Queria Voltar Ao Passado escrita por Betinnha


Capítulo 2
Relembrando o passado


Notas iniciais do capítulo

- Desculpe os erros ortográficos.



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 - Vilu! - senti alguém me cutucar - Acorda!

  

      Abri os olhos devagar, vi Angie me olhando e segurando o riso.

      - Violetta, você dormiu aqui? - Perguntou segurando a risada.

      - Angie? - esfreguei meus olhos. - O que você faz aqui?

      - Eu que pergunto.

      - Eu ainda estou no camarim?

      - Está.

      - Nossa! peguei no sono e nem percebi.

      - Agora levanta da cadeira, e vamos pra casa.

      - Sim, Senhora! - falei num tom sarcástico.

      - Muito engraçadinha. - Deu uma risadinha.

     - Eu sei. Que horas são?

     - Umas oitos horas.

     - Ainda está muito cedo. Deixa eu dormi mais uns cinco minutinhos? - Suplicava.

     - Não! Você precisa voltar pra casa e arrumar sua mala. - Tinha me esquecido do filme.

     - Já? Pensava que o filme iria ser gravado daqui a duas semanas.

     - As gravações do filme começarão depois de amanhã.

     - Então, por que diabos você vai me acorda ás oitos da manhã?

     - Pensei que gostaria de chegar mais cedo para decorar sua fala, rever seus amigos e... - Não deixei Angie completar a frase e taquei uma almofada bem no seu rosto.

    - Violetta Castilho! Não acredito que você me atacou com uma almofada.

    - Você não parava de tagarelar um segundo, e eu quero dormi. - Me ajeitei na cadeira pra voltar a dormi.

    - Ah, então é assim? Não quer levantar?

    - É. - Respondi.

    - Então vai levantar por mal. - Angie pegou um copo de água que estava em cima da bancada e jogou com tudo em meu rosto.

    - Angie!

    - Que foi? Fiz um favor a você.

    - Um favor? - Perguntei secando meu rosto com uma toalha.

    - Você não precisa mais lavar o rosto de manhã hoje. - Começou a ter um ataque de risos.

    - Nossa! Muito engraçado, minha barriga tá até doendo de tanto ri. - Debochei.

    - Tinha que ver sua cara. - Parava de ri aos poucos.

    - Agora que voltou ao seu estado normal e parou de ri como uma hiena, podemos ir?     

    - Cadê o respeito, garota?

    - Foi embora com o sono.

    - Parece que alguém acordou com o pé esquerdo.

    - Não acordei mesmo com alguém me cutucando.

    - É melhor voltar para casa. - Me entendeu a mão para me ajudar a me levantar. - Seu pai deve está preocupado.

   - Esqueci do meu pai. Ele vai me matar.

   - No máximo um bronca.

   - Com sorte.

   - Vamos,  o carro está te esperando lá fora.

   - Vamos.

   Saí do camarim do show e encontrei o carro. Por sorte não encontrei nenhuma fã louca ou paparazzi, se bem que  minhas fãs loucas são incríveis e bem mais divertidas que aqueles paparazzi chatos. Em fim cheguei no carro e me sentei no banco de traz junto com minha tia.   

     

   - Vê se não vai dormi de novo, viu?

   - Pode deixar. Não quero ganhar mais um banho - Ri.

   - Vilu, você não vai acreditar no que achei na nossa antiga casa em Buenos Aires.

   - Na nossa antiga casa?

   - É... não foi bem eu que achei foi a Olga.

   - Olga? Faz um tempão que não vejo ela.

   - Ela também está morrendo de saudades de você, mas ela encontrou uma coisa no seu antigo quarto. - Disse fazendo um suspense.

   - O que?

   Nesse momento Angie pegou sua bolsa, que pra ser sincera dava pra caber um elefante ali. O objeto que Parecia um livro... mais um caderno.

  - Tome. - Me entregou.

  - Esse parece meu diário.

  - Não parece. É seu diário.

  - Nossa faz tanto  tempo que não escrevo nesse diário. - A essa altura estava folheado  o diário inteiro.

  - Achei que quisesse escrever de novo.

  - Tia, tenho 19 anos.

  - Se quiser pode apenas ler e relembrar.

  - Obrigado, tia - Abracei.

  - Que bom que gostou e...

  Meu celular tocou. Deve ser o meu pai preocupado, mas não tinha que ser o idiota do Diego para estragar esse momento.

  Chamada on. 

  - Alô? Quem fala?

  - Sei que é você Violetta.

  - Sempre gentil.

  - Hoje vou te dar uma chance e podemos sair a noite.

  - Nem morta.

  - Não se esqueça que somos namorados.

  - Que namorado que nada. Isso não passa de uma grande mentira.

  - Que seja temos que manter a aparênc... - Desliguei na cara daquele  metido. 

  Chamado off.

  - Não o suporto.

  - Diego? - assenti.

  - Cada dia que passa ele se torna cada vez mais insuportável, e como não bastasse fica falando que estamos namorado.

  - Ninguém mandou você beija ele no show.

  - Ele que me beijou, além do mais não podia da um tapa na cara dele porque estávamos em público.

  - Era só desmenti.

  - Não podia, porque as fãs daquele idiota falariam que estou mentindo e a única coisa que quero para minha carreira é polêmica.

  - Pelo se importa com sua carreira.

  - Você também deu maior força pra mim ficar com ele.

  - Não sabia que ele era um completo idiota, desculpa.   

  - Tá desculpada.

  - Chegamos em casa. - Angie abri a porta do carro.

  - Foi rápido.

  - Anda logo que ainda temos que ir pro aeroporto.

  - Tá só vou arrumar minha mala e comer alguma coisa.

  - De pressa.

  Abri a porta e me deparei com uma cena não muito legal. Meu pai me esperando com uma cara assustadora.

  - Então é melhor eu ir pro meu quarto e arrumar minha mala. - Estava um passo de subi no primeiro degrau da escada.

  - Não tão rápido, mocinha. - Falou meu pai.

  - Foi por pouco. - Disse num tom baixo.

  - Violetta Castilho, onde você dormiu noite passada!?

  - No camarim.

  - No camarim? Sério isso?

  - Sério. - Disse Angie, rindo. - Quando fui procura - la estava toda jogada na cadeira, dormindo.

  - Nem me lembre disso. Estou com uma dor nas costa.

  - Já era pra imaginar, né filha? - Meu pai ria.

  - Agora trate de arrumar suas coisas , pra podemos ir?

  - Tá. - Deu um beijo na bochecha do meu pai e da Angie.

  Deixei os dois sozinhos, pois Angie cuidado da minha carreira não podia ficar muito tempo com meu pai, que também era muito ocupado. Arrumei minhas coisas, que por sinal quase não cabia na mala.

  Voltei pra sala, que deparei com uma cena um pouco engraçada. Meu pai beijando ou melhor praticamente engolido a Angie. Dei um alto pigarreio, fazendo os dois se separarem rapidamente.

  - Violetta, não sabia que estava aí. - Disse Angie vermelha.

  - Não precisa ficar envergonhada. Vocês podem se engolir, mas escolhem um lugar mais privado, ok?

  - Ok. - Disse meu pai.

  - Vamos? - Disse Angie.

  - Vamos, só vou pegar um maçã pra comer.

  - Tchau Angie. - Disse meu pai, dando um selinho.

  - Tchau filha. - Me deu um beijo na bochecha.

  - Tchau papai, volto daqui a um mês.

  - Não esqueça que vou te visitar em Buenos Aires.

  - Já esperava. - Rimos do meu comentário.

     Entrei no carro com Angie, um pouco atrasada porque o voo sairia daqui a duas  horas. Estava um pouco nervosa com  fato de fazer um filme e, também como estão meus amigos. Todos conseguiram se tornar cantores e atores de sucesso.

     ...

     Estava sentado no meu acento, que como sempre acabei dando vários ortógrafos. Finalmente acabou os fãs me deixaram descansar um pouco, assim pude aproveitar mais o voou e ler algumas páginas do diário.

     Que raiva de mim mesma, quando cheguei na parte que falava do León. Na verdade queria ter raiva dele mas não consigo, quando penso nele, eu lembro dos seus olhos, do seu cabelo e do seu sorriso e que sorriso.        


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