Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 13
Recebendo a visita de uma Leucósia


Notas iniciais do capítulo

Carolina/: Então, como minha amiga Sophie não conseguiu postar ontem,vamos postar dois hoje para recompensar!
beijos e boa leitura!



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Recebendo a visita de uma Leucósia

Duas semanas.

Exatamente quatorze dias.

Faz duas semanas desde a visitinha intima de Jack. Depois disso nunca mais vi Jack, Kelly, Erika, Cora, ou algum deles. Nenhum.

Depois da noite em que Jack invadira meu quarto comecei a prestar mais atenção nas coisas a minha volta, afinal, não seria nada agradável ser pega outra vez falando sozinha. Também comecei a prestar mais atenção naquele colar. Notei há alguns dias que ele, de alguma forma ou de outra, muda de cor.

Já vi ficar um lilás assim como já vi ficar azul escuro. Também notei que aquela jaqueta que Jack havia me alcançado naquela noite é extremamente nova, a prova disto é que achei a etiqueta com o preço. Custou trinta dólares.

Também dei uma afundada sobre aquele negócio de Sirenas e descobri que elas têm certa ligação com a mitologia Grega, afinal a Leucósia, a Pisinoe e a Parténope são da mitologia Grega.

Nessas ultimas duas semanas algo bom aconteceu também. Em nenhuma dessas duas semanas, deste quatorze dias, nenhum desses dias eu chorei por Edward, mesmo que se lembrar dele faça meu coração doer, eu não choro mais. Eu aprendi a segurar isso.

Charlie notou minha mudança e finalmente largou de mão a ideia de me mandar novamente para Jacksonville morar com Renée, assim como Charlie decidiu dar-me um horário mais flexível, talvez como recompensa por ter melhorado.

O zumbi robótico, em certa parte, morreu. Meu rosto assumiu uma forma mais corada e saudável. Dos meus dez quilos que havia perdido sem controle com o abandono, em duas semanas de melhora recuperou um quilo e meio. Mas em raros momentos, o zumbi robótico volta por um pequeno momento.

Jacob e Billy nesses dias diminuíram as visitas a Charlie. Como já disse nada contra eles, são muito queridos, mas em certa parte Jacob me dá medo e cozinhar em dobro por causa deles não é algo muito divertido.

Até meus velhos amigos eu voltei a conversar, e manter uma relação mais saudável.

Tudo melhorou.

[...]

-A? – Jéssica estava ao meu lado descrente enquanto puxava minha prova de Biologia. Ri discretamente. – Mas como eu tirei B?

-Errando Jéssica... – Mike riu dando um leve cutucão em Jéssica que se avermelhou, irritada dando um tapa no braço de Mike que riu – Isso não é minha culpa... – realmente, eu não conseguia mais identificar a relação de Mike e Jéssica. Certos momentos pareciam namorados, outros inimigos, depois amigos e logo em seguida dois irmãos brigões. Talvez eles fossem bipolares.

Forks hoje estava me surpreendendo. O sol estava forte e o céu azul, parecia uma seda azul de tão brilhoso e radiante. Tão forte e leve quando na ultima vez que Erika veio aqui.

Será...?

-Bella... – a voz de Cora surgiu atrás de mim. Leve como uma pluma. Virei-me e dei de cara com ela. Cora sorriu amarelo.

Cora estava diferente hoje.

Os cabelos vermelhos brilhantes estavam reluzentes ainda, mais brilhosos. Lisos, compridos e presos em uma cola alta e bem feita, deixava-a com um ar adolescente e leve. Mas também notei pela primeira vez que Cora não aparentava ser tão pura como vira na ultima vez. Ela tinha curvas bem definidas, como de uma mulher adulta, e seu olhar estava levemente semelhante ao olhar de Erika, aquele olhar malicioso e irônico.

-Cora – sorri. Cora sorriu longamente, exibindo os claros dentes – O que você está fazendo aqui? –questionei curiosamente.

-Senti saudades... – assumiu constrangidamente, ri concordando – Então, já terminaram suas aulas? – franzi o cenho com a pergunta. – Desculpe Bella, mas nunca estudei em escolas como essa... Sempre estudei em casa.

-Tudo bem – sorri docemente, e Cora concordou. – E sim, já acabaram minhas aulas...

-Isso é bom... E então, quer ir lá em casa? – ir à casa de Cora. Na casa de Judith, ou de Jack (ainda sinto-me confusa com quem é o verdadeiro dono da casa).

-Ir à sua casa? – questionei enquanto pensava nas opções.

-Sim! – ela sorriu.

-E vamos fazer o que lá? – por um segundo preocupei-me, Cora me olhou.

-Conversar, tomar um chá das cinco...

-Hábitos ingleses? – ri baixo, Cora corou e concordou.

-Fui criada grande parte da minha vida lá, mas não peguei sotaque como a mamãe... – comentou enquanto passava a mão pelos cabelos soltos na parte de trás da cola. Ri concordando. – Isso é um sim?

-Sim!

Cora sorriu mais longo ainda, e me abraçou brevemente, mostrando uma grande animação.

[...]

-Você dirige Cora? – perguntei descrente quando vi ela abrir a porta do Mercedes de Jack.

-Sim, mas esqueça de que sabe disso, tio Jack nem sabe que peguei o carro dele... – ri baixo e ela deu de ombros enquanto passava a mão pelos cabelos novamente. – Tia Kelly mandou eu pegar o Mercedes ao invés de pegar o carro dela...

-Nem pensei nessa... – Cora riu enquanto entrava e indicava para que entrasse.

Escorreguei para dentro do banco de couro do carro, fechando a porta em seguida. Cora sorriu, na verdade, continuou sorrindo. E então quando olhou espelho, enquanto o arrumava, deixou o queixo cair de descrença, e trincou os dentes irritadamente. Virou-se bruscamente e tirou uma manta que cobria algo no banco de trás.

Arfei.

A pantera de Jack estava lá.

O pelo negro e reluzente, deitada no banco. Notei pela primeira vez que era uma fêmea.

-Lana, o que você está fazendo aí? – Cora ainda arfava mais que eu. A pantera pareceu se espreguiçar, e se esticou sobre o banco de couro, e deitou a cabeça entre os braços, dando de ombros levemente – Jack lhe mandou? – ela negou e bocejou, deitando a cabeça de um modo mais confortável e fechou os olhos azuis escuros. – Lana, por favor...

Lana suspirou e abriu os olhos, encarando Cora com frieza.

-Posso dormir um pouco Cora? Jack não para de reclamar a duas semanas... – senti minha cabeça girar quando a pantera falou. A voz aveludada, feminina e delicada.

-Ela... Ela... Ela falou? – puxei o ar sentindo um leve momento claustrofóbico me atingir como uma facada. Cora suspirou e concordou.

-Bella, por favor, respira, você está roxa... – senti a mão de Cora em meu ombro. Puxei o ar. Uma. Puxei o ar. Duas. Puxei o ar. Três. Puxei o ar. E apenas na quarta vez consegui sentir um pouco de oxigênio me invadindo. – Você está bem?

-Sim... Eu estou melhorando – sorri de um jeito convincente. Cora franziu o rosto em uma careta amarga, parecendo não acreditar naquilo mas se forçou a concordar.

Eu melhoraria...


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Notas finais do capítulo

Legal? Ruim?
Comentem!
PS: obrigado aos comentários anteriores.