Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 14
- Aquecimento.


Notas iniciais do capítulo

Bom, o ultimo capitulo ñ rendeu mtas reviews, como eu havia previsto.... É q eu meio q queria enrolar por conta q esse capitulo é importante pra historia. Se vc ainda ñ leu o capitulo bonus, leia. Não ta tão chato assim e vai ajudar a entender melhor a história na visão da elena...



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Damon desligou o celular, frustrado. Teve a impressão de receber a ligação de um número desconhecido, e por um momento ele acreditou que fosse Rose com alguma novidade sobre seu paradeiro ou sua volta. Mas nada... Nem uma ligação. Estava tão desesperado que até um cartão postal serviria. E a mãe dela sempre dizendo que não sabia de nada, o pai... Era pior. Um vagabundo, ganancioso e avarento na qual nem adiantaria desperdiçar o dia.

Resolveu levantar e depois dar comida para Sam, que o encarava com aqueles enormes olhos de coruja. Mas algo havia sido bom nesses últimos dias. Hoje aconteceriam os preparativos para a festa dos fundadores. Que era amanhã de noite, e daqui a algumas semanas o dia dos fundadores. Sim, é ridículo. Mas, é Mystic Falls. E nesse período o colégio sempre reúne todas as turmas em laboratórios de História para estudarem juntos e trabalharem em cima do mesmo tema. Organizando as festas, os bailes, fazendo trabalhos manuais. Era algo que a cidade inteira se juntava para celebrar e ajudar. Foi engraçado para ele ver a reação de Isobel ao saber que teria que participar de tudo isso, ela estava animada para, pela primeira vez, fazer algo desse tipo. Em um lugar como Nova Iorque, onde a cidade nunca adormece, nem muito menos para por conta de uma tradição anual. Seria impossível algo assim acontecer por lá.

Ela, Isobel, provavelmente já havia ido trabalhar e os filhos deviam estar na praça com a turma do colégio auxiliando nos projetos para a grande festa de amanhã à noite com a primeira dama da cidade, Carol Lockwood. Mãe do Mason.

Por conta disso, não haveria muito movimento no Mystic Grill e o campeonato havia sido marcado justamente para hoje, com essa intensão, muita gente é igual a muita briga. Já tinha alimentado Sam e já corrigiu as atividades do segundo ano. Pode perceber que Jeremy desenhou um pequeno busto no lado de trás da prova, o que fez Damon rir. Ou aquele moleque desenhava muito mal, ou nunca havia visto um par de peitos na vida. Pegou as chaves do carro e foi em direção à saída.

Parou.

Surpreendo-se ao encontrar a patricinha sentada no sofá com cara a fechada em um bico, girando um colar de prata na ponta dos dedos. Ela parecia triste, mas também aparentava raiva.

— O que tá fazendo aqui, Hilton? – Perguntou ainda seco. Fazendo referencia a Paris Hilton. – Até onde eu saiba, a senhorita deveria estar na praça como todos os alunos.

— Eu sei, eu sei. – Dizia ela, em tédio. – Só que eu me atrasei, tá legal! Ontem, eu me esqueci de separar minhas roupas pra usar hoje de manhã e acabei demorando demais pra escolher. E quando eu finalmente escolhi meu carro tava sem gasolina. E agora... Eu to sem ter como sair daqui.

Ele estava mesmo ouvindo aquilo? Quanto tempo uma pessoa pode demorar em escolher uma roupa? Ainda confuso ele continua:

— Gilbert! A cidade é pequena, a praça não é tão longe. Da pra ir a pé, sabia?

— Eu também sei disso, não sou uma retardada. Só que eu estou usando um sapato exclusivíssimo do Manolo Blahnik e não posso gastar meu salto.

Damon nem ao menos se incomodou em olhar para os pés dela e ver seus sapatos. Aquilo tudo era tão ridículo que ele queria simplesmente sair andando e a deixar ali com seus ‘’problemas’’ de adolescente. Mas ao mesmo tempo era tão cômico que ele não podia perder a chance de assistir.

— Minha filha – Chamou ele, dessa vez rudemente – Você nunca ouviu falar na palavra tênis, por acaso? Ou melhor, na palavra trabalho manual? Lá você vai ter que ajoelhar, pintar, desenhar, andar de um lado pro outro, suar que nem uma louca e sim... Se sujar. Olha como você tá vestida.

Agora ele a olhou. Como sempre o visual capa de revista era a palavra para definir melhor a figura sentada naquele sofá, que agora o encarava desentendida. O precioso sapato que na qual ela tanto possuía medo de gastar era rosa bem claro, com detalhes pretos no qual se parecia muito com renda. Na parte superior uma blusa lilás tomara que caia e uma calça lavagem bem escura e justa. E a maquiagem também, noturna e selvagem. Era exagerado comparado ao fato de que ainda era manhã, mas era realmente muito sexy.

— É claro que eu já ouvi falar em tênis. Só que mulheres como eu, não usam esse tipo de coisa. A não ser pra academia, no Maximo. Não posso ser vista usando isso normalmente. É o apocalipse.

— Ah, pelo amor de deus. – Disse Damon, ainda impaciente. Estralando os dedos na frente de seu rosto como se tivesse tentando lembrar-se de algo ou até mesmo se acalmar – Vai me dizer agora que você não tem uma daquelas sandálias baixinha... Como é o nome? É ras... Ras...

— Rasteirinha?

— Isso – Gritou ele em descontração. Elena achou estranho, era a primeira vez que o via falar com algum tipo de expressão ou tom de voz que não fosse raiva ou egocentrismo. A não ser a vez em que se mudou na qual ela surpreendentemente o viu acanhar-se em vergonha. – Rasteirinha. Vai me dizer que você não tem uma dessas coisas.

— Ter eu até tenho, só que já usei um dia desses e ser vista usando o mesmo acessório na mesma semana. É suicídio social, e dos piores.

Nessa hora que se arrependia de ter usado aquele sapato para fazer a graça de menina doce para o Tyler. Idiota. Era tudo culpa dele.

Após esse pequeno discurso ela bufou alto e jogou-se no sofá encarando o teto. Chega de drama. Damon não aguentava mais ouvir a voz dela, e se não ajudasse, Isobel o chamaria atenção. Por mais que ela concordasse dele tratar seus filhos do mesmo modo como na escola. Ele estaria prejudicando Elena, e Isobel era a ultima pessoa nesse mundo na qual ele poderia arrumar encrenca. Afinal, mães, querendo ou não, sempre ficam do lado dos filhos.

— Eu to indo pro grill, vai ter um campeonato de sinuca hoje. – Disse ele em descanso enquanto apanhava suas chaves do bolso. Ia fazer algo legal por um aluno pela primeira vez e isso se tornaria histórico. – A praça fica praticamente em frente! Quer uma carona? Eu te levo.

Elena levantou a cabeça devagar e o olhou rapidamente com deslanche, depois assentiu em sinal de aceitação. Colocou uma mecha atrás de sua orelha e levantou apanhando a bolsa ao seu lado. Antes de começar a tagarelar novamente.

— Acha mesmo que minha roupa tá muito exagerada? Quer dizer eu...

— Gilbert – Interrompeu Damon gritando e arregalando os olhos. – Juro por Deus se eu ouvir a palavra roupa, sapato, maquiagem, unha, espelho ou qualquer coisa relacionada saindo da sua boca no caminho eu quebro esse teu salto e te expulso do meu carro.

Depois disso, ela ficou em silencio. Não queria arriscar em quebrar seus sapatos. Para a infelicidade de Damon, toda aquela conversa em casa de que ela não poderia abrir o bico para dizer nada relacionado a futilidades, não há fez parar com alguns questionamentos ao longo do caminho. Quando estavam no carro.

— Então... – Começou ela claramente envergonhada. – Há quanto tempo dá aula?

Em relance Damon a olhou confuso. Depois, voltou a se concentrar no volante. Ele já entendia o que estava acontecendo ali. Toda essa constante tentativa de aproximação, depois de dá aquele chilique ao descobrir que moraríamos juntos? Era suspeita. E agora com essa mania de me cumprimentar ou de querer conversar nesse jeitinho toda doce. Coisa que ela não era. Era obvio...

... Ela queria nota. Por isso toda essa faceta de menina gentil. Pois então, ela iria se desapontar; Não aumento nota de ninguém que não mereça, ou tenha, mérito.

Seria melhor que ela pensasse que estava caindo em seus jogos, assim, talvez, pare de me perturbar. Se ela queria fingir e brincar de ser legal, brincaríamos.

— Um pouco mais de três anos. – Disse Damon, por fim, ainda concentrado em dirigir. Surpreendendo Elena, por responder. – Eu entrei na faculdade aos 21, mas sai quase aos 24. Pulei alguns estágios.

— Wow, Era tão esperto assim?

— É que aos dezoito, comecei uma faculdade, mas tranquei no fim do primeiro semestre.

— Entendo. – Disse ela pensativa. Provavelmente antes de ele ter sido expulso — Por que trancou? 

Droga pensou Elena. Aí eu já queria saber demais, e do jeito que ele é. Nunca vai responder.

— Tive uma fase rebelde. Bebia demais, na verdade sempre bebi, desde os catorze anos. Mas nessa época foi pior. Chegava a tomar uns 50 copos de Uísque numa única semana. Era horrível. - Escondeu a parte em que falou que foi internado. Pela segunda vez.

Nossa. Como era possível isso? Ele tinha pele boa e cabelos bonitos. Não parecia ser o tipo de homem com danos do álcool. Quer dizer, quando imaginamos um alcoólatra, nosso cérebro automaticamente imprime a foto de alguém sujo e feio. E ele não era nenhuma dessas coisas, muito pelo contrario. Tudo bem que podia ser um diabo sem coração, mas a subjugar por sua aparência era inegavelmente unanime. O cara é lindo. E todo mundo sabe, por mais que todos o detestassem.

— Chegamos – Disse ele a despertando de seus pensamentos. Parou o carro a uma esquina da praça.

Lotada também de outros automóveis e pessoas. Todas felizes e a maioria muito jovem e animada. Elena rapidamente entendeu o motivo de ele ter parado o Prius a certa distancia do mar de gente, a cidade inteira deveria estar ali. E rumores aqui se iniciavam sem ao menos surgir um motivo para qual.

Elena soltou seu cinto e esperou até que ele destravasse a sua porta. Por fim, ela calmamente agradeceu e saiu em direção à procura de Bonnie. Quando achou, deu graças a Deus. O gramado dessa praça realmente não foi feito para andar de salto. O diabo tinha razão, devia ter pegado os tênis da minha mãe e usado uma simples blusinha e talvez um short. Teria que fazer compras para ocasiões simples como essa. Em Manhattan você sempre precisa estar glamourosa o tempo todo, mas pelo que posso observar as coisas aqui são diferentes.

Mas Elena, no fundo sabia que esse discurso em sua cabeça não iria pra frente, afinal, as pessoas podiam tentar tirá-la do luxo, mas ninguém poderia tirar o luxo de dentro dela.

— Eu vi – Disse Bonnie com os braços cruzados e um sorriso no rosto. Assim que Elena se aproximou – Pelo visto o plano tá dando certo. Se aproximando dele, sendo amiga. Tentando descobrir informações que nos ajudem. Legal, gostei.

— É, mas é estranho – Falou Elena, enquanto raciocinava. – Esses dias mesmo ele me tratou, que nem como trata todo mundo na escola, sabe? Que nem um pedaço de nada. E agora no carro a gente conversou e ele me contou algumas coisas do passado dele. E foi gentil, foi... Normal.

— Talvez eu estivesse certa!

— Como assim? Certa sobre o que, Bonnie?

— Elena – Falou cautelosamente enquanto encarava os olhos de Elena. Bonnie já era bem baixinha e com os saltos altos com que Elena tinha frequência em usar a faria ter toxicólogo qualquer dia desses – Lembra quando eu disse que achava que o Senhor Salvatore provavelmente iria querer ter uma boa relação com você e seus irmãos? Ao menos dentro de casa?

— É acho que lembro – Disse Elena dando os ombros.

— Então, talvez no começo ele tenha dado uma de difícil e durão, mas esteja querendo uma boa convivência. Você vai vê, vai ficar mais fácil.

Elena suspirou pesadamente e cruzou os ombros apoiando seus braços no diafragma. Talvez Bonnie tenha razão; Ele deve está amolecendo. Teria que continuar dando uma de amiga até conseguir descobrir um podre de verdade que se encaixasse nos planos e o fizesse sair de sua casa, já que o que Tyler descobriu não serviria para nada e ainda estava cedo para envolver a tal Rose. Não contaria para ninguém que planejava prejudica-lo após o fazer sair. Bonnie, Caroline, Matt e todos eles queriam ter o velho Damon, legal e animado do seu passado, mas ela queria acabar com ele pelo modo como ele a tratou nesses últimos dias. Essa era uma coisa que não mudava nunca em Elena ao longo dos anos; Ela não guarda raiva, ela não acumula rancor e nem ao menos colhe arrependimento alheio. Ela se vinga. E era exatamente o que faria com ele.

Agora que ele estava permitindo sua aproximação, a primeira parte de sua tramoia já se iniciaria com uma boa partida.

Damon adentrou ao bar e esperou que a garçonete viesse com sua bebida. Não iria beber, sabia que não podia, mas precisava ter o copo próximo de seu corpo para acalmar seus nervos. Ou simplesmente para poder cheirar o gosto e tentar aliviar a sensação de saudades por aquele sabor. Ele tinha quase convicção de que estava certo: A patricinha estava o bajulando por nota...

Agora ele percebia o sentido em tudo. Não perderia seu tempo preocupado em como enganar uma criança que nem dezoito anos ainda tinha. Simplesmente, a faria crer que estava sendo legal com ela e pensasse que teria algum tipo de beneficio consigo em relação a notas, provas, atividades. Se ela raciocinasse desse jeito, iria desistir e achar que já havia ganhado a batalha e ficaria com dez ou nove, tudo por conta de uma boa convivência adquirida.

Pois ela estava enganada. Ia prosseguir com o tratamento falso e a estranha simpatia, ha deixando ponderar que estavam perto de uma possível amizade ou algum tipo de convívio harmonioso. Não queria passar a perna em ninguém, mas ele não suportava que o fizesse de bobo sem ao menos importar-se em disfarçar. Ele não era burro, e mostraria isso pra ela.


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Notas finais do capítulo

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