The World Can Be Wonderful escrita por Miyuki Yagami


Capítulo 12
Chapter 11


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!!! Aqui está!
Muito obrigada por tudo!
P.S. Eu sei, faltaram bandas divas TT^TT mas não deu pra eu colocar todas as que eu queria!
Gomen ne?
Boa leitura o/



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O relógio soou as sete. Respirei fundo. Iria pegar qualquer roupa de festa dentro do guarda-roupa.

Puxei um vestido preto, longo. Nada muito detalhado ou extravagante.

Leonard bateu em minha porta.

- Miku-hime, ele chegou. – avisou do outro lado.

Abri a porta e puxei Leonard para dentro.

- Eu estou bonita? – perguntei.

- Hum, você está sempre bonita, porém... – Leonard fez uma careta. – Esse vestido é feio.

Revirei os olhos.

- Não é feio! – argumentei.

Leonard deu de ombros.

- Tenho uma surpresa para você. – Leonard saiu do quarto e entrou, trazendo um vestido.

Era o vestido mais bonito que já vira. Rodado, muito rodado, da cor vermelha, com laços e fitas pretas em cima da saia do vestido.

- Oh! – exclamei.

- Sua mãe costurou, Miku-sime, esse é o momento perfeito para usar. – Leonard sorriu.

Entrei no banheiro e coloquei o vestido. Tão delicado, diferente, mas ao mesmo tempo, prefeito para mim.

Sai e encontrei Leonard com uma escova.

- Vamos te deixar uma dama.  – estirei a língua. Nunca conseguiria ser uma dama.

Sentei-me na beirada da cama. Deixei que Leonard mexesse em meu cabelo. Ele escovou, pegou duas mexas e as prendeu.

Leonard estendeu uma máscara.

- É uma festa a fantasia, né? – Abracei-o.

- Obrigada. – murmurei.

Corri até a sala.

Kaito estava sentado com a mão na região do estômago. Ele sorriu quando me viu. Estava lindo.

Ele se colocou de pé, estava com roupas antigas, típicas de nobres, perfeito para acompanhar a minha fantasia. Usava uma máscara também.

- Você está magnífica. – disse.

Corei e olhei para o chão.

- Você também não está mal.

Kaito estendeu a mão.

Segurei sua mão.

- Romeu e Julieta nem é tão bom, prefiro Macbeth. – Kaito revirou os olhos.

- Que seja, lady Macbeth.

Fomos para fora.

Kaito aguardou um momento. Seu rosto se contorceu. Aliás, ele sempre ficava com o rosto meio contorcido, mas dessa vez parecia que estava sofrendo.

- Está tudo bem? – perguntei.

Kaito assentiu.

- E então, como vamos? – questionei. Não vi a moto de Kaito.

- Vamos de carruagem. – respondeu.

Comecei a rir.

- Agora é sério, como vamos? – repeti.

Kaito assobiou.

Uma carrugem preta, guiada por dois cavalos igualmente negros veio em nossa direção. Kaito abriu a portinha.

- Primeiro as damas.

Encarei a portinha aberta.

- Isso é sério? – perguntei.

- Não, é brincadeira. – ironizou.

- Você é louco. – disse o óbvio, entrando na carruagem sombria.

- Eu sei. Ei, por que está me olhando assim? Pelo menos não é rosa. – Kaito riu.

Revirei os olhos e o puxei para dentro da carruagem.

Passamos um tempo vendo as estrelas enquanto a carruagem seguia o caminho.

- Onde arranjou dinheiro para isso? – perguntei.

- Tenho minhas economias. – Kaito deu de ombros. No mesmo instante me lembro dele tocando piano.

- Nós nos vimos antes, não é? – pergunto. Kaito assente.

- Claro, nós nos vimos na escola. – responde.

- Você sabe do que eu estou falando. – retruco, séria. Kaito olha para o chão.

- Eu achei que você lembrasse, quando me viu no primeiro dia de aula, mas nunca demonstrou. Então eu deduzia que se esquecera. – ele suspirou.

- Eu não lembrava, lembrei depois, bem depois. – Lembrei, enquanto a melodia da música soava em minha cabeça.

- Nunca tive a oportunidade de dizer que eu... eu adorei quando cantou para mim, daquela vez, quando éramos pequenos.

- Espera. – interrompi. – Eu cantei?

Kaito assentiu, olhando para fora.

- Nossa, eu não me lembro. – falei.

Deu de ombros.

- É natural não lembrar dessas coisas. – disse rispidamente.

- Então por que você lembra?

Ele não olhou para mim.

- Deve ter sido porque me apaixonei por você naquele dia.

Fiquei em silêncio, sem saber como reagir. A carruagem parou e Kaito pulou.

- Esquece isso, vamos? – ele estendeu a mão para mim. Peguei e desci. Entramos no ginásio, o som ensurdecedor explodindo. Estava lotado e eram oito horas apenas.

Logo encontrei Luka, ela estava vestida de gata. Foi um pouco ousado para Luka. Ela estava incrivelmente vermelha.

- Ora, ora, quem diria? – Kaito riu e puxou as orelhas de gato de Luka.

- Eu-eu – começou.

- Cale-se Kaito. – mandei.

Luka ficou surpresa.

- Miku? Kaito? São vocês? – perguntou Luka.

- Somos Macbeth e Lady Macbeth por esta noite, shh!! Vamos matar o rei! – Kaito começou a pular e bater palminhas, animado.

Rimos da estupidez.

- Miku!! – gritou alguém, me dando um susto.

Rin, vestida de Alice, e Len, vestido de Chapeleiro Louco.

Rin abraçou todos nós e Len ficou dedilhando um instrumento imaginário.

Os gêmeos foram para a pista de dana sem aviso prévio. Luka, Kaito e eu ficamos parados.

- Onde está seu namorado, Luka? – perguntei.

Depois da brincadeirinha não tão inocente, Gakupo pediu Luka em namoro.

Luka corou.

- Ele... Ele está... – Luka começou. Parecia preocupada.

- Eu estou aqui. – disse uma berinjela gigante.

Kaito explodiu em risadas.

- Uma... há há... uma berinjela e uma gata? Há há... imagine os filhotes que isso vai dar. – Kaito falava enquanto tentava respirar.

Luka murchou e Gakupo levantou os punhos, pronto para bater em Kaito.

- Acabei de reparar que somos idiotas. – falei, lamentando.

Depois de Kaito se recuperar, Gakupo e Luka saíram de perto, deixando só nós dois.

- E então... o que vamos fazer? – perguntei.

Kaito balançou a cabeça.

- Me recuso a dançar com essa música.

Não reconheci a música. Era eletrônica. Bastou Kaito reclamar que Twist and Shout, dos Beatles, começou a tocar.

Kaito sorriu.

- Deseja dançar, milady? – Kaito fez uma reverência.

- É claro, meu nobre. – devolvi a reverência.

As fantasias que nos cercavam eram muitas. A maioria das pessoas estavam irreconhecíveis.

A música terminou e Come As You Are do Nirvana soou pelo salão. Kaito e eu cantamos juntos de várias pessoas.

Duality do Spliknot seguiu, acompanhado de Nothing Else Matters do Metallica.

O baile até que não estava tão ruim. Paramos para pegar ponche e balançamos a cabeça quando Wasting Love do Iron Maiden tocou. Stairway to Heaven do Led Zeppelin prosseguiu, com Papercut do Linkin Park logo depois. E assim estava encerrada a primeira parte do baile.

- Senhoras e senhores. – falou uma voz pelo alto-falante. – Aqui quem fala é o DJ Berinjela. – Risadas. Kaito voltou à crise de riso. – Vamos colocar mais algumas músicas e depois nomearemos o rei e a rainha do baile.

Comemorações de todos os lados. Satisfaction dos Rolling Stones e então começou.

Reconheci a melodia. I Don’t Want to Miss a Thing do Aerosmith.

- Vamos dançar essa? – pedi. Kaito concordou sem pestanejar. Ele começou a me rodar pelo salão e gritamos o refrão.

Nunca tivera tanta diversão.

Bring Me To Life do Evanescence iniciou e não sei porque Kaito e eu dançamos como se fosse uma música lenta. Kaito estava com as mãos na minha cintura e eu com as mãos na nuca dele.

How can you see into my eyes

like open doors

Como você pode ver através de meus olhos

como portas abertas

Leading you down into my core

where I've become so numb?

Conduzindo você até meu interior

onde eu me tornei tão entorpecido

Without a soul

Sem uma alma

My spirit's sleeping somewhere cold,

until you find it there and lead it back home.

Meu espirito dorme em algum lugar frio

até que você o encontre e o leve de volta pra casa

“- Posso cantar pra você? – pedi, enquanto Kaito tocava. Ele assentiu e comecei a cantarolar um poema. Não sabia de letras de música.”

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Acorde-me.)

Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar.)

Acorde-me por dentro

(Save me. )

Call my name and save me from the dark.

(Wake me up. )

Bid my blood to run.

(Salve-me.)

Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me.)

Obrigue meu sangue a fluir

(I can't wake up. )

Before I come undone.

(Save me. )

Save me from the nothing I've become.

(Eu não consigo acordar.)

Antes que eu me desfaça

(Salve-me.)

Salve-me do nada que eu me tornei

“Kaito me olhou de boca aberta.

- Você canta maravilhosamente. – uma palavra estranha para um garoto usar.”

Now that I know what I'm without

you can't just leave me.

Agora que eu sei o que eu não tenho

Você não pode simplesmente me deixar

Breathe into me and make me real.

Bring me to life.

Respire através de mim me faça real

Traga-me para a vida

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Acorde-me.)

Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar.)

Acorde-me por dentro

(Save me. )

Call my name and save me from the dark.

(Wake me up. )

Bid my blood to run.

(Salve-me.)

Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me.)

Obrigue meu sangue a fluir

(I can't wake up. )

Before I come undone.

(Save me. )

Save me from the nothing I've become.

(Eu não consigo acordar.)

Antes que eu me desfaça

(Salve-me.)

Salve-me do nada que eu me tornei

“Você também toca maravilhosamente. – a minha eu pequena sorriu.

- Quer casar comigo? – perguntou Kaito.

- Sim! – gritei.”

Bring me to life.

(I've been living a lie/There's nothing inside.)

Bring me to life

Traga-me para a vida

(Eu tenho vivido uma mentira Não tem nada lá dentro.)

Traga-me para a vida

Frozen inside without your touch,

without your love, Darling.

Congelada por dentro, sem o seu toque

sem o amor, querido

Only you are the life among the dead

Só você é a vida entre os mortos

All of this time

I can't believe I couldn't see

Kept in the dark

but you were there in front of me

Todo esse tempo

Eu não posso acreditar que eu não pude ver

Me mantive no escuro

mas você estava lá na minha frente

I've been sleeping a one thousand years it seems.

I've got to open my eyes to everything.

Eu tenho dormido há 100 anos, parece

Eu tenho que abrir meus olhos para tudo

Without a thought

Without a voice

Without a soul

(Don't let me die here/There must be something more.)

Sem um pensamento

Sem uma voz

Sem uma alma

(Não me deixe morrer aqui Deve haver algo a mais.)

Bring me to life

Traga me para a vida

“-E então agora somos marido e mulher. – Eu falei.”

Lembrei de tudo.

- Acho que estou apaixonada. Muito mesmo. – coloquei-me na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido.

- Por quê? – perguntou, sussurrando.

- Porque eu me lembro que você toca maravilhosamente.

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Wake me up.)

Wake me up inside.

(Acorde-me.)

Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar.)

Acorde-me por dentro

(Save me. )

Call my name and save me from the dark.

(Wake me up. )

Bid my blood to run.

(Salve-me.)

Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me.)

Obrigue meu sangue a fluir

(I can't wake up. )

Before I come undone.

(Save me. )

Save me from the nothing I've become.

(Eu não consigo acordar.)

Antes que eu me desfaça

(Salve-me.)

Salve-me do nada que eu me tornei

Bring me to life.

(I've been living a lie/There's nothing inside.)

Bring me to life

Traga-me para a vida

(Eu tenho vivido uma mentira Não tem nada lá dentro.)

Traga-me para a vida

Não sei muito bem como, mas quando dei por mim estávamos nos beijando.

A música acabou e nos afastamos. Sorrimos.

- Senhoras e senhores – gritou Gakupo pelo alto-falante. – Gostaria de apresentar o rei e a rainha. Rei: Len Kagamine. Rainha: Rin Kagamine.

Os gêmeos sorriram e subiram até o palco. Gritos de aprovação.

Kaito se inclinou.

Quando colocaram a coroa em Rin, Kaito desmaiou e tudo desmoronou.


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