Fatinha demorou mais um tempo no quartou tentando se recuperar, depois ela e Lia foram almoçar em um restaurante que tinha ali perto. O dia se passou sem nada importante. Fatinha chamou Lia para dormir lá, o que foi liberado por Raquel. Como não tinha um quarto de hospedes Lia dormiu em um colchão ao lado da cama de Fatinha. No meio da madrugada Fatinha acordou passando mal, estava sentindo umas dores bem fortes na região da barriga. Seriam as contrações? Não, faltava ainda 2 semana para Clara nascer; por isso não acordou Lia, não queria preocupar ela. Levantou-se com cuidado e foi até a cozinha beber um pouco de agua.. que foi quando as dores se tornaram insuportaveis. Fatinha começou a gemer e chamou Lia, que não ouviu. Fatinha foi sentando-se devagar no chão quando percebeu que estava sangrando, começou a ficar desesperada e chamou por Lia de novo, que novamente não ouviu. Agora além de sangue, saia muita agua, se é que era isso. A bolsa tinha estourado

Fatinha: LIA, LIA, ME AJUDA... A CLARA VAI NASCER. AAAAAAAAH

Lia rapidamente apareceu na cozinha.

Lia: Fatinha, o que aconteceu?

Fatinha: A Clara vai nascer, liga pro meu medico

Lia: Cade o numero

Fatinha: Ta no meu celular, em cima de mesa. AIiiiii. Rapido Lia

Lia: Ta sem bateria, vou ligar pra minha mãe.

Lia ligou para Raquel, que ficou confusa com o que estava acontecendo, afinal não sabia que Fatinha estava gravida. Mas agora não havia tempo para explicações. Em 10 minutos Raquel chegou com a ambulancia, deu um remedio para Fatinha que fez com que melhora-se as dores da contração. Chegaram rapido no hospital e as dores de Fatinha tinham ficado muito fortes novamente.

Fatinha: Eu não quero perder minha filha Raquel. Ela não pode nascer, não ta na hora.

Raquel: Fica calma Fatinha, isso é normal. Vai dar tudo certo.

Fatinha tinha planejado ter uma cesária, mas não tinha tempo pra preparar Fatinha, ela teria que tomar soro e fazer uma serie de outras coisas que aumentariam ainda mais sua dor. Lia ficou esperando apreensiva na recepção. Ligou pra Vilma, que levou um susto enorme, a essa hora da madrugada. Saiu de lá na mesma hora, mas só chegaria no outro dia de manha.

Raquel: Força Fatinha, força

Fatinha: AAAAAAAAA. Eu não aguento mais. Eu não vou conseguir

Raquel: Você vai conseguir, só depende de você Fatinha. Você não que ver a carinha do seu bebe? Força, força.

Narração Fatinha: Nesse momento eu fiz a maior força que eu podia, e depois cai deitada de exaustão. Só então pude ouvir o chorinho da minha filha e logo apos a colocaram em cima de mim. Esse foi o momento mais feliz da minha vida, aquela bochecha gordinha, a pele clara, e os cabelos mais claros ainda.     

Lia do lado de fora ouvia o choro do nenem, e depois que levaram para o berçario não saia de lá. Estava muito orgulhosa de Clara e Fatinha, e dela tambem. Que sorte ela tinha, conseguiu chegar a tempo de ver o nascimento da Clarinha. Clara passaria o resto da noite na encubadora, pois ela tinha nascido um pouco fora do tempo. Mas de manha já poderia estar no quarto com a mãe.