Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana


Capítulo 7
Capítulo 6- Deusa suprema e segredos


Notas iniciais do capítulo

Vou dedicar esse capítulo para a Lara porque ela merece ~~risos~~
Boa leitura
Criem suas suposições no final e descontem a raiva em mim, podem descontar.
Boa leitura 2 (DE NOVO)



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POV Possy

Como é madrugada de domingo, liguei para o James. Os alunos recebem os celulares sábado, mas o sinal só é liberado na meia noite de domingo.

Nathan dormia feito pedra ao meu lado.

Cruzei os dedos para James estar acordado.

– Oi- ele falou ao atender, sem saber quem era.

Só o ‘‘oi’’ dele fez meu coração acelerar.

– Jay, eu estava morrendo de saudades da sua voz- falei explodindo de alegria.

– Possy! Porque não atendeu minhas ligações? Eu já estava preocupado.

– Eu troquei de chip- expliquei- como você me ligou ontem?

– Segunda é feriado então eu fugi com uns amigos. Pegamos os celulares antes.

– Você pegou o iPad? Quero muito te ver- falei ansiosa.

Ele confirmou com um ‘‘uhum’’.

– Então pega ele aí- mandei.

Fui até o escritório do Nathan e peguei o iPad dele.

Encerrei a ligação e iniciei uma conversa com James via FaceTime.

Pude ver as bochechas dele, vermelhas de frio, seu sorriso lindo e seus cabelos loiros enormes e bagunçados do jeitinho que eu amo.

Mordi o lábio inferior, segurando o choro. Já fazia meses que eu não o via pessoalmente.

– Quando vai cortar essa juba?- perguntei, o fazendo rir- recebeu o que eu te mandei?

Ele mostrou o pingente de skate no cordão e a minha toca.

– Se você perder a minha pulseira...

– Você me mata- ele me interrompeu- mas aí você ia ter que vir para cá, o que seria maravilhoso.

Rimos juntos.

– Alguma novidade por aí?- ele perguntou.

– Hm...- pensei um pouco- ah, sim. Nathan terminou com a Katherine.

Contei os detalhes da briga e sobre a noite de hoje.

– Dessa vez a coisa está bem feia- falei- muito mesmo. Trancar os dois em um quarto só iria piorar tudo.

– Então você acha que definitivamente não tem volta?- ele ficou preocupado.

– Sei lá. Os dois se amam, mas estão deixando as barreiras atrapalharem esse amor. Se é amor mesmo, eles vão voltar- concluí- não é o fim para eles.

– Eu amo esse seu jeito filósofo de falar- ele riu- toda inteligente.

Sorri também.

– Você está aonde?- perguntei.

Só agora que eu percebi que James estava sentado em um sofá de couro marrom e que o local ao redor tem uma decoração predominante de madeira.

Ele inverteu a câmera frontal para a traseira e me mostrou a sala onde ele está.

Um garoto altíssimo com cabelos castanhos de tamanho médio saiu do corredor e acenou para mim.

– Oi, Thomas- falei e abri um sorriso.

– E ai ‘‘princesa’’- Thomas me zoou- tudo bem contigo?

– Sem contar que meu namorado me trocou por você- brinquei- está tudo maravilhoso.

– Mano, quem é essa gata?

Dois garotos entraram na sala. Josh e Chris.

Josh, que tinha perguntado quem eu era apenas brincando, colocou a cara perto da câmera.

– Tudo beleza, Possy?

Ergui o polegar.

Ele colocou apenas um dos olhos azuis dele bem na frente da câmera, ocupando toda a tela.

– Para, seu retardado- Chris disse.

Josh saiu e Chris veio falar comigo.

– Gatinha do James, ta fazendo o que?

Ri do modo engraçado como ele falou.

– Falando contigo, seu idiota.

Os meninos começaram a gritar por causa da minha linda resposta sincera.

– Possy- ele continuou- tem certeza que não quer trocar o James por mim? Você é muita areia para o caminhãzinho dele.

Ele piscou apenas um olho para mim e mandou um beijo.

Foi impossível não soltar uma gargalhada.

– Você ta louco, viado? Eu dou conta do recado- James, que não apareceu, cortou Chris- abaixa essa tua bola aí.

Mais uma vez os meninos começaram a gritar. Eu apenas ria que nem uma retardada. Eles são demais.

– Vocês são muito idiotas- falei ainda rindo- puta que pariu. Adoro vocês.

– Eita James- Josh gritou- já ta perdendo a sua gata para nós.

– Seu cu- James disse.

– Possy, meu amor- Chris colocou a mão no peito- eu juro que vou ficar de olho no James. Se ele te chifrar, eu venho correndo te contar e aí a gente fica junto.

– Essa é a disputa do século!- Thomas gritou, ficando de pé em cima do outro sofá- todos querem a deusa suprema do James!

– Quem é a deusa suprema do James?- ouvi uma voz que não vinha de nenhum dos meninos.

James virou um pouco o iPad, revelando nada mais nada menos que Gregory.

– Greg?- estreitei os olhos- puta que pariu! Quanto tempo, porra!- gritei.

– Possy?- Greg se aproximou- vocês dois estão juntos?

Confirmei com a cabeça.

– Eu falei! Eu disse que iam acabar juntos! Eu sou foda!- Greg fez uma dancinha de comemoração muito engraçada.

Gregory passou anos na nossa infância insistindo que James e eu iríamos ficar juntos.

– É, você estava certo- bati palmas- parabéns, Greg. Já pode se candidatar para o cargo de profeta de Deus.

Ele me mostrou o dedo do meio.

– Então por isso que a senha era jassy67- Greg disse- mas porque 67?

– Jassy, James e Possy. Seis, número favorito do James. Sete, meu número favorito- expliquei- eu que inventei, falei para o Brunno e ele disse para você.

– Eu aposto que essa é a sua senha para tudo- Josh disse.

– Idiota- dei língua para ele- se você invadir minhas contas, eu juro que vou para o Canadá e corto sua mão.

– Pode vir- ele fez a mesma coisa, me deu língua.

POV Katherine

Algumas horas antes

Como era sábado, era dia de ficar com o meu pai.

Agora eu fico três dias por semana com o meu pai e quatro com a minha mãe.

– Posso sair?- perguntei para ele, que estava na sala conversando com a Lisa- é para uma balada com o Erick.

– Com o EricK?

– É. Nathan e eu terminamos- contei- já pode soltar fogos.

– De novo?- meu pai me olhou com cara de tédio- eu não te entendo, Katherine. Jack, Nathan, Jack, Nathan, Erick, Nathan e Erick de novo.

Só faltou ele me chamar de vadia.

– Valeu pai. Valeu pela força- falei ironicamente.

– Meu amor, eu gostaria muito de saber quem você ama, só isso. Vai facilitar muito a vida do seu pai aqui porque se você engravidar de novo, eu vou saber quem deles eu vou matar.

– Pai!- gritei- eu não vou engravidar de novo agora.

Só em pensar no meu filho que eu perdi, comecei a me sentir mal.

– Eu não amo nenhum deles, ta?- cruzei os braços- eu posso ir?

– Só quando me contar o que aconteceu.

– O senhor fala como se isso importasse- revirei os olhos.

– Mas importa. Lembra quando a gente conversou?

Tínhamos tido uma séria conversa sobre termos agora uma super-relação de pai e filha.

– Ta bom- sentei no sofá, ao lado dele- Nathan queria seguir em frente e ficou com uma menina. Eu tinha perdido a memória nessa época. As chances de eu lembrar sobre ele eram tão pequenas que ele ficou sem esperanças. A garota acabou engravidando. Eu não vou fingir que ele não vai ter um filho de outra mulher. Eu sei que eu não ia aguentar. Preferi terminar. Acho que fiz a coisa certa. É isso.

Meu pai não disse o ‘‘eu te avisei’’ que eu esperava. Ele passou o braço pelo meu pescoço e me puxou para ele, me abraçando.

– Pode ir.

[...]

Cheguei a ver o Nathan beijando uma loira. Ela deve ter uns dezessete anos que nem eu. Ver aquilo me partiu, mas eu tinha dito para ele fazer isso. Eu disse que não me importo mais com ele. Pura mentira, mas fiz o que achei que devia ter feito. Nem sempre o que queremos é o certo para nós.

Erick e eu tínhamos subido. Lá de cima, vi toda a confusão entre a Possy e a tal Victoria.

Quando Caleb disse que Nathan tinha se drogado, senti um aperto no peito. A culpa é toda minha.

Enchi um copo com vodka. Ou eu ficava bêbada, ou me martirizando pelo resto da noite.

A última coisa que me lembro é da Possy levando o Nathan original e acabado para fora da Red Lights.

Agora

Meu corpo todo, principalmente minha cabeça, estão doendo.

Eu acordei completamente atordoada, sem saber onde estou.

Erick estava com o braço ao meu redor e eu, com quase todo o meu copo em cima dele.

Me soltei com cuidado para não acordá-lo e abri a porta. Dei de cara com uma espécie de parte um do quarto.

Ao lado da outra porta tem uma estante enorme de livros. O chão é coberto por um tapete branco peludinho super macio que cobre metade dos meus pés.

Um sofá enorme disposto ao lado esquerdo. Almofadas gigantes espalhadas pelo ‘‘chão’’ e uma televisão branca na parede.

No canto direito, uma varanda e bem ao lado uma escrivaninha com alguns papéis bagunçados, uma agenda, um MacBook e um computador.

Me aproximei e dei uma olhada nos papéis.

Em um deles tem escrito bem no topo ‘‘magia’’ e logo embaixo, alguns valores altíssimos em dólares.

Peguei outro papel escrito ‘‘Red Lights’’ e mais valores.

Levei um susto quando Erick me abraçou por trás.

Me virei para ele.

– Ta tudo bem?- ele perguntou- você está pálida.

– Ta. É que você me deu um puta susto- tentei normalizar a minha respiração- porque tem isso?

Mostrei o papel para ele.

– Meu pai é o dono da Red Lights- Erick pegou a folha da minha mão e a colocou em cima da mesa- eu ajudo ele a administrar.

– E ‘‘magia’’? O que é isso?- fui intrometida, eu sei.

– Isso eu não posso contar- ele passou o dedo pela minha bochecha- são coisas da família. Quando você entrar nela, aí eu posso- abriu um sorriso.

Abri meu melhor sorriso falso.

Lembrei de algumas vezes em que Nathan fez a mesma coisa. Me assustou quando eu estava mexendo nas coisas dele.


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Notas finais do capítulo

Erick ou Nathan? James ou Spencer?



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