Annia escrita por Huntress


Capítulo 2
Capítulo 2 - Abra Seus Olhos Para Um Novo Mundo


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!! Adorei todos os reviews do capitulo anterior!
Muito obrigada ! ^^
Aah, algumas pessoas disseram que a imagem do final do capitulo anterior não apareceram, então eu mudei, se puderem voltar no capitulo 1 e ver a imagem seria legal.
Houveram algumas mudanças para esse capitulo, eu disse a disse a vocês que Annia e Caspian teriam sua conversa aqui, mais resolvi colocar o como Caspian viu a moça e como reagiu a ela.
Enfim... É isso.
Boa leitura!



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A viajem nunca pareceu a Caspian tão calma.

Talvez o motivo para tau coisa se devesse ao fato de ser a volta.

Afinal... Os maiores perigos a serem enfrentados já foram desbravados pelo peregrino.

Provavelmente não haveria qualquer outra coisa que necessitasse de sua total atenção.

Provavelmente.

– Majestade! - um dos tripulantes entra de supetão no gabinete onde Caspian se encontrava naquele inicio de manhã.

– O que houve? - Caspian indaga estranhando a afobação do jovem.

– U-u-m Corpo Majestade... Um corpo foi encontrado no mar, estava boiando em um pedaço de madeira... Os outros estão içando o corpo para dentro. -

O jovem mau termina sua frase quando o rei já se dirigia para fora de seu gabinete indo em direção ao convés principal.

Caspian logo percebeu a movimentação dos homens no centro do convés e aos perceberem sua presença, deram espaço revelando uma jovem de longos cabelos castanhos e pele branca como a neve, esguia e formosa como nenhum daqueles homens jamais havia visto.

Foi inevitável o pensamento que se formou na cabeça de todos que olhavam-na, inclusive o rei Caspian.

"A mais bela que já havia chegado a ver"

Ela parecia irradiar algo de sí, quase tão forte quanto a luz da filha de Ramandu. Uma aura quase palpável serpenteava ao redor dos homens, girando... entrelaçando-se e encantando qualquer que olhasse.

– Ela não respira majestade. - Drinian fala de repente, o semblante antes forte e inabalável povoado pela pena e pela tristeza.

As palavras do amigo despertaram Caspian de seu transe, o rei logo se agachou ao da lado da jovem e de alguma forma ele já sabia o que fazer, algo quente como o verão sussurrava instruções em seu ouvido.

Caspian entreabriu os lábios da garota e se inclinou lançando ar entre as bocas conectadas.

Depois do ar ter acabado Caspian se afastou avaliando a moça para se saber se havia obtido alguma melhora.

Nada.

Ela continuava a mesma, mortalmente quieta.

– Vamos lá, vamos lá. - o rei sussurrava começando a pressionar o peito da jovem tentando sem sucesso forçar a água que provavelmente ela tinha engolido para fora.

Caspian logo voltou a pressionar os seus lábios com os dela e lhe lançar mais de seu ar.

Depois de mais 3 agoniantes tentativas a garota tossiu de repente com violência e a água que guardava dentro de si, saio por entre seus lábios.

Caspian observava-a lutar pelo ar e sorrio afastando os cabelos dela de sua face, já obtendo um pouco mais de corar.

– Drinian! Traga cobertores, ela esta viva! - Caspian grita para o amigo que já havia se afastado, o rei sentia-se dividindo entre os sentimentos de alivio, deslumbre e vitoria.

Mais logo percebeu que a garota tremia com o intenso frio daquele inicio de manhã.

Caspian logo a acolheu em seus braços notando naquele momento as roupas peculiares que a moça estava trajada.

– Você vai ficar bem... Vai ficar bem. - sussurrou o rei desejando em seu intimo que ela fosse capaz de ouvi-lo.

O rei observou as pálpebras dela se moverem rapidamente, como se estivesse lutando para abri seu olhos.

E ela logo os abriu.

Acertando-o em cheio com seus grandes olhos azuis oceano, arrebatando o folego de Caspian com a surpresa.

Foi breve o momento em que ela lhe ofereceu o deslumbre de seus olhos abertos cheios de significados, um oceano infinito repleto de mistério.

Tudo o que Caspian pode pensar por um tempo foi em apenas duas coisas, uma delas era que havia passado longos messes a bordo do peregrino, desbravando as águas azuis do oceano, e ele se lembrava que costumava pensar que não havia azul mais bonito... Agora a jovem que carregava em seus braços provou a ele que estava redondamente enganado. A cor dos olhos dela eram certamente ainda mais belos e inquietantes.

A segunda coisa em que pensava era em como aqueles azuis tão incrivelmente belos e incomuns também eram incrivelmente familiares.

Mais inacessíveis a sua memoria, como em um sonho distante ou um rápido deja ví.

Caspian decidiu que pensaria naquilo mais tarde, a moça que salvou a poucos instantes precisava de sua total atenção naquele momento.

– Você vai ficar bem. - repetiu mais uma vez, convencendo-se de que era incapaz de desviar seus olhos do rosto da jovem desacordada.

_____||_____

2 dias se passaram desde a chegada da nova tripulante do peregrino, no entanto a mesma ainda permanecia adormecida.

Caspian a deixou em seus aposentos, ele queria ter a certeza de que ela estivesse confortável e ao passar dos dias o rei ficava cada vez mais inquieto, temendo que ela não acordasse mais.

Essa preocupação levava-o toda tarde aos aposentos onde ela estava, e lá permanecia velando seu sono durante horas.

Em seu intimo o rei carregava o desejo de que ele fosse o primeiro que ela visse ao abrir os olhos.

Naquele dia era inicio de tarde e como sempre faz nos últimos 3 dias, Caspian se dirigiu ao aposento em que a jovem repousava.

Silenciosamente ele se sentou na poltrona ao lado da cama e a observou.

Seus olhos negros já haviam decorado cada traço do rosto branco, mas a cada novo dia tinham o prazer de observar cada uma apenas mais uma vez.

Ela permaneceu imoveu pelo passar dos dias, moveu apenas uma de suas mãos e aquilo foi um acontecimento isolado.

Caspian chegou a colocar os dedos rente ao pulso dela varias vezes, sempre queria ter a certeza de que ela estava viva... E de que era real.

Suas pálpebras se moviam inquietas varias vezes no decorrer dos dias, Caspian imaginou os sonhos que percorriam atrás deles, e imaginou-se perguntando a ela o que a mesma tanto sonhava enquanto esteve dormindo.

Quando ela moveu os dedos o rei se sentiu ansioso por toca-los, e entrelaça-los entre os seu, mais sabia que para ela, ele não passava de um desconhecido e não sabia se seria tão receptiva quando abrisse os olhos.

Afinal, ele já fez e já viu demais...

Caspian tinha que forçar-se a lembrar que ela também lhe era uma mera desconhecida, mais o sentimento de que a conhecia ficava cada vez mais forte, a cada hora, minuto e segundo que se lembrava de seu rosto e de seus olhos ele sentia que a conhecia de algum lugar.

Que ela já a viu.

Simplesmente pelo fato de que seus olhos eram incomuns e certamente inconfundíveis.

Esse sentimento povoou seus pensamentos pelos dias que se arrastaram, e Caspian sentia que a lembrança sempre estava próxima demais... Mais que ao mesmo tempo quase inalcançável.

Em mais uma de seus tentativas frustradas de se lembrar da moça batidas foram ouvidas em sua porta.

O rei murmurou um entre e logo Drinian entrou no ressinto.

– Como eu imaginei. - o amigo disse em um ar de riso.

– O que imaginou? - Caspian perguntou ainda sem desviar os olhos da moça.

– Quando o rei some sem dar explicações já supõe-se onde ele deve estar.É quase uma piadinha particular entre a tripulação. - Drinian retruca com um ar de cinismo.

Caspian esboça um sorriso de canto em divertimento sem se preocupar muito com o fato de ser motivo de piadas particulares.

– Fico feliz que eles estejam se mantendo entretidos. - Caspian fala lançando um breve olhar ao amigo.

Drinian se aproxima e observa a jovem, sem se conter ele fala;

– O que você acha que aconteceu com ela majestade? - sua voz é cheia de algo entre curiosidade e desconfiança.

Drinian não conseguia evitar, ele era um telmarino afinal, e era de praxe sempre observar a situação de todos os ângulos, inclusive desconfiar de cada uma delas.

– Eu não sei. - Caspian diz em um suspiro. - Mas de qualquer forma espero que ela acorde em breve para me dizer. -

Drinian cerrou os olhos observando com cuidado cada feição de seu rei.

– Perdoe-me se eu parecer intrometido meu rei, mais eu acho que esta afeiçoando-se muito rápido a esta moça... Ou estou enganado? - Drinian arrisca ainda que tivesse quase a certeza de que estava certo.

A preocupação misturada a deslumbre e curiosidade delatavam o rei sem precisar de qualquer uma de suas palavras.

Mais uma vez Caspian esboça um sorriso de canto, e leva uma das mãos até uma das mechas dos longos cabelos da jovem.

– Fracassei na tentativa de encobrir tau fato? - o rei diz e seu amigo ri.

– Vir todas as tardes para ter a plena certeza de que ela esta bem lhe denuncia meu rei. - Drinian retruca.

Caspian se reencosta na poltrona e franze o cenho, olhando a garota como se ela de repente fosse seu maior mistério.

E de fato... Talvez fosse.

– Quando ela abriu os olhos depois que eu a salvei, eu vi algo neles Drinian, algo que me parece muito familiar. - o rei confessa. - A lembrança parece tão perto e ao mesmo tempo longe demais e isso é frustrante meu amigo. -

– Bem... O que posso dizer além de dê tempo ao tempo meu rei? - Drinian murmura observando mais uma vez o rosto da jovem.

Caspian permaneceu quieto por mais alguns segundos antes de se voltar ao amigo mais uma vez.

– O que o trouxe aqui? Alguma coisa aconteceu depois da minha ausência? - indaga o rei.

– Oh, perdoe-me me distrai por um momento majestade, vim aqui lhe dizer que estamos próximos a Narnia, ao amanhecer chegaremos. - Drinian informa-o.

– Foi uma grande aventura não? - Caspian comenta com um sorriso, lembrando-se do que passou em seus últimos meses.

– Foi sim majestade. - Drinian resposte parecendo rodeado por suas memorias também. - Agora dei-me licença meu rei, Ripchip já deve estar resmungando alguma coisa a essa altura. -

– Sim, logo eu subirei também. -

Drinian sai do ressinto em silencio, e Caspian volta sua atenção a jovem sem nome mais uma vez.

Se pegou pensando qual seria seu nome e a curiosidade lhe queimou mais uma vez.

Caspian observou os curiosos contornos negros nos olhos da garota, e se perguntou se ela estaria doente.

De qualquer modo a resposta para essa pergunta ficou presa em sua garganta.

Ela estava mexendo as pálpebras mais uma vez.

Um suspiro escapou dela e a mesma moveu as mãos.

Ansiedade rodou o estomago de Caspian.

Ela abriu os olhos de supetão, por um momento confusão tomou conta das ires azuis que Caspian ansiou ver por estes dias.

Ela examinava o teto com curiosidade.

Sim, ela acordou.

Finalmente ela acordou.



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Pov Annia


"Por que eu não posso ir lá fora?" , perguntei certa vez.


"Lá fora é perigoso demais quero você aqui, onde eu possa proteger você de todos eles.", ela me respondeu certa vez.

Eu era pequena demais para perceber o que ela estava fazendo.

Eu era pequena demais para perceber o quanto era manipulada.

Eu era pequena demais para perceber o quanto ela era louca.

Quando eu tinha 6 anos eu tentei fugir, finalmente eu tinha percebido que tinha algo de errado nela.

Eu via as crianças brincarem lá fora.

Eu sabia que a mãe delas deixavam-nas brincar.

Então o que havia de errado comigo?

Não consegui fugir, ela me pegou, eu senti algo picar meu braço e logo eu estava dormindo.

Quando acordei estava em uma jaula.

Ursinhos estavam ao meu redor, e meu quarto também estava a vista.

Em uma falsa visão de liberdade.

"Por favor... Por favor me deixa sair!" eu lhe disse.

" É para o seu próprio bem." ela me disse enquanto eu implorava para sair.

Lembro-me de ter ficava lá por 3 semanas, e quando ela me deixou sair haviam grades em todas as janelas.

2 anos delas... Era ano novo e ela não me deixou sair, também não tive autorização de ver os fogos.

Fogos davam esperança, davam ideias.

E eu não era permitida a te-las.

Eu ouvia a alegria das pessoas ao redor e não entendia por que tau felicidade.

Eu estava presa, como um animal enjaulado.

Então por que toda aquela felicidade?

Por que Coraline fazia aquilo comigo afinal de contas?

Do que ela queria me proteger?


Meus olhos se abrem e a confusão me acerta.


Não era meu teto.

Não era minha coberta.

Onde eu estava afinal?

Uma movimentação chamou minha atenção e meus olhos voaram para ela.

Negros... Intensos olhos negros.

Havia curiosidade neles, e me perguntei se eram tão grande quanto a minha.

Quem era aquele estranho afinal?

Água, agonia, dor e frio.

Lábios quente...

Eu o vi... Ele salvou minha vida.

– Você! - minha voz rouca da as boas-vindas ao lugar silencioso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Participem da campanha "Reviews é bom para o coração"
Espero vcs nos comentários.
Bjoker! O//