Isabella sentou-se no seu lugar e, devidamente trajada, preparou-se para começar a trabalhar.

_Bom dia, Isabella – começou o homem.

_Bom dia, Dr. Carlisle.

_Pronta para começar a trabalhar?

_Sempre.

_Ótimo. Nessa pasta estão os nomes de todos os sócios da empresa. Com o tempo vais conhecer cada um e vais ver que são todos muito simpáticos.

_Acredito que sim, Dr. Carlisle.

Depois de falar com o seu novo patrão, Isabella começou a trabalhar com vontade. As outras secretárias que estavam na sala eram muito simpáticas e até divertidas.

A mais velha de todas, chamava-se Sue, e ajudara Isabella a habituar-se ao ritmo do dia-a-dia.

Faltavam alguns minutos para a hora de almoço quando Carlisle saiu da sua sala e se aproximou da mesa de Isabella. Mas a jovem não estava lá. Tinha ído com Sue à sala dos arquivos da empresa. Se ela estava a trabalhar diretamente para Carlisle, tinha de ter conhecimento de tudo.

Edward estava ao lado do pai...estava mesmo decidido. Não tinha volta a dar.

Carlisle deu uma palmada nas costas do filho e este atirou-se do 8ºandar sem as asas. Só assim conseguiria ficar com a mulher que ama.

Isabella tinha uma caixa do arquivo nas mãos. Sentiu um aperto no peito e a caixa caiu no chão.

_Estás bem, Bella? - perguntou Sue aflita.

_Acho que sim – mesmo meio atrapalhada, Isabella voltou a pegar na caixa e seguiu caminho até à prateleira, a fim de pousar lá a caixa.

_Acho melhor irmos andando. Está quase na hora de almoço, e o patrão detesta que não estejamos nos nossos postos quando chega a esta altura do dia.

As duas mulheres seguiram assim o caminho até à sala onde cada uma tinha a sua mesa de trabalho.

_Menina nova, Isabella, o patrão estava à tua procura – informou Emily. - Ele disse para ires à sala dele quando voltasses.

_Eu vou lá então – disse a jovem seguindo para a sala do patrão. Bateu à porta – Posso, Dr. Carlisle?

_Claro que sim, Isabella. Entra.

Isabella percebeu que na sala estava outro homem.

_A Emily informou que andava a minha procura.

_Sim. Quero que conheças o Edward. Ele vai ficar no meu lugar durante uns tempos. Tenho uma situação pessoal importante para resolver e não sei quanto tempo vai levar.

_Muito prazer, Isabella – disse Edward levantando-se e estendendo a mão a Isabella.

_O prazer é meu, Dr. Edward.

_Por favor, trata-me só por Edward.

Carlisle percebeu o clima que estava no ar e saiu da sala para ir almoçar.

Edward olhou atentamente para Isabella e fechou os olhos. Sabia que a conhecia. Só não se lembrava de onde.

As imagens passaram na sua cabeça...muito lentamente.

Isabella era uma bebé de um ano quando se agarrou nas barras do berço; e ele estava lá a ver. Ela cresceu. Aos três anos escolheu um ursinho de pelúcia castanho porque o branco lembrava-a da prenda que o filho da vizinha tinha queimado. O tempo passou outra vez. Com nove anos estava a estudar o que aprendera em matemática e fazia outros trabalhos de casa. E novamente ela cresceu. Estava uma mulher. O fato feminino ficava maravilhoso nela. Ficou sentada na mesa a pensar com a carteira de Carlisle sobre a mesma.

Abriu os olhos. Ele conhecia toda a vida dela. E ela? Será que o conhecia?

Os dois continuaram a conversar.