POV Katherine

– Você ainda quer ir para a casa da Danna?- Nathan me perguntou enquanto andávamos até o carro. Ele passou os braços ao redor dos meus ombros, nos aproximando mais.

– Quero se você ainda quiser- o respondi- inacreditável né? Você trabalhando para o FBI.
– É, mas eu estou sendo chantageado e isso não estava no meu antigo sonho infantil de ser um agente federal.

– Você sonhava em ser um agente federal?- perguntei retoricamente- é, até que faz todo sentido.

– Eu queria ser o super-homem também graças a Smallville.

– Você não é o super-homem, mas é o meu herói. Sabe disso, né?

(N/A: Só um minutinho. Vou ali vomitar arco-íris e já volto)

Nathan riu baixinho e deu um beijo na minha testa.

– Agora eu sei.

Quando chegamos na casa da Danna, todo mundo estava vendo uma transmissão ao vivo de um festival de música.

– Sua mãe já chegou?- sentei no sofá que estava vazio.

– Não- Danna respondeu e abraçou Nathan logo depois.

Dei um ‘‘oi’’ para o Nick e para a mãe dele.

– Então o propósito disso aqui é fazer as pazes com a sua mãe?- Nathan perguntou mesmo sabendo que sim- porque simplesmente não conta a verdade sobre as drogas e pede desculpas?

– Com um jantar, as chances da minha mãe de diminuir o meu castigo aumentam- Danna explicou- sobre o baile de máscaras, é obrigado ficar de máscara a festa inteira?

Olhei para Nathan e depois para a Danna novamente, pedindo uma explicação.

– Você não contou?- ela perguntou para ele- foi mal. Pensei que tinha contado já que ela é a sua namorada...ex-namorada...enfim, vocês entenderam o que eu quis dizer.

Nathan pediu para eu o seguir e fomos até o quarto da Danna.

– Daqui a uma semana vai ter um baile de máscaras no Scrush- ele abriu a primeira gaveta da penteadeira da Danna, pegou um envelope branco com detalhes em preto e dourado e me entregou.

Tem o meu nome impresso em um adesivo colado na frente: ‘‘Katherine Caroline Duff’’.

– Eu tenho uma ideia para esse baile- Nathan sentou na beira da cama e indicou o lugar ao seu lado para eu sentar.

– Tá, fala- sentei, tirei os tênis, ficando apenas de meias, e cruzei as pernas em cima da cama.

– Primeiro, a gente vai ficar sem se ver durante uma semana, ou seja, até o dia do baile- ele começou.

– Espera aí, uma semana?- o interrompi- você tá louco?- posicionei meu corpo para ficar de frente para ele.

– Sobrevivemos mais de um mês sem nos ver. Uma semana vai ser moleza.

– A-hã, você diz isso agora, mas espera só para ver. Você vai sentir a minha falta no primeiro dia- contrapus.

– Que Senhorita Convencida, meu Deus- ele riu- ah, tem um detalhe: não podemos nos falar nem mesmo indiretamente. Sem ligações, sem mensagens e sem FaceTime.

– Você está insano. Vou te mandar para um hospital psiquiátrico- brinquei- continua.

– É um jogo. Vamos estar no meio de muitas pessoas, todas com máscaras. O primeiro que encontrar o outro, ganha.

– Ganha o que?- abri um sorriso, imaginando possibilidades para o prêmio.

– Se eu te achar, te prendo. Se você me achar, me prende.

Comecei a rir.

– Você tá querendo dizer ‘‘na cama’’? Ai meu Deus, esse jogo é perfeito e eu preciso ganhar- pirei- só de te imaginar preso e eu no comando de novo...

Ele riu. Nathan sussurrou em meu ouvido:

– Eu vou ganhar.

– É o que nós vamos ver daqui a sete dias. Sendo assim, devemos aproveitar as nossas ultimas horas juntos antes do jejum de Naty.

– Você vai mesmo juntar o nome de todo mundo formando shippers?- ele perguntou.

– Claro- desci as pernas da cama e comecei a me calçar.

– Que tal Kathan?- Nathan sugeriu rindo.

– Natherine- sugeri e rimos- vamos descer antes que comecem a pensar que estamos fazendo merda.

– Olha, eu não considero sexo como merda.

– Você entendeu o que eu quis dizer- segurei a mão dele- vamos.

Então voltamos para a sala. Nathan ficou conversando com o Nick e eu fui até a cozinha para ver o que a Danna preparou.
Meu celular vibrou no bolso da calça.
Super festa hoje. Onze horas na escola. Apenas alunos e ex-alunos. Traga roupa de banho.
Eu não tenho na agenda o número salvo da pessoa que me mandou essa mensagem, então não sem quem é.
O iPhone da Danna vibrou em cima da bancada e eu ouvi dois celulares na sala apitando.
Danna e eu nos entreolhamos. Ela pegou o seu iPhone e leu a mensagem.
– Ai. Meu. Deus- Danna falou pausadamente- você sabe que lá na escola tem uma tradição que acontece só com quem estuda no último ano, né? Durante o ano vamos ter três festas como essa. A última é a melhor e maior. Essa é a primeira. A gente precisa ir.
– Mas e o jantar?
– Esquece esse jantar. A minha mãe não vai me tirar do castigo mesmo- ela deu de ombros.

– Danna, a sua mãe vai surtar. É uma péssima ideia cancelar o jantar só para ir em uma festa idiota.

– Não é idiota- ela segurou meu pulso e me ‘‘arrastou’’ até a sala- você recebeu?- ela perguntou ao Nick.

– Recebi.
– Eu também recebi- Nathan disse.

– Mas aqui na mensagem tá dizendo apenas alunos e ex-alunos– falei.

Nathan me entregou o seu celular aberto na mensagem que ele recebeu.

Super festa hoje. Onze horas na escola. Apenas alunos e ex-alunos. Traga roupa de banho. PS.: Você, Nathan Breind Scar, é uma das exceções.

– Você vai?- perguntei.

– Eu raramente perco uma farra- ele riu.

Quase revirei os olhos.

– Vocês vão ou não?- Danna cruzou os braços

– Vamos- decidi- eu não vou deixar o meu namorado no meio de todas aquelas garotas que babam por ele.

– Na verdade vocês são ex-namorados- Danna me corrigiu- vai estar cheio de pessoas que sabem que você está com o Erick e ele provavelmente vai, ou seja, vocês dois aí vão ter que ficar separados.

– Não vamos não- Nathan disse- você quer mesmo ir?- ele perguntou para mim e eu neguei- então não vamos.

Meu celular começou a tocar e eu o atendi.

– Oi, amor. Você já viu a mensagem sobre a festa?- Erick me perguntou.

– Oi. Já vi sim, mas eu não posso ir para a festa- menti.

– Não pode ou não quer? Que tal vir para cá?- ele sugeriu.

Nathan moveu os lábios, formando a frase ‘‘tenho planos com você’’ sem som.

– Não posso sair de casa- menti- eu estou de castigo. Depois eu te explico. Nos vemos segunda, ok?

– Ok. Te amo.

– Eu também. Beijo- desliguei e guardei o celular no bolso- que planos?

– Vamos para a casa da sua mãe e depois eu conto- Nathan tirou a chave do bolso- boa sorte nessa festa e cuidado para não ser presa- ele avisou a Danna.

Nathan me deixou em casa e disse que voltaria em alguns minutos.

– Como foi o jantar?- Justin me perguntou, entrando em meu quarto.

– Não teve. Danna resolveu ir para uma festa- contei- ela não tem juízo.

– Não mesmo- Justin estava quase saindo, mas lembrou de algo- ah, aquela sua amiga esteve aqui te procurando.

Franzi as sobrancelhas.

– Que amiga?- perguntei.

– A Alice, a novata. Ela não disse o que queria- Justin saiu e voltou para o seu quarto.

Fui até a cozinha e fiz pipoca de micro-ondas.

– Eu trouxe coisas melhores- Nathan disse atrás de mim, me assustando.

Coloquei a pipoca em uma vasilha, e peguei duas latinhas de refrigerante e fomos para o meu quarto.

– Quais são os seus planos?- perguntei- estou curiosa.

Ele tirou a mochila das costas e depois tirou sacos de Doritos, dois sprays de chantilly e uma caixa dos meus morangos favoritos de dentro.

– Para que isso?

– Para comer, né? Idiota- ele trancou a porta.

– Oh, seu idiota.

Nathan colocou um CD que ele tirou da mochila no aparelho de DVD e ligou a TV. Ele apagou as luzes, pegou o controle remoto e pediu para eu sentar ao seu lado na cama.

– O meu planejamento é passar a noite...- ele pegou meu pé e tirou o meu tênis, o colocando no chão, e depois tirou a minha meia- a madrugada...- ele fez o mesmo no outro e depois ficou descalço- a manhã e o resto do dia de amanhã com o amor da minha vida- ele deu um selinho em meus lábios.

Abri um sorriso.

– É sério? Vai passar o dia comigo? Ficar comigo é melhor que ir para uma farra?

– Onde você está é onde eu quero estar- ele se deitou, me levando junto com ele de modo que seus braços aconchegantes ficaram ao meu redor.

O meu filme favorito começou: PS.: Eu Te Amo.