Give Your Heart A Break escrita por Tess Ruskin


Capítulo 18
"My mind forgets to remind me you're a bad idea"


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas o cap foi grande ta vendoo? ♥33 me amem kkkkkkkk #sqn
Música: Sparks fly - Taylor Swift



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POV' Tay




– VOCÊ O QUE???? - Acabei deixando escapar, bem mais alto do que pretendia. O professor de geografia me fuzilou com os olhos e, após uma breve pausa tensa, voltou a dar aula, mau-humorado.

– Isso Tay, grita mais alto, acho que ele nem ta desconfiado depois dessa - Beck disse baixo e cobriu o rosto com as mãos, vermelha. Tess tentava segurar o riso ao lado dela.

– Desculpa, foi sem querer. Me pegou de surpresa... - Tentei me justificar - Mas você disse mesmo isso?

– Disse.

– E ele? - Tess perguntou.

– Prometeu que iria tentar e depois perguntou se eu ia pro reg de amanhã...

– Que reg? - Perguntei.

– O pessoal que não vai viajar hoje vai se reunir na casa da Lou pra um reg na piscina amanhã...

– E vocês dois vão?

– É...

– Dois conto que ele pega ela - Eu disse.

– Dois? Dois mil, Tay. É óbvio que vai rolar!

– Eeeeei, não é assim - Beck protestou - Ele tem que conseguir provar primeiro!

– Ah, é? E como ele pode fazer isso?

– Ué, ele pode.... Ele..... Ele pode... Hm... Ah, eu não sei, não faço idéia!

– Como você quer que o menino faça alguma coisa que você nem sabe o que é?

– Foi só pressão, aposto - Tess disse, dando dois tapinhas no ombro dela. - Espero que dê certo, pequena.

– Ele vai pensar em alguma coisa - Beck disse, girando sua caneta favorita, do pato donald, entre os dedos.

– E se ele não pensar?

– .... Tudo bem, talvez eu acabe cedendo. Mas acho que isso serviu pra alguma coisa né?! Talvez ele pense duas vezes antes de me largar... Ou não. Eu vou ter que arriscar, no fim das contas.

– Verdade - Eu disse - Só espero que ele não faça com você o que... Bom, você sabe. O idiota do Richard fez.

Todas nós detestávamos o Richard, tanto quanto o Joe e o Johnny. Os três, basicamente, eram idiotas que sacanearam a Beck, a mim e a Tess, respectivamente. O Richard foi com quem a Beck deu o primeiro beijo. Depois disso, o idiota nunca mais deu as caras (o que foi fácil, já que ele havia mudado de colégio). O Joe é meu ex-namorado que virou gay. Mas não era um gay legal, muito pelo contrário. Acabei descobrindo que a criatura ainda era um duas caras desgraçado e o mais galinha que já conheci. E ainda que planejava ficar com outra no dia em que me pediu em namoro. Enfim, e por último, o Johnny, que foi o imbecil que ficou com a Tess e a sacaneou, nunca mais dirigindo uma palavra sequer a ela.

– Também espero - Ela suspirou - E, pra piorar, vocês vão estar praticamente incomunicáveis o fim de semana inteiro!

– Ei, também não é assim. Vamos levar os celulares na mala, Beck. Só vamos poder falar de noite, mas mesmo assim já é alguma coisa né?

– Que seja - Disse, mal-humorada. - Vocês tratem de falar comigo assim que possível amanhã de noite, ouviram? E hoje, pelo menos me digam se chegaram vivas!

– Sim senhora! - Respondi, tremendo só de pensar na viagem que faríamos a tarde.

– A gente promete, baixinha - Tess disse, virando-se pra frente para prestar atenção na aula.

Ao final do último horário, nos despedimos e corri pra casa, pra almoçar o mais rápido possível e voltar pro colégio a tempo (não podia perder o ônibus!). Algo me dizia que essa viagem ia ser épica...




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POV’ Tess


Abracei meus pais pela última vez.

– Divirta-se, querida – Meu pai beijou minha testa, fofo. Minha mãe sorria de forma meio abobalhada enquanto me dava as últimas instruções.

– ...E não esqueça de nos ligar assim que puder pra dizer que chegou bem – Ela sussurrou a última parte, já que os celulares eram praticamente proibidos.

Sorri e soltei um beijo pra cada um enquanto a Tay me arrastava em direção ao ônibus.

– Amo vocês!

– Também te amamos – Eles disseram, quase ao mesmo tempo.

O ônibus estava parado no estacionamento da escola aguardando a chegada dos alunos. Mal entramos nele e a Tay disse:

– Ai, você é apegada demais aos seus pais – Ela riu.

A Tay viajava o tempo todo sozinha, desde pequena, já que sua família não era da nossa cidade. Além disso, tinha uma irmã mais nova e vivia se desentendendo com o pai. Sendo assim, nunca foi apegada demais a eles.

– Desculpa, mas sou daddy’s girl, mesmo. No bom sentido.

– Por um lado, é fofinho – Ela sorriu, escolhendo um lugar no ônibus pra nós duas. – Mas mudando completamente de assunto, pensou no que te falei?

– Sobre o que? – Perguntei, sem entender de primeira.

– O Simon, duh!

– Fala baixo, ele deve estar aqui! – Olhei em volta, procurando-o pelo ônibus parcialmente cheio.

– Não, ele e o irmão estão atrasados. E se não quer que eu o chame pelo nome, cria um codinome pra ele então, ué.

Pensei um pouco, até achar um razoavelmente apropriado.

– Que tal Jane?

– Jane?

– Sim, Patrick Jane. De The Mentalist.

Ela torceu a boca, parecendo não gostar muito.

– Você é quem sabe, mas não acho que ele seja o seu Jane, Lisbon. – Finalmente disse.

Dei de ombros.

– Abby quem disse. Acho que serve, como codinome.

– Bom, só de ter escolhido chamá-lo assim, é meio óbvio que está gostando mesmo dele...

Corei. Sim, era verdade. Por mais que eu não gostasse de admitir, ele havia me pegado de jeito...

– Talvez um pouco – Eu disse, sentindo as bochechas queimarem. A vi suspirar – Eu não queria, Tay, mas aconteceu!

– Espero que saiba onde está se metendo – Ela mordeu um pedaço de chocolate.

– Já se entupindo de açúcar?

– Não muda de assunto.

– Não to mudando, mas você tá tremendo de tão nervosa!

– Para – Ela resmungou – Não to nervosa. E você não respondeu minha pergunta.

– Sei onde estou me metendo. Há grande chances de eu me machucar e bla bla bla. Mas não tenho escolha. Agora admite que está nervosa!

– Ainda não. Mas vou ficar, tenho certeza...

O ônibus estava ali esperando o resto dos alunos chegarem para, de lá, nos levar ao porto da cidade. No porto, pegaríamos uma lancha e iríamos até a ilha, onde ficava o sítio onde iríamos nos instalar.

O único detalhe é que a Tay não só odeia barcos, como morre de medo deles.

– Tay, é só uma lancha, ok? Não é o Titanic ou coisa do tipo.

– Mas pode afundar igualzinho a ele, ta??

– Não, não pode! Nem há icebergs por aquela região!

– Vamos mudar de assunto? Você está começando a me deixar nervosa.

– Só respira fundo, ok? – Eu disse, até bater os olhos no Simon, que entrava no ônibus. Uou. Ele estava lindo. Os cabelos loiros haviam sido aparados e os olhos estavam mais azuis que o normal, talvez por conta da camisa ser de tal cor. Ele e Patrick cumprimentaram algumas pessoas e sentaram-se, alguns bancos a nossa frente.

– ...só sei que nada consegue me acalmar nessas horas e... Tess? TERESA, ACORDA! – Tay me tirou dos meus devaneios. – Você tá quase comendo o menino com os olhos, alô! Disfarça!

– Não to nada – desviei o olhar, bem na hora em que um dos professores que iriam acompanhar aos alunos começou a chamada.


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Notas finais do capítulo

Gostaramm? *-* Nessa viagem muita coisa vai acontecer, mas garanto: não do jeito que você esperam :**