Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Gnt pedimos desculpas pela demora... esperamos não decepcionar e pedimos desculpas por não estamos mais respondendo os comentários, isso não quer dizer que não os estamos lendo, pelo contrario nos estamos lendo e amando cada um deles e assim que conseguirmos vamos responder!bjsss



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Por Edgar

A gravidez da Laura foi um tempo muito bonito para nossa família, à medida que os meses foram passando e se aproximando do dia do nascimento do nosso bebê ela foi diminuindo o ritmo de trabalho o que foi um alivio para mim que queria vê-la repousando em casa mas não queria pedir isso diretamente para que ela não interpretasse mal as minhas intenções.

Um dia na hora do café da manhã, minha amada disse calmamente:

–Edgar chegou a hora, telefone para meu pai o bebê vai nascer.

Fiquei completamente nervoso, mas sabia que não tinha o porquê questionar as suas certezas, ela saberia melhor do que ninguém quando esse momento chegasse e por mais que eu estivesse em pânico me esforcei para fazer tudo que deveria fazer naquele momento. Até que vi meu sogro chegando para cuidar de Laura e me permiti respirar mais aliviado novamente, peguei o telefone e liguei para minha mãe para avisar que a hora tinha chegado e dou graças a Deus da Melissa estar com ela, não saberia como me portar na frente dela numa hora dessas ao mesmo tempo em que queria ter alguém pra dividir esse momento de ansiedade comigo.

Passado algum tempo ouvi um choro de criança, um choro forte que encheu o meu coração de alegria subi as escadas rapidamente e esperei não sabia se já poderia entrar no quarto mas a minha ansiedade era tanta que não resisti, abri a porta e vejo Laura com nosso filho no colo, o meu sogro se vira para mim assim que ouve o abrir da porta.

– Quanta pressa rapaz mal da tempo a Lurdes de recolher a roupa de cama suja.

– Desculpe meu sogro é que quando ouvi o choro eu não consegui me conter... como eles estão? – faço a pergunta para o meu sogro mas não consigo desviar os olhos da Laura com o nosso bebe nos braços.

– Eles estão bem, a Laura foi mais forte do que eu pensei, mas vamos deixar esse papo para outra hora acho que vocês estão querendo um pouco de privacidade, agora eu vou indo... Laura minha filha, se precisar de alguma coisa não hesite em me chamar e mais uma vez obrigado pelo presente. – Ele da um beijo na testa da Laura e outro na cabecinha do nosso bebe que estava para fora da manta branca que o envolvia e depois de dar um tapinha no meu ombro deixa o nosso quarto seguido pela Lurdes com as trouxas de roupas sujas.

–Venha meu amor ver o nosso menino.

– Menino?

– Sim, meu amor é um menino.

Ela me abre um sorriso e mesmo estando com uma aparência cansada de todo o esforço ela consegue parecer a mais bela das mulheres, eu me aproximo da nossa cama e sento de frente para ela com meus olhos sedentos para conhecer o nosso filho.

– Ele é lindo meu amor.

– Sim, me parece uma copia perfeita do pai.

– Com tanto que tenha a personalidade da mãe eu me dou por satisfeito... Obrigado Laura você não podia me dar um presente melhor... eu estava tão ansioso para esse dia chegar, mas quando você me falou que estava na hora eu entrei em pânico não sabia o que fazer.

– Você foi ótimo meu amor.

– Mas você ficou com a parte mais difícil.

– Hummm acho que isso me da o direito de escolha ao nome não?

– Porque, você já tem algo em mente? Achei que ainda estávamos na duvida com relação ao nome.

– Sim estávamos até eu ver a carinha dele... Edgar eu não sei como não pensamos nesse nome antes.

– Já fiquei animado com a sua empolgação, e então qual nome você sugere?

– Antônio Assunção Vieira.

Ela diz o nome com uma entonação que parece ser orgulho, seus olhos deixam o nosso filho e encontram os meus, eles estão brilhando e os seus lábios trás um sorriso divertido que se desmancha ao ver a minha cara amarrada.

– Que foi não gostou?

– Porque dar a ele o mesmo nome que o meu pseudônimo?

– Porque NÃO dar a ele esse nome?

– Laura você quer me provocar?

– Não Edgar eu gosto do nome.

– Mas todas as vezes que eu chamar pelo nosso filho eu me lembrarei do outro Antônio, o Ferreira.

– E o que tem de mal nisso?

– Tem que eu me lembrarei que por pouco eu não te perco para ele.

– Edgar que bobagem ele não existe é um pseudônimo.

– Isso não te impediu de ficar caidinha de admiração por ele.

– Você disse certo Edgar, admiração é isso que eu sentia pelo Ferreira, admiração pelas ideias dele, pela coragem em expressar e defender ideais que são desconsiderados em sua maioria por uma sociedade hipócrita e egoísta.

– Então se eu te perguntar se em algum momento essa admiração ultrapassou esse estagio, se te perguntar se algum dia você sentiu que estava se apaixonando por ele você vai negar?

– Não Edgar eu não vou negar... escuta meu amor não faz essa cara... eu estava desiludida achando que você estava com a tal da Heloísa, eu nunca duvidei do meu amor por você mas cheguei a acreditar que estava apaixonada pelo Ferreira sim.

– E você ainda quer que eu aceite colocar o nome do meu filho de Antônio.

– Edgar meu amor eu não disse que me interessei por outro homem, eu me deixei envolver sim mais foi pelas ideias do Ferreira eu ficava tentando imaginar como era o homem por trás daquelas matérias, por trás daquela coragem.

– E se eu não fosse o Ferreira, se outro homem tivesse recebido as suas cartas, tivesse aceitado conhece-la e...

– Eu agradeceria pela matéria da agressão as mulheres e o parabenizaria por tantas outras que ele publicou e só.

– Só isso?

– Só isso meu amor, eu não me permitiria mais do que isso, não com o meu coração tendo outro por dono... só tem espaço pra você aqui dentro e...

Eu não deixo ela terminar e a beijo com vontade sabia quem ganharia no final das contas mas ouvi-la dizer essas coisas trouxe alívio para o teimoso do meu coração...


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