Tales About Hellsing escrita por Raura


Capítulo 4
Intruder


Notas iniciais do capítulo

Sankyuu ao meu beta querido Sir Luke
Estimulem a humilde escritora que vos fala e comentem x3
Beijos carmim e boa leitura!



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Uma enorme lua cheia iluminava Londres e o caminho de Integra Hellsing em direção ao Palácio Real que no seu Aston Martin costurava velozmente pelo trânsito da cidade em direção ao seu destino. Chegou ao local, estacionou o carro no lugar indicado, pegou no banco ao lado o acessório que usaria. Uma máscara. A Hellsing colocou-a e ajeitou os cabelos que saíram do lugar, apertou os olhos com força se certificando que as lentes de contato não a incomodariam, e saiu do carro ignorando completamente a mão estendida do manobrista para ajudá-la descer, bateu a porta e entregou as chaves a ele.

Inspirou e expirou umas duas vezes antes de entrar no enorme salão luxuosamente decorado, pois sabia que quando o fizesse atrairia vários olhares para si, especialmente hoje que usava um vestido vermelho sangue com um senhor decote nas costas, porque diabos havia concordado com Walter em usar aquilo? Pelo menos seus longos cabelos platinados cobriram quase sempre o decote.  

Entrou no ambiente e foi logo cumprimentar a Rainha, a festa era em comemoração ao aniversário da coroa, e como tinha previsto os olhares do ambiente se voltaram para si, suspirou. Sentou-se a mesa junto com os outros Sirs, pegou um copo com vodca para ajudá-la a aturar a longa noite que tinha pela frente.

Estava sem a companhia de Alucard que cumpria uma missão, por isso sem a presença intimidadora do vampiro alguns rapazes se aproximavam para convidá-la para dançar. Preferiu estar sozinha a levar junto o combo Seras + Bernadotte, ou Walter que a repreenderia por não se portar como uma perfeita dama. Estava se servindo do segundo copo de vodca quando notou um par de olhos azuis observando-a. O rapaz aparentava ser dois ou três anos mais velho que ela e usava uma máscara branca, ele sorriu quando viu que Integra o olhava e na mesma hora ela desviou o olhar. Levantou e foi caminhar um pouco, esse tipo de evento era um teste para saber o quanto conseguia controlar seu mau gênio.

Encostou-se em uma parede ao lado de uma das janelas abertas e observou as pessoas mascaradas dançando, rindo. Integra quase sorriu com o pensamento de que Alucard iria adorar estar ali, esse com certeza era o tipo de baile que o agradava. Retirou a máscara e viu o rapaz de antes parar ao seu lado, depois de uns segundos de silêncio ele puxou conversa:

_As máscaras só caem à meia-noite, e o objetivo de usá-las até lá é que as pessoas não saibam quem está por trás.

_Como se a maioria das pessoas daqui não soubesse quem sou – o rapaz sorriu comprovando que a conhecia.

_ Lady Hellsing, permita que me apresente, sou Dorian – ele abriu um sorriso que faria metade das mulheres de Londres se derreter, Integra mantinha a expressão impassível.

_Sir Hellsing – corrigiu-o

_Sir Hellsing – ele pegou a mão dela e fez uma mesura – me daria o prazer de uma dança?

_O prazer ia ser só seu – Integra disse recolocando a máscara e depois cruzando os braços.

_É realmente como dizem de você: terrível e bela – Dorian continuava a sorrir e pegou na mão de Integra a puxando para o meio dos casais que dançavam – Não irei pisar nos seus pés, fique tranquila.

Integra estava incrédula, quem aquele rapaz atrevido pensava que era pra arrastá-la para uma dança, e como várias pessoas do salão olhavam os dois ela não podia fazer nenhuma grosseria, na verdade ela até podia, mas teria que aguentar a falação se fizesse uma cena. Dorian levou-a para o meio das pessoas, segurou na mão direita de Integra e a outra apoiou nas costas dela puxando-a para perto. Ela segurou no ombro dele a contra gosto, uma nova música começou. Dorian era uns centímetros mais alto que Integra, o que o fazia baixar o olhar para conversar com a Hellsing, parecia que a aura de irritação dela só o divertia mais. Ela não estava nem um pouco confortável naquela situação, e a mão quente de Dorian em suas costas não ajudava em nada:

_Sir Integra?! – Dorian chamou a atenção da loira, ela olhou nos sinceros olhos azuis do rapaz – Relaxe, não irei te morder.

_Você me arrasta para uma dança sem meu consentimento e ainda pede para eu relaxar?

Dorian não teve tempo de responder, foi interrompido por um homem com os cabelos negros levemente ondulados na altura dos ombros, seu terno e máscara eram tão pretos como o seu cabelo e uma gravata vermelha.

_Posso dançar com Milady? – perguntou. Integra estendeu a mão, o homem a pegou e rodopiou com ela pelo salão acompanhando o ritmo da nova música. Permaneceram em silêncio, os olhos azuis nos ambares, depois de um minuto de silêncio ela finalmente perguntou:

_O que faz aqui Alucard?

_Esse vestido ficou perfeito em você, e eu jamais perderia a chance de ter esse deleite para meus olhos.

_E a missão?

_Concluída com sucesso, o relatório já está escrito em cima da sua mesa.

Mais um minuto de silêncio, uma música mais calma tinha começado. Muitos que não dançavam e também os pares na pista observavam curiosamente os dois, sabiam que a mulher era Sir Hellsing, mas não reconheciam Alucard. Integra não se incomodava com a mão fria de Alucard em suas costas, ele abriu um sorriso malicioso e abaixou o rosto para sussurrar no ouvido dela:

_O que acha de darmos motivo para fofocarem depois? – ele subiu e desceu com os dedos pelas costas dela lhe provocando um arrepio.

Ela não teve tempo de responder, apenas olhou surpresa ele passar o dedo indicador levemente da bochecha ao seu queixo, e depois fechou os olhos ao sentir os lábios frios de Alucard nos seus. Ele beijou-a com intimidade, como se sua língua já conhecesse muito bem a boca dela, ela retribuiu, na mesma intensidade, deixando se levar pelo instinto, desejo e prazer.

O relógio soou meia-noite anunciando que era o momento das máscaras caírem, Alucard uniu seus lábios mais uma vez aos de Integra antes de se separar dela, enquanto se afastava tirou a máscara do rosto dela, ele era o único no salão que permanecia mascarado. A Hellsing virou-se e saiu andando para fora do salão com olhares curiosos em sua direção, pois não sabiam quem era o único homem que não tinha tirado sua máscara e beijado a Sir de forma ousada e íntima.

Chegou ao seu carro e não se surpreendeu quando abriu a porta e encontrou o vampiro sentado no banco do carona, ainda usava a máscara. Integra entrou no carro, pegou um charuto no porta luvas e acendeu, ligou o carro e o caminho de volta foi feito em silêncio. Estacionou, e entrou na mansão com Alucard ao seu lado. Ele estava quieto demais, um comportamento atípico, mas estava cansada, queria deitar e ter uma boa noite de sono. Ia subir as escadas quando o vampiro entrelaçou seus dedos na mão direita dela e beijou-lhe o pulso:

_Noapte bună*, Condessa – suas íris agora estavam vermelhas vivo, e desapareceu.

Subiu para seu quarto, seus passos ecoando devido aos sapatos de salto e ao silêncio, àquela hora só os guardas estavam acordadados. Entrou e colocou seu pijama, assim que deitou adormeceu.

No outro dia, Integra estava tomando chá quando Walter veio lhe entregar o jornal. Ela o folheou e seu olhar parou na nota que tinha no jornal sobre ela estar com um “homem misterioso” na festa e uma foto dela aos beijos com Alucard em anexo. Levantou da mesa visivelmente irritada, teria esburacado o jornal se sua arma não estivesse no seu escritório.

_Senhorita Integra?! – Walter perguntou querendo entender a súbita irritação dela. Ela pegou o isqueiro no bolso e queimou o jornal.

_Integra-Sama?! – o mordomo tentava entende-la quando ouviram a gargalhada de Alucard ecoar no ambiente.

_Me deixe Walter – e saiu pisando duro.

Walter podia não saber exatamente o que aconteceu para deixar sua mestra tão irritada de repente, mas tinha certeza que o que quer que tenha acontecido o vampiro estava envolvido.

-*Boa Noite em romeno.


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Notas finais do capítulo

That's all folks!