A Feia Mais Bela. escrita por Val-sensei


Capítulo 3
Visita não ocorre.




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As estrelas já brilhavam algum tempo no céu, os grilos faziam as suas serenatas em meio à relva perto daquela casa. Goten já dormia tranquilamente em sua cama, mas foi acordado com batidas a sua janela.

Ao ouvir o barulho, abriu os olhos lentamente, esfregou as temporãs com uma das mãos, se levantou preguiçosamente e foi à mesma, abriu e viu o seu amigo de cabelos lilás do lado de fora.

— O que ouve dessa vez Trunks? – perguntou ele sonolento.

— Conversar – o rapaz de cabelo lilás o olhou. – Não vai me convidar para entrar.

— Entrai aí – ele saiu de frente à janela e o amigo entrou.

— Sobre o que quer conversar? – perguntou o moreno sentando-se a cama.

Trunks ficou em pé de frente a ele.

— Sobre a Maron... – ele mexeu as mãos dentro dos bolsos do casaco e encarou o amigo. – Eu sei que ficou chateado comigo por causa dela.

Goten franziu o cenho, quase unindo as sobrancelhas, fechou o rosto ficando sério.

— Não quero falar sobre ela...

— Goten, eu sei que ainda gosta dela, mas... – sentiu-se inseguro, mas resolveu dizer – Quando ela se declarou para mim, eu... Não podia dizer não... Pois eu também gosto dela... Nunca te disse isso por que sabia que gostava dela.

Goten o encarou; se levantou, preparou um soco e deu no rosto do amigo. Trunks deixou-se ser atingido.

— Eu sempre soube seu idiota – riu ele desviando os olhos do rapaz. – Estava na sua cara. – Ele virou de costa a ele. – Também percebi que a Maron gostava de você, pois ela sempre me ignorava quando estávamos juntos. – Ele virou-se novamente para o amigo, pós a mão no ombro dele. – Acho que eu já deixei tudo isso de lado.

— Achei que você ia tentar lutar por ela – Trunks passava a mão no rosto no local do soco. – Podia ter socado mais leve – sorriu e também colocou a mão no ombro do amigo.

— Não vou lutar pelo amor da Maron, ela gosta de ti e está contigo – ele tirou a mão do ombro do amigo e abaixou a cabeça. – Mas ai de você se magoar ela, vai se ver comigo.

— Ei, calma – Trunks, pós uma mão do lado da outra. – Eu não vou magoá-la.

— Jura? – perguntou Goten olhando-o desconfiado.

— Juro! – ele jurou mesmo. – E a professora, vai investir nela? – perguntou mudando o assunto.

Goten se sentou novamente na cama e disse:

— Como assim?

— Goten, não se faça de tonto, você sente algo por aquela horrorosa – falou aproximando do amigo.

— Trunks, ela não é tão feia assim – Goten tentou argumentar.

— Haha, te peguei – riu ele deixando o amigo rubro. – Você sente algo pela tribufu. – continuou rindo. – Vai mesmo encarar a feiosa?

— Trunks Briefs! – falou ele nervoso. – Não critique as pessoas, nós podemos ser bonitos, mas não somos exatamente normais – falou ele bravo.

— Tá eu parei. – Ele caminhou em direção à janela aberta. – Nos vemos amanhã Romeu... – Brincou e saiu voando pela janela acenando ao garoto.

Goten suspirou fundo, fechou a janela, se jogou na cama e seus pensamentos foram àquela professora. “Será que o Trunks tem razão?” Se perguntou, mas desconsiderou a hipótese e adormeceu novamente.

**********

No dia seguinte Goten e Trunks foram para a faculdade, os dois conversavam animadamente, mas Goten se despediu do amigo e foi para sua classe.  Logo ele chegou à mesma, entrou e viu a sua amiga sentada em uma das carteiras olhando a janela com um olhar perdido.

Goten sentou-se na cadeira ao lado e disse:

— Bom dia, Coralina – sorriu ele tímido.

— Bom dia Goten – ela saiu dos seus devaneios. - A hoje o senhor veio – ela deu o caderno a ele.

— A sim, hoje eu não vou fugir - ele roçou a nuca com uma das mãos. – Tem muita coisa? – ele perguntou passando as folhas do caderno.

— Tem, mas não precisara pressa para pôr em dia – ela voltou novamente o olhar para a janela.

— Ué por quê? – ele perguntou erguendo a sobrancelha.

— A professora sofreu um acidente ontem?

Goten arregalou os olhos, colocou as mãos sobre a mesa com força a quebrando e perguntou assustado.

 - Como?

Coralina se assustou com o rapaz que havia quebrado toda a mesa que era confeccionada em madeira e ferro.

Goten roçou a nuca sem jeito e disse:

— Eu faço artes marciais... – ficou rubro como um pimentão.

Coralina sorriu divertida e começou a narrar:

— Ela saiu rolando pela escada que dava para o térreo; ela tinha saindo da sala para o corredor, depois foi descer as escadas. Ninguém sabe o que aconteceu direito.  – Coralina juntou as mãos em preocupação - Ela foi levada às pressas para o hospital – a loira comentou.

— Sabe para qual hospital ela foi levada, Coralina? – perguntou Goten.

— Não sei Goten – ela falou e viu um dos professores entrar, virou-se para frente e sentou-se corretamente na cadeira, puxou a mesa e o professor começou a aula.

Goten suspirou fundo por ela não ter desconfiado da sua super força e caiu na desculpa dele. Ele teve que mudar de lugar, pois havia quebrado a mesa, sentou-se e foi prestar atenção a aula.  

******

As aulas se passaram rapidamente assim como as horas e eles já estavam saindo da sala de aula.

— Coralina – gritou o rapaz a chamando antes que ela saísse da sala.

— O que foi Goten? – Ela perguntou e sorriu a ele meio encabulada.

— Obrigada por me emprestar a matéria de ontem, amanhã eu te devolvo.

— A de nada Goten, sabe que se precisar... – ela deu uma piscadela. – Eu estarei aqui.

— Obrigada – ele agradeceu novamente, saiu rapidamente da sala e logo encontrou o seu amigo o esperando.

— Então Goten o que vai fazer agora à tarde? – perguntou Trunks vendo o moreno parar ao seu lado.

— Eu queria procurar o hospital que a professora está – ele falou com a mão no queixo e pensativo.

— Eu fiquei sabendo o que aconteceu – comentou Trunks caminhando ao lado do amigo. – Coitadinha, ela é feia, mas não merecia esse tombo – Trunks sorriu ao amigo.

— Trunks ela não é feia, só é diferente – Goten comentou meio cabisbaixo enquanto caminhava ao lado do amigo.

— É impressão ou sua queda por ela está aumentando? – perguntou ele com um sorriso maroto.

Goten ficou rubro e não respondeu.

— Procura pelo ki dela, tenho certeza que você acha o hospital rapidinho – deu uma cotovelada de leve no amigo e saiu voando sem que ninguém percebesse.

Goten ficou olhando o seu amigo sumir no céu, depois se concentrou e sentiu o ki da professora bem distante dali.

“Ótima ideia o Trunks me deu”. Deu um sorriso e saiu voando sem que ninguém o visse.

Logo ele chegou a um prédio branco, com ambulâncias chegando e saindo, alguns taxis na porta. Olhou um lugar mais deserto para aterrissar, achou uma rua estava deserta perto do hospital. Andou alguns passos e logo viu uma porta de vidro grande e transparente, com macas entrando e saindo, alguns barulhos de sirenes, as paredes pintadas em branco do lado de fora e de dentro.

Goten empurrou a grande porta de vidro e logo viu alguns bancos de espera meio azulados, algumas pessoas machucadas com curativos e outras apenas conversando e aguardando alguém que possivelmente estava sendo atendido. Ele caminhou até a recepção e disse:

— Por favor, eu gostaria de visitar a Kiria. – Ele falou a recepcionista.

— É parente dela? – perguntou a moça o olhando desconfiada.

— Não, sou um aluno dela e vim visitá-la. – Goten apoiou o braço sobre a bancada.

— Lamento, mas não podemos deixar ninguém estranho entrar. São as normas do hospital.

Goten abaixou a cabeça meio triste;

— Entendo... Posso deixar um bilhete a ela - ele observava a mulher com um uniforme verde do outro lado do balcão.

— Claro que sim - falou a mulher entregado o papel e uma caneta ao jovem rapaz.

Ele escreveu, entregou a caneta e saiu deixando o bilhete para a garota entregar.

Alguns minutos depois alguém bate à porta do quarto.

— Pode entrar? – a voz doce e meiga soou animada.

 Ela estava lendo um livro encostada em seu travesseiro, sentada a cama.

— Um aluno deixou esse bilhete a senhorita e queria visitá-la, mas como ele é estranho não podemos deixar ninguém entrar.

— Aluno? – ergueu a sobrancelha. – Eu entendo as normas do hospital, mas aluno?  – “Como um dos alunos havia há descoberto ali”. Pensou ela intrigada. – Deixe-me ver – Kiria estendeu a mão para pegar o papel.

— Aqui – ela entregou o pequeno papel a ela.

— Obrigada – agradeceu e viu-a saindo, abriu o pedaço de papel meio amassado, nada muito cordial, um pedaço de papel qualquer pego em uma recepção de hospital com algumas entrelinhas escrita com uma letra meio torta, trêmula, mas legível.

“Prezada professora, peço desculpas por não ter ido a sua aula ontem, no entanto hoje fiquei sabendo do seu acidente e quero desejar- lhe melhoras, pois fiquei muito triste com o ocorrido, espero que volte a dar aula logo na faculdade.”

“Sei que não vai muito com a minha cara, mas eu acho a senhorita muito esforçada, espero que fique bem, amanhã eu passo aqui para ver como a senhorita está.”

Assinado: Son Goten.

“Que rapaz estranho!” Ela olhava as letras traçadas, meio desalinhadas, em um papel de recepção de hospital.

— Que papel é esse? – perguntou o mordomo já entrando no quarto.

— Bom... Eu não sei como ele achou o hospital, até por que eu só disse ao reitor onde eu estava... Mas o Goten, um aluno meu, veio aqui me visitar e me deixou esse pequeno bilhete.

— Hum... Parece que ele gosta de você – comentou o mordomo.

— Acho que não, só ficou preocupado, pelo que ele escreveu aqui – ela entregou o papel ao mordomo e ele o pegou.

Leu as linhas escritas e disse:

— Parece bem preocupado mesmo – ficou intrigado com o rapaz. - Talvez ele perguntou ao reitor, onde era o hospital – ele sorriu olhando para ela.

— Mas por quê? – Ela ergueu a sobrancelhas tentando entender.

— Vai saber... – deu os ombros. – Se ele aparecer de novo vai recebê-lo?

— Não... - ela olhou o soro que escorria pela mangueira e entrava pela veia de seu braço.

— Por que senhorita? – perguntou Lui colocando a mão no queixo.

— Não quero que ele me veja sem o meu disfarce. – ela sorriu a ele. - Não sei ao certo o que ele vai pensar, ou agir.

— Eu entendo senhoria, a sua vontade. – ele se sentou e lhe ficou fazendo companhia.

*********

Goten já entrava pela porta da cozinha, quando Chichi ouviu o ranger da mesma.

— Demorou Goten – ela o viu fechar a porta e caminhar.

— Oi mãe – beijou-lhe a testa. – Eu fui visitar a minha professora no hospital.

— O que ouve com ela? – perguntou Chichi curiosa

— Ela rolou as escadas, me parece que não foi nada grave, mas não me deixaram entrar no quarto que ela estava no hospital - ele a olhou carinhosamente. – Vou guardar os cadernos e lavar as mãos, pois estou morrendo de fome.

Chichi sorriu vendo o filho subir as escadas e foi esquentar a comida para ele.

Logo Goten voltou e sentou-se à mesa e foi servido pela mãe.

— Onde está o papai? – perguntou já levado um garfo a boca.

— Disse que ia tirar um cochilo - ela falou meio nervosa. – Aquele ali quando não ta treinando, está comendo, quando não está comendo, está dormindo.

Goten riu alto do jeito que a mãe falou e brincou;

— Por que não vai fazer companhia a ele, eu cuido da louça – Goten deu uma piscadela para mãe e viu Chichi ficar rubra.

— Goten isso é jeito de falar comigo – ela estava rubra, pegou a barra do avental e ficou sem jeito.

— Uai mãe, eu não disse nada de mais, só disse para senhora ir fazer companhia para o papai - seu rosto ingênuo mostrou que Chichi estava pensando em outras coisas.

Chichi deu graças a deus que o filho era ingênuo como o pai.

Goten deu um sorriso e terminou seu grande almoço.

— Bom, mãe, eu vou subir fazer uns trabalhos da faculdade e colocar umas coisas em dia. - Goten subiu as escadas e deixou a mãe na cozinha lavando a louça que ele deixou suja.

Depois de lavar toda a louça Chichi pegou a ideia de Goten e foi fazer companhia para o marido.


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