Orgullo escrita por acbertini


Capítulo 1
C




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C, me siento orgullosa por tu compañia. Orgulhosa pelo meu círculo de amizades, por mais que seco e tão escasso, lago sem profundidade nem para um nado raso. Mas o destino, bom e certo, preciso e incerto, deu-me a dádiva não-cristã e, por isso, real, de compartir minha vida com um pequeno núcleo tão cultural e burbulhante das novas idéias - da nova literatura e dos contos e cantigas de um mundo contemporâneo - e nesse novo mundo onde escritores, artistas plásticos e outros intelectuais se unem, tive a oportunidade de me unir a você.

 

Quem não a conhece, precisa de ver. E se a conhece, também. Escritora genial, também poetisa,  extremamente divertida até em momentos de pura fossa. As vezes consegue feitios sem grandes esforços. Pois sim, me sinto orgulhosa. Pois sim, o nicho intelectual é o único que quero. Se minha família me deu as costas, dos poucos amigos que sobraram muitos se foram, ainda assim, continuamos todos unidos, você continua aqui aturando minha vil melancolia, quem sabe carência da alma. Como nos romances de Julio Cortázar.

 

Escrever é um ato tão singelo e por hora tão banal que, quando se vê, logo se diz. Mas quando se cree, nem todos os textos, prosas e cantigas correlacionam entre si três grandes itens - sentido, charme e graça. Isso é para os corajosos. Escrever é um percalço duro de se aturar, uma pedra no sapato pela qual se tenta arrancar mais invariavelmente ela volta com nova textura e ainda picando, porque afastar-se dos problemas é se deparar com novos. Pensar é descobrir algo mais além. Escrever é para os fortes pois pensar retoma as mágoas de tempos sombrios difusos de nosso ser. E ser forte não é possuir músculos, não é estourar vidraças e nem erguer a voz numa discussão. Ser forte é encarar a situação.

 

C, você é forte, é genial. Me sinto orgulhosa de fazer parte de ti, de poder ser mais uma coadjuvante de seu maior romance chamado vida.

 

Um brinde a literatura, a qual você nos concebe com tanto gosto,

 

A.


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