A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'



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Minha cabeça estava latejando. Minha vida virou do avesso de um dia para  o outro. Nunca quis o mal de ninguém em toda a minha vida, e agora eu estava colocando em perigo uma cidade toda.

Finalmente fiz amigos de verdade e eu poderia machucá-los. E quando  encontro o meu verdadeiro amor é complicada nossa situação. Queria nunca ter nascido filha daquele cara.  

O jeito é aceitar toda essa situação e ver o lado bom dessa história, se é que tem lado bom. Jake me contou quais eram seus planos. Ele acredita que quando alguém morre usando o anel, volta á vida diferente de como morreu. Se eu morrer usando o anel provavelmente voltaria com feitiço quebrado, porém se eu não me alimentasse ou não matasse ninguém, permaneceria da mesma forma que estou hoje. Seria mortal. E assim poderei viver com Jake em paz e ter uma vida humanamente possível.

—Está na hora de dormir mocinha.- Meu pai disse assim que entrou no quarto. Eu estava sentada na beira janela.  

—Vem, vou te por na cama como nos velhos tempos. - Disse ele me puxando.

—Eu não sou mais criança pai. - Disse fazendo beicinho.

—Pra mim sempre será. - Ele deu aquele sorriso meigo. Puxou o edredom e eu me aninhei a cama. Ele acariciou meu rosto.

—Pai, se não der certo amanhã quando eu morrer e não voltar mais, ou  Klaus me fazer algum mal. Quero que saiba que você é a pessoa mais importante pra mim e que eu te amo…

—Shhhh...Eu também meu doce. Não quero que se preocupe com isso, vai dar tudo certo. Nada de mal irá acontecer com você.

Sorri.  Marcel era o melhor do mundo e eu o amava, nada disso iria mudar o que eu sinto por ele, mesmo não sendo meu pai biológico.

Fechei meu olhos e ele começou a cantar minha canção de ninar favorita de quando eu era pequena, sem ao menos eu perceber havia caído no sono.

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—Minha princesa!

Meu pai me rodou em seus braços contente. Eu estava muito feliz era meu aniversário de 4 anos. Ele me vestiu de Cinderela e ele estava vestido de príncipe.

—Papai! Papai! Me conta sobre a história da Princesa de Reino Orleans!

— Outra vez?

—Sim!

Ele riu quando se sentou do meu lado no gramado do quintal da nossa nova casa.

—Era uma vez uma princesa que tinha poderes sobrenaturais...-Ele sempre imitava uma voz mais forte que a sua, eu achava aquilo muito engraçado.—Mas  usava para o bem em todo o seu reino. Quando o malvado do Rei K, seu vizinho de reino aparecia e mostrava toda a maldade para o reino da Princesa, ela sempre era corajosa e o confrontava. Ela tinha poderes suficiente para fazer dele uma formiguinha, mas ela não era má e não teria coragem de fazer isso. Para mostrar toda a sua bondade e compaixão ela acertou o coração de Rei K, o fazendo ser bom e tirando toda a maldade de seu coração.

— E todo o reino viveu feliz pra sempre! Eba! E agora vamos partir o bolo. - Gritei toda contente pra ele. Sempre fui uma criança que não parava quieta, ele caiu em gargalhada.

—Vem princesa.

Ele me pegou em seu colo e me levou até a mesa onde estava o meu bolo. Cantamos parabéns e eu apaguei minhas 4 velinhas sorrindo. Fiquei vendo as fumacinhas delas subindo, era interessante ao ponto que roubava a minha atenção e eu ficava olhando pra elas. Estava sentada no colo do papai e de repente ele me colocou sentadinha na cadeira e foi buscar meu pratinho. Fiquei brincando com as velinhas já apagadas, quando elas se acenderam novamente. Eu as assoprei apagando. Depois mexi minhas mãos e elas se acenderam novamente.

Papai me olhou estranhamente eu brincando com as velas acessas fazendo um fogo ir pulando para a outra.

—Papai as velas são mágicas, olha! - Eu disse rindo. Aquilo era muito legal.

—Lina, pare com isso agora!

Ele apagou as velas com um sopro  rápido e tirou de cima do bolo. Ele cortou um pedaço e me deu para comer. Se levantou e pegou o seu inseparável celular do bolso e foi fazer uma ligação dentro de nossa casa. Continuei comendo meu bolinho, que estava uma delicia! 

Um belo homem e muito bem vestido se aproximou de mim e sentou do meu lado, ele era muito encantador. Sorri pra ele  e levantei meu garfinho.

—Você quer um pedacinho tio? - Não lembro o nome ou quem era ele mas eu gostava de pessoas, elas tinham um cheiro agradável, mas o cheiro dele era diferente.

Ele abriu um sorriso  e limpou o canto da minha boca com um lenço que ele tirou do seu terno.

—Você lembra tanto sua mãe, tão linda. E essa sua compaixão pelas pessoas, espero que se tornem cada vez melhor. E antes que eu me esqueça eu vim lhe trazer um presente.

Ele tirou do bolso  um colar.

—Isso é de suas ancestrais, era da sua avó, foi pra filha dela e agora é passado pra você. Mas ele é um colar grande pra você usar agora, quando estiver maior talvez com seus 16 anos ficará muito lindo em seu pescoço.

Peguei o colar de prata da mão dele, ele era lindo redondo com uma pedrinha pequena vermelha no meio.

—Obrigada titio, é muito lindo. -Levantei minha cabeça pra olha-lo e ele guardou em uma pequena caixinha marrom.

—Eu tenho fé em você, talvez você não entenda as coisas agora, mas sei que um dia seremos novamente uma família. Eu quero que você guarde isso até que tenha 16 anos, dentro dele contém algo poderoso, assim como você.

Ele se abaixou e deu um beijo  carinhoso em minha testa. Não tive medo dele, pelo contrário alguma parte de mim, gostava daquele homem. Abri um sorriso pra ele, mas ele se levantou e se foi. Fiquei dando tchauzinho e  papai me viu acenando.

—Ele se foi papai, mas me deixou um lindo presente. -Papai pegou da minha mão a caixinha e ficou olhando curiosamente.

—Eu vou guardar isso  pra você.

—Tá bom papai, me conta a história da bruxa agora! 

***********************************

Acordei com a brisa da manhã batendo em meu rosto. O dia não podia estar mais perfeito como aquele, podia ouvir o som dos pássaros cantando e  era muito bom aquele som. Abri a janela do meu quarto provisório e as folhas das árvores estavam perfeitamente verdinhas. As flores estavam radiantes e  podia sentir o cheiro delas daqui. A única coisa que estragaria era a hora do meu encontro com o Klaus.

Me sentei na beira da janela, ali estava sendo o meu lugar preferido. A porta do meu quarto se abriu devagar, olhei em direção a ela e era aquele ser perfeito na minha frente. Jake estava sem a sua camisa mostrando tudo o que tinha de melhor, os seus belos músculos, sua barriguinha tanquinho, mal consegui olhar pro cupcake que tava na mão dele.

—Feliz aniversário dorminhoca.-Ele chegou perto de mim e me entregou o cupcake.

—Obrigada meu amor. Você cheira tão bem.

—Não tanto quanto você.

—Você que fez?

—Levei horas pra fazê-lo.

—Pra fazer um pequeno cupcake? - Ergui minha sobrancelha.

—Pega leve tá? Eu não me dou muito bem com a cozinha.

Eu dei uma risada e  mordi o bolinho.

—Isso está uma delicia Jake!

—Claro que está, eu que fiz.- Dei  um meio sorriso pra ele - Você não deve se preocupar com hoje, aliás eu tenho uma coisa pra você.

Ele pegou do bolso dele um anel. O mesmo ele se parecia com o de Emily.

— Isso aqui é provisório, assim que terminar tudo isso, colocarei em seu dedo um de verdade e com outro significado.- Jake se ajoelhou na minha frente e pegou minha mão. —Eu quero me casar com você, quero ter muitos filhos, quero envelhecer ao seu lado e você aceitando isso me dará esse direito. Eu quero viver ao seu lado pra sempre, seja lá quanto tempo for isso.

Eu fiquei muito surpresa com isso. Meu coração começou a acelera.

—Jake...Eu amo você. Isso é o que eu mais quero em toda a minha vida, ser feliz com você...

Ele abriu um sorriso enorme e  colocou o anel sobre meu dedo anelar. Se levantou e plantou um beijo terno em meus lábios.

Não poderia estar mais feliz do que aquele momento. Praticamente fui pedida em casamento, de uma forma não muito convencional.

O beijo estava se tornado um pouco mais quente do que o normal. Jake apertava suas mãos em minha cintura, aquelas mãos quentes e macia, me fazendo sentir arrepio por todo o meu corpo.

—Jake...Eu acho que devíamos descer, você aqui sem camisa me beijando desse jeito…-Disse parando o beijo e quase sem fôlego. Ele estava da mesma forma, deu uma risadinha e se afastou de mim.

—Você tá certa, vai se trocar que tem algumas pessoas esperando por você lá embaixo.

—Tudo bem, não vou demorar! E coloca uma camiseta. 

Ele me deu um selinho em meus lábios,  quase não deixava ele sair de l ,mas ele desceu. Fui direto ao banheiro tomar um banho.

****************************

Assim que desci, tive uma surpresa. Havia balões por toda a parte da casa.  Dei um sorriso e lembrei que Quil estava com Klaus por minha culpa.

—Não se sinta mal é seu aniversário, queremos comemorar. - Emily disse vindo ao me encontro.

—Você está lendo minha mente? 

—Estou lendo o seu rosto. Feliz aniversário.

—Obrigada Emi.

—Minha princesa, Parabéns!- Meu pai veio correndo até a mim e me levantou no colo me rodopiando.

—Pai… me põe no chão- Fiquei com um pouco de vergonha por isso.

—Você sempre será a minha garotinha.

—Eu sei pai e eu o amo por isso. - Beijei sua bochecha.

—Ei Lina!- Dessa vez foi Seth me abraçando e rodopiando, ele é bem forte.- Parabéns!

 

Ao decorrer fui recebendo abraços de todos, meu pai fez um delicioso café da manhã. O meu apetite ultimamente havia triplicado. 

Estávamos todos na sala e Emily acabou trazendo o bolo e cantamos parabéns ali mesmo.  Eu estava tão feliz que todos estavam ali comigo, sempre foi apenas meu pai e eu, isso era maravilhoso. Assoprei o  bolo  com os olhos cheio de lágrimas. Jake acariciava minhas mãos, ele estava feliz tanto quanto eu.

—Faz um desejo meu amor.

—Não teria coragem de pedir algo melhor do que estar aqui com vocês. Prefiro agradecer.

Assoprei a vela, e de repente ouvi um sussurro de uma voz feminina.

O colar.

Olhei pras meninas, mas nenhuma delas havia falando algo.

—Tudo bem? -Jake perguntou.

—Você não ouviu? 

—O que?

—Nada.

Ele e nem ninguém tinha ouvido. Olhei pro meu pai pedindo com olhos para que ele fosse até a cozinha, enquanto Emily cortava os pedaços para os lobos famintos.

—Está tudo bem?

—Não. Quando fiz 04 anos me lembro de um cara que estava lá. Ele me deu  um presente, falou da minha mãe e me deu um colar. Onde ele está pai?Algo me diz que ele pode me ajudar em algo.

—Como você pode se lembrar disso?  Pedi a Sophie pra tirar toda a memória de Elijah.

—Elijah, o irmão de Klaus por isso eu o chamava de tio...

—Elijah esteve por um tempo conosco pra cuidar de você. Mas chegou um dia que ele quis te entregar ao Klaus. Consegui fugir dele e pedi a uma bruxa pra retirar todas as suas memórias com ele.

—Você o matou? 

—Um Original não pode ser morto. Pode ser neutralizado com uma adaga mergulhada em carvalho branco.

—Tá tá,  eu quero saber do colar, onde ele está pai? 

—Ele não está mais comigo.

—Como não? Era um presente, ele é meu! 

—Pequena, me desculpe eu não sabia a importância dele pra você.

Apesar que eu nem sabia porque dava importância para aquele colar agora. Elijah me presenteou e se ele queria me entregar a Klaus, não era pra sermos uma família, afinal eles são irmãos. Tenho quase certeza que ele sabia dos planos do meu pai monstro. 

Só que ele foi tão doce e gentil comigo não posso acreditar que ele é  tão mal como Niklaus.

— Tudo bem pai, não dou tanta importância pra isso. - Menti 

Dei um beijinho em sua bochecha mas ele ficou intrigado o dia inteiro com isso.

Rachel me contou que Billy havia adotado ela e que sua verdadeira mãe era uma bruxa que foi morta pelas mãos de Niklaus.  Ela foi criada por Billy mesmo sabendo dos seus poderes. Ouvindo ela me contar podia sentir sua raiva pelo meu suposto pai. 

Ela me mostrou alguns grimórios de sua mãe verdadeira, comecei a folhear e até que achei bem interessante.

—Eu não sabia que você entendia sobre bruxas.- Ela disse.

—Eu não entendo, eu só acho legal essas coisas. Posso te fazer uma pergunta?

— Claro que sim.

—Se você tem poderes como a bruxa que me colocou um feitiço, você poderia tirar?

—Desculpe Lina, eu não sei muito sobre isso. Não tive ninguém para me ajudar a aprimorar meus poderes.

— Tudo bem...- Continuei folheando o grimório e algo me chamou a atenção. 

—Isso são desenhos rupestres.- Rachel disse vendo que eu fiquei olhando para uma página. - É a história de uma família. Foi cravada há muito tempo atrás em uma caverna é uma linguagem viking, rúnico. É bem antigo.  - Explicou ela.

— É a história da família Original do meu Pai Biológico Niklaus. - Disse e Rachel me olhando espantada. - Eu não sei como mas eu consigo ler. - Algo havia me chamado a atenção.- —Esse colar! Elijah me deu ele de presente. - Disse apontando para um desenho do Colar.

—Ele deu para você? Esse colar é de umas das bruxas mais poderosas que já existiu. 

—Minha avó. Elijah me deu ele é um amuleto de família.-Rachel tirou o livro das minhas mãos e começou a folheá-lo. 

—Como sabe disso?

—Elijah me entregou esse colar quando eu era pequena, me disse que pertenceu as minhas ancestrais, minha avó e minha tia. Ele queria me entregar para Klaus  mas meu pai não deixou isso acontecer.

Ela me ouvia mas continuava a folhear o grimório.

—Lina, aqui diz que esse colar contém a magia de Esther e cinzas de carvalho branco,  e se você consegue ler essa linguagem você deve ser capaz de matar  Klaus.

—Ele não pode ser morto mas sei que poderia ser neutralizado com uma adaga que eu não tenho.

—Tenho quase certeza que esse colar pode ser usado com o mesmo efeito.

—Como eu faria isso se eu não sou uma bruxa. E aliás Elijah  não daria algo pra mim se soubesse que poderia matar o próprio irmão.

—Elijah é o bonzinho da família, não é a toa que ele é conhecido como o irmão honrado. Esse colar é seu por direito. E eu demorei pra descobrir sobre meus poderes, talvez você tenha e não sabe disso ainda.

Era só isso que faltava mesmo. Se Rachel estiver certa e eu for uma bruxa isso explica como eu conseguia manipular o fogo das minhas velas de aniversário. 

—Se isso for verdade, eu não conseguiria aprender rápido. Nós não temos muito tempo até a hora do baile. E eu também não tenho o colar, meu pai não sabe onde está.

—Isso ´é o de menos, se você é uma de nós,  iremos impedir Klaus e eu vou te ajudar com isso.

—É o que eu quero. 

—Ótimo. Agora eu preciso descobrir onde está o colar.

—Você não vai. - Meu pai disse entrando no quarto- Não quero que ela seja uma pessoa má Rachel.  Lina você é diferente, não posso deixar com que se corrompa, mexer com magia é perigoso.

— Eu já disse que eu não vou colocar as pessoas que eu amo em perigo pai.

—Pequena, olha...

Ele foi interrompido pelo barulho da campainha, ele ficou sério por um momento como se ele soubesse quem estava lá. Ele desapareceu de nossas vista em velocidade. Rachel e eu descemos correndo.  Olhei para a porta e era o amigo de Klaus.

Ele estava segurando uma caixa de presente, ele sorriu ao me ver.

— Não irão me convidar para entrar? - Ele disse sendo  sarcástico.


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Notas finais do capítulo

Será que nossa Lina é uma hibrida diferente...E nosso titio Elijah tão lindo como sempre.