Ele a viu com a cabeça deitada sobre o travesseiro e sorriu. A roupa da garota estava amassada e suja. Seus olhos cansados, maquiagem borrada e o cheiro do cigarro... Taylor não parecia uma princesa agora, parecia? Max tentou a acordar mas como resposta só ouviu "Vai embora...".

_Vamos garota, você está um caco, vai tomar um banho.

_Sai daqui, Max! Me deixa dormir.

O rapaz pegou a garota no colo e a levou até o banheiro onde colocou-a dentro da banheira com água gelada. O grito foi tão alto que quase deixou ambos surdos. A menina começou a tremer de frio enquanto agarrava suas roupas molhadas.

_Ta maluco?! A água tá fria e você molhou minhas roupas!

_Ah, para né! É só esquentar a água e depois você veste uma blusa minha.

Ela se calou enquanto parecia pensar. Levou as mãos até a barra da blusa a levantando até a metade.

_Sai daqui! - riu ao ver o homem morder o lábio.

Quando Max saiu do cômodo, Taylor finalmente tomou seu banho. Mais ou menos trinta minutos depois o rapaz ouviu a garota chamar por seu nome. A porta foi aberta e uma garota enrolada em uma toalha saiu indo até outro quarto da casa. Em poucos minutos voltou com uma blusa verde escura enorme, e fios de seus cabelos ruivos grudados na testa.

_Preciso de roupas... - disse baixo - Podemos ir para Boston?

_Quando?

_O mais rápido possível...

_Posso comprar roupas para você. - Max pensava lentamente sobre o que Taylor gostaria de fazer.

_Eu quero as minhas roupas, Max. - rapidamente encolheu os ombros e deu um passo para a frente ficando a centímetros do rapaz. Beijou seus lábios e voltou a encará-lo.

_Tudo bem.... - suspirou - esse final de semana?

_Pode ser... - a garota sorriu abertamente e foi para fora do cômodo sendo seguida pelo quase namorado.

Era ainda quarta feira. Teriam mais quatro dias para dormir e se pegar. De verdade, a garota não ligava se teria suas roupas em breve ou não. Ela queria passar cada segundo com o rapaz.

Começou a pensar sobre Max. Foi então quando caiu a fixa: Max é um assassino, com problemas mentais e possivelmente um pervertido... Até que a última parte não é tão má assim. Mas mesmo assim, ele poderia matá-la. E a garota viu que não tinha medo, ela não pensava em Max assim e ela também era uma assassina... em potencial.

O mais importante é que ela o amava e confiava plenamente em seu amor - o que era estranho.

E o cara? Ele era louco. Não esse tipo de louco. Um psicopata.

Tem tudo pra dar certo...

_As vezes... Eu sinto que nossas vidas estão sendo desperdiçadas. Sabe? Perdemos grande parte da nossa vida...

_Acho que dois anos não é muito tempo...

_Eu mato pessoas há cinco anos.

_Uou. Max, A gente não perdeu nada.

_Eu perdi.

_Ok, você perdeu. Quer que eu te ajuda a recuperar esse tempo todo em um dia?

_Seria legal...

_Pega uma garrafa vazia.

O rapaz bebeu o que restava dentro de uma garrafa de vodca e a entregou para a menina que a girou fazendo com que o fundo da garrafa parasse na direção de Max.

_Me faz uma pergunta?

_Ok... - ele riu - Quantos caras você já beijou?

_Fraquinha essa... Mas vamos lá. - ela pensou por uns três minutos. - Contando com você... vinte e três. - ela riu e girou novamente a garrafa. - Não faz muito sentido ter essa garrafa sendo só nós dois... - Taylor retirou o objeto de cima da mesa e a tacou pela janela. - Eu pergunto... Já dormiu com a Hayden?

_Uh. Posso ser sincero?

_O Lince tá morto, pode falar o que quiser da mulher dele.

_Já... - riu de lado mordendo o lábio. - Já dormiu com o Dean?

_Já. - disse séria passando as mãos sobre o rosto. - Quantas garotas você já beijou?

_Contando com você?

_Sim.

_Trinta e quatro.

_Não me surpreendo.

_Sabe... quer ir agora?

_Pra Boston? - ela sorriu e se levantou animada. Max apenas assentiu e foi pegar a chave do carro. Ela se sentou no banco do carona e viu o rapaz entrar no veículo, selou seus lábios e foram até Boston como se fosse à uma rua de distância.

***

Enquanto os dois entravam na casa e Taylor subia as escadas, Max observava a garota e pensava em como estava bonita e particularmente gostosa usando apenas a blusa verde. Logo se despertou de seus pensamentos e foi dar uma olhada na casa.

A polícia acabou com tudo. Tudo. Desde os pratos de porcelana até a maçaneta da porta de entrada. O local estava imundo e partes do piso de madeira haviam sido quebradas. Ele resolveu subir para ver se a garota estava bem e se deparou com Taylor trocando de roupa, vestindo apenas uma blusa e suas peças íntimas.

_Max! - gritou horrorizada ao vê-lo.

_Não Taylor... agora você não foge.-ele riu se aproximando dela e segurando sua cintura, beijando-a em seguida. As mãos da garota foram em direção ao cabelo de Max e o puxou levemente. Minutos depois o corpo de Taylor estava sendo prensado sobre a cama e a camisa de Max estava longe dos dois. As mãos do rapaz caminhavam pelo corpo dela e pequenos gemidos vindos da parte dos dois eram abafados com beijos. De repente um som oco é ouvido por Taylor vindo do andar de baixo da casa.

_Max... Tem alguém ai...- ela falou enquanto o rapaz beijava suas coxas.

_Apenas... ignora...- ele falou entre os beijos. Um som mais alto foi ouvido e os dois se levantaram as pressas. O rapaz já estava na beira da escada e então um barulho mais alto...