A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 2
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'
Espero que gostem !



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Depois da parada para o lanche seguimos para a nossa nova casa. Me peguei pensando naquele Deus grego, Jake. Como ele era lindo, mas será que ele achou a mesma coisa de mim? Porque aquela fixação no seu olhar em mim, era diferente. Ninguém nunca tinha me olhado daquele jeito, mas ainda assim não consigo decifrar aquele olhar misterioso, tinha alegria, mas também tinha tristeza...

Chegamos como sempre em uma casa no meio da floresta sem vizinhos próximos, não sei porque papai sempre acha casas assim longe de tudo.

Assim que saímos do carro vi a nossa belíssima casa, ela não é pequena mas também não é lá uma mansão. É agradável e aconchegante. Fui levando algumas coisas comigo para dentro, posso dizer que um dos meus defeitos é a curiosidade. Ajudei o papai a descarregar algumas coisas mas só de H mesmo, meu pai é bem forte quase nunca precisa de alguma ajuda minha. Quando entrei vi que a casa é muito bonita em seu interior, mas está um pouco suja, isso quer dizer mão na massa! Mas antes subir as escadas para ver onde eu irei dormir, não tenho muito costume de chamar de "meu quarto" sempre quando me acostumo com algo temos que nos mudar, é bem desgastante isso.

Abri a porta do meu quarto e vi que ele é bem grande e bonito, mas bem simples. Com um criado mudo ao lado da cama, espelhão, closet enorme essas coisas, nada de muito extravagante, e com o tempo eu dou um jeito "Lina" . Tem uma janela que tem uma vista maravilhosa pra floresta e bem no fundo, consegui avistar uma praia...

—Praia?

Fiquei super empolgada! Eu amo praia, mar, areia, meu pai quase nunca me leva e isso soa estranho morar perto de uma, ou talvez ele nem saiba da existência dela.

Desci correndo já gritando pelo meu pai.

— Pai! Moramos perto de uma praia! Será que podemos ir?

Meu pai me olhou sério com um cara querendo já me dizer não.

— Praia? - Ele olhou confuso – Não não princesa, esses lugares costumam ter muitas pessoas, pode até ser perigoso.

—Perigoso? Por favor né? Claro que não, é praia. Qual é, vamos?

Fiz a carinha mais meiga possível que ele não pode resistir, ele respirou fundo.

—Você não tem jeito mesmo né? -Ele estava com uma cara de quem não vai conseguir dizer não.

—Bem, já que essa batalha é perdida...-Ele parou um instante olhando pra mim e olhou para trás -Será que você pode levar isso pro quarto lá em cima?

Ele me deu uma mala e eu apanhei ela.

— Mas você vai me deixar ir até lá? Prometo que será coisa rápida, só molhar os pés e eu volto correndo.

—Primeiro leva a mala! – Ele disse em um tom alto e um pouco grosso.

Assenti subindo até o quarto e deixei a mala, quando desci tive a leve impressão de ver meu pai entrar novamente em casa.

—Já não tinha acabado as coisas lá fora? - Perguntei.

—Sim meu doce, é que eu fui ver se estava tudo bem pra você ir pra lá.

Dei risada.

—Vai me dizer que você se tornou o The flash e foi até a praia fazer uma vistoria?

Meu pai é super protetor, não posso ir até a esquina sem que ele já não tenho ido primeiro pra verificar se não tem perigo algum, mas a praia é longe de casa até ele ir e voltar seria loucura.

—Claro que sim, tenho que verificar se não tem pessoas perigosas querendo fazer mal pra minha princesa.- Ele terminou de falar beijando a minha testa sorrindo.

Ele pode ser mandão as vezes, mas é super carinhoso, um paizão, não sei o que eu faria da minha vida sem ele.

— Então... eu posso ir?

— Acho que agora pode ir sim, mas é vapt vupt! Quero você aqui em 5 minutos!- Ele estava com aquela postura de um pai autoritário.

—Ok! 5 min. – Fiquei toda animada e saltei para dar um beijo em sua bochecha, ele abriu aquele sorriso mais lindo do mundo.

— 5 minutos Lina.- Ele falou bagunçando meu cabelo.

—Ai pai! - Ajeitei meu longo cabelo.

—Te amo. – Disse ele com tenor em sua voz já tirando aquela carranca da face dele, ele é meio bipolar.

Olhei em volta pra ver como que eu chego naquela praia e avistei um caminho na floresta. O mesmo que eu vi pela janela do meu quarto. Fui caminhando e vendo tudo em minha volta para memorizar e não me perder na hora de voltar.

Por fim cheguei e a praia é bem calminha, não tem muita gente. Tirei meu converse dos pés e fiquei segurando nas mãos, comecei a andar pela beira molhando as pontas dos meus dedos, sempre quando estou perto do mar eu me sinto bem e em paz comigo mesma, não que eu tenha uma vida agitada, tirando a parte de viajar bastante.

Olhando para o mar me deparei com uma garota do meu tamanho, talvez mesma idade, tinha cabelos pretos, olhos castanhos, com a pele um pouco avermelhada, ela estava vindo em minha direção. Ela estava primeiro com uma face abismada e com os olhos fixados nos meus, fiquei meia perdida pois não a conheço e ela veio chegando mais perto abriu um sorriso e logo me abraçou bem forte, como se me conhecesse e não me via a anos.

—Nessie! – Disse a tal garota.

Fiquei sem reação, pois mal consegui me mexer com a garota me abraçando...eu tentei falar, mas ela começou a chorar e isso fez com que meu coração amolecesse.

—Eu não...sei de quem...está...falando...-Eu disse num sussurro, ela me soltou e me olhou com os olhos cheios de lagrimas.

—Como pode estar viva esse tempo todo? Porque não voltou antes?

Olhei pra garota confusa.

—Me desculpe, mas eu não sei do que você tá falando.

—Nessie, não está me reconhecendo? Sou eu a Claire sua melhor amiga.

Ela falava comigo de uma forma tão doce, que me deu até vontade de dizer que eu era essa tal Nessie. Nunca tinha visto aquela garota em toda a minha vida, ela ficou perplexa me olhando. Ela secou suas lagrimas e me olhou confusa.

—Não...Meu nome é Lina Gerard e não conheço ninguém com esse nome, exceto pelo monstro do lago. -Segurei o meu riso pois naquele momento não podia fazer nenhuma piadinha. A tal garota ficava me olhando fixadamente, segundos depois ela piscou os olhos com uma feição triste no rosto, mas abriu um pequeno sorrisinho.

—É...me desculpe...eu achei que...que você fosse a minha amiga.. desculpe mesmo...-Ela falou gaguejando e desapontada.

Fiquei com pena dela.

—Não se desculpe, é normal as pessoas se confundir.

Não, não era normal agir daquela forma, mas precisava quebrar aquele gelo.

—Mas então Claire, podemos começar de novo. Prazer meu nome é Nicolina, mas é muito estranho esse nome, então me chame de Lina, acabei de me mudar pra cá com meu pai Marcel . –Disse pra ela com um sorriso sincero e ela retribuiu, talvez tenha conseguido minha primeira amizade por aqui, mesmo nessas circunstâncias.

— Você se parece muito com ela, ou talvez eu esteja começando a enlouquecer.- E de repente ela começou a chorar outra vez, mas ela saiu correndo, não deu nem tempo de poder chama-lá.

Fiquei meio sem entender o motivo de tudo aquilo, será que eu me pareço tanto com essa garota? Ela deve ter sido muito especial pra Claire pelo estado que ela ficou ...Mas eu preciso ir agora, meu pai deve com certeza deve estar louco comigo!

Quando me virei meu pai já estava atrás de mim e levei um pequeno susto. Ele estava com uma cara intrigada não para mim mas para a direção de onde a garota estava indo.

— O que ela queria? E porque saiu correndo? E o que ela disse? Você disse alguma coisa a ela?- Papai diz seco e frio.

—Quantas perguntas pai, eu não sei. Ela me confundiu com uma amiga dela, e de repente saiu correndo, vai entender o povo daqui...

—Vem vamos embora. 

Ele me puxou  me abraçando mas olhando para trás com receio de algo. Sempre quando falo com pessoas estranhas ele age daquela forma. Muito estranho eu sei, mas entendo, eu sou a sua única família e esse é o jeito dele, super protetor comigo e eu gosto disso, essa é uma das provas de que o meu pai me ama e eu com certeza o amo.

 


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Notas finais do capítulo

Hmm...Porque a Claire agiu daquela forma? Lina se parece com Renesmee?
Tem coisas sobrenaturais pra acontecer ainda, muito romance, amizades...Até a próxima semana!