Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Ufaa demorou mas finalmente chegou... Gnt mil desculpas ela demora em atualizar, agradecemos os comentários sempre muito carinhosos...esperamos não decepcionar vcs com o cap.agora chaga de papo pq vcs querem mesmo eh saber o que o Edgar esta aprontando então vamos ao cap...



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Por Laura

Eu sei que ele estava tentando fazer, sei que é tudo uma estratégia para me distrair do seu segredo, mas pra falar a verdade não estou dando a mínima importância para isso, é claro que estava curiosa para saber o que ele estava me escondendo com tanto empenho, mas no momento tinha outras prioridades, sentia falta dos seus toques e ser tomada por ele era tudo que eu ansiava no momento, por isso me deixo levar pela sua forma de distração e aproveito cada toque, cada beijo e em cada um deles sinto que não sou a única que ansiava por esses momentos de intimidade entre a gente.

Quando desperto novamente vejo que estou sozinha na nossa cama, felizmente a minha decepção não dura muito, pois eu mal corro os olhos pelo cômodo e logo o objeto do meu desejo entra no meu campo de visão, ele esta de costas para nossa cama vestindo apenas a calça do seu pijama, seu corpo se movimentava em um ritmo leve enquanto ele embalava o nosso filho tentando de algum custo devolve-lo ao sono.

– Acho que ele precisa de um pouco mais do que isso para se entregar ao sono novamente.

Ele se vira para me encarar ao som da minha voz e trás um sorriso consigo enquanto encurta a distancia entre nós dois, me da um beijo de leve para depois se sentar a minha frente.

– Não queria te acordar, mas já estava desconfiando que meus esforços em faze-lo dormir não estavam dando em nada.

– Da ele aqui papai porque o que o seu filho quer você não pode lhe oferecer.

Assim que ajeito o Antônio em meus braços e ele começa a mamar levanto os olhos para o Edgar e vejo-o pescando umas frutas na bandeja até então intocada aos pés da cama.

– Tão linda e acabou sendo abandonada.

– Era exatamente isso que eu estava pensando, fiz o gesto com tanto carinho para agradar certa dama, mas meu plano não foi muito bem sucedido.., ela não gostou da surpresa.

– Você acha? Pra mim essa dama saiu mais do que satisfeita...

– Ah é? Você acha que conseguirei alguma coisa dela repetindo isso em outras manhãs?

– Hum acho que com isso acabas por mima-la, se pretendes acostumar mal a moça acho que deves repetir o gesto sim, todos os dias.

– Todos os dias?

– Sim todos os dias, nada a deixara mais feliz... principalmente se essas manhãs não forem motivadas por uma tentativa de distração.

Ela abre um sorriso travesso depois de ouvir as minhas palavras e me encara sem demonstrar um pingo de culpa, segura o meu rosto entre as suas mãos e me da uma serie de beijos.

– Estava demorando para tocar nesse assunto senhora Vieira.

– Edgar! não vai me dizer que continuara a me enrolar para desvendar esse segredo?

– Oh minha curiosa linda eu lhe conto hoje prometo, se quiser lhe conto agora mesmo, mas será muita indelicadeza da nossa parte faltar a um compromisso com a minha mãe.

Eu franzo o cenho sem entender as palavras dele até que me lembro do convite para irmos almoçar na casa da dona Margarida, convite que ele aceitou em nosso nome.

– Edgar que horas são?

– Bem tarde meu amor, e se não nos apressarmos só chegaremos a tempo do chá da tarde.

Quando o Antônio termina de mamar o Edgar me ajuda com as minhas roupas e logo estamos descendo... sinto meu rosto corar ao ver a Melissa na sala brincando com uma de suas bonecas e sinto certa culpa por não termos nos juntado a ela para o desjejum.

– Bom dia minha abelhinha! Vamos nos apressar porque a vovó deve estar aflita com a nossa demora.

– Nós vamos para a casa da vovó papai?

– Vamos minha abelhinha, vamos sim...

Chegamos a casa dos pais do Edgar e somos recebidos com entusiasmo e alegria pelos meus sogros, a dona Margarida era a mais empolgada e o senhor Bonifácio após um olhar de repreensão do filho tentou disfarçar o seu contragosto com a presença da Melissa. O almoço seguiu sem mais pormenores e logo após a refeição o meu sogro se retirou alegando um compromisso importante. Seguimos da mesa para a sala onde engajo uma conversa animada com a minha sogra vendo o Antônio ressonar preguiçosamente em seus braços enquanto ela me falava na semelhança dele com o Edgar na mesma idade, estávamos rindo das semelhanças até que somos interrompidas pelo Edgar.

– A conversa esta muito boa, mas queria pedir a sua licença minha mãe para roubar a atenção da minha esposa uns instantes.

– Claro meu filho e precisa pedir?

– Edgar o que você esta fazendo? – reclamo com ele meio sem jeito enquanto ele me puxa pela mão.

– Esta recusando uma conferencia comigo senhora Vieira?

– Edgar! – Eu me aproximo dele tentando ser discreta e morrendo de vergonha da situação. – O que você esta aprontando? Nós estávamos conversando...

– Vai lá minha filha eu fico na companhia dos meus netos.

– Viu ela não se importa, venha tem algo que eu quero lhe confidenciar.

Ainda desconfortável com a situação o acompanho até o jardim, ele esta com o ar divertido e travesso enquanto eu não consigo disfarçar o meu constrangimento, o olhar da dona Margarida com o pedido do filho não sai da minha cabeça, na certa ela percebeu que ele estava aprontando.

– Enfim sós! – ainda com um sorriso nos lábios ele me puxa para si e me beija e eu tenho que fazer um esforço enorme para rechaça-lo.

– Edgar se comporta, estamos na casa dos seus pais, foi pra isso que me trouxe aqui?

– Não, não foi para isso. – Ele me encara serio, mas logo o ar brincalhão esta de volta. – foi para isso aqui...

Me pegando totalmente de surpresa ele me conduz até uma das colunas onde me pressiona com o seu corpo e volta a me beijar de forma muito mais intensa do que antes.

– Estava com tanta saudades de você – ele diz quase sem folego e depois desce os lábios até o meu pescoço.

– E não podia esperar até chegarmos em casa senhor Vieira, precisa desse assanhamento todo na casa dos seus pais?

Ele me aperta um pouco mais em resposta a minha repreensão me fazendo perder o controle e seus lábios já procurando os meus novamente e só se separam para recobrarmos o folego.

– Laura eu...

– Você?

– Eu te amo!

– Eu também te amo Edgar!

– Ama mesmo? Apesar de todos os meus defeitos, apesar dos meus erros do passado você me ama?

– Que pergunta é essa meu amor, é claro que eu te amo você sabe disso.

– Laura você quer se casar comigo?

– Casar com você? – eu abro um sorriso achando que ele esta fazendo pilhéria, mas percebo que o seu semblante continua serio.

– Edgar nós já somos casados.

– Não Laura nós não somos. – Ele abaixa a cabeça depois de dizer essas palavras e eu pego em seu queixo para erguê-la novamente e ver se consigo ler em seus olhos o motivo daquela tristeza repentina.

– Edgar do que você esta falando?

– Você voltou pra casa Laura, mas ainda estamos divorciados.

– Edgar aquela coisa que você falou que vinha tirando o seu sono...

– Sim, Laura desde o nascimento do nosso filho eu não consigo pensar em outra coisa eu a quero de volta como minha mulher.

– Eu sou sua Edgar, sempre fui e sempre vou ser.

– Eu sei disso meu amor, mas...

– Você quer regularizar a nossa situação.

– Laura naquela manhã em que você acordou sozinha e encontrou um bilhete meu em que eu dizia que eu tive que sair pra resolver um assunto urgente, eu foi procurar o juiz que assinou o nosso divorcio para pedir a sua revogação... eu dei entrada no pedido e ontem quando sai foi pra verificar como andava o processo e... Laura a papelada já esta pronta, mas de nada vale se não tiver as nossas assinaturas... e então o que me diz? Você aceita se tornar minha esposa novamente?


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