Manaus, 07 de Julho de 2013
  Caríssima Giovanna,
  Feliz Aniversário! Bem, como eu havia prometido, aqui estou eu, postando algo especialmente para o seu aniversário. Não é uma Fic Percabeth ou Leyna como você bem pediu, mas sim uma "releitura" de uma carta que eu pretendia mandar para vocês, mas não o fiz por algum motivo que não me é claro. Enquanto não posso lhe presentear materialmente, espero que goste desta minha humilde declaração, que se direciona não somente a você, como também a todos os meus prezados amigos que eu tanto amo. Ih... Acho que me prolonguei demais. Vamos logo ao que eu quero lhes dizer.
  Hoje não estou tão "inspirada" quanto no dia em que escrevi a carta original, e como sabe, meus planos para o seu aniversário tiveram de ser alterados por uma falha na memória, de minha parte. Pois bem, depois de ter meus primeiros planejamentos cancelados por um tolo esquecimento, tive a idéia de enfim, mostrar a vós a carta que guardo a mais de um ano, e que foi escrita em um dos "Dias Ruins", que são aquelas datas em que mais sinto falta de vocês, porém, tive o desprazer de constatar que a carta deve ter sido perdida em alguma infeliz situação na escola em que estudo, já que eu a mantinha sempre em meu caderno, para lê-la e relê-la quantas vezes achasse necessário, assim como também faço com algumas outras recordações que guardo de vocês com imenso carinho, algumas dadas por alguns de vocês a mim ainda na segunda ou terceira série, mas as mensagens a serem passadas ainda estão frescas em minha mente, de forma que tentarei transcrevê-las agora.
  Acho desnecessário e impossível, definir uma palavra que resuma a importancia de vocês para mim. Vocês são especiais por cada momento que passei com vocês. Infelizmente, minha restrita memória humana, não permite que eu guarde todos os detalhes, de todos os momentos que vivemos, o que lamento infinitamente, mas há coisas que nem em mil anos eu poderia esquecer: as inúmeras vezes em que a Babi brigou com a Ariel no início da aula, "pra sempre", e no recreio estavam de mãos dadas; o dia em que o Marcos confiou a mim a foto dele com o Filipe e o Dinamite (aliás, eu ainda a tenho); as brincadeiras e músiquinhas características do Victor; o dia em que o Moisés me entregou um bilhetinho muito fofo, na terceira série (também o guardo até hoje pra lembrar das nossas aventuras); as infinitas "novelas" que eu e a Nicky vivíamos através das brincadeiras; e como esquecer as hilárias situações que vivemos nas montagens dos trabalhos, hein, Gi?! Mas é claro que não lembrarei apenas dos momentos engraçados, fofos ou alegres. Sempre lembrarei também, dos momentos tristes e difíceis que passamos, graças a Deus, com o apoio uns dos outros, como a despedida de alguns amigos caninos que partiram para uma melhor e o acidente com nosso querido Filipe, que chocou a todos e comoveu gente de todo o Brasil e até mesmo de fora, que se uniram a nós, que vivemos tudo de perto, em uma forte corrente de orações e no fim, o vimos vencer mais essa batalha.
   Aqui, farei mudanças no rumo deste relato, pois hoje, vejo a situação com outros olhos, diferentes dos olhos que escreveram a primeira carta. Na carta original, eu basicamente descrevia como sentia falta de vocês, na de hoje tentarei lhes mostrar o que tirei de aprendizado e positivo, afinal, hoje é para ser um dia feliz, e não de triste melancolia. Agora, com a proximidade do tempo no qual irei revê-los, consigo enxergar as coisas por um ângulo 85% mais positivo. Com esse distanciamento, pude testar o grau de importância que vocês exercem na minha vida, e o grau de importância que vocês dão a minha pessoa. Não que eu duvidasse! De forma alguma. Já confiava completa e cegamene em vocês, porém, é como alguém que não vê uma criança durante meses, e quando a reencontra percebe o quanto ela cresceu, enquanto que os pais, que a vêem todos os dias não notam diferença alguma. Daqui, de longe, pude acompanhar o desenvolvimento de vocês; a saída da infância; o início da pressão que nos é imposta pela breve chagada do futuro, que está logo ali como um feroz animal, pronto para nos eliminar se não estivermos preparados; os momentos turbulentos pelos quais passaram, nos quais pude avaliar de forma mais objetiva, já que não estava envolvida diretamente, o comportamento de cada um de vocês. Agradeço a Deus por cada um de vocês não ter perdido a essência que lhes é caracterísca, e que faz eu vos amar tanto. Agora, inclusive me lembrei de que um dia desses perguntei a minha mãe "De qual deles você mais gosta?", e ela pensou um pouco e disse "Gosto igualmente de todos, não dá para escolher; cada um tem o seu jeitinho especial". Realmente, minha mãe não poderia ter dado resposta melhor. Eu digo a mesma coisa. Vocês encantam pela originalidade: Giovanna, geniosa, perfeccionista e estressada como nunca vi; Babi, com seu jeito no mínimo único, espoleta, perua e palhaça; Nicky com a sua meiguice sem tamanho (pelo menos a maior parte do tempo, pelo  que soube) que contagia, e a mais madura, na minha opinião; Moisés é desde sempre um poço de fofura que me encantou pela sua sensibilidade desde o primeiro ano em que o conheci; Victor é o brincalhão que também é um ótimo ouvinte e amigo sempre que preciso; Marcos é o atleta do grupo, companheiro de muitas aventuras e meu melhor amigo.
  Como vocês podem ver, cada um de vocês ocupa um lugar insubstituivel no meu coração. Nem que eu conheça 1.000 Anne's, Maria's, Duda's, Gabi's, Rodrigo's, Jade's, Belle's e etc vocês serão trocados ou terão seus postos ameaçados, pois como profetizou minha sábia mamãe "Vocês tem história".

                                                                                                                       Com Muito Amor,
                                                                                                                                             Emely