1º Capitulo:

Um dia normal como os outros, Tohru, Kyo e Yuki, estavam a caminho da escola, claro que o Kyo e o Yuki sempre discutido o que chamava a atenção das pessoas que passavam por eles.

Quando estavam prestos a chegar à escola encontraram-se com o Momiji e o Hatsuharu e decidiram irem todos juntos para a escola, e Momiji aproveito e contou a novidade para todos.

– Ontem nos corredores da nossa escola, ouvi muitos disserem, que hoje vinha estudar para a nossa escola uma aluna transferida! - Disse Momiji muito contente

– Uma aluna transferida? No meio do ano escolar? Isso é estranho… - Disse Yuki estranhando um pouco.

– E pelo jeito vai pertencer à nossa turma Hatsuharu! – Disse Momiji muito contente.

– Ahh, como será que ela é? – Perguntou Tohru curiosa

– Bom, só vamos descobrir quando chegarmos à escola… - Disse Hatsuharu.

Assim que chegaram à escola, a campainha tocou dando a entender aos alunos que as aulas vão começar.

Momiji e Hatsuharu separaram-se de Tohru, do Kyo e do Yuki que foram para a sua sala, e eles também foram para a sua, assim que chegaram, Momiji e Hatsuharu foram se sentar nos seus lugares e pouco tempo depois entrou a professora deles fazendo com que o resto dos alunos se sentarem nos seus respetivos lugares.

– Bom dia alunos! – Disse a professora sorrindo e os alunos disseram em coro bom dia. – Antes de começar a aula, alguns dos alunos já devem saber, mas para quem não sabe, hoje nós temos uma nova aluna! Podes passar, por favor!

Assim que a professora disse isso, os alunos olharam para a porta da sala que estava a ser aberta e uma rapariga de cabelos castanhos e olhos cor de rosas, que era, para a sua idade, muito baixinha do que as outras raparigas da turma, entrou e ficou ao lado da professora se virando para a turma, ela carregava uma expressão triste no seu rosto e nos seus olhos rosados, como se não existisse nada que lhe possa dar alguma felicidade e Momiji e Hatsuharu, que entendem melhor do que ninguém o que era estar triste, perceberam o sofrimento da rapariga.

– Apresente-se à turma, por favor! – Pediu a professora e a rapariga, de forma automática e sem sentimentos, se apresentou.

– Sou a Isabela Cotovio e sou portuguesa! – Disse Isabela, fria que nem um glaciar, o que fez muitos rapazes da turma ficaram “apaixonados’’ pela rapariga e a sua frieza e muitas raparigas gozarem com ela, algo que fez com que Momiji e Hatsuharu quisessem conhece-la melhor, afinal, ela vem do outro lado do mundo, Portugal é muito longe de Japão e ela conseguir falar japonês é algo incrível

– Bom, como vocês repararam e como Isabela disse, ela vem de Portugal, espero que na tratem bem e que a façam sentir-se em casa. – Disse a Professora e depois sorriu para a Isabela e ela apenas continuou fria – Isabela, podes sentar-te atrás daquele rapaz de cabelo bipolar, o Hatsuharu Sohma.

Isabela olhou para onde a Professora indicava o seu lugar e ela foi lá sem olhar para ninguém até que ela chegou e sentou-se no seu lugar e deitou a cabeça em cima da mesa e em cima dos braços mostrando que não queria ver ninguém ou ouvir ninguém. Momiji que estava ao lado da rapariga, ficou com pena e lançou um olhar de compreensão para a rapariga que escondia o seu rosto como se ela não existisse naquela sala, como se tudo o que estivesse ali não era nada e que aquele lugar parecia estar vazio, assim como o coração da Isabela está.

Hatsuharu virou-se para Momiji e viu-o olhar triste em direção da Isabela que continuava com a cara escondida, depois voltou a se virar para o Momiji e ele olhou para o Hatsuharu e ambos sabiam que a rapariga sofria e que ela queria desaparecer pois eles melhor do que ninguém sabiam o que a Isabela sofria.

Passando pouco tempo, tocou para o intervalo os alunos daquela sala saíram assim como a professora, Momiji e Hatsuharu se levantaram e estavam a conversar na porta, mas eles olharam para trás deles e repararam que Isabela continuava sentada no seu lugar desta vez olhando para o vazio da sala.

Eles olharam um para o outro e depois viram o Kyo e a Tohru se aproximarem deles.

– Momiji, Haru! – Gritou Tohru se aproximando dos amigos juntamente com Kyo.

– Então e a vossa nova colega? Como ela é? – Perguntou Kyo.

Momiji e Hatsuharu olharam um para o outro e depois olharam para a Isabela que continuava a olhar para o nada e sentada no seu lugar e tanto Kyo como Tohru olharam para onde eles olharam e viram o olhar vazio da rapariga a olhar para o vazio da sala.

– É… Ela? – Perguntou Tohru enquanto via Isabela – Ela parece estar tão triste…

– Sim, é ela! Ela vem de Portugal! – Disse Momiji enquanto olhava também para a Isabela.

– Portugal!? De tão longe?! – Perguntou Kyo um pouco surpreso

– Sim… - Disse Hatsuharu

– Bom, vamos convidá-la para comer connosco? – Perguntou Tohru sorrindo para eles e eles sorriram enquanto diziam que sim e Tohru, juntamente com os rapazes, foi se aproximando da Isabela, até que a rapariga percebeu que não estava sozinha e escondeu o rosto em cima dos braços. – Olá, eu sou a Tohru Honda, sou amiga do Hatsuharu e do Momiji e queria te perguntar se querias comer connosco! – Disse Tohru sorrindo.

–… Não, obrigada, agora podem me deixar sozinha? – Disse Isabela, com a sua voz fria que nem um glaciar fazendo Kyo e Tohru se arrepiarem.

– Hum… Claro, então até uma próxima vez Isa-chan! – E eles saíram da sala deixando Isabela sozinho e foram para o terraço da escola, comer. – Nossa, nunca na minha vida ouvi uma voz tão triste e tão fria como a dela… - Disse Tohru triste.

– … Eu vou à casa de banho e já volto! – Disse Hatsuharu saindo do terraço enquanto ouvia Kyo gritar um “NÃO SE PERCA!’’

Para ele ir à casa de banho tinha que passar pela sua sala, que ficava num corredor praticamente deserto, ela passou pela sala ouvindo uma voz triste a cantar, ao inicio não ligo, mas depois reparou de quem era a voz e voltou para a sala onde a porta estava um pouco aberta e aproveito e espreitou para ver quem cantava, e a voz que cantava era a da Isabela.

(A canção e dos Evanescence e chama-se Missing, e a canção tem muito haver com os sentimentos da Isabela, por isso imaginem que é a Isabela que canta a canção)

“Please, please, forgive me

But I won't be home again

Maybe someday you'll look up

And, barely conscious, you'll say to no one:

"Isn't something missing?"

(“Por favor, por favor, me perdoe

Mas eu não estarei em casa de novo

Talvez um dia você procure

E, pouco consciente, você dirá a ninguém:

"Não tem algo faltando?")

Hatsuharu abriu a porta sem fazer barulho enquanto ouvia a Isabela a cantar, a sua voz estava tão triste como se aquela canção fosse o espelho dos sentimentos da Isabela, ela estava de pé, de costas para o Hatsuharu, um pouco longe do seu lugar enquanto cantava, ela deitava lágrimas nos seus olhos fechados.

“You won't cry for my absence, I know

You forgot me long ago

Am I that unimportant?

Am I so insignificant?

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?”

Even though I'd be sacrifice

You won't try for me, not now

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone

Isn't someone missing me?’’

(“Você não vai chorar a minha ausência, eu sei

Você me esqueceu há muito tempo atrás

Eu sou assim tão pouco importante?

Eu sou assim tão insignificante?

Não está faltando alguma coisa?

Não têm alguém sentindo a minha falta?

Embora eu me sacrificasse

Você não vai tentar por mim, não agora

Embora eu morresse para saber que você me ama,

Estou completamente só

Não têm alguém sentindo a minha falta?’’)

Isabela chorava enquanto cantava, sempre se sentia sozinha e triste, aquela canção refletia tudo que lhe aconteceu e toda a sua tristeza, seus pais nunca a quiseram, afinal quem iria querer um mostro como ela? Que ouve as vozes das pessoas mortas? Que ouve a voz da sua falecida mãe sempre lhe dizer que não lhe ama e que ela era um pecado? Que ouve a voz do seu falecido pai sempre lhe dizer que a sua maldição de ouvir e ver gente morta a vai perseguir para sempre? Que vê a pessoa que ela amo à 2 anos atrás, aparecendo à frente dela culpando-a pela morte dele? Para o bem de todos o melhor é ela estar sozinha para o resto da sua vida, mas… O sentimento de solidão a está matando por dentro, ela… Deseja morrer…

“Please, please, forgive me

But I won't be home again

I know what you do to yourself

I breathe deep and cry out:

"Isn't something missing?"

"Isn't someone missing me?"

(Por favor, Por favor, me perdoe

Mas eu não estarei em casa de novo

Eu sei o que você faz para si mesmo

Eu respiro fundo e grito alto

"Não está faltando alguma coisa?”

“Não têm alguém sentindo a minha falta?’’)

Hatsuharu continuava em pé, olhando para as costas da Isabela, enquanto ela cantava com uma voz triste e fraca por causa das lágrimas, aquela canção… Era como se ela quisesse ser perdoada… Hatsuharu não conseguia entender só sabia que mesmo à sua frente, e de costas para ele, estava a rapariga mais frágil que alguma vez viu na sua vida.

“Even though I'd be sacrifice

You won't try for me, not now

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone

Isn't someone missing me?”

(Embora eu me sacrificasse

Você não vai tentar por mim, não agora

Embora eu morresse para saber que você me ama,

Estou completamente só

Não têm alguém sentindo a minha falta?’’)

Isabela cantava com a voz muito fraca e triste, mas mesmo assim não parava, pensando que estava sozinha, com as pessoas mortas que conseguia ver pro causa da sua maldição que carrega desde pequena, enquanto Hatsuharu lhe observava, fascinado pela voz dela.

“And if I bleed, I'll bleed

Knowing you don't care

And if I sleep just to dream of you

I'll wake without you there

Isn't something missing?

Isn't something…’’

(“E se eu sangrar, eu vou sangrar,

Sabendo que você não se importa

E se eu dormir só para sonhar com você

Eu acordarei lá sem você

Não está faltando alguma coisa?

Não está faltando…”)

Hatsuharu continuava lá, olhando para aquela rapariga frágil, cantando, como se com isso conseguia aliviar a sua dor, a dor que com a ajuda daquela canção conseguia transmitir para qualquer pessoa que a ouvisse, pois Hatsuharu, estava sentindo a dor da Isabela, a mesma dor que ele e os outros Sohma’s carregam por estarem com uma maldição, dos 12 signos chineses.

“Even though I'd be sacrifice

You won't try for me, not now

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?’’

(“Embora eu me sacrificasse

Você não vai tentar por mim, não agora

Embora eu morresse para saber que você me ama,

Estou completamente só

Não está faltando alguma coisa?

Não têm alguém sentindo a minha falta?’’)

Isabela parou de cantar e agora a única coisa que se ouvia naquela sala vazia eram os soluços vindos da rapariga e as lágrimas caírem para o chão e ela com as suas mãos tentava parar as lágrimas que caiam dos seus olhos enquanto ela abria os olhos via os seus pais e o rapaz que amo, nas suas costas saiam assas negras e brancas, olhavam para ela com odio e tristeza enquanto lhe diziam, tudo é por tua culpa, claro que não havia lá ninguém só Hatsuharu e ela estavam naquela sala, mas ela não sabia que ele lá estava, por isso fechou os olhos com força e continuou a chorar tentando limpar as lágrimas que caiam, enquanto repetia inúmeras vezes um “Perdoe-me…’’.

Hatsuharu continuava atrás dela e via a Isabela reagir daquela maneira, e queria abraça-la, só que… Não podia… Se não ele transformava-se à frente dela e ela ficava assustada sabendo que ele se transformava num boi… Mas ele não ficou parado por mais tempo vendo aquela rapariga frágil, chorando como se pode-se morrer apenas com o choro, ele muito devagar e com calma de aproximou dela, fazendo com que ela não sentisse a presença dele, ele deu a volta e ficou em frente da Isabela, que limpava as lágrimas, mas só saía mais lágrimas e os soluços eram muito fortes.

Ele pegou no queixo dela, surpreendendo-a e levantou até ele ter conseguido ver os olhos da Isabela, vermelhos e inchados do choro, vendo-a assim Hatsuharu, sorriu carinhosamente para ela, pois ela parecia uma menina de 5 anos que chorava pois tinha-se perdido dos pais, mas ele sabia que ela não chorava por isso.

–… Seja lá o problema que for, se quiseres me contar, conta… Não tenhas medo de me contar, estou aqui para te ouvir, Isabela… - Disse sorrindo para ela, dando um carinho no rosto dela o que lhe fez chorar mais um pouco e ele tentava limpar as lágrimas dela, enquanto ela chorava, a Isabela pensava: “É a primeira vez, que alguém se preocupa comigo…’’