A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 24
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'
Mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385207/chapter/24

Isabelle estava me ajudando a colocar um vestido, não sei o que Klaus tem em me fazer usar esses vestidos de gala, é apenas um jantar não uma festa.

—Está linda srta Mikaelson— Olhei para ela franzindo meu cenho de brincadeira— Quero dizer, Lina.

Dei uns risinhos, ela sabe que prefiro que me chame apenas de Lina.

Estava olhando no espelho e percebi que assim como Seth havia mudado, eu também tinha. Não estava mais com aquele corpo de uma garotinha de 16 anos, mesmo tendo essa idade, já estava aparentando ser um pouco mais velha, nem tanto assim claro, mas meu corpo havia se desenvolvido rapidamente.

—Precisa de mais alguma coisa Lina?

Estava olhando os meus seios  que ganharam mais um pouco de volume e o meu rosto já não era tão de bebê. Mas eu estava feliz, sorri para Isabelle que me olhava no reflexo do espelho.

—Não Belle, muito obrigada.

Sorri para ela e me assustei quando vi Stefan parado na porta, ele estava tão bonito quanto o dia do falso baile.

—Concordo com você Isabelle, mas a Srta Lina não irá mais precisar dos seus serviços. Ele disse ríspido e Isabelle havia corado, rapidamente ela saiu.

—Está perfeitamente linda e elegante. Acredito que já podemos ir. —Stefan estendeu sua mãos para mim.

Ele tem o dom de ser cavalheiro e grosso ao mesmo tempo.

Revirei meus olhos pra ele e ignorei sua mão, pude ouvir ele respirar fundo.

Ele até me deixa estressada, mas eu devo fazer o mesmo com ele.  Ele me puxou pelo braço de forma em que ficamos frente a frente um com o outro.

Nossos olhos se encontraram e parecia que existia apenas nós dois ali. Ficamos por alguns segundos nos olhando.

Stefan estava chegando perto dos meus lábios, quando eu senti alguém chegar e ele também sentiu o mesmo. Nos distanciamos rapidamente e eu abaixei minha cabeça estava um pouco sem graça Stefan estava me olhando.

—Ei cara, Klaus me mandou porque estava demorando demais.

Era Seth.

—Lina, você está bem? Tá vermelha como um pimentão.— Seth disse preocupado.

—É...é que eu...—Não achava palavras e estava mais envergonhada ali na frente dele.

— Ela está bem Seth já estamos descendo.— Stefan disse olhando para ele me salvando desse momento de constrangimento.

—Tem certeza?— Ele perguntou pra mim e eu só pude balançar a cabeça que sim, ele então deu de ombros e se foi.

—Obrigada. —Agradeci Stefan. Mas nem sei porque fiz isso. Esse momento foi constrangedor para ambos.

—Não por isso, agora vamos Klaus está nos esperando, ele odeia esperar.

Ele pegou minhas mãos e a colocou em seus braços,  não pude negar um sorriso. Não entendo muito bem como é estar do lado dele, as vezes eu me sinto confortável, mas me lembro do que ele já fez e me sinto enfurecida.

—Klaus faz mesma questão de eu estar perto de você não é? Espero que ele não planeje nenhum casamento sem o meu consentimento também.

Ele deu uma pequena risada.

—Klaus morreria com essa ideia, ele não deixaria ninguém chegar perto de você.— Ele disse sorrindo.

—Você está aqui. 

—Ele confia em mim pra cuidar de você.— Retrucou ele

—Já sou crescida o suficiente para cuidar de mim sozinha.— Respondi

—Touché. Agora sim você falou com uma hibrida. Mas acredite você não sabe se cuidar sozinha e eu não me casaria com você.— Ele respondeu normalmente e continuou caminhado.

Não? Um minuto atrás eu era linda e agora o quê? Será que não sou tão boa assim pra ele não querer casar comigo. Qual é Lina, você não se casaria com ele, ele machucou quem você realmente ama.

Dei um sorrisinho forçado de lado e claro que ele percebeu a minha chateação.

—Não por nada Lina, apenas porque sou amigo de seu pai e eu o conheço para saber que se eu quiser algo com você ele não hesitaria em me matar.— Ele disse escondendo um sorriso.

Isso era verdade Klaus  é mal.

—Eu não ousaria sequer ter qualquer tipo de relacionamento com você Stefan, ao não ser te aturar, pois iremos viver na mesma casa.

Achei que por um momento Stefan se sentiu ofendido, pois o mesmo não me dirigiu a palavra até chegarmos na escada.

—Bom, isso aqui será bem divertido se você não ser uma garota má.— Stefan disse.

—Eu não sou.— Respondi  

—Você é a filha do Klaus.— Ele disse ironicamente.

—Idiota.— Apertei o braço dele e ele sentiu uma dor. Queria muito rir da cara que ele fez, mas não fiz. Ele parou quando íamos descer na escada. Me olhou nos olhos e sorriu.

— Pronta?

Sei que eu não pude esconder, mas abri um sorriso pra ele. 

—Sim...

Juntos descemos as escada, Klaus estava me observando descer com Stefan, ele estava usando um smooking divino preto e ele estava com um belo sorriso no rosto.

—Minha doce Nicolina.

Klaus pegou uma de minhas mãos e a beijou.

—Não me chame assim.—Falei para ele.

—Deveria se orgulhar do nome que seu pai lhe deu. — Stefan disse ao pé do meu ouvido, assim me largando e indo para o seu lugar.

—Foi você? — Perguntei ao Klaus.

—Nicolina Labonair Mikaelson. Eu mesmo escolhi seu nome SweetHeart .

—E eu odeio. Prefiro Lina Gerard.

Klaus não gostou muito da minha resposta, mas não estou nem ai com ele.

—Aprenderá a gostar, agora venha quero que conheça alguns de meus amigos.

Ele me puxou para os seus braços, olhei em volta da mesa e tinha pessoas, bom, eram vampiros ou lobisomens em frente as suas respectivas cadeiras, todos muito bem vestidos.

—Estes são meus fiéis vampiros, queria muito que você os conhecesse pois irá vê-los muitas vezes nessa casa, todos tem livre arbítrio de ir e vir aqui, e eles serão seus guardiões quando eu ou Stefan estiver ausente.

—Vocês irão se ausentar e me deixar sozinha com um bando vampiro que eu não conheço?

—Em breve farei uma pequena viagem, mas não irá precisar sentir a minha falta Sweet. Stefan é o segundo no comando e cuidará bem de você.

—Claro, caso o contrário você mata ele.— Disse com um sorriso irônico no rosto.

—Exatamente.—Respondi.

Klaus olhou para Stefan e os dois deram pequenos sorrisos entre eles, o que me faz pensar que ele nunca faria isso.

Ele me puxou pela mesa, arrastou uma cadeira para eu me sentar na ponta dela e ele foi até a outra onde ele ficava de frente para mim. Todos os vampiros me olhavam, já estava me sentindo envergonhada por alguns olhos estar focados a mim, quando me sentei todos se sentaram também.

—Amigos.— Disse ele pegando uma taça vazia em suas mãos e deu duas batidas chamando a atenção de todos.— Hoje é um dia muito especial para mim como todos sabem, minha filha retornou!

Eles olharam para mim e eu não tinha reação alguma a não ser dar um sorriso falso pra ele. Todos sabem que não é do meu agrado estar ali e estava muito visível isso, e até mesmo Klaus percebeu.

—Nossa família ainda não está completa e como todos sabem que quando minha princesa retornasse, meu reino teria a sua rainha.

Odeio quando me chama assim.  Será que ele estava falando da minha mãe? Ela voltaria e eu a conheceria? Ela gostaria de mim e me tiraria daqui...Que pensamentos escroto, ele a matou.

Klaus continuou.

—Mas hoje a noite é apenas dela, claro que ela está sendo apresentada apenas a vocês, mas logo essa cidade a conhecerá, assim que ela estiver pronta para sair dessa casa.

—Eu não posso sair daqui?  Eu não sou sua prisioneira Klaus!—Gritei com ele, todos olharam para Klaus.

—Sweet, iremos jantar e após iremos conversar sobre isso. Sem draminhas de família perante nossos amigos...

—Seus amigos...— Retruquei.

—Parece que a piralha vai dar trabalho...—Ouvi uma vampira cochichar para outro,ela tinha uma beleza única.

Olhei para ela que mostrava um ar de superioridade para mim, e bem que podia mesmo, ela era tão linda, tinha olhos bem azuis, cabelos negros longos e lisos. Ela estava com um vestido vermelho super justo que parecia que os seus seios iam saltar naquela mesa, ela parecia uma modelo. 

—O que é? — Ela sussurrou pra mim e eu acabei levando um pequeno susto quando ela percebeu que eu estava olhando para ela,  desviei o meu olhar para encontrar o de Klaus. Ele então continuou sua pequena palestra.

—Este é nosso primeiro banquete com nossa convidada de honra— Klaus olhou para o lado de onde surgiram alguns garçons que seguravam na mão uma faca. Todas andava igualmente e pararam um em cada cadeira dos vampiros que se sentava ali, parou uma mulher do meu lado, mas ela olhava para frente, ela estendeu seu pulso até a taça que havia perto de mim. Klaus continuou e olhava diretamente em meus olhos.— Nem todos vampiros precisam ser nojentos e traçar um humano até a morte, podemos ter controle Lina, podemos ser vampiros sociáveis.

Olhei para o lado e ela estava cortando o pulso, me assustei ao ver aquela cena, ela não estava sentindo nenhum tipo de dor e então jorrou o seu sangue na taça, olhei pela mesa e todos aqueles humanos e estavam fazendo o mesmo.

Todos os vampiros olhava com belos sorrisos no rosto, eu estava com a minha garganta começando a doer, meu nariz estava inalando todo aquele cheiro de sangue que era tão saboroso, mas eu não quero beber sangue.

Eu então me levantei.

—Eu não vou participar disso.

Klaus me deu um sorriso de canto.

—Como quiser querida.

Ele estava falando sério?

Abri um sorriso por ele não me obrigar a fazer aquilo. Sai da mesa e dei alguns passos lentos, ao passar por cada um eu via o  sangue daquelas pessoas sendo jorrado nos copos.

—Sweetheart, espere—Klaus chamou e eu o olhei— Não saia antes de brindarmos a você, minha princesa que voltou ao seu reino.

Ele levantou sua taça e todos os vampiros fizeram o mesmo, o cheiro do sangue inundou todo lugar e então eu não consegui dar sequer algum passo.

Stefan estava com sua taça levantada e me olhava atentamente, ele pensou em se levantar, mas Klaus não permitiu segurando o seu ombro.

Minhas garganta começou a secar e estava almejando todo aquele sangue.

Klaus levantou-se e virou a taça para mim ao ar.

—Um brinde a Nicolina Mikaelson!

—Saúde!— Ouvi todos dizerem em uníssono e dar um gole em seus  copos. Klaus não fez o mesmo, mas veio até mim lentamente e cada passo que ele dava, era uma batida forte no meu coração. Precisava daquilo no meu organismo e naquele momento eu faria qualquer coisa só por uma gota.

—A escolha quem faz é você, SweetHeart.

Ele ofereceu a taça pra mim, tentei hesitar mas não pude, era muito apetitoso. Ele me olhava com bastante atenção.

—Me desculpe…— Sussurrei.

Peguei a taça da mão dele e em um só gole bebi todo aquele liquido. Passei a língua nos meus lábios e fechei os meus olhos,  me senti no céu de tão leve que eu estava...

—Isso querida…

Pude ouvir a voz de Klaus no fundo e sentir um cheiro mais agradável ainda, aquele cheiro de sangue bem próximo a mim. Klaus havia pego um de seus humanos e colocados perto de mim. Pude ouvir a batida do coração bombardeando sangue, todo o liquido restante que tinha na minha boca, havia acabado...Mas eu precisava de mais, de muito mais.

Abri meus olhos e chamei a atenção de todos, meus olhos estava tão sombrios como nunca tiveram antes, senti minhas presas ganhar forma...

—Tão linda...—Klaus passou a mão no meu rosto e não tive ódio dele naquele momento.

.Na verdade eu mal me importava com a presença dele ou de qualquer um que estava ali. Só pude enxergar a jugular que estava jorrando sangue daquela mesma moça que serviu minha taça, Klaus havia mordido e trazido ela para mim.

Não pude mais me segurar e avancei nela bruscamente assim sugando o sangue que eu tanto desejava.

—Lina…-—Stefan disse baixinho.

—Stefan , deixa ela.

—Klaus, você não quer uma filha com as emoções desligada no primeiro dia que ela está em casa quer? Você sabe que ela sentirá culpa por ter matado essa garota e não vai conseguir viver com isso por tanto tempo até desligar de verdade.

—Ela já matou alguém e está muito bem por sinal.

Matar? Não, eu não vou matar ninguém!

Soltei ela imediatamente limpando minha boca e jogando ela longe de mim.

Klaus olhou para o Stefan sorrindo.

—Estamos falando da minha filha mesmo?— Ele disse ironicamente. Veio até mim com cautela e talvez carinho ele terminou de limpar a minha boca.

—Perfeito.

—Porque você fez isso comigo? — Perguntei a ele.

—Lina, você vai aprender a aceitar quem você é de um jeito ou de outro, que seja do jeito mais fácil.

—Se esse é o mais fácil não quero nunca conhecer o mais difícil. 

—E não irá Lina — Stefan respondeu, ele aparentava estar preocupado.

—Bem, querida acho que está bem alimentada.— Klaus respondeu dando leves olhada para Stefan, eu não sei qual é a deles ainda, mas irei descobrir.

—Eu acho que estou, posso ir?

—Olhe para esse banquete em sua homenagem, vamos todos festejar, Thierry por favor toque algo animado!

Klaus disse numa empolgação total e eu me sentei na minha cadeira. Após todo esse show aqueles garçons começaram a nos servir de comida, de verdade. E até que no fundo, mesmo sabendo que quase eu matei uma inocente, eu estava achando aquilo legal.

[...]

Por fim, terminamos todos de comer e eu estava bebendo sangue da taça, pois tentava me controlar o que era muito difícil, eu estava querendo mais. Klaus se despediu dos seus "amigos" e eu não fiz questão de fazer o mesmo, ele me acompanhou até meu quarto, sem dizer uma palavra.

Quando chegamos em frente a porta, ele a abriu para mim.

—Você estava linda essa noite sweet.— Ele disse sorrindo.

—Obrigada.—Respondi séria.

Não queria, mas precisava ser fria com ele, eu não quero estar aqui.

Klaus queria dizer alguma coisa, mas não disse apenas deu um sorrisinho de canto.

—Boa noite.

—Espero que seja boa mesmo.

—E será...—Ele se virou, mas eu precisava falar com ele.

—Klaus…—O chamei.

—Sim?—Ele respondeu ainda de costa.

—Eu não irei poder sair dessa casa mesmo?

Ele se virou para mim.

—Hoje você sentiu como é estar com fome e até que conseguiu se controlar, pois não havia tanta gente. A cidade é cheia de pessoas e acredite em mim você não irá hesitar em matar todas elas só para saciar sua sede.

Será que ele estava falando a verdade? Eu pude me controlar com aquela mulher, mas e se eu apenas me controlei porque Stefan interviu?

—Eu não quero matar ninguém.

—Mas você já fez e irá fazer novamente.—Ele insistia.

Me senti culpada pela morte de Rachel, eu não queria, mas algo me impulsionou a fazer.

Klaus percebeu a culpa se formar no meu rosto.

—Eu sei que não quer fazer ou ser assim. E é por isso que eu irei te ajudar, enquanto você estiver vivendo comigo você saberá se controlar por que é da sua vontade, e eu não quero ser contra ela.

Quem era esse cara e o que fez com o Klaus? Aquele homem que fez de tudo para me tirar das mãos de Marcel para fazer seus híbridos e que sequestrou Quil, pra poder me manipular. Tá onde?

—Obrigada pela compreensão.— Não consegui e abri um pequeno sorriso pra ele.

—Não se acostume. — Ele deu um sorriso de canto.— Amanhã você terá suas aulas, descanse Sweet.

Assenti. Ele saiu do meu quarto fechando a porta, me deixando pensar que ele poderia ser um cara bom.  Mas  e se isso é  apenas para ganhar minha confiança ou talvez amor? Se for a intenção,  ele nunca terá de mim.

Nunca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai amores, estão gostando?
Nossa Lina até que se controlou bem não é? Só não posso garantir por quanto tempo...afinal é a Filha do Klaus!

E cadê os Shippers de Stelina, será que vai rolar ??

XoXo'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha de Klaus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.