Natsu sorriu alegre e abobadamente quando me viu entrar pela porta do meu pequeno apartamento. E eu me permiti corar com esse gesto tão honesto quanto seus sentimentos por mim.

Por um momento, eu pensei que talvez meu amor por ele não seja verdadeiro, mas então eu o olhei. E nessa troca de olhares eu pude perceber que meu coração sempre foi e será dele.

Caminhei cautelosamente até ele e o abracei forte. Seus braços fortes e hostis – ao mesmo tempo tão acolhedores e protetores – enlaçavam minha cintura fina de maneira que não havia como escapar. Eu não queria escapar. Poderia morar naquele abraço para sempre.

Ergueu meu queixo cuidadosamente para cima, fazendo-me encarar seus orbes ônix. E, como se fosse a última coisa que poderia fazer, selou seus lábios nos meus, fazendo com que uma enchente de emoções me invadissem. Separamo-nos, porém nossas testas e narizes continuaram encostados e eu continuava a fitar seus olhos tão expressivos. Perdi-me naquela imensidão de sentimentos.

Ele entrelaçou nossas mãos e guiou-me até a cama. Fez-me deitar ao seu lado com a cabeça encostada no seu peito quente e enlaçou minha cintura com seu braço esquerdo enquanto sua mão direita deslizava sobre minha pele fazendo-me caricias confortantes. Beijou o topo da minha cabeça e por fim sussurrou: – Eu te amo, Luce. Seja minha para minha para sempre.