Staying Alive escrita por lisbonfire


Capítulo 2
O Homem de verde.




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O dia chegou, ele foi acordado por um grande alarme que ecoava pelos quartos e corredores. Alguns segundos depois, uma avóx chegou ao seu quarto lhe oferecendo as roupas que usaria: uma camiseta fina de manga comprida, uma jaqueta e uma calça que o tecido ele desconhecia, era grosso mas facilitava o movimento; todas eram pretas e tinham o número 12 em vermelho dando um toque ainda mais mórbido aos jogos da morte. Enquanto as vestia, Haymitch finalmente sentiu medo, raiva e angústia, tudo junto pela primeira vez.

Ele pensava no que tinha deixado para trás; família, casa e namorada nunca mais seriam do mesmo jeito, foi interrompido pela mesma avóx que agora o encarava colocar a jaqueta.

– Não existe privacidade na capital? – Ele sorriu debochadamente, como sempre fazia quando dizia algo que julgava ser inteligente.

A avóx deu o mesmo sorriso e Haymitch desmanchou o seu imediatamente, ele entendeu a resposta e agora parecia completamente bobo. A avóx saiu da do quarto e Haymitch a seguiu calado pelos corredores até chegar em uma sala com apenas um sofá, um grande cronometro marcando 10 minutos e um pequeno elevador de vidro no centro.

Quando ele estava se sentando, a porta abriu e ele reconheceu o homem alto vestido completamente de verde (até mesmo seus cabelos) que entrou. Era o criador dos jogos desse ano; foi ele quem pensou que seria mais divertido ter o dobro de crianças mortas.

O homem de verde procurava algo em um papel e parecia perdido. “Como é nome dele?” “Haymitch” respondeu um pacificador que estava ao seu lado.

– Haymitch! – disse ele entusiasmado – É um prazer tê-lo nessa edição, ela irá ser memorável, não é mesmo?

O menino não respondeu e se não fossem os pacificadores, ele mataria o mataria ali mesmo.

– Ora, 12, um pacificador arrancou sua língua? – disse o homem verde rindo como um porco. – Está tudo bem, só estou passando para ver como estão os tributos antes dos jogos. Essa edição será a melhor de todas! Talvez nos encontremos depois dos jogos – e ele riu novamente com sua risada estranhamente irritante.

– Estou aguardando pelo dia eu possa o matar com minhas próprias mãos. – Haymitch imitou a risada nasalada do homem e depois sorriu sarcasticamente.

O homem estava espantado e rapidamente se retirava, Haymitch gritou: - Ei espera, eu ainda não sei o seu nome. – Ele olhou para trás e até abriu a boca para falar, mas sentiu medo do que o tributo poderia fazer com essa informação e a fechou depressa, fazendo questão de sair o mais rápido possível.

Haymitch sorriu, como sempre.


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