Uma Nova Semideusa: A Reviravolta - Hiatus escrita por BDP


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey, dessa vez eu não demorei, demorei? Então eu mereço muitos reviews por isso, não mereço? Que tal uma recomendação? Seria uma boa, não?
Enfim, nos vemos lá embaixo, ok?



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(POV Lily)

            Os dias no Acampamento Meio-Sangue foram passando, três dias depois da invasão e a casa de praticamente todos os semideuses estava silenciosa, chata, quieta e monótona como nunca foi. É raro ver alguém sorrir, afinal, sem os gêmeos preferidos, quem iria pregar peças nos campistas? E sem nosso herói do Olimpo que nos protegeria e salvaria? Tudo estava muito quieto e silencioso.

            Eu já estava ficando impaciente, queria ter saído em missão no mesmo dia que Percy, Travis e Connor foram sequestrados, mas Quíron alegou que precisávamos de informações e que não adiantaria nada formar uma missão para salvá-los se nem, ao menos, sabemos onde eles estão.

            Três dias em que eu durmo no chalé de Poseidon sozinha, sem conversas antes de dormir ou brigas para saber quem vai tomar banho primeiro, sem mergulhos na praia, sem conversas sobre Annabeth ou Nico. Três dias que o chalé de Hermes está assustadoramente quieto, seus moradores perderam a vontade de pregar peças ou fazer brincadeiras, o chalé está parece mais quieto do que o chalé de Zeus, Hera, ou de Ártemis.

            Quíron avisou que já havia comunicado o acampamento romano, e eles, por sua vez, escolheram alguns semideuses para ajudar a defender o Acampamento Meio-Sangue. Dentre eles estão: Jason, Hazel, Frank e Reyna, que a princípio não vinha, por que sem ela e Jason o Acampamento ficaria sem pretores, mas sua irmã iria para o Acampamento Júpiter, cuidar de lá enquanto Reyna está fora.

            Parece óbvio, para mim, que praticamente todos os campistas estão com pena de mim, Annabeth, Lena, Kate e Meggie, mas, é claro, eu não ia deixá-los sentir ainda mais pena de mim. Acho que, até agora, a única pessoa que já me viu chorar foi Nico. Embora eu tenha certeza que Kate e, às vezes, Lena saibam quando estou mal.

            Estou caminhando até o chalé de Hefesto, preciso de Leo nesse momento. Ele sempre me fazia sorrir, não importa em que circunstancia.

            Bati na porta e um Leo sorridente abriu a mesma.

            – Lily! Não vai me bater, vai? Quer dizer, ainda não guarda rancor de mim por eu ter te segurado quando... você sabe, quando Percy, Travi...

            – Eu sei! – O cortei rapidamente. – Não, Leo, eu não guardo rancor. É que eu estava pensando... quer dar uma volta?

            – Claro!

            Ele gritou algo para seus meios-irmãos e irmãos e saiu do chalé, fechando a porta atrás de si.

            – Para onde você quer ir? – Ele perguntou.

            – Não sei, que tal para o Campo dos Morangos? – Respondi com uma pergunta.

            – Tudo bem – ele disse, oferecendo o braço para eu segurar, como um cavalheiro.

            Eu ri e aceitei o braço. Eu sabia que ele estava fazendo de tudo para que eu e Meggie nos sentíssemos melhor, mesmo sem falar isso. Acho que se nós pedíssemos para ele pular num tanque cheio de tubarões, ele pularia.

            Nós fomos para o campo e nos sentamos. O cheiro maravilhoso de morangos me tranquilizava, não tanto quanto o cheiro da maresia, mas também servia.

            Leo e eu conversamos por horas e horas. Foi muito bom, ele me fez rir várias vezes e, por alguns segundos, eu acreditei que podia ser feliz novamente. Mas como tudo que é bom dura pouco, Leo disse que tinha combinado de sair para passear com Meggie.

            – Tem certeza que não quer ir com a gente? – Perguntou Leo pela milésima vez, enquanto me deixava na porta do chalé de Poseidon.

            – Tenho, Leo. Vai lá, se divirta.

            Leo deu um beijo na minha testa e foi embora em direção ao chalé de Afrodite e eu entrei no de Poseidon.

            Estava tudo tristemente quieto. Olhei para o chifre de minotauro de Percy, que estava na cabeceira, e o peguei, sentando na cama.

            – Onde você está Percy? Sinto sua falta, de verdade.

            Sem sequer perceber, eu tinha tirado os tênis, deitado na cama e abraçado o chifre de minotauro. Sentia falta do meu irmão mais velho como nunca senti na minha vida. Lágrimas escorriam do meu rosto e eu acabei adormecendo.

            Estava numa caverna, acho. No final dela eu vi três garotos acorrentados, sujos, machucados e esfarrapados. Eles vestiam a camisa do acampamento e adormeciam um em cima do outro.

            Eu corri para chegar mais perto, e quando cheguei os vi: Percy, Travis e Connor. Rapidamente eu me ajoelhei em frente a eles e tentei acordá-los, mas eles não abriam os olhos.

            Quando os olhei mais de perto vi que os machucados eram mais sérios que pareciam. Tinham manchas de sangue em toda roupa deles, Percy tinha um hematoma no rosto, bem abaixo do olho direito, e Travis, que tinha a blusa mais manchada de sangue, estava cheio de arranhões, hematomas, e sangue. Seu olho estava roxo e escorria sangue do canto de sua boca. Já Connor estava tão ruim quanto Percy, mas não pior que Travis.

            Ouvi um barulho de uma porta se abrindo e, rapidamente, me virei para ver quem era. Escutei uma risada, que vinha da escuridão. Também vi um vulto se mexendo e me levantei.

            Procurei meu anel e o transformei em espada.

            – Qual é a necessidade desta espada, Sampaio? – Perguntou Rafael, saindo da escuridão.

            – O que você fez com eles?! O que você quer deles?! – Perguntei, praticamente gritando.

            Rafael rir mais uma vez e chegou mais perto.

            – Fique onde está, seu porco traidor nojento! – Desta vez eu gritei.

            – Tenha cuidado com o que fala, ou seus amigos não irão sobreviver por muito tempo. Eu aconselharia a você e seus amiguinhos do acampamento se reunirem numa reunião e esperarem partirem logo numa missão, ou seus amigos – ele chutou o rosto de Travis – podem não aguentar por muito tempo.

            O chute foi tão forte que Travis tossiu e acordou. Eu larguei minha espada e me ajoelhei ao seu lado.

            – Lily, o que está fazendo aqui? – Perguntou, sua voz soava cansada e fraca.

            – Eu vou te tirar daqui, Travis. Confie em mim, ok?

            Então eu acordei, suando e arfando na minha cama.

            Ainda arfando olhei em volta, procurando Percy. Mas, obviamente, ele não estava lá. Percebi que estava com lágrimas nos olhos e então sai correndo do meu chalé.

            Já estava de noite, provavelmente depois do horário de recolher, pois não se via nenhum movimento. Ainda com lágrimas nos olhos corri para o chalé de Hades.

            Quando cheguei ao meu destino, duas, ou três lágrimas já tinham escorrido pelo meu rosto. Abri a porta sem sequer bater, estava muito desesperada por isso.

            Nico, que ainda não tinha dormido, estava sentado na sua cama, com uma feição preocupada. Assim que ele me viu ele se levantou da cama e correu para me abraçar.

            – Deuses, Lily! Estava tão preocupado com você! Você não apareceu para o jantar, nem na fogueira. Onde estava? – Ele perguntou ainda me abraçando.

            Eu abracei forte, e nesse momento Nico percebeu que tinha algo de errado comigo. Ele se afastou de mim, mas, de certa forma, continuou me abraçando.

            Nico viu que eu estava com lágrimas nos olhos e me conduziu até a cama dele, se sentou, me fez sentar, e me abraço de lado.

            Apoiei minha cabeça no ombro dele e permiti que algumas lágrimas escorressem pelo meu rosto.

            – O que houve? – Nico perguntou, enquanto acariciava meu cabelo.

            Eu saí do abraço dele, para que pudesse olhar nos olhos dele.

            – Nico, eu tive um sonho. No sonho eu vi Travis, Percy e Connor eles estão acabados! Estão machucados, cheios de hematomas, foi horrível vê-los assim, sem poder fazer nada! Rafael me disse que era melhor fazermos uma reunião e sairmos em missão, ou eles podem morrer!

            O meu filho de Hades me abraçou forte e acariciou meus cabelos, no exato momento em que Lena sai do banheiro.

            – Você ouviu nossa conversa? – Eu perguntei, quase num sussurro.

            – Sim...

            Ela veio até a cama do Nico, se sentou na beirada e eu saí dos braços de Nico.

            – Lily, eu tenho que te falar uma coisa. Eu e Meredith prometemos uma coisa, uma para outra – começou Lena. – Nós prometemos que íamos salvar Rafael e trazê-lo de volta para o bem.

            – Vocês prometeram o quê? Lena, Rafael...

            – Eu sei o que ele fez! – Lena me cortou. – Mas eu não posso simplesmente abandoná-lo! Você não entende, ele não é seu melhor amigo, ou seu meio-irmão!

            – Porque eu não tenho amigos e meios-irmãos traidores duas caras! – Praticamente gritei.

            Talvez eu tenha passado dos limites, pois Lena se levantou, apontou o dedo para mim e disse entre os dentes:

            – Você não conhecia o Rafael, não ouse falar dele, pois você não sabe como ele é! Lembra de tudo que eu te disse de manhã? Então, esqueça! Nada do que eu falei faz sentido agora, nesse momento aquilo não passa de palavras sem sentido! Você não deve entender o que é amizade, porque se entendesse, não estaria me julgando por querer salvar Rafael!

            Eu me levantei, também estressada. Segurei o dedo de Lena o empurrei para longe.

            – Não faça isso! E eu não entendo o que é amizade? Olha para você! Quem foi que não teve amigos uma vida inteira, pois ficou aprisionada, como uma princesa indefesa, no Mundo Inferior? Quem foi que só começou a ter amigos em, mais ou menos, um ano?

            – Chega! – Gritou Nico, também se levantando.

            Eu e Lena nos encaramos, com raiva no olhar.

            – Cadê as meninas que tinham se aproximaram tanto nesses últimos dias? – Perguntou Nico.

            – Elas saíram correndo pela porta quando Lily começou a xingar o Rafael – falou Lena.

            Sendo assim ela deu as costas e foi embora. Nico gritou o nome dela, mas ela não deu ouvidos e saiu pela porta. Eu me arrependi de tudo o que falei para ela, é claro, ela tinha razão, mas eu tinha acabado de ver Rafael machucando Travis! Não ia conseguir ver Lena falando tão bem dele!

            – Nico, me desculpa, não devia ter falado assim com ela. Vou atrás dela agora mesmo – eu disse.

            Já estava indo em direção à porta, quando Nico segura meu pulso e fala:

            – Não vá, eu conheço a Lena, ela precisa de um tempo, ou vocês começarão uma outra briga. Amanhã você fala com ela.

            – Tudo bem – disse, derrotada. – Posso dormir aqui, não quero ficar sozinha no chalé de Poseidon.

            – Claro.

            Nico me emprestou uma blusa dele, para eu usar como pijama, e eu deitei no beliche extra. Não demorou muito para eu dormir.

~~~

                Acordei cedo e fui para meu chalé, colocar uma roupa decente. Chegando lá, eu tomei um banho e troquei de roupa.

            Depois disso voltei para o chalé de Hades, para falar com Lena.

            A garota já estava calçando seu tênis quando eu cheguei. Ela me olhou, no seu olhar eu não vi raiva, nem ressentimento, eu não vi nada.

            – Lena, podemos conversar?

            – Claro. Nico, nos vemos mais tarde.

            Eu e Lena começamos a andar pelo acampamento, vimos Sra. O’Leary e Batman brincando juntos, vimos Meggie sentada num galho de uma árvore, enquanto Leo tentava subir atrás dela. Vimos muita coisa, até chegar à praia.

            – Lena, eu queria pedir desculpas. Não foi minha intenção falar tudo aquilo, foi tudo da boca para fora, eu estava estressada, e não consegui ver você falando daquele jeito de Rafael, pois... no meus sonho, eu o vi batendo em Travis.

            Lena me olhou chocada, depois desviou o olhar.

            – Está falando sério?

            – Não brincaria com uma coisa tão importante.

            Lena ficou um tempo quieta, olhando o mar. Depois ela me encarou e disse, decidida:

            – Lily, do mesmo jeito não vou desistir de Rafael. Eu prometi que o salvaria, que tentaria o máximo possível. Eu amo Travis, acho que o amo tanto que pode ser até perigoso, mas também amo Rafael, como um amigo. Não vou deixá-lo, não posso.

            – Mas... Lena, e se, em alguma situação, que exija a você escolher entre Travis e Rafael? – Perguntei.

            – Então vou estar esperando que você esteja lá, para me ajudar a salvar os dois.


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Notas finais do capítulo

Ficou muito pequeno? Me digam algumas coisas: o que vocês estão achando desse destaque maior da Lena? O que vocês estão achando da Lena, em si? O que vocês estão achando sobre a promessa da Lena e da Meredith? O que vocês acharam sobre o novo corte de cabelo de Meredith? E, finalmente, o que vocês estão achando da fic?
Vejo vocês nos reviews, espero! Juro que não mordo, a não ser que vocês queram... RARWR!



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