Welcome Brother escrita por Noni, Yorihime Frances de Libra, Vênus Salerinean


Capítulo 1
Capítulo único - Welcome brother




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~ W e l c o m e B r o t h e r ~






\\ Catulo único //






Certo dia, enquanto voltava para casa, Gabrielly ouviu um grupo de meninas da sua idade conversando. Elas contavam sobre um boato de que havia um homem ruim andando pela redondeza, um homem muito esquisito.


Gabrielly ficou com aquilo na cabeça, imaginando como seria o homem para que estivessem descrevendo-o daquele modo. Não costumava sair de casa – ora, possuía apenas 11 anos –, por isso não sabia sobre os últimos boatos da cidade. Era realmente uma pena. A garotinha não fora avisada que não andasse pelas ruas depois das oito horas.


Em uma noite entediante, e sem ter nada para fazer, Gabrielly decidiu ir comprar algo para comer no mercado. Seus pais estavam trabalhando, mas sempre deixavam um dinheirinho para ela comer alguma guloseima quando sentisse vontade.


Vestindo seu casaco ela saiu de casa, caminhando devagar até a loja. Comprou alguns biscoitos, chocolates e refrigerantes, voltando para casa com uma sacola cheia e um sorriso feliz. As ruas desertas eram silenciosas sob os passos leves dela, e Gabrielly nem notou como as ruas estavam vazias, estava pensando noutras coisas.


De repente ela se sentiu sendo observada, um calafrio de medo a fez apertar a alça da sacola e aumentar aos poucos a velocidade com que andava. Era boa em educação física, se corresse não seria pega.


Pensando que aquilo havia se tornado algo sério ao ouvir as passadas rápidas atrás de si, se desesperou, correndo afoitamente para longe de seu perseguidor. O medo do que poderia lhe acontecer fê-la se alarmar, e tropeçando nos próprios pés, fez a curva que levava até sua casa, mas seu braço foi segurado com força e seu corpo puxado para trás.




Em choque, Gabrielly começou a chorar. Não deveria ter saído de casa àquela hora, seus pais haviam lhe avisado várias vezes que só saísse sozinha quando o dia ainda estivesse claro, mas ela não os ouvira e agora iria ser pega por um desconhecido.


Decidida a não se deixar levar, debateu-se nos braços dele, com os olhos fechados, querendo que nada daquilo estivesse acontecendo.


— Shii... Calma... Eu não vou te machucar — a voz dele era baixa, doce e gentil, mas ela não iria e não queria ouvir, só precisava fugir dele e voltar para casa.


— Não… Me deixe ir… Por favor… Eu… Eu… — ela mal conseguia falar, seu coração batia desesperado no peito.


— Calma, escuta… — ele tentava falar, mas ela se debatia e murmurava palavras desconexas, chegou até a cobrir os ouvidos com as mãos.


— Chega Gabrielly! Olha para mim! Sou eu, Christian… — murmurou suave, vendo-a aos poucos se acalmar. Os olhos esverdeados se abriram lentamente e ela o fitou primeiro com receio, depois com resignação, entendimento, felicidade e, por fim, raiva.


— Chris! Você quase me matou de susto! — brigou rindo histericamente, nervosa. Tremia dos pés a cabeça. — E você não perdeu essa sua mania de usar roupas escuras, capuz e uma bela carranca, né? Deixe-me adivinhar: você é o tal homem esquisito vagando de noite pela cidade — debochou sentindo que, aos poucos, seu corpo parava de tremer.


— Sim, sou eu — sorriu amarelo, dando de ombros.


— Papai e mamãe sabem que você voltou? — questionou enquanto andava ao lado do irmão em direção a casa deles.


— Não, eu preferi resolver uns assuntos pendentes antes de ir para casa — explicou indiferente.


— Entendo. Eu senti sua falta — confessou envergonhada, sorrindo quando o irmão lhe abraçou pelos ombros, sorrindo satisfeito.


Amava aquele louco e estranho homem, que possuía um gosto estranho, manias estranhas, vivia viajando pelo mundo, mas que, inevitavelmente, era seu porto seguro.


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