Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana
Notas iniciais do capítulo
EBAAAAAAAAAAAAAA CARAAAAAACA
BOA LEITURA ;3
POV Katherine
9 dias depois
Terça-feira. Manhã. Escola. Eu estou morrendo.
O sinal tocou.
– Não esqueçam que os trabalhos são para amanhã- a professora de biologia nos lembrou pela décima vez- quem não fizer vai ficar sem nota.
Estamos lotados de trabalhos para fazer. Eu não aguento mais.
Arrumei minha bolsa, a coloquei no ombro e saí da sala com pressa. Fui correndo em direção ao banheiro. Não deu tempo de ir para um dos vasos sanitários; vomitei na pia mesmo.
– Comida estragada?- uma garota colocou sua bolsa ao meu lado, em cima da laje da pia.
Fiz um coque bagunçado no meu cabelo e apoiei minhas duas mãos na base da pia, esperando por mais vômito.
– É- confirmei.
A garota se olhava no espelho, tentando ajeitar os cabelos escuros, lisos e enormes.
– Você é nova aqui?- abri a torneira e comecei a molhar o meu rosto.
– Fui transferida hoje- ela me entregou uma escova de dentes e uma pasta- eu sempre trago. Pode usar- ela abriu um sorrisinho- a escova é descartável.
– Valeu- devolvi o sorriso- Katherine, mas pode me chamar de Katy. Porque foi transferida?
– Estourei uma bomba na escola antiga- ela finalmente conseguiu ficar satisfeita com o cabelo- Alice, mas pode me chamar de Li.
– Estourou uma bomba?- abri a embalagem da escovinha- de verdade?
– Não, era inofensiva, mas eu já tinha aprontado umas e aí fui expulsa- ela se encostou na pia com o quadril e cruzou os braços- minha mãe quer me matar.
Comecei a escovar os dentes e quando terminei, perguntei para a Alice a idade dela. Quase dezesseis.
Fomos juntas até a cantina.
Erick me puxou de surpresa pela cintura e me deu um beijo.
– Você escovou os dentes?- ele passou a língua pelos lábios vermelhinhos.
– Escovei. Essa aqui é a minha...nova amiga, a Alice– apontei com a mão erguida para cima.
– Oi, Alice.
POV Possy
Os dois exames de DNA entre Nathan e Vitor deram positivo. Como eu sei que a Lily é capaz de fazer tudo para ter o amor da sua vida em mãos, arranquei um fio de cabelo do pai e do suposto filho e entreguei para a minha amiga, Vanessa. Ela é médica e trabalha em um laboratório de exames.
Estava na mansão do Spencer, sentada no sofá que fica de frente para uma das TVs da sala, com as pernas esticadas sobre a mesinha baixa de madeira. Passei os canais sem muita vontade de assistir.
Bruna, que não desgruda daqui, sentou no sofá mais próximo.
– Coloca em alguma coisa que presta- ela mascava chiclete de forma irritante.
– O controle é meu- ergui e balancei o controle branco- se não quer ver o que eu quero, cai fora.
Ela revirou os olhos.
– Tem outra televisão bem ali- apontei para o outro lado da sala- vai para lá e para de encher.
Ela levantou, soltando ar pelo nariz e foi até lá.
Garota chata.
Ouvi o barulho do portão abrindo e logo em seguida carros em alta velocidade. Pouco depois, Spencer e Ryan entraram em casa.
– A Vanessa já te ligou?- Spencer colocou um revolver calibre 38 em cima da mesinha.
– Não. Estou quase roendo as unhas- mostrei minhas unhas pintadas de preto- o que fizeram hoje?
– Só treino- ele bagunçou o cabelo molhado de suor com a mão.
– E porque levou essa arma?- estreitei os olhos, desconfiada.
– Treino de tiro.
– Está mentindo- desci as pernas da mesa e ajeitei minha postura- porque está mentindo? Não escondemos nada um do outro.
Ele se aproximou, ergueu meu queixo e disse olhando em meus olhos:
– Eu não estou mentindo.
– Você está sim- fiquei de pé- posso ver na sua cara. Fala logo ou vai ser pior.
– Depois eu que sou a chata- Bruna disse se intrometendo.
– Cala a boca. A conversa é entre A e B; C não entra– a cortei.
Spencer soltou um suspiro e subiu as escadas, me ignorando.
– Não terminamos- o segui e puxei a camisa dele- não dê as costas para mim.
Ele riu fraco.
– Eu estava procurando um caminhão de entregas de drogas- passou a mão pelo cabelo mais uma vez- do Chapeleiro- completou.
– E porque não me disse? Você tem alguma pista? Achou o caminhão?- indaguei curiosa.
– Não quero você metida nisso- disse sério.
– Me meto se eu quiser. Eu vou atrás de pistas amanhã e nem ouse me impe...
Spencer deu um murro na parede de madeira atrás de mim, me assustando.
– Eu não estou brincando, Porter– ele falou profundamente, sério até demais. Seus olhos expressavam raiva e ele cerrou o maxilar.
Depois de alguns segundos o encarando, desci os degraus. Spencer me puxou com força pelo braço.
– Não dê as costas para mim- ele me imitou de propósito.
– Você é um idiota bipolar– dei um soco no peito dele- me larga.
Ele olhou para cima e respirou fundo. Voltando seus olhos para os meus e soltando meu braço, disse:
– Desculpa- envolveu meu quadril com um braço- é que ás vezes eu perco o controle; você sabe.
– Não- empurrei o braço dele, me soltando- eu devia ter me acostumado com o seu jeito grosso.
– Eu só estou preocupado com você, Possy– ele beijou minha orelha e passou para o meu pescoço.
Recobrei meus sentidos e o empurrei, voltando para o meu lugar no sofá.
Spencer desistiu de conquistar minha aceitação de suas desculpas e subiu para o quarto dele.
– E aí- Ryan se jogou ao meu lado- beleza?
– Beleza- falei com um tom bem indisposto.
Meu celular tocou e eu o peguei e atendi rapidamente, ansiosa.
– O resultado deu negativo- Vanessa disse sem enrolar.
Game over, Lily.
POV Katy
***
Vesti uma cropped bege de mangas compridas que vão até os pulsos e um short jeans de cintura alta. Passei apenas um delineador nos olhos e um brilho rosa claro nos lábios. Saí com Cams e Danna para fazer compras. Eu odeio isso, mas preciso de um vestido novo para a festa que eu vou com o Erick. Mentira, na verdade eu não preciso, mas Danna insistiu.
Quando ela encostou o carro ao lado da calçada da loja, eu vi Lily e Nathan através do vidro do carro. Eles estavam juntos, sentados em um banco, e ele com um bebê no colo.
– Danna, qual o nome do filho do Nathan?- perguntei com os olhos vidrados neles.
– Vitor- ela respondeu- porque quer saber?
Levantei a cabeça para que as lágrimas não caíssem.
– Por nada- menti- vamos logo. Quanto mais cedo acabar, melhor.
Tentei esquecer o que acabei de ver. Dei uma olhada em alguns vestidos, fingindo estar empolgada. Eu finjo muito mal, mas enfim.
Uma das minhas músicas favoritas do AC/DC começou a tocar e eu fiquei um pouco melhor, cantarolando baixinho.
Antes de ir para o vestiário, eu atendi a ligação da Possy.
– Você não vai acreditar- ela estava animada- Lily falsificou os exames. Nathan não é pai do filho dela.
As roupas que eu estava segurando caíram no chão.
Primeiro eu fiquei estática, parada de tão surpresa e depois foi como se eu tivesse levado um choque de felicidade.
– É sério? Tipo, sério?- perguntei ainda sem acreditar.
– Muito sério, amiga.
Simplesmente não sei o que dizer.
– O Nathan...eu fiz ele terminar comigo por causa daquela vadia!- gritei e as vendedoras da loja me olharam meio assustadas- ai, que cacete de vida. O que foi que eu fiz?- bati a mão na testa- meu amor...
Corri meio desajeitada até a vitrine. Nathan já foi embora.
– Droga- resmunguei.
Eu queria quebrar a cara da Lily bem ali, no meio da rua.
– Lily está fodida. Aquela vaca vai sentir o peso da minha mão na cara dela ou eu não me chamo Katherine– fechei o punho esquerdo- filha de uma...- soltei um grito.
Definitivamente estou pirando. Eu quero xingá-la de todas as maneiras possíveis. Quero gritar e sair chutando, quebrando tudo.
– Você está bem?- Danna franziu o cenho, preocupada e confusa.
Puxei ela e Cams para um provador. Coloquei a ligação no viva voz.
– Nathan não é pai do Vitor. Lily mentiu- contei rapidamente- o que eu faço agora?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O QUE ELA FAZ AGORA?
BEIJOS < 3