastante vazia nas mãos. Esse tempo todo Clary mantinha-se com os olhos abertos e por vezes Jace a viu segui-lo com o olhar, mas ela não parecia ouvi-los.

– Clary, eu trouxe seu caderno, e o resto de suas coisas também.

Izzy se aproximou de Clary, colocando a mochila em seu campo de visão, mas Clary não moveu o olhar, tampouco falou alguma coisa.

Izzy balançou uma mão em frente aos olhos de Clary, mas ela tampouco respondeu ao estimulo.

– Ela esta consciente não é?

– Eu acho. – Jace se aproximou e a olhou fixamente. - Clary?

– O fogo arde, mas não é dourado é vermelho. Vermelho porque é feito de sangue e o sangue é feito de fogo. O brilho cega e a escuridão é segura.

– Ela esta consciente, mas os delírios estão piorando, eu... – Jace estava exasperado a este ponto, não sabia mais o que dizer ou fazer.

Irmão Zacharyah havia se aproximado dela e abaixado seu capuz, a olhava como se ela fosse algum espécime em extinção.

“Magnus, você disse que Clary curou o caçador de sombras com uma runa que ela criou?”

– Sim, isso foi o que ela disse, e eu nunca tive conhecimento dessa runa de fato.

“E foi ela quem pediu para que trouxessem sua mochila?”

– Sim, - Respondeu Izzy. – Mas ela não pediu exatamente a mochila, ela pediu seu caderno desenhos.

– E falou que precisava da runa. – Jace tinha um ar muito pensativo quando falou.

“E o que tem nesse caderno?” O irmão do silêncio fazia as perguntas com um tom clínico na voz, mas seu olhar continuava penetrante.

– Eu não sei, eu não olhei.

O irmão estendeu sua mão para Isabelle, em um pedido claro pelo caderno.

Isabelle colocou a mochila de Clary no chão e retirou de lá, espantosamente parecia ser o mesmo caderno de desenhos que Clary usava antes de partir, estava em péssimo estado, o que considerando o cuidado que Clary tinha com este caderno era ainda mais espantoso. Sua capa esta gasta e amassada, os cantos assim como varias entradas das folhas do caderno estavam sujas e havia sinais claros de que em algum ponto o caderno foi totalmente molhado. Izzy passou o caderno para o irmão que imediatamente começou a folheia-lo.

Haviam marcas onde as primeiras folhas tinham sido arrancadas o que reforçou a ideia de que este era mesmo o caderno que Clary sempre teve. Conforme o irmão Zacharyah avançava as paginas a incredulidade ficou espantada no rosto de todos ali, que tinham se reunido em torno do irmão par ver o que tinha no caderno.

Runas. Runas e mais runas. Dezenas de runas estavam desenhadas com os traços de Clary. Mas o espantoso não era Clary desenhando runas e sim que todas elas eram desconhecidas.

– Ela... ela criou todas estas runas? – Isabelle perguntou com a voz seca.

– Tudo leva a acreditar que sim. E eu aposto que uma dessas runas será capaz de cura-la. – Enfatizou Magnus.

– Mas qual?

– Infelizmente eu não vejo legendas explicando a função de cada uma. Talvez ela deva pensar em acrescentar isso futuramente.

– Magnus. – Repreendeu Maryse.

– Vamos lá Clary. Você precisa nos dizer qual runa usar.

– Eu não acho que ela esteja sequer te ouvindo Jace.

– Aqui estou. Você me enviará um anjo? Aqui estou. Na terra da estrela da manhã.

– O que? – Disseram Jace e Isabelle ao mesmo tempo.

Isabelle parecia divertida enquanto Jace aparentava pavor.

Izzy de repente começou a rir, Jace a fulminou com o olhar e lhe atirou as palavras raivosamente.

– Você pode me dizer onde esta a graça de ouvi-la falar de Valentine?

– O que? – Dessa vez quem perguntou foi Maryse.

– Você ouviu. ´na terra da estrela da manhã`. Estrela da manhã. Morgenstern. Estrela da manhã.

Um verdadeiro pavor tomou conta de Jace, ele não podia sequer pensar que depois de tudo Valentine tinha conseguido levar Clary. Tira-la dele. Mas o que ele estava pensando, Clary foi embora sozinha, ninguém a levou, mas então por que ela estava falando dos Morgenstern agora? As palavras de Izzy interromperam os pensamentos de Jace.

– Na verdade Jace, eu não acho mesmo que ela tinha a intenção de falar do pai morto que ela detestava. Essa é a letra de uma musica, Send Me An Angel do Scorpions.

Sem reação Jace simplesmente deixou o quarto da enfermaria, ele não podia mais ficar ali, não entendia mais suas próprias emoções.

“Clarissa, nós temos seu caderno de runas, mas precisamos que você nos diga qual usar tente se concentrar”

– Estrela da manhã. – Foi tudo o que ela disse.

Todos pareceram bem decepcionados. Mas então ela levou o braço direito ao ombro esquerdo e começou a puxar a blusa dali, o movimento era brusco e Maryse tentou para-la, mas Magnus interveio.

– Espere. – Ele puxou a manga da blusa de Clary e ali no ombro dela viu a cicatriz totalmente branca e quase imperceptível para quem não soubesse o que procurar. – Eu acho que ela esta tentando nos dizer qual é a runa. Zacharyah, há alguma runa como essa no caderno?

O irmão do silêncio foleou o caderno mais uma vez e parou quando achou o desenho exato. O mesmo que estava no ombro de Clary. Uma runa com formato de estrela, mas realmente se parecia com uma estrela da manhã, pois ela tinha pequenos riscos e raios ao seu redor que davam a sensação de que a estrela estava sendo iluminada.

– Mas se esta é mesmo a runa certa e ela já a usou, quer dizer que ela já foi envenenada por um veneno enfeitiçado antes?!

– Isso não me espanta. – Respondeu Magnus a pergunta quase espantada de Maryse.

Todos ficaram parados olhando para Clary, como se decidindo se realmente se ariscariam usando a runa nela. Até que sua respiração começou a falhar, primeiro somente um suspiro mais longo, depois pequenas e entrecortadas puxadas de ar seguidas por estremecimentos do corpo de Clary.

– Mas o que vocês estão esperando? – Perguntou Izzy agarrando o caderno da mão do Irmão e sua estela do cinto na cintura, se aproximando de Clary ela abaixou novamente a manga de sua blusa para redesenhar a runa ali.

– Isabelle não sabemos se está runa irá cura-la.

– Bom, mau não deve fazer.

“Faça” Foi a ordem direta do irmão Zacharyah.

Izzy olhou novamente o desenho no caderno por que apesar de Clary ter a runa já desenhada nela, ela mal era perceptível e muito fácil para se fazer um traço errado. Assim ela começou a desenhar sobre a pele de Clary. Quando a runa estava pronta Isabelle esperou ver alguma reação, mas não houve nenhuma. Clary só continuou ali, olhando para os anjos no teto e com a respiração fraca.

– Eu não intendo, ela claramente quis nos mostrar essa runa, se não era para cura-la era para que então?

Clary fechou os olhos e suspirou, como se uma grande dor houvesse sido tirada de seu corpo, todos no quarto se concentraram nela, calados. Quando Clary abriu os olhos quem suspirou foi Isabelle, era uma coisa muito linda e ainda assim aterrorizante, os olhos verdes de Clary estavam envoltos no que pareciam chamas douradas. Suas pupilas eram quase inexistentes, apenas um ponto negro no meio das chamas, o verde e o dourado se misturavam tão bem que era hipinótico. Ela piscou e quando abriu os olhos novamente tudo havia sumido.

Clary sentou-se na cama sentindo-se muito fraca, ela realmente não gostava de se sentir assim, principalmente na frente de outras pessoas, mas neste momento não podia se ajudar, o veneno tinha feito bem o seu trabalho, ela mal teve forças para mostrar a eles a runa que presava e mesmo assim não conseguiu ser muito coerente. Mas no fim eles entenderam.

– Obrigada. – Sussurrou Clary com uma voz extremamente rouca, ela também não gostava muito de agradecer, não quando eles estavam causando mais problemas do que os resolvendo, mas ela também não era nenhuma ingrata e ela mais do que ninguém sabe qual é a sensação de se fazer de tudo para ajudar e não receber um único sinal de reconhecimento. Ela sozinha não teria sido capaz de fazer a runa em si mesma.

Apesar de ter muitas runas em seu caderno que ela precisaria olhar para elas para poder desenha-las novamente, ela sempre se lembrava das que ela já havia usado e ela já havia usado esta, mas o veneno deve ter atacado diretamente sua capacidade de discernimento, porque por mais que ela se esforçasse não era capaz de se lembrar da runa e nem de dizer coisas que fizesse sentido. Ela não se lembrava de tudo o que tinha dito – na verdade não se lembrava de quase nada – mas se lembrava de algumas coisas e não eram nada que fizesse sentido, para quem não sabia do que ela estava falando pelo menos, mas também tinha uma única pessoa que veria algum sentido nisso e...

Clary parou seus próprios pensamentos, eles ainda não a estavam obedecendo muito bem e se tornar nostálgica agora não ajudaria.

– Você esta bem? Sente alguma coisa? – Perguntou Maryse se recuperando do susto.

– Estou bem, só me sentindo um pouco tonta. – Ela não diria que sentia-se fraca, não mesmo.

– Você precisa comer alguma coisa, não comeu nada desde que chegou e perdeu muito sangue. Jace fez um sanduíche. – Ela apontou para a mesa de cabeceira onde estava um prato com um sanduíche de queijo e um copo de leite. – Mas você se recusou a comer.

Clary quase sorriu, sanduíche de queijo, só mesmo Jace para isso.

– Eu posso preparar alguma coisa para você se não quiser o sanduíche. – Ofereceu Isabelle.

– Isabelle acho que essa não é a melhor das ideias.

– Não escute ele Clary, minha mãe vem me ensinando algumas coisas nos últimos meses e eu aprendi bastante.

– Sim, e isso ainda não faz com que sua comida seja boa. – Enfatizou Magnus.

Maryse sorriu, visivelmente aliviada com o clima mais descontraído.

– Fazemos assim, você fica com o sanduíche por enquanto e eu e Isabelle vamos preparar algo mais substancial para todos nós. Acho que todos precisamos de uma boa refeição. E prometo que Isabelle só vai picar os ingredientes.

– Mãe! – Protestou Izzy.

– Por que você esta sendo tão gentil comigo? – Clary não pode se impedir de perguntar.

– Eu já disse, porque você salvou meus filhos. – Com esta resposta Maryse pegou Isabelle pela mão e as duas saíram da enfermaria.

O irmão do silêncio que tinha enfatizado sua condição não dizendo uma única palavra desde que Clary voltou a si, finalmente se pronunciou e somente para dizer que estava indo. Levantou seu capuz e andava em direção a porta quando Clary disse:

– Obrigada irmão Zacharyah. – Ele fez um sinal de concordância com a cabeça e saiu do quarto.

– Ele nunca foi de falar muito, mas acho que ele já te perdoou por ter tentado mata-lo.

– E ele já te agradeceu por ter impedido isso?

– Como eu disse, ele não é de falar muito. Mas... você realmente teria feito isso Clarissa.

– Se você não tivesse me parado com certeza, ele estava no meu caminho.

– A garota caçadora de sombras que eu conheci era forte e determinada, mas nunca foi cruel e injusta.

– Quando se vive em um mundo cruel e injusto aprende-se um pouco com ele, você deveria saber disso.

– Eu sei, depois de viver tanto tempo eu vi muita injustiça e crueldade e por muitas vezes pensei que me juntar a essa tendencia seria a melhor saída. Mas eu nunca fiz isso, não estou dizendo que eu sou sempre justo, eu sou humano pelo menos metade de mim é e erro também. Mas o que me manteve longe da maldade do mundo Clary, foram as pessoas que sempre estiveram ao meu lado. Eu sou meio demônio também, poderia ter escolhido a companhia deles e sendo assim eu seria bem diferente do que sou hoje, eu garanto.


“Mas eu escolhi ficar longe deles, ainda assim a muita coisa ruim no mundo, que transformam as pessoas, mas aqueles que estão ao seu lado tem grande influência em quem você é, acredite ou não. Enquanto você vivia no mundo mundano você era só isso, uma mundana. Quando você descobriu o mundo dos caçadores de sombra, você quis e fez novos amigos aqui, você foi forte e até mesmo meio arrogante como todos os caçadores são, e depois que você foi embora, caçando uma pessoa pelos lugares mais sujos e sombrios, você se tornou uma pessoa sombria Clary, quando você atacou Zacharyah eu não acreditei que você faria mal a ele, até ter que parar aquele cajado.

“Foi então que eu percebi que você pouco tinha da menina doce que partiu daqui e que recupera-la talvez não fosse possível. Depois de ver você com Sebastian eu tive certeza de que aquela garota, aquela Clarissa não voltará, jamais, por mais que todos aqui queiram.

“Mas eu acredito que no seu caminho você deve ter encontrado mais do que apenas escuridão. Quando você defendeu Izzy e Alec e quando você ajudou Alec com suas runas mesmo mal conseguindo ficar consciente eu percebi que talvez você não voltar a ser aquela Clary não seja assim tão ruim, essa Clary é realmente muito diferente, mas não é assim tão cruel e por mais que você tente aparentar também não é nem um pouco injusta.”

Clary ouviu tudo o que Magnus havia dito calada e ainda não sentia vontade de dizer nada. Desde que ela voltou, ninguém tinha visto mais dela do que Magnus viu. Talvez seja justo, ela pensou, afinal ele sabe como sua mente é, ele observou todo o processo de seu crescimento e apesar de ter ficado ausente nos últimos meses, depois de tanto tempo não seria difícil tracejar o caminho que sua consciência faria.

Mas haviam fatores interferentes que Magnus desconhecia.

– Você realmente acredita que as pessoas que estão ao nosso redor fazem quem nós somos?

Magnus pareceu um pouco surpreso com a pergunta, como se estivesse esperando qualquer coisa menos uma conversa sobre a filosofia da vida.

– A maior parte sim. Todos temos de descobrir quem nós somos e do que gostamos sozinhos. Mas a influência dos que nos cercam podem ser muito mais forte do que pensamos.

– E você acha que essa influência pode mudar uma pessoa completamente?

– Completamente como Clary?

– Como, se uma pessoa doce pode de repente ser cruel, e uma pessoa cruel pode se tornar gentil se conviver com pessoas gentis.

– Não, eu não acredito que somente a influência das pessoas sejam suficientes para mudar outras pessoas completamente, como eu disse cada um tem sua própria essência, ela é formada e moldada de acordo com os exemplos que temos, eu acredito que se os exemplos mudam as pessoas podem mudar com eles, mas somente se ele entender no fundo de sua própria consciência o que tais coisas, sentimentos e ações significam.

– Hum.

– Por que todas essas perguntas tão profundas agora Clary? Tentando entender suas próprias ações?!

– Na verdade eu estava pensando em Sebastian.

Mais uma vez Magnus estava surpreso.

–Em Sebastian? O que ele tem a ver com tudo isso.

– É simples na verdade. Ele é mau e cruel por que tem sangue de demônio ou por que foi criado por Valentine? E se for pelo último, será que ele seria capaz de mudar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Sim? Não?
Bjoss ^^