A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 43
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Ola meus amores '
O coração esta bem, depois do capítulo anterior ? Curiosas pra saber o que a Lina vai fazer ?
Então bora ler !



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Eu conseguia sentir o medo deles. Senti o seu coração bombardear sangue e eles começaram a correr de novo e eu não estava mais paciente.

Puxei um deles e mordi sua jugular rapidamente. Suguei todo o sangue que eu podia tão rápido pra não deixar o outro escapar, ele caiu no chão, morto.  O outro estava fugindo mas eu o alcancei a tempo, ele gritou e foi como uma canção para os meus ouvidos. Mordi sua jugular suculenta. Eu ignorava os seus gritos, ele se debatia para fugir, mas eu o segurava. 

Enquanto sugava seu sangue, eu desejava mais.

Terminei de beber até que o corpo imóvel caiu no chão. Eu não estava satisfeita e me lembrei do cara que eu joguei na parede, ele estava acordando.

Caminhei lentamente até ele, eu ainda na forma sombria.

—O que aconteceu? Caramba... —Ele me olhou e olhou para seus amigos no chão. —O que você fez ?

Limpei minha boca.

—Eu até deixaria você vivo pra contar história...Mas eu tenho tanta fome... — Avancei nele mordendo sua doce e saborosa jugular.

Quando o sangue estava começando a ficar doce, senti algo agarrar meus ombros e me jogar contra a parede.

—Você ficou louca? — Stefan gritou pra mim indo em direção ao cara ferido.— Esquece tudo o que aconteceu aqui, você se perdeu dos seus amigos na hora da festa, vai e nunca mais volte. 

O cara assentiu e saiu.

Me levantei passando as mãos na minha cabeça, tinha doído. Olhei pra ele saindo da minha forma sombria, era como se eu tivesse em um transe.

—Stefan, eu ...eu... — Olhei para os corpos no chão — Eu não sei… eu não consegui evitar, eles estavam se aproveitando de uma garota e eu estava nervosa..E meu Deus... eu perdi o controle!—Comecei a chorar e ele veio me abraçar.

—Tudo bem, fica calma você exagerou um pouquinho...— Stefan me consolava, acariciando meus cabelos e olhando o que eu tinha feito.

—O que ela fez Stefan! — Ouvi Bonnie chegando atrás de nós.

Stefan me soltou e eu vi Bonnie com aquela ruiva que vivia no complexo e uma mulher um pouco mais velha ao seu lado.

—Bonnie, Lina perdeu o controle, mas agora está tudo bem—Stefan disse calmamente.

—Lina, você não podia ter feito isso, não agora que eu consegui o tratado...

A ruiva tomou a frente de Bonnie e veio até a mim.

—Esqueça o tratado Bonnie, esse monstro não merece viver nem mais um dia.

A ruiva disse com fúria em seus olhos e levantou suas mãos para mim. Stefan me colocou atrás dele rapidamente e ele caiu de joelhos gritando com suas mãos na cabeça.

—Não o machuque! —Gritei indo em direção a ela. Mas ela fez o mesmo comigo. Caí segurando minhas cabeça, era como se meu cérebro estivesse sendo fritado.

—Para com isso Naíde, Klaus vai nos matar se souber que machucou a filha dele!—Bonie gritou com ela.

—Nós vamos matar Klaus e a filha dele Bonnie, nós podemos agora!— Ela respondeu.

—Não!—Stefan reuniu forças e em velocidade a derrubou.

Me levantei ainda sentindo dores. Fiquei agradecida por isso, mas quando olhei, a outra senhora estava levantando suas mãos e eu não queria sentir aquilo de novo e muito menos queria que o Stefan sentisse. Em velocidade quebrei o pescoço dela. 

—Lina não! —Bonnie gritou.

—Monstro! O que você fez! —A ruiva gritou assustada, Stefan olhou e ficou surpreso. 

—Você não vai nos machucar. —Disse e levantei minhas mãos. Fazendo ela levitar na minha frente com magia, segurei suas veias de respiração.

—Lina, por favor não machuque ela também. —Bonnie suplicou.

—Eu tentei salvar sua vida e é assim que você me retribui? — Olhei para a ruiva, ignorei completamente a Bonnie.

A ruiva tentava respirar, mas eu apertava suas entradas de ar, ela não estava conseguindo respirar. Bonnie nunca me ensinou aquilo, mas eu apenas fiz.

—Lina,  você já matou uma das anciã, não mate outra. —Stefan disse cauteloso se aproximando de mim. 

Pisquei e a coloquei no chão, Stefan veio para mais perto e abriu um pequeno sorriso confortante, mas preocupado. 

—Precisamos viver em paz de uma vez por todas, as coisas só ficarão mais complicadas.— Bonnie disse quando olhou para a senhora no chão morta— Elas tinham concordado em ir até sua festa alegar a paz, mas depois disso eu já não sei mais o que pode acontecer.

A tal Naíde, a ruiva voltou a respirar.

—Bem observado Bennet, tínhamos concordado, mas depois do que essa coisa fez, o que mais acha que ela pode fazer? Aniquilar toda a raça humana?Eles não merecem isso.

 —Eu salvei uma garota humana.

—E matou 2?—Ela rebateu.— Nós temos uma carta na manga e iremos usa-la contra você e toda a sua maldita família.

Ao ouvir aquela ameaça algo dentro de mim se enfureceu.

—Se você tocar em um dedo neles, eu juro que... —Stefan  segurou meus ombros e acenou que não. Ele estava apreensivo. Mas aquilo me acalmou.

—Viu Bennet, ainda acha que ela merece uma chance? Ela é tão má como ele. — Ela dizia demonstrando nojo.

—Naíde, não conte as bruxas sobre isso, eu vou dar um jeito, eu te imploro.— Bonnie pediu.

—Você tem 24hrs. —Ela disse seriamente.

—Obrigada.

A ruiva antes de sair, me olhou com desprezo.

—Eu estraguei tudo…—Passei as mãos pelos meus cabelos, Stefan veio ao meu lado me confortar. Mas senti uma brisa que era muito bem... familiar.

—Um belo estrago, SweetHeart.

Minhas pernas gelaram. Fiquei completamente imóvel ao ouvir a voz de Klaus.

Stefan se virou para ele atrás de nós e foi indo em sua direção.

—Klaus, eu posso explicar tudo.—Tentou dizer.

Ele levantou o dedo indicador ao Stefan para que ele não falasse.

—Eu tenho olhos Stefan e posso ver o que aconteceu aqui, resolvemos isso depois, tenho que resolver algo mais importante.—Ele me encarou—Por enquanto preciso que limpe essa bagunça, Stefan.

—Klaus...—Stefan insistiu.

—Stefan. Eu não vou repetir. 

Bonnie olhava Klaus, enquanto ele caminhava se aproximando de mim. Ele me olhou no fundo dos olhos, de longe se via o quão bravo ele estava, eu não consegui me mexer. 

—Bonnie vou tirar Lina daqui, encontre o  Elijah.—Ele ordenou.

Ela me olhou preocupada, ela estava aflita por mim. Mas o obedeceu e foi embora.

—Stefan você está surdo?—Klaus disse olhando para ele que ainda estava ali nos olhando.

—Klaus.— Eu finalmente disse — A culpa não é dele, é minha. Eu dou um jeito nisso.

—A culpa é sua mesmo Sweet, mas precisamos sair daqui antes que as coisas piorem. — Ele puxou meus braços com força e eu sai tropeçando.

—Klaus não machuca ela! —Stefan gritou e acho que não havia percebido o tom que usou com Klaus.

Ele me soltou e em velocidade parou na frente dele.

—Agora está preocupado com a minha filha? Há poucas horas atrás não estava, porque até concordou em trazer ela aqui, não é mesmo?— Ele disse nervoso também. 

—Ela não tem culpa se você a mantém trancada naquela casa, ela precisava disso.—Stefan o encarava.

—Trancada? Ela pinta e borda diante dos meus olhos, eu precisava de um tempo até deixar as coisas tranquilas pra segurança dela e você sabe muito bem disso!— Eles discutia e eu estava com medo, Stefan respirou fundo.

—Klaus, eu não tiro sua razão, mas por favor, pega leve com ela, eu estou te pedido.— Klaus ficou olhando ele por um tempo.

Stefan olhava em seus olhos sem medo algum. Klaus bufou e saiu me puxando para o seu carro. Antes de entrar eu olhei Stefan, ele praticamente enfrentou Klaus por minha causa. Ele me olhava e eu sabia que no fundo, se ele pudesse  não me deixaria ir com ele.

Me sentei e Klaus entrou no carro.

—Coloca o cinto.—Ordenou.

—Klaus...Por favor não briga com Stefan, ou a Car. A culpa é minha!  Fui eu que fiz aquelas coisas terríveis!

—Eu disse coloca o cinto, a culpa é de todos vocês.—Eu coloquei o cinto e ele começou a dirigir bem rápido.—Espera, você disse Car?

—Merda. — Fechei meus olhos, ele não sabia.

—Resolvo isso mais tarde, tenho que te tirar daqui agora.

Percebi que ele estava indo em direção até uma estrada.

—Pra onde você vai me levar?— Perguntei assustada.

Quando chegar, você vai ver.

Eu estava ficando apavorada, se ele me levar pra longe? Ele ia me dar uma surra, ninguém poderia me ajudar.

—Você vai me dar uma surra não vai?— Perguntei com receio.

Ele brecou o carro que fez meu corpo ir pra frente, ainda bem que tinha colocado o cinto. 

—Por mais que tenha desobedecido minhas ordens, jamais faria isso com você,  eu não sou como meu pai.— Ele disse olhando para a frente, acho que o ofendi.

Ele voltou a dirigir o carro.

—Do que está falando?— Ele não estva amais com raiva, ele estava ...Triste. E Ee não sei o que passou na minha cabeça, mas coloquei minhas mãos sobre as dele no volante, era como se eu sentisse o que ele sentia.—Pode confiar em mim.

Ele soltou suas mãos das minhas rude. E continuou a dirigir. Fiquei meio sem jeito e continuei ali quieta, olhando pela janela. 

 

Aquele parecia um bom momento pra desligar como Stefan me disse, porque eu estava sentindo remórcio e culpa do que eu tinha feito. E Klaus estava ali com raiva de mim e eu não tenho noção do quele pode fazer.

[...]

Quando ele parou o carro, ele saiu e abriu a porta pra mim. Enquanto eu retirava o cinto ele revirou os olhos e retirou em velocidade e me colocou em seu colo. Ele parou e estávamos em frente a uma porta. 

—O que é isso?

Era uma cabana de dois andares, estava escuro, mas conseguia ver. Ela estava em boas condições, uma das melhores que eu já vi pra ser sincera.

—É o seu lar, pode chamar assim porque sua mãe ficaria feliz.

—Ela está aqui?— Me precipitei em querer abrir a porta, mas segurou meus braços.

—Não. Ela não está ai...Não ainda. Era uma outra surpresa, quando sua mãe chegar tenho quase certeza que não vai querer ficar em casa conosco e ela vai querer um tempo com você, então providenciei esse lugar pra vocês duas.

—E por que me trouxe aqui,  se ela não está.

—Porque ninguém sabe disso e você precisar ficar longe da cidade.

Ele abriu a porta e fez sinal para eu entrar.

—Aconchegante e lindo.—Disse olhando em volta.

Ele não respondeu nada e trancou a porta atrás de nós, estava frio e eu friccionei uma mão na outra.

Vi uma lareira que não estava acessa. Olhei para Klaus como pedido, ele acenou que sim e eu acendi com magia, em cima dela tinha uma foto da minha mãe grávida sentada numa cadeira, tão linda.

Tinha outros quadros com fotos de uma mulher loira que não era Caroline, mas era tão linda quanto ela. Tinha Klaus, Elijah...todos eles. Mas minha atenção foi para Klaus que estava atrás de mim, eu fechei meus olhos.

—Se você vai mesmo me bater, tudo bem, mas me prometa que não vai ferir Stefan ou qualquer outra pessoa. Ele ficou calado por um momento.E ouvi seu corpo se mexer e se sentar no sofá. Respirei aliviada. E me virei. Ele olhava para a lareia acesa. 

—Ele me achava uma abominação na terra, me caçou por longos anos e nunca me considerou o seu filho, afinal eu não era mesmo.—Klaus começou a dizer com sua voz calma e triste. Ele estava falando do seu pai, eu o deixei falar.—Perdi as contas de quantas vezes levava uma surra por bobagem quando pequeno e de quantas vezes ele me humilhava quando homem. Eu jamais desejaria ser como ele.

Meu coração se apertou ao ouvir que ele foi maltratado pelo próprio pai.

—Eu não fiz uma bobagem Klaus...—Eu disse, tentando de alguma forma explicar que eu merecia.

—Não, não fez e eu não seria como ele, eu não machucaria você, nunca.— Ele me olhou— Quero que me explique o que houve.

Eu me sentei no sofá do seu lado.

Eu não ia contar sobre a quase DR que tive com Stefan o que fez toda aquela raiva surgir...

—Eu fui procurar por Bonnie nas ruas e achei que a tinha visto mas não era ela. Era uma garota e eu vi alguns caras a seguindo e eu percebi a maldade neles...—Eu sei que não precisava, mas me aproximei dele e coloquei minhas mãos sobre o seu rosto, ele achou estranho aquele ato.—Eu vou te mostrar.

Foi diferente essa projeção, é como se eu tivesse teletransportado Klaus até a cena. Era tudo muito mais nítido, Klaus ficou encantado.

—Eu tô cansada de vocês homens quererem dar ordens pra mim, a ultima vez que eu vou falar:FICA LONGE DELA.

Klaus me olhava atento e admirado.

— Ah gatinha, o seu pedido não vai ser possível realizar.

—Escolha errada, gatinho.

—Dramática como o pai.—Ele disse, me fazendo dar uma risadinha.

Mostrei a ele tudo o que aconteceu até a sua chegada e retirei minhas mãos, ele as pegou no ar e a beijou.

—Isso foi mágico. Obrigado Lina, herdou meus dotes de vingança, fico orgulhoso por ter feito o que fez, afinal e eu faria a mesma coisa.

—Oi?—Agora sim ele me deixou totalmente confusa.

—Você fez o certo de uma forma, mas fez errado muito errado.— Ele se virou ficando de frente pra mim.— As bruxas irão revidar disso eu não tenho dúvidas, porém você estará protegida aqui, até eu resolver essa situação.

—Certo, e você não vai brigar comigo e sair gritando aos ventos?—Perguntei receosa ele deu uma risada baixa.

—Filha, eu estou muito bravo por você ter saído de casa e indo contra a minha vontade, eu poderia arrancar o seu coração nesse exato momento. Mas fazer o que, você é a minha filha.

—Me surpreendeu.— Não só por ter me chamado de filha, o que me deixou desconfortável porque nunca o vi me chamando de tal forma  e confesso que não era estranho o quanto eu achava que seria, mas me surpreendi por ele não estar gritando.

—Já te disse que não sou tão ruim assim, mas também não sou um doce de pessoa e não é o momento pra brigarmos. Você precisa ir dormir, eu vou ficar por aqui aguardando noticias, você tem um quarto no andar de cima, pode ir até lá.

Klaus tinha percebido o jeito que eu estava  e talvez quis mudar o assunto da conversa.

—Eu vou e não fica zangado comigo Klaus, eu só queria ter um divertimento e acabei deixando que isso ficasse fora de controle, se eu puder fazer alguma coisa pra mudar isso é só me dizer.

—No momento pode começar indo descansar, foi um longo dia e amanhã também será.—Ele deu um sorrisinho de canto— Boa noite, Lina.

—Boa noite, Klaus.— Arrisquei um pequeno sorriso no qual ele não retribuiu, ele se sentou em uma poltrona ao lado da lareira e ficou olhando pra ela, pensativo. —Hãan Klaus ….

—Sim?

—Eu espero nunca conhecer meu avô, ele é péssimo.

Klaus continuou olhando a fogueira, seus olhos pareciam ter lacrimejado, ou talvez eu vi coisa demais pelo fogo, reflexo algo assim.

—Você nunca o conhecerá Lina, eu prometo.

Subi as escadas, estava me sentindo em casa. Entrei em meu quarto novo, não era tão grande quanto da outra casa, mas era fofo. Não tinha muita coisa, uma cama que parecia muito confortável, um guarda roupa pequeno  e uma penteadeira com um espelho. Todos eles em brancos com umas tonalidades rosas, me agradava muito. Subi em cima da cama e deitei em cima do edredom mesmo e fiquei olhando para o teto.

Que dia...

Hoje passe a manhã maravilhosa com o meu P ... com o Klaus. Talvez ele não seja mesmo uma pessoa tão má assim, ele foi tão divertido me ensinando a pintar tão atencioso, como eu nunca pude imaginar que ele seria e depois de fazer tudo o que fiz, ele ainda foi compreensível.  Ok, nem tanto, mas a raiva passou, senão tenho certeza que estaria de castigo ou levaria uma tremenda surra, mesmo eu não acreditando que ele teria coragem de me bater. Bom, agora tenho certeza de que ele não faria isso.

O que não tenho certeza é sobre Stefan. Aquilo no bar foi ciumes?

Eu não sei ao certo se era realmente ciumes, pois ele só estava fazendo o seu trabalho que era me proteger a mando de Klaus. Eu nem acredito, que ele me defendeu e colocou a culpa em si próprio para que Klaus não brigasse comigo. Confesso que eu não esperava por aquilo, enfrentar Klaus? O grau de amizade deles deve ser altíssimo, ou talvez, ele só estivesse, sendo...Protetor.

Eu só não sei o que vai acontecer comigo agora, aquela bruxa disse que podia fazer mal pra mim e pra minha família, mas o que? Provavelmente Klaus sabe e está me escondendo. Afinal, ele é o ser mais perigoso, por que ele teria medo e em trairia pra cá escondida? Por que?

Me levantei da cama e desci até onde ele permanecia sentado no sofá, eu preciso dessas respostas.

—Deveria estar descansado Sweet.—Ele disse calmo quando percebeu minha presença. Ele ainda estava sentado no sofá.

—Posso ficar aqui?

—Sim.

 

Me sentei do seu lado, coloquei os pés em cima do sofá e coloquei minha cabeça por cima do meu joelho. 

—Vai pode falar. O que te incomoda?

—Outro Sherloque, me conhecendo bem…

—Eu sou seu pai, mas que obrigação conhecer minha própria filha.

Senti uma pontadinha no meu coração, não de raiva, eu não saberia explicar o que, mas entendi o que estava acontecendo. Levantei minha cabeça

—É isso.

—É isso exatamente o que?—Perguntou ele confuso.

—Eu ser a sua filha!

Ele ficou me olhando por um momento, franziu a testa e entendeu.

—Oh...Sim...Por ser minha filha você carrega os meus fardos. Você é a melhor vingança contra mim. Meus inimigos sabem disso. Marcel aproveitou e conseguiu, mas eu nunca mais vou deixar alguém colocar as mãos em você.

—E eu acredito que você faria isso...E Marcel nunca me fez mal e nunca faria, pelo contrário ele me criou não quero que haja conflitos entre vocês e eu até gostaria de poder tê-lo em minha vida.

—Jamais. Eu já poupei a vida dele, mas ele conviver conosco isso ultrapassaria todos os limites.

—Então não imponha um, assim você mesmo estaria fazendo um mal pra mim.

Ele bufou, mas logo deu um sorriso irônico.

—Puxo a subordinação da sua mãe. Eu pensarei a respeito.

—Ou talvez de você, eu estou aqui não é mesmo?— Demos um riso—. Mas obrigada Klaus, isso é importante pra mim.

Sorri e Klaus se virou olhando pra lareira que ainda exalava fogo, ele estava pensativo,  queria falar algo.

—Você é importante pra mim Sweetheart. Aliás pra todos nós, e eu não queria te manter trancada como o Stefan disse. Era pra sua segurança, meus inimigos irão se vingar ainda mais agora que você está aqui comigo. Eu não vou permitir que eles a machuque.— Ele olhou no fundo dos meus olhos— As bruxas irão vir ao seu encontro, eu só te peço que por um tempo, apenas por um tempo até que eu resolva tudo, não vai pra lugar nenhum onde  eu não possa estar de olho em você.

Seus olhos estavam marejados, ali eu tinha certeza que não era reflexo do fogo, eles estavam lacrimejados. E eu não iria brigar com ele por me dar tal ordem, porque não parecia uma ordem, mas sim uma suplica e uma suplica sincera porque eu pude sentir a sua sinceridade e a preocupação em seu tom de voz.

Eu fiquei sem reação e ele esperava por uma resposta. Ele se virou olhando para a lareia e eu coloquei minha cabeça em seu ombro, entrelacei minhas mãos por trás dos seus braços assim ficando agarrada a ele.

—Eu não vou a lugar algum, eu prometo.

Senti sua respiração se soltar como se ele a tivesse segurado por seculos, ele pareceu surpreso por estarmos abraçados em frente a lareira, mas não reclamou de tal afeto e pra mim estava muito confortável seus ombros. Estar ali próxima a ele, porque era isso que estávamos, não só próximos com nossos corpos, mas próximos de coração.

Eu bocejei e recebi algo que não imaginaria que ele me daria, um singelo beijo em minha cabeça por cima dos meus cabelos.

—Durma Sweet, durma.

Eu sorri e fechei meus olhos e me aconcheguei mais perto dele. Ele retirou os braços e passou por cima dos meus ombros, me fazendo deitar em seu colo, ele retirou a manta de cima do sofá e colocou em mim.

Eu já estava sonolenta, mas pude ouvir suas palavras junto de caricias pela minha cabeça.

—Minha pequena, ninguém vai te fazer mal, não enquanto eu estiver vivo...Eu te a...

O sono foi maior e eu adormeci ali no seu colo não terminando de ouvir sua frase.




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Notas finais do capítulo

Vivas?
Nosso Klaus como pai é uma fofura né gente? Mas essa relação é de altos e baixos...A Lina está descobrindo um novo sentimento por ele ...
Muita coisa pra rolar , desde já avisando pra prepararem o coração mais uma vez, porque vem barraco, vem treta, vem amor, vem tudo!