Agatha:

–Tudo bem, vamos fazer de novo. -James se ajuelhou na minha frente e perguntou: -Agatha Taylor Wright você quer namorar comigo?

Queria aceitar e dizer que sim. Mas não sei porque eu sentia que não devia aceitar.

–James... -Não sabia como dizer um "não" para aquele cara fofo parado na minha frente.- É que...

–É que... Você não vai aceitar, não é mesmo? -Ele deu um sorrisonho falso e ficou calado.

–Eu não sei como te dizer isso, mas... Agente mal se conhece. Nós conversamos em todas as aulas, mas é algo normal. Coversamos em 2 ou três ensaios da música. Saimos uma ou outra vez. Coisas comuns. Não nos conhecemos verdadeiramente. -Meu deus, o que eu estava fazendo? Estava mesmo dispensando James Maslow, o maior gato da escola? Droga! -Eu apenas acho que não devemos namorar, não agora.

Os outros meninos começaram a rir e zoar com James.

–Acabou de levar um fora. -Dustin disse enquanto ria que nem uma hiena.

–Woo Hoo, a Agatha é esperta e não quis namorar com esse boneco Ken feioso. -Logan gritou.

Dá onde eles tiram essa coisas ridiculas pra falar? Quantos anos esses 5 meninos tem mesmo, 17 anos e mentalidade de uma criança de 2 anos? Aff.

–Parem de ser idiotas. -Gritei. -Isso não foi um não, foi apenas um quem sabe no futuro. -Disse sorrindo para James. Ele devolveu o sorriso.

–O problema é esse? Você acha que não nos conhecemos o bastante para namorar? -Assenti. -Tudo bem, então vamos sair na sexta de noite. Assim nos conhecemos e acabamos com esse problema. -Ele falava como se isso fosse ser resolvido tão facilmente assim.

–Tudo bem! -Concordei.

–Tá, mudando de assusto. Kendall o que o treinador queria falar com você? -Carlos perguntou do nada.

–Baixinho. Pra que você quer saber isso? -Tava na cara que ele não queria falar sobre isso.

–Todos queremos saber. -James disse, entrelaçou os braços em minha cintura, me abraçando por trás.

–Ahh, não era nada, ele apenas queria, sei lá, queria que... -Precisava ajudar ele com isso. Ele estava se atrapalhando e acabaria falando merda.

–Bom, já é tarde. Não devemos ir embora? -Perguntei do nada.

Todos perceberam o que eu estava tentando fazer. Mas concordaram.

–Depois você vai ter que nos explicar tudo. -Dustin avisou a Kendall. Pelo menos ele teria tempo de pensar em uma desculpa.

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Kendall:

Preciso tomar tantas decisões e não sei o que fazer. Tenho motivos para querer aceitar o convite do treinador, mas também tem meus amigos, não poderia deixá- los dessa forma. Seria como se estivesse traindo eles.

O que eu faço agora? Precisava conversar com alguém e contar o que estava acontecendo. Precisava de alguém que pudesse me ajudar a tomar essa decisão.

Jogado no sofá da sala de estar da minha casa estava eu. Tão perdido, tão sozinho. Apenas com meus pensamentos.

Minha madrasta estava pegando sol na beira da piscina. Meu irmão jogando basquete na mini quadra improvisada no quintal de casa. E minha "querida irmãzinha" estava trancada em seu quarto, ouvindo The Beatles no volume máximo.

Como alguém pode tomar a decisão mais importante de sua vida com todo esse barulho. Não me levem à mal, eu adoro Beatles, mas agora eu precisava de silencio. O som foi desligado, como se ela tivesse lido meus pensamentos e soubesse que precisava ficar em um lugar tranquilo.

–It's been a hard day's night/ And I've been workin' like a dog. -Rebecca cantava ou melhor gritava enquanto descia as escadas, ela dançava uma dancinha ridicula. Mas era engraçado vê- la tão animada.

Ela usava uma regata preta com uma caveira sinistra como estampa, um shorts preto curto todo rasgado na altura da coxa e um salto agulha preto com alguns detalhes dourados, o salto tinha um estilo botinha. Uma pulseira com alguns espetos dourados. Usava uma sombra preta, rímel preto e lápis de olho também preto. Seu cabelo estava com a parte da frente puxada e amarrada atrás e o resto do cabelo estava solto.

Se sentou na poltrona. Ligou a televisão e ficou assistindo "Friends". Nem se deu ao trabalho de falar comigo, na verdade isso nem me incomodou muito.

–Hã Rebecca? -Ela tirou os olhos do programa de tv e me encarou com uma cara de "o que foi?".

–O que foi? -Perguntou friamente.

–Eu preciso da sua ajuda. Você pode fazer isso? -Ela arqueou as sombracelhas e sorriu.

–O grande Kendall Knight me pedindo ajuda. É claro que eu vou ajudar. -Debochou.

–Por favor. -Ela assentiu e fez sinal para que eu continuasse. -É que tem um amigo meu...

–"Um amigo seu" ?- Ela fez aspas com os dedos e riu.

–Sim, um amigo meu. Ele tem que tomar uma decisão muito importante. Se ele escolher fazer o que os parentes e professores dele querem, ele vai perder os amigos. Mas se ele não fizer, talvéz ele seja punido por isso. -Falei de uma vez só.

–Eu acho que esse seu amigo deve fazer o que ele acha que é certo para ele e se ele se sente ameaçado, se tem medo de perder as pessoas que amam. Ele deve escolher com o coração, o coração nunca mentiria para ele. -Deu uma piscadinha, desligou à tv e subiu novamente para seu quarto.

O que ela me disse talvez fizesse sentido. Eu vou ficar do lado dos meus amigos, não importa se vamos ganhar ou perder. Não importa o que os outros vão pensar. Não vou deixá- los na mão.

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Carlos:

Mal cheguei em casa e Sammy me ligou pedindo para eu ir em sua casa porque ela precisava de mim urgentemente. Peguei meu carro e dirigi até sua casa.

Estacionei meu carro a umas duas quadras da casa de Sammy e fui andando. Quando passei na frente da casa da Alexa, vi ela e seu pai com macacões brancos, pinceis nas mãos, havia latas de tinta por todos os lados e Alexa estava com tinta até no cabelo.

Quando ela me viu olhando para ela, ela sorriu e acenou. Retribui o sorriso e continuei a andar.

"Cara como a Alexa é linda" -Pensei. Droga, desdo dia em que eu fui fazer o trabalho em sua casa, eu só pensava nisso. Como ela consegue ser tão linda. Credo, até parece que eu estou gostando dela.

Mas fala sério, eu não estou gostando dela. Eu à conheço praticamente desde sempre e nunca senti nada por ela e não seria agora que isso começaria a acontecer.

Bati algumas vezes na porta da casa de Sammy e não demorou muito para a mãe de Sammy, a minha sogrinha Jade atender a porta.

–Oi Los, entra querido. A Sammy está no quarto dela. -Ela me recebeu com um sorriso maravilhoso.

Dei um beijo na Agatha que estava sentada no sofá assistindo televisão e depois subi para o quarto da Sammy.

A porta estava aberta, pude ver a Sam deitada em sua cama, com o celular levantado sobre seu rosto, ela estava digitando alguma coisa.

–Sammyyy! -Gritei e acabei à assutando. Ela derrubou o celular que estava em suas mãos, o celular caiu em seu rosto. Ela gritou com a dor do aparelho batendo em seu rosto.

–Carlos, seu veado, você me assustou. -Gritou. Ela masageava o lugar onde o celular havia caido.

Cai na risada, fui até ela e dei um beijo em seu rosto.

Ela estava muito, muito bonita mesmo. Com um vestido simples quadriculado azul e branco, um cinto marrom no cintura, e uma rasteirinha preta. Seus cabelos estavam presos pela metade. Ela estava linda. Eu gostava muito mais de quando ela se vestia longe da Halston. Ela ficava mais decente e eu podia ver a verdadeira Samantha.

–O que era tão importante que eu tinha que vir correndo? -Perguntei ainda rindo.

–Você vai ficar bravo comigo, mas eu fiz uma coisa horrivel. -Disse. Ela parecia realmente triste.

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