Depois de visitar o oráculo com seus amigos, Percy, Grover e Anabeth retornaram cada um a seu quarto. Percy não parou de pensar na sua amiga que estava em perigo. Ele não podia imaginar como Thalia havia chegado àquele estado, afinal ela era uma caçadora, e caçadoras não falhavam em batalha, a não ser que quebrassem o juramento, e Thalia nunca faria isso! Ou faria? Enfim, ele iria que resgatá-la de qualquer jeito, porque ela era sua amiga!

Depois de mais um dia comum, fora a preocupação (o que também era comum), eles foram dormir. Incrivelmente, Percy não tivera nenhum sonho estranho e assustador, típico de semideuses, ele apenas sonhou com uma de suas aventuras, quando Thalia se juntou às caçadoras, a deusa que parecia uma menina, Nico di Angelo se revoltando contra ele... coisas do tipo. Quando acordou, estava preparado para a viagem, e dessa vez, ele se lembrou de que era seu aniversário de namoro com Anabeth. Ele terminou de arrumas as malas e saiu de seu chalé.

Foi então até o chalé de Atena, era quase hora do almoço, só Anabeth estava no chalé, ele viu a porta aberta e entrou:

- Isso com certeza é muito importante para você não é?

- Percy, Thalia é minha melhor amiga! Você não imagina quanto a amo! Quando soube que ela este em perigo, eu não aguentei! – disse Anabeth.

A menina choramingava aos poucos enquanto falava.

- Então suponho que não seja uma boa hora para isso...

- O quê? – Anabeth hesitou – Percy, me desculpa! Eu esqueci! Eu...

- Tudo bem meu amor! Eu só queria te entregar este presente.

Ele entregou os brincos para ela, mas ele não sabia ao certo se estava agindo corretamente... Ninguém recebe um presente de uma deusa à toa! Mas era o que sentia que precisava fazer. Ela pegou os brincos, e depois de uns 7 segundos de análise (Percy contou os segundos), ela exclamou:

- São lindos Percy! – disse Anabeth – Onde comprou e... Quanto custou?

- Não posso contar! – Percy disse com um sorriso amarelado tentando escapar da pergunta.

Pelo menos ela havia parado de chorar, ela botou ou brincos que brilharam intensamente por um momento, então voltaram ao brilho normal. Eles foram almoçar.

Enquanto isso, longe dali, Thalia era mantida presa por Gration, ela estava no topo de uma geleira, o gigante na frente dessa geleira como se estivesse de guarda, atrás da geleira em que estava, tinham bancos de neve formando um planalto branco que reluzia à luz da Lua. Era noite, ela estava aprisionada há três dias, sem comida, agonizando de frio sem agasalhos (só seu tradicional traje de caçadora), sua pele queimava de tão gélido que era o lugar. Ela sobrevivia apenas com seus conhecimentos de caçadora, bebia a água que forçava a descongelar do chão, sua garganta e suas vias nasais estavam doendo como se estivessem sendo perfuradas por mil parafusos simultaneamente, com os pés e as mãos, cada membro acorrentado a uma esfera de ferro diferente e cada uma de uns cinquenta quilos, ela mal podia se mexer. No Alasca, os deuses não exercem seu poder, ela estava literalmente sozinha, suas preces não adiantariam, ela estava quase entregando os pontos. Será que alguém a salvaria?

Thalia desmaiou.