O Que Eles Querem? - A Ajuda escrita por Um Sonhador Contando Historias


Capítulo 3
A descoberta


Notas iniciais do capítulo

não sei o que vão achar, mas se eu fugi um pouco do contexto por favor me avisem :)



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Bem realmente não sabia sobre o que minha mãe iria falar, apenas sentia que era algo muito importante, pois seu rosto e seu olhar me mostravam isso. Estava assustada, mas ao mesmo tempo preocupada, não via minha mãe assim desde que minha avó havia ido embora de nossas vidas.

Sentia que ela estava procurando as palavras certas, mas de alguma forma não as encontrava.

– Mãe, o que quer falar?. - Disse eu cortando aquele olhar fixo dela para o nada.

– Nossa família... - Ela abriu uma brecha ao silêncio. Nossa família tem uma ligação, com as bruxas espanholas, somos descendentes delas...

–Como assim bruxas? Você esta querendo dizer que eu sou uma bruxa? - Interferiu Sally..

– Sim, entre os séculos 16 e 17 nossos antepassados estavam passando por um grande problema, as bruxas não eram aceitas na sociedade, então tinham que se reunir as escondidas na província de Soria. Durante uma reunião, acabaram sendo atacadas por um grupo de pessoas que estava vigiando cada uma delas. Todas tinham algum poder, outras eram mais evoluídas, e possuíam mais poderes que outras. Neste mesmo dia, foram obrigadas a abandonar seus poderes, com o feitiço mais poderoso de todos. Esse feitiço destruía o coração de seu poder dissipando-o no ar. Se alguém entrasse em contato direto com a bruxa durante a execução desse feitiço, ou morria, ou perdia todos os seus movimentos inclusive perdia a fala, assim não poderia contar o que viu. Sua tataravó estava nessa reunião, mas executou seu feitiço de uma forma diferente. dizendo.

– ovriate inviction neerg augo agra eutronomon au ignem er purificate oacaroc, que significa Deixo agora meu poder para envia-lo a uma pessoa de coração puro.

Naquele momento seu coração foi destruído por uma flecha que acertou diretamente em seu peito, e naquele ultimo instante de vida, ela disse "Alice".

– Quem era Alice? - Perguntei eu a ela, estava realmente muito interessada naquela historia.

– Era a irmã dela, Alice estava em sua casa, quando teve sua primeira visão. Ela viu Olga sendo acertada em cheio pela flecha. Alice era a mais nova das sete irmãs. Em sua visão Olga caia ao chão com as mãos cheias de seu próprio sangue, ela se ajoelhou sobre o corpo de sua irmã, aos prantos, pedindo que alguém a ajudasse.

– Alice...

– Por favor me ajudem!!! - Gritava por socorro.

– Alice, preciso que me faça um favor, você agora tem meu dom, você a única que restou. Não conte a ninguém sobre isso, guarde tudo para você, se vierem atrás de você, fuja. Não deixe que te peguem.

– Você não vai morrer. Eu não vou deixar.

– Eu já estou morta. Não confie em ninguém.

– Então toda aquela visão de bruxas sendo queimadas, e massacradas pelo povo da época, acabou sumindo e ela estava novamente em sua casa. Parada, olhando seu próprio reflexo no espelho, e tentando acreditar que aquilo tudo não aconteceu.

– Isso explica seu dom, Olga sua tataravó, podia falar com os mortos, ter visões do futuro. E você tem o dom agora. - Disse minha mãe.

- Por que disse que não vê mais essas coisas? o dom tinha que ser passado a você certo? E depois que você morresse passado a mim.

- Por nos últimos suspiros da vida de sua avó, ela quis passar seus dons a mim, mas eu não aceitei. Não queria passar por tudo que ela havia passado, mas antes de morrer, ela recitou o feitiço sem eu saber e acabou dizendo o seu nome. Mas você não iria conseguir usar os dons, ou saber que os tem antes dos seus 18 anos.

- Você sabe que essa historia é um tanto quando maluca não sabe?!

- Sim, eu sei. Adivinhei que talvez você não acreditaria. Por isso lhe trouxe ate aqui.

- Como assim?

- Venha comigo! - Exclamou minha mãe se levantando do sofá.

Ela foi diretamente ao quarto da avó de Sally. Ela estava nervosa de novo, um frio na barriga era tudo o que sentia naquele momento. Ao chegar no quarto de minha avó, notei que havia uma moça sentada na cama, era a mesma que eu havia visto um pouco antes. Ela olhava pra mim, seus olhos azuis me assustavam olhando fixamente para mim.

- Quem é você? Perguntei aquela moça

Minha mãe não sabia do que eu estava falando, ou com quem estava.

- Eu sou Mary, a guardiã que sua avó mandou para proteger os seus pertences.

- Venha, você é a nova escolhida não é? Deixe que lhe mostro a entrada.

A segui, ate chegarmos a uma enorme escada que descia para um quarto escondido. Era tudo muito incrível, havia naquele quarto, muitas velharias. Tinha um caldeirão "toda bruxa possuía mesmo um" pensou Sally. - Sobre um grande altar havia uma caixa preta que chamou a atenção de Sally.

- Não!!!! Gritou Mary. Seu grito fez ecos pelo quarto.

- O que foi?

- Não toque nisso, você não esta pronto para lidar com algo tão grande.

A mãe de Sally esperava ao lado de fora do quarto afinal Mary não permitiu sua entrada, por ter rejeitado ao dom.

- Sally... Querida esta tudo bem?

- Esta sim mãe - gritei lá de baixo.

Ela estava fascinada, tinha muitas coisas naquele quarto, um morcego preso na parede, tinham aranhas, uma grande quantidade de livros, e... Ela não acreditou no que viu, Fred o gato de sua avó estava ali, empalhado a encarando de uma forma estranha.

- Bom Mary tenho que ir, tenho de contar isso a minha mãe.

- Você já sabe que ela não pode descer aqui, por mais 10 anos. Se ela descer ira virar pó.

Sally ficou muito assustada com aquilo, subiu correndo as escadas para ver se estava tudo bem com sua mãe. Ela estava sentada na cama, olhando para a entrada do quarto, com um olhar de preocupação. Assim que apareci, vi o alivio surgindo em seu rosto.

- O que havia lá embaixo?

- Muitas velharias, amuletos, frascos, Lembra-se do Fred, ele estava empalhado sobre a mesa, achei muito estranho.

Estávamos saindo do quarto, quando ouvimos um barulho.

- Que barulho foi esse?

- Não sei, foi lá no quarto escondido.

Elas voltaram alguns passos, e ficaram paradas em frente a entrada do quarto, um ar de suspense tomou conta do lugar. Ficaram ali paradas por alguns segundos, quando de repente.

- Miaau...

Era impossível, era o Fred, Ele estava... Vivo! Sally e sua mãe não acreditavam no que estavam vendo.



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