Trust Me escrita por Mimizuku


Capítulo 3
Capítulo 03 — Confusões, Perguntas e... Boa noite.


Notas iniciais do capítulo

Boom shakalaka



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385288/chapter/3

— Alô? Lucy?


— Loke! Conte-me mais sobre aqueles anjos que você falou antes!




— O que? No que você está pensando, Lucy? Não acredito que você acha que os anjos tem algo a ver com a morte de Natsu! Desculpe, mas se for por isso eu não falarei nada.





Não! Mas o Natsu sempre tinha uma chave em mãos, eu pensei que poderia ser verdade isso... — Loke não respondeu por um longo tempo, eu escutava apenas ruídos no outro lado da linha. — Loke...?





Desculpe, eu preciso ir. Outro dia eu te conto isso. — e desligou.





Ótimo! Agora que eu finalmente tive a chance de descobrir algo sobre Natsu, ela vai por água abaixo.




Loke tem estado estranho esses dias, principalmente noite passada. Aquilo de “Está muito tarde”, me assustou. Eu... me arrependo de ter o deixado dormir aqui.



**Opening**




— Levy-chan! — acenei para ela, que estava sentada lendo um livro tranquilamente. Levy fez um sinal para eu falar baixo. — Desculpe.





— Qual o problema, Lu-chan? Você nunca vem aqui na biblioteca, por um dia ter sido quase estuprada por Natsu. — ela olhou para mim desconfiada e riu, mas parou logo depois que percebeu eu ter abaixado a cabeça. — Nossa... Perdoe-me, eu falei o que veio na cabeça.





— Não, tudo bem. Isso é coisa do passado! — sorri sentando ao lado dela. — Eu queria perguntar, Loke veio à aula hoje?





— Não, eu não vi ele... — ela pôs o dedo indicador na frente dos lábios, tentando se lembrar de algo. — Vocês brigaram? Se ele não falou com você hoje, algo está muuuuuito errado.





Levantei-me em um pulo e sai da biblioteca, em passos largos. Ouvi a Levy gritar um “Lu-chan?!”, mas a ignorei e continuei.




Loke não atende o celular, não responde minhas mensagens, não vem à escola... Isso tudo está muito estranho, por que eu fui tentar pesquisar essa chave do Natsu também? Eu fiz uma promessa comigo mesma, que nunca tocaria nos assuntos do Natsu. Nunca mais!


Mas eu não cumpri essa promessa. Outra vez, lá vai a Lucy procurar saber sobre Natsu, o seu ex-namorado que morreu a traindo.


Dobrei uma esquina, e sem olhar para frente esbarrei em alguém. Eu apoiei os braços na parede para não cair, e olhei para a pessoa que tinha caído com o choque.




Era Yukino Aguria, a garota com quem Natsu me traiu. Perfeito!




Ela virou o rosto para não olhar em meus olhos e se levantou dizendo um “Desculpe” baixinho.



— Espera! — segurei o braço de Yukino, que estava voltando a caminhar já, e a parei. Ela olhou assustada para mim, tudo o que queria agora era não me encontrar. — Preciso falar com você.




— Não, desculpe... Eu não tenho a dizer.





— Mas eu tenho! — soltei o braço dela e a olhei nos olhos. — Qual foi à última vez que você falou com Natsu?





— Um dia antes de sua morte... — ela sussurrou, cabisbaixa.





E cheguei à conclusão que Natsu não teve apenas um namoro rápido com ela. Quer dizer que Yukino era quem estava sendo traída. Eu era a vilã, e ela a vítima.




Eu me encontrava com Natsu um dia por semana, e com Yukino ele se encontrava todos os dias. Era triste saber disso, eu estava tão apaixonada por Natsu que não notava nada, todas as vezes que ele saia dizendo que era por trabalho, na verdade, ele ia se encontrar com Yukino. E vai saber se ele não tinha outras duas ou três namoradas também.



— Você sabe... o porquê de Natsu ter se suicidado? — os olhos dela se arregalaram, cheio de lágrimas. Yukino escondeu o rosto com as duas mãos, chorando. Por um momento, me senti muito culpada.




— Natsu-san não... ele não fez isso... — ela disse entre os soluços. — Ele era um bom homem, então Natsu-san nunca faria isso. Natsu-san me disse que... ele estava muito apertado com o trabalho... e queria dizer a verdade para você, por que... Ele te amava! — Yukino aumentou o tom de voz na última frase, o que fez eu me arrepiar. De alguma forma, eu sentia pena desta garota. Pelo jeito que ela falava, Natsu amava apenas a mim, e isso a machucava. Muito... — Natsu-san nunca ficou comigo, eu apenas o ajudava a superar os problemas. Eu o dava carinho, algo que você nunca o deu!





No momento, várias pessoas estavam reunidas em volta de nós duas, para saber o que estava acontecendo ali.





— Natsu-san me disse tudo... Porque você era uma pessoa problemática, nunca o pode fazer realmente feliz. Mesmo assim, ele continuou com você, porque te amava. Mesmo você sendo egoísta! — arregalei os olhos. Aquela garota...!





O estalo do tapa que eu dei na cara dela soou por todo o corredor, surpreendendo os alunos por volta, assim como ela. Yukino pôs a mão na frente da parte onde foi atingida – que tinha a marca de meus cinco dedos –, qual ardia em seu rosto.





— Saiba, Yukino, eu não sou uma garota que gosta de brigas. Mas, depois destas suas palavras imundas, eu não podia evitar de afundar minha mão no seu rosto.





— Não imaginava que você era uma pessoa assim, Lucy-san. — ela sorriu em meio às lágrimas. — Depois disso, todo mundo vai te ver como alguém agressiva. Eu estava indefesa, e você me bateu de repente. Você não se importa como seus amigos irão te ver?





— Nem um pouco. Se eles são realmente meus amigos, irão me apoiar. E desta vez, eu tenho certeza que estou certa, não há motivos para eles me olharem feio.





Alguns minutos se passaram, e vários professores vieram para saber do que se tratava a confusão. Graças à multidão, nenhum deles perceberam eu, e acabei conseguindo fugir. Yukino foi levada pelos professores, ainda com a marca de minha mão no rosto. De alguma forma, ela não revelou quem a deu aquele tapa, e disse para o diretor uma desculpa qualquer.





Erza e Levy ficaram falando várias coisas sobre a discussão, mas disseram que eu estava certa, pois o que Yukino falou foi errado. Gray – pela primeira vez – veio falar comigo, ele não mencionou o nome de Natsu nenhuma vez, mas em seus olhos eu podia perceber que ele queria dizer “Sinto muito pelo Natsu idiota, Lucy.”.




Gray não tinha uma relação muito boa comigo, primeiro e menos importante por causa de sua namorada (Juvia), ela tinha ciúmes facilmente, e como Gray se importava muito com o namoro dele, não podia conversar tanto com as garotas.


E segundo, no meio da conversa ele tirava as roupas, sem nem perceber. Muitas vezes ele pensou que isso deixava as pessoas com nojo dele, e se afastava então. Gray era aquele menino-santo quando se olha pela primeira vez, mas quando vira amigo, ele se solta.

Ele tem muitos problemas de família, pouco consegue ter uma vida normal, a pessoa que apoiava bastante ele era Natsu, mas agora que morreu, Gray tem se sentido cada vez pior.


— Ah, err... Desculpe por tomar seu tempo, até mais, Heartfilia-san! — Gray sorriu para mim de longe, passando a mão pelos cabelos, nervoso.




— Pode me chamar de Lucy. — sorri para ele de volta, acenando. Gray assentiu e depois saiu do local. — Erza e Levy-chan, vocês tem algum compromisso para hoje?





— Desculpe, Lu-chan... Eu tenho que visitar minha mãe que está no hospital, sabe? — Levy coçou a bochecha, com um sorriso de canto.





— E-Eu tenho um encontro com Jellal! — disse a ruiva, corada.





— Ah... — suspirei. — Tudo bem então, se divirta no encontro Erza. E diga que eu mandei um beijo para sua mãe Levy, qualquer dia desses levarei flores para ela.





As duas assentiram e saíram da sala. Peguei a minha mochila e sai também, um pouco atrás delas, atravessando o portão da escola e dobrando na esquina que separava eu e elas.




Parei em frente a um bar, olhando para as pessoas que bebiam e riam felizes. A dona do bar era Kana, uma amiga minha. Ela largou os estudos e foi trabalhar em algo que ela mais se divertia. Lógico, com bebidas. Não teria mal nenhum se eu bebesse um pouco, né?



Estiquei o braço, hesitando, para abrir a porta, mas fui interrompida por uma voz masculina que chamou meu nome.




— Onde pensa que está entrando, Lucy? — virei o rosto para olhar quem me chamava, mas o capuz que ele usava tampava os seus cabelos, olhos e nariz. Os seus pés e braços estavam com arranhões feios, por um momento eu pensei que era um estuprador ou algo do tipo, mas reconheci a voz. — Você se lembra de mim? Já fazem três meses...





— Você... — ele abaixou o capuz e revelou seu rosto. Cabelos rosa... Olhos e nariz perfeitos, assim como um sorriso fofo que me faz ficar boba ao olhar. Aquela pessoa era... — Natsu!





Ele inclinou a cabeça e disse: — Boa noite, Lucy-san.


**Ending**




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

review's para o Natsu que levantou dos mortos? mwhuahauiahia -q (risada fail)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trust Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.