Nana (hachi) chorava desconsolada em seu quarto no 707. O que iria fazer agora que descobrira que estava grávida? Contar para o Nobu?? Ela não sabia qual seria a reação dele, e estava com muito medo. Medo de que talvez ele falasse que a odiava por que talvez o filho fosse de outro. Não sabia o que fazer, então continuou a ficar encolhida em sua cama enquanto chorava, chorava até não poder mais, quem sabe assim esse pesadelo acabasse...   



Ouviu um barulho. Era a campainha tocando. Não podia imaginar quem seria, pois nana dissera que iria dormir na casa do Ren naquela noite. Mesmo assim, resolveu limpar as lagrimas que ainda teimavam em descer e ajeitou seu pijama para ir abrir a porta deu de cara com o Yasu sorrindo e se desculpando:   


- Desculpe pela hora, mas a Nana esta??   


De repente, nana se sentiu tão suja e indigna de falar com ele que quase re-começou a chorar, mas apenas disse um “não” baixinho e virou o rosto, praticamente correndo para o seu quarto de volta.    



Ela sentia que não tinha nenhum direito de receber um sorriso sequer do Yasu. Ela era a pessoa que machucaria Nobu, Takumi e quem mais ficasse ao seu lado.     



Antes que ela pudesse perceber, Yasu a seguira até o quarto. Ela não conseguiu encarar ele enquanto ele perguntava:    



-O que aconteceu??? Foi o Nobu?? O que ele fez? 



E ela apenas continuou a chorar, sem saber como contar para ele, encolhida na espalda da cama. Yasu se sentou ao lado dela e perguntou:   



- Você está grávida, é isso?  



 Nana não conseguiu confirmar. Mal conseguia encarar ele. Ele perguntou, com a voz calma e compreensiva:   


- E o que você vai fazer? 


 Nessa hora ela ficou desesperada, achou que ele iria fazer o que ela temia:   




-Não conte ao Nobu! Nem ao Takumi! Por favor!  



 Ele pousou sua mão suavemente em seu cabelo:



- Eu não vou contar, mas alguém vai ter que fazê-lo, e tem que ser você!  



 A mão dele em foi como bálsamo em sua dor. Ela apenas continuou a encará-lo, como se pedindo desculpas. Ele apenas sorriu para ela,tentando encoraja-la.    




Repentinamente, como uma criança em desespero, nana abraçou Yasu, sem ter o que dizer. Yasu abraçou-a, sentindo um sentimento estranho crescer dentro dele. Não sabia se era dó, compaixão ou... Amor!    



Resolveu que aquela aproximação era muito perigosa. Ela, frágil daquele jeito, despertava nele um desejo perigoso. Ele se levantou e disse, meio sem graça:  



 -eu tenho que ir.   Virou-se quando sentiu as mãos de Nana abraça-lo por trás, e ela pedindo, baixinho:  



 -Não me deixe!   



Ele sentiu fraquejar nessa hora. Pegou as mãos dela e virou-se para encara - lá. Não sabia como explicar o que ele estava sentindo se nem ele saberia explicar.   Mas não precisou explicar nada, pois ela voltou a chorar e perguntar:   -O que eu faço??   Ele não agüentou e a abraçou. Ela abraçou-o de volta tão forte que ele sentiu que não tinha mais volta. Apenas respondeu, com a voz embaçada pela emoção:   



-Fique comigo! Não importa de quem seja esse filho, eu cuidarei como se fosse meu!  



Nana ficou surpresa, ao mesmo tempo feliz. O sentimento que ela sempre guardara sobre ele agora aflorava. Ela sempre achou que ela e Yasu eram de mundos totalmente diferentes. Então ela resolveu guardar esse sentimento que ela acreditava impossível. A felicidade agora inundava seu peito. Quando ele se afastou ela apenas sorriu. Ele ficou aliviado, interpretando aquilo como um sim. Beijou-a nos lábios, como se fosse a ultima vez que o fazia. Inclinou-se sobre ela, convidando-a a deitar-se na cama. Depois passou a beijar o pescoço dela, até que chegou ao seu ouvido e perguntou ela:   



- Você tem certeza de que é isso que você quer?   



Ela o abraçou respondendo, feliz:

-Sim!!  


 E aquela noite foi o inicio de uma vida de amor do Yasu e o que Nana sempre esperara a vida toda, mas não sabia o que era: o amor de Yasu!